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Fernando II de Portugal: mudanças entre as edições

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Após uma visita ao [[Mosteiro da Batalha]] (que encontrava-se abandonado, depois das [[extinção das ordens religiosas]]), D. Fernando passa a dedicar parte das suas preocupações à causas de cariz  nacionalistas com a protecção do património arquitectónico português edificado, tendo também impulsionado aspectos culturais e financeiros, a par do estímulo à acção desenvolvida por sociedades eruditas, como projectos de restauração e manutenção respeitantes não só a vila da Batalha, mas também ao [[Convento de Mafra]], [[Convento de Cristo (Tomar)|Convento de Cristo, em Tomar]], ao [[Mosteiro dos Jerónimos]], [[Sé de Lisboa]], e [[Torre de Belém]].<ref>{{Citar livro |sobrenome=Correia |nome=Luís Miguel Maldonado de Vasconcelos |título=Castelos em Portugal |subtítulo=Retrato do seu perfil arquitectónico [1509-1949] |url=https://books.google.pt/books?id=NvrKKADg2M4C&printsec=frontcover&hl=pt-PT&source=gbs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f=false |edição=1.ª |local=Coimbra |editora=Imprensa da Universidade de Coimbra |ano=2010 |página=175 |capítulo=A Presença do Castelo na (re)Definição da Imagem do Território |isbn=978-989-26-0022-2 |acessodata=11 de Março de 2015 }}</ref>
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Como amante de pintura que era, colaborou com algumas gravuras de sua autoria, na ''[[Revista Contemporânea de Portugal e Brasil]]''  (1859-1865). <ref>{{Citar web |autor=Pedro Mesquita |data=6 de dezembro de 2013 |título= Ficha histórica:Revista Contemporânea de Portugal e Brasil  (1859-1865) |url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/FichasHistoricas/RevistaContemporaneadePortugaleBrasil.pdf | formato=pdf |publicado=[[Hemeroteca Municipal de Lisboa]] |acessodata=13 de Abril de 2014}}</ref>
Como amante de pintura que era, colaborou com algumas gravuras de sua autoria, na ''[[Revista Contemporânea de Portugal e Brasil]]''  (1859-1865).<ref>{{Citar web |autor=Pedro Mesquita |data=6 de dezembro de 2013 |título= Ficha histórica:Revista Contemporânea de Portugal e Brasil  (1859-1865) |url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/FichasHistoricas/RevistaContemporaneadePortugaleBrasil.pdf | formato=pdf |publicado=[[Hemeroteca Municipal de Lisboa]] |acessodata=13 de Abril de 2014}}</ref>


===Segundo casamento===
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Edição das 22h46min de 24 de agosto de 2019

Predefinição:Info/Nobre Fernando II (nome completo em alemão: Ferdinand August Franz Anton von Sachsen-Coburg und Gotha; Viena, 29 de outubro de 1816Lisboa, 15 de dezembro de 1885) foi o segundo marido da rainha D. Maria II e Príncipe Consorte de Portugal, reinando entre de 1836 até 1837, altura em que tornou-se Rei de Portugal e Algarves por direito da sua esposa. Era o filho mais velho do príncipe Fernando de Saxe-Coburgo-Gota e da sua esposa, a princesa Maria Antónia de Koháry.

Fernando casou-se com D. Maria em 1836, tornando-se príncipe consorte de Portugal. Em conformidade com a lei portuguesa da época, D. Fernando apenas seria rei com a sua esposa após o nascimento do seu primeiro filho, que nasceria um ano depois, o futuro rei D. Pedro V.

D. Maria morre em 1853 e Fernando serve assim como regente de D. Pedro até 1855. Ele evitou envolver-se na política, deixando sempre os assuntos de estado para a sua esposa.

Como amante das belas artes, focou-se durante toda a sua vida nas artes, o que lhe valeu o apelido de "o Rei Artista".

Biografia

Família

Os princípes Augusto e Fernando, enquanto crianças (c. 1824).

Foi o primogénito do príncipe Fernando de Saxe-Coburgo-Gota, irmão do duque Ernesto I e do rei Leopoldo I dos Belgas, e da sua esposa, Maria Antónia de Koháry. Teve três irmãos mais novos: Augusto, Vitória e Leopoldo.

Durante a infância o príncipe cresceu em várias terras pertencentes à sua família na actual Eslováquia e nas cortes austríaca e germânica.

Rei de Portugal

Em 1835, como D. Maria II enviuvou meses depois do seu primeiro casamento com o príncipe Augusto de Beauharnais, D. Fernando foi escolhido para novo esposo da soberana.

As negociações do casamento foram dirigidas por D. Francisco de Almeida Portugal, Conde de Lavradio, tendo o contrato matrimonial sido assinado em 1 de Dezembro de 1835, com o barão de Carlowit em representação do duque reinante de Saxe-Coburgo, e o barão de Stockmar em representação do príncipe Fernando, seu pai.

A 1 de Janeiro de 1836, casa-se com D. Maria II por procuração, e assina o decreto nomeando D. Fernando marechal-general do Exército, posto reservado ao próprio Rei, na sua função de Comandante Supremo do Exército.

D. Fernando partiu de Coburgo, atravessou a Bélgica, e embarcou em Oostende para Lisboa, onde chegou a 8 de Abril. A cerimónia do casamento realizou-se no dia seguinte. A nomeação de D. Fernando enquanto marechal-general gerou polémica entre os liberais mas, uma vez que essa dignidade já houvera sido conferida ao príncipe D. Augusto, o governo não podia deixar de comprometer-se com a rainha.

De acordo com a lei Portuguesa, enquanto marido da rainha reinante, D. Fernando só poderia receber o título de rei após o nascimento do primeiro herdeiro (foi por este motivo que o primeiro marido da rainha, Augusto de Beauharnais, nunca foi rei) D. Fernando foi, portanto, príncipe de Portugal até ao nascimento do futuro D. Pedro V em 1837.

Foi eleito, a 4 de Maio de 1836, presidente da Academia Real das Ciências.

D. Fernando II em 1852

D. Fernando evitou envolver-se no panorama político, preferindo dedicar-se às artes. Por ocasião da fundação da Academia de Belas-Artes de Lisboa a 25 de Outubro de 1836, D. Fernando e a rainha declaram-se seus protectores.

Após uma visita ao Mosteiro da Batalha (que encontrava-se abandonado, depois das extinção das ordens religiosas), D. Fernando passa a dedicar parte das suas preocupações à causas de cariz nacionalistas com a protecção do património arquitectónico português edificado, tendo também impulsionado aspectos culturais e financeiros, a par do estímulo à acção desenvolvida por sociedades eruditas, como projectos de restauração e manutenção respeitantes não só a vila da Batalha, mas também ao Convento de Mafra, Convento de Cristo, em Tomar, ao Mosteiro dos Jerónimos, Sé de Lisboa, e Torre de Belém.[1]

Como amante de pintura que era, colaborou com algumas gravuras de sua autoria, na Revista Contemporânea de Portugal e Brasil (1859-1865).[2]

Segundo casamento

D. Fernando II e Elise Hensler

Em 1869, D. Fernando casa-se pela segunda vez, morganaticamente, com Elise Hensler, depois tornada Condessa d'Edla, que era uma cantora de ópera e mãe solteira, a quem viria a deixar como herança o Palácio da Pena, cuja construção foi da sua inteira responsabilidade, sendo entregue ao engenheiro alemão Wilhelm Ludwig von Eschwege que realizou projecto.

Tronos grego e espanhol

Em 1862, depois de uma revolta na Grécia contra o rei Oto I, D. Fernando II foi convidado a subir ao trono grego, proposta que recusou.

Em 1868, com a revolução que expulsou a rainha Isabel II da Espanha e toda a sua família, e o governo provisório espanhol, não se desejando estabelecer uma república, ofereceram a coroa a D. Fernando II, então com quarenta e nove anos, proposta que D. Fernando também rejeitou.

Morte

D. Fernando II, por Manuel Maria Bordalo Pinheiro

Pouco antes da sua morte D. Fernando começou a sofrer a dolorosa enfermidade a que não resistiu, o seu corpo jaz ao lado de D. Maria II, sua primeira esposa, no Panteão Real da Dinastia de Bragança, no Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa.

Títulos, estilos e honrarias

Predefinição:Info/Estilos reais

Títulos e estilos

  • 29 de outubro de 1816 – 12 de novembro de 1826: "Sua Alteza Sereníssima, Príncipe Fernando de Saxe-Coburgo-Saalfeld"
  • 12 de novembro de 1826 – 1 de janeiro de 1836: "Sua Alteza Sereníssima, Príncipe Fernando de Saxe-Coburgo-Gota"
  • 1 de janeiro de 1836 – 16 de setembro de 1837: "Sua Alteza Real, o Príncipe Consorte"
  • 16 de setembro de 1837 – 15 de novembro de 1853: "Sua Majestade Fidelíssima, o Rei"
  • 15 de novembro de 1853 – 15 de dezembro de 1885: "Sua Majestade Fidelíssima", o Rei D. Fernando II"

Honrarias

Ver também

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Fernando II de Portugal

Referências

  1. Correia, Luís Miguel Maldonado de Vasconcelos (2010). «A Presença do Castelo na (re)Definição da Imagem do Território». Castelos em Portugal. Retrato do seu perfil arquitectónico [1509-1949] 1.ª ed. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra. p. 175. ISBN 978-989-26-0022-2. Consultado em 11 de Março de 2015 
  2. Pedro Mesquita (6 de dezembro de 2013). «Ficha histórica:Revista Contemporânea de Portugal e Brasil (1859-1865)» (pdf). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 13 de Abril de 2014 
Fernando II de Portugal
Casa de Saxe-Coburgo-Gota-Koháry
Ramo da Casa de Wettin
29 de outubro de 1816 – 15 de dezembro de 1885
Precedido por
Augusto de Beauharnais
Brasão do Fernando II.svg
Príncipe Consorte de Portugal
9 de abril de 1836 – 16 de setembro de 1837
Sucedido por
Estefânia de Hohenzollern-Sigmaringen
Precedido por
Maria II
(sozinha)
Coat of Arms of the Kingdom of Portugal (1640-1910).png
Rei de Portugal e Algarves
16 de setembro de 1837 – 15 de novembro de 1853
com Maria II

Predefinição:Consortes de Portugal Predefinição:Príncipes de Saxe-Coburgo-Gota

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