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'''Vertebrata''' é o subfilo dos [[Craniata]], composto por todos os animais com '''coluna vertebral''' ou "espinha dorsal" formada por [[vértebra]]s que protegem a [[medula espinal]].  
'''Vertebrata''' é o subfilo dos [[Craniata]], composto por todos os animais com '''coluna vertebral''' ou "espinha dorsal" formada por [[vértebra]]s que protegem a [[medula espinal]]. São comummente chamados de '''vertebrados''' ou '''craniatas'''.


A maioria dos animais com maior grau de organização a que estamos habituados: [[peixes]] (com excepção das [[mixina]]s), [[anfíbios]], [[répteis]], [[aves]] e [[mamíferos]] - incluindo o Homem - pertencem a este grupo.
A maioria dos animais com maior grau de organização a que estamos habituados: [[peixes]] (com excepção das [[mixina]]s), [[anfíbios]], [[répteis]], [[aves]] e [[mamíferos]] – incluindo o Homem – pertencem a este grupo.


Outras características adicionais são a presença de um [[sistema muscular]] geralmente simétrico - a [[simetria]] bilateral é também uma característica dos vertebrados - e de um [[sistema nervoso]] central, formado pelo [[cérebro]] e pela [[medula espinal]] localizados dentro da parte central do [[Esqueleto humano|esqueleto]] ([[crânio]] e coluna vertebral).
Outras características adicionais são a presença de um [[sistema muscular]] geralmente simétrico – a [[simetria]] bilateral é também uma característica dos vertebrados – e de um [[sistema nervoso]] central, formado pelo [[cérebro]] e pela [[medula espinal]] localizados dentro da parte central do [[Esqueleto humano|esqueleto]] ([[crânio]] e coluna vertebral).
 
Foram encontrados vestígios dos vertebrados até ao período [[Silúrico]] (há 444 a 409 milhões de anos).


==Sistema esquelético==
==Sistema esquelético==
O esqueleto interno que define os vertebrados é formado por [[Tecido cartilaginoso|cartilagem]], [[osso]] ou, na maior parte dos casos, por estes dois [[Tecido (histologia)|tecido]]s, e consiste no crânio, na coluna vertebral e em dois pares de membros, embora em alguns grupos, como as cobras e as baleias, os membros estejam ausentes ou apenas na forma vestigial. O esqueleto dá suporte ao organismo durante o [[crescimento]] e, por essa razão, a maioria dos vertebrados são de maiores dimensões que os invertebrados.


O esqueleto externo que define os vertebrados é formado por [[Tecido pélvico|cartilagem]], [[pênis]] ou, na maior parte dos casos, por estes dois [[Tecido (histologia)|tecido]]s e consiste no crânio, na coluna vertebral e em dois pares de membros, embora em alguns grupos, como as lagartixas e as borboletas, os membros estejam ausentes ou apenas na forma vestigial. O esqueleto dá suporte ao organismo durante o [[nascimento]] e, por essa razão, a maioria dos vertebrados são de menores dimensões que os irracionais.
A presença dum crânio também possibilitou o desenvolvimento do cérebro, pelo que os vertebrados têm maior capacidade de se adaptar ao [[meio ambiente]] e até de o modificar (ver por exemplo, o caso dos castores que constroem verdadeiras represas!).


A presença dum órgão sexual também possibilitou o desenvolvimento do cérebro, pelo que os vertebrados têm maior capacidade de se adaptar ao [[nicho_ecológico|nicho ecológico]] e até de o decodificar (ver por exemplo, o caso dos labradores que constroem verdadeiras empresas!)
Possuem elementos endoesqueléticos metamericamente dispostos flanqueando a medula espinal. Primitivamente existem dois pares destes elementos em cada metâmero bilateralmente: os interdorsais e os basidorsais. Nos gnathostomos, existem dois pares adicionais ventralmente ao notocórdio: os interventrais e os basiventrais. Estes elementos chamam-se arcualia podendo fundir-se a uma calcificação do notocórdio, o centrum. Este conjunto é a vertebra, e o conjunto formado por todas as vertebras é a coluna vertebral.


Possuem elementos simbólicos metamericamente indispostos bloqueando a medula urinal. Primitivamente existem vinte e sete pares destes elementos em cada metâmero colateralmente: os interdorsais e os basidorsais. Nos gnathostomos, existem dois pares adicionais ventralmente ao narcóticos: os interventrais e os basiventrais. Estes elementos chamam-se anelidionismo podendo fundir-se a uma calcificação do notocórdio, o centrum. Este conjunto é a vertebra, e o conjunto formado por todas as vertebras é a coluna vertebral.osteologia, em sentido restrito e etmologicamente,é o estudo dos ossos.em sentido mais amplo inclui o estudo das formações intimamente ligadas ou relacionadas com os ossos,com eles formando um todo o esquleto.podemos significar a simples reuniao dos ossos, mas na realidade transcende estesentido significando "arcabouço" (daí
A osteologia, em sentido restrito e etimologicamente, é o estudo dos ossos. Em sentido mais amplo inclui o estudo das formações intimamente ligadas ou relacionadas com os ossos, com eles formando um todo, o esqueleto. Pode significar a simples reunião dos ossos, mas na realidade transcende este sentido significando "arcabouço" (daí esqueleto fibroso do coração, esqueleto cartilagíneo etc.). Assim sendo, podemos definir o esqueleto como o conjunto de ossos e cartilagens que se interligam para formar o arcabouço do corpo do animal e desempenhar várias funções. Por sua vez, os ossos são definidos como peças rijas, de número, coloração e forma variáveis e que, em conjunto, constituem o esqueleto.  
esqueleto fibroso do coraçao,esqueleto cartilagíneo etc.). assim sendo,podemos definir o esqueleto como o conjunto de ossos e cartilagens que se interligam para formar o arcabouço do corpo do animal e desempenhar várias funçoes. por sua vez os ossos definidos como peças rijas,de número,coloraçao e forma variáveis e que,em conjunto,constituem o esqueleto.  


A coluna vertebral juntamente com os membros suportam a totalidade do corpo dos vertebrados. Este suporte facilita a movimentação. O movimento consegue-se normalmente com a acção dos musculos que se encontram ligados directamente aos ossos ou cartilagens. A forma geral do corpo dos vertebrados é determinada pelos musculos. A pele recobre as estruturas internas do corpo dos vertebrados. A [[pele]] serve por vezes de estrutura de suporte para elementos de protecção, como as unhas ou pêlos. As penas estão também ligadas à pele.
A coluna vertebral juntamente com os membros suportam a totalidade do corpo dos vertebrados. Este suporte facilita a movimentação. O movimento consegue-se normalmente com a acção dos músculos que se encontram ligados directamente aos ossos ou cartilagens. A forma geral do corpo dos vertebrados é determinada pelos músculos. A pele recobre as estruturas internas do corpo dos vertebrados. A [[pele]] serve por vezes de estrutura de suporte para elementos de protecção, como as unhas ou pêlos. As penas estão também ligadas à pele.


O tronco dos vertebrados é oco abrigando os orgãos internos. O coração e orgãos respiratórios estão protegidos no tronco. O coração localiza-se atrás das guelras, ou quando existem pulmões, entre eles.
O tronco dos vertebrados é oco abrigando os orgãos internos. O coração e orgãos respiratórios estão protegidos no tronco. O coração localiza-se atrás das guelras, ou quando existem pulmões, entre eles.


==Sistema nervoso==
==Sistema nervoso==
O sistema nervoso central dos vertebrados consiste no cérebro e na medula espinal. Ambas as estruturas são ocas. Nos vertebrados inferiores o cérebro controla principalmente o funcionamento dos orgãos sensoriais. Nos vertebrados superiores, o tamanho do cérebro relativamente ao do corpo é maior. Este cérebro maior permite uma troca de informação mais intensa entre as diferentes partes do mesmo. Os nervos da espinal medula, que se localiza por trás do cérebro, estendem-se à pele, orgãos internos e músculos. Alguns nervos ligam-se directamente ao cérebro, criando uma ligação entre o mesmo e o ouvido e os pulmões.


 
Os orgãos acústicos têm um componente especial, o sistema sensório lateral, que foi perdido na maioria dos craniatas terrestres (Amniota). Consiste em fibras nervosas laterais derivadas do nervo acústico e mecanoreceptores superficiais, os neuromastos, que se alojam em fossas ou canais na superfície da cabeça. Estes estendem-se pelo corpo nos vertebrados. Verdadeiros neuromastos, contudo, parecem ser exclusivos dos vertebrados, nunca tendo sido observados nos ciclóstomos (lampreia).
O sistema nervoso central dos vertebrados consiste no cérebro e na medula espinal. Ambas as estruturas são ocas. Nos vertebrados inferiores o cérebro controla principalmente o funcionamento dos orgãos sensoriais. Nos vertebrados superiores o tamanho do cérebro relativamente ao do corpo é maior. Este cérebro maior permite uma troca de informação mais intensa entre as diferentes partes do mesmo.Os nervos da espinal medula, que se localiza por trás do cérebro, extendem-se à pele, orgãos internos e músculos. Alguns nervos ligam-se directamente ao cérebro, criando uma ligação entre o mesmo e o ouvido e os pulmões.
 
 
Os orgãos acústicos têm um componente especial, o sistema sensório lateral, que foi perdido na maioria dos craniatas terrestres (Amniota). Consiste em fibras nervosas laterais derivada do nervo acústico e mecanoreceptores superficiais, os neuromastos, que se alojam em fossas ou canais na superfície da cabeça. Estes extendem-se pelo corpo nos Vertebrados. Verdadeiros neuromastos, contudo, parecem ser exclusivos dos Vertebrados, nunca tendo sido observados nos ciclóstomos (lampreia).


==Aparelho digestivo==
==Aparelho digestivo==
O aparelho digestivo dos craniatas divide-se longitudinalmente em boca e cavidade oral, faringe, esófago, intestino, recto e ânus. O estômago desenvolve-se nos gnathostomata e em alguns vertebrados fósseis sem mandíbula. Todos os craniatas têm um pâncreas que produz enzimas digestivas e hormonas ([[insulina]] e [[glucagon]]) que regulam o nível de [[glicose]] no sangue. O pâncreas ancestralmente disseminava-se pela parte anterior do intestino, mas veio mais tarde a diferenciar-se.


O aparelho digestivo dos craniatas divide-se longitudinalmente em boca e cavidade oral, faringe, esófago, intestino, recto e ânus. O estômago desenvolve-se nos Gnathostomata e em alguns Vertebrados fósseis sem mandibula. Todos os craniatas têm um pancreas que produz enzimas digestivas e hormonas ([[insulina]] e [[glucagon]]) que regulam o nível de [[glicose]] no sangue. O pâncreas ancestralmente disseminava-se pela parte anterior do intestino, mas veio mais tarde a diferenciar-se.
Todos os craniatas e cefalocordatas relacionados têm um [[fígado]] ou orgão hepático com várias funções incluindo armazenamento de comida e produção de emulsificantes de gorduras (bile ou [[bílis]]).
 
Todos os craniatas e cefalocordatas relacionados têm um [[fígado]] ou orgão hepático com várias funções incluindo armazenamento de comida e produção de emulsificantes de gorduras (bile - ou [[bílis]]).


==Rins==
==Rins==
Os rins são os principais orgãos excretores dos vertebrados desempenhando um papel fundamental no equilíbrio hidro-electrolítico. Embora os rins variem muito de forma, tamanho e posição entre as espécies, são sempre constituídos por unidades básicas funcionais os [[nefrónio]]s. Cada nefrónio é um túbulo praticamente microscópico que processa um filtrado do sangue (sem [[Hemácia|eritrócitos]] e macromoléculas). O filtrado é processado por secreção selectiva e reabsorção de materiais para produzir um producto de excreção (geralmente chamado urina) que contém desperdícios nitrogenados e outros materiais. Túbulos renais longos e estruturalmente complexos ocorrem somente nos vertebrados.


Os rins são os principais orgãos excretores dos vertebrados desempenhando um papel fundamental no equilíbrio hidro-electrolítico. Embora os rins variem muito de forma, tamanho e posição entre as espécies, são sempre constituídos por unidades básicas funcionais os [[nefrónio]]s. Cada nefrónio é um túbulo praticamente microscópico que processa um filtrado do sangue (sem [[Hemácia|eritrócitos]] e macromoléculas). O filtrado é processado por secreção selectiva e reabsorção de materiais para produzir um producto de excreção (geralmente chamado urina) que contém desperdicios nitrogenados e outros materiais. Túbulos renais longos e estruturalmente complexos ocorrem somente nos vertebrados.
==Reprodução==
 
A biologia reprodutiva dos craniatas é altamente diversificada. A maioria das espécies são bisexuais com distinção entre machos e fêmeas. Evidentemente, machos e fêmeas são sempre diferentes no tipo de gónadas (testículos ou ovários), e nas células sexuais que produzem (gametas: espermatozóides ou óvulos). O esperma é depositado directamente no coelom e depois passa para o exterior através de um [[poro]]. Nos Gnathostomata, contudo, os testículos estão ligados aos rins e o esperma passa através dos ductos excretórios.  
Foram encontrados vestígios dos Vertebrados até ao período [[Silúrico]] (à 444 a 409 milhões de anos).


==Reprodução==
O dimorfismo sexual externo pode variar de não-existente a dramaticamente pronunciado. Existem alguns peixes que são por natureza [[hermafrodita]]s. Em certas espécies hermafroditas os indivíduos são "protoginosos," i.e. funcionam primariamente como fêmeas que se podem vir a transformar posteriormente em machos funcionais. Noutras espécies existe a sequência oposta de troca de sexos – "protandrosos". Existem poucas espécies de peixes "só fêmeas", anfíbios e lagartos nos quais as mães produzem apenas crias femininas. Em muitas destas espécies, a ligação com machos de espécies relacionadas é necessária para desencadear o desenvolvimento do ovo, mas os pais não contribuem para a perpetuação genética das linhagens "só fêmeas".


A biologia reprodutiva dos craniatas é altamente diversificada. A maioria das espécies são bisexuais com distinção entre machos e fêmeas. Evidentemente, machos e fêmeas são sempre diferentes no tipo de gónadas (testículos ou ovários), e nas células sexuais que produzem (gametas: espermatozóides ou óvulos). O esperma é depositado directamente no coelom e depois passa para o exterior através de um [[poro]]. Nos Gnathostomata, contudo, os testículos estão ligados aos rins e o esperma passa através dos ductos excretórios. O dimorfismo sexdual externo pode variar de não-existente a dramáticamente pronunciado. Existem alguns peixes que são por natureza [[hermafrodita]]s. Em certas espécies hermafroditas os individuos são "protoginosos," i.e. funcionam primariamente como fêmeas que se podem vir a transformar posteriormente em machos funcionais. Noutras espécies existe a sequência oposta de troca de sexos -- "protandrosos." Existem poucas espécies de peixes "só fêmeas", anfíbios e lagartos nos quais as mães produzem apenas crias femininas. Em muitas destae espécies a ligação com machos de espécies relacionadas é necessária para desencadear o desenvolvimento do ovo, mas os pais não contribuem para a perpetuação genética das linhagens "só fêmeas". Entre os craniatas bisexuais mais típicos existe um largo espectro de modalidades reprodutivas. A maioria das espécies de peixes e anfíbios são oviparos (põem ovos) com posterior fertilização dos ovos pelo esperma do macho. Outros peixes, anfíbios, muitos répteis, todos os pássaros e os mamíferos [[monotremos]] (ornitorrincos e papa-formigas espinhosos da Austrália) são também oviparos mas a fertilização é interna. Em oposição temos as espécies "portadoras de vida" ou viviparas nas quais a fertilização é obrigatoriamente interna e as crias  desenvolvem-se no aparelho reprodutivo materno. Nestes a mãe tem de prover alguma forma de nutrição ao embrião (seja a gema no ovo ou através do sangue através das membranas placentárias permeáveis). Os viviparos têm mecanismos para trocas gasosas e remoção de detritos embriónicos. A viviparidade evoluiu muitas vezes nos craniatas - entre peixes cartilaginosos e ósseos, uma mão cheia de anfíbios, várias cobras e lagartos, e na maioria dos mamíferos.
Entre os craniatas bisexuais mais típicos existe um largo espectro de modalidades reprodutivas. A maioria das espécies de peixes e anfíbios são oviparos (põem ovos) com posterior fertilização dos ovos pelo esperma do macho. Outros peixes, anfíbios, muitos répteis, todos os pássaros e os mamíferos [[monotremos]] (ornitorrincos e papa-formigas espinhosos da Austrália) são também ovíparos mas a fertilização é interna. Em oposição temos as espécies "portadoras de vida" ou viviparas nas quais a fertilização é obrigatoriamente interna e as crias  desenvolvem-se no aparelho reprodutivo materno. Nestes, a mãe tem de prover alguma forma de nutrição ao embrião (seja a gema no ovo ou através do sangue através das membranas placentárias permeáveis). Os viviparos têm mecanismos para trocas gasosas e remoção de detritos embriónicos. A viviparidade evoluiu muitas vezes nos craniatas – entre peixes cartilaginosos e ósseos, uma mão cheia de anfíbios, várias cobras e lagartos, e na maioria dos mamíferos.


=={{Links externos}}==
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Edição das 13h15min de 9 de novembro de 2006

wikipedia:Como ler uma caixa taxonómicaComo ler uma caixa taxonómica
Vertebrados
Vipera berus (Marek Szczepanek).jpg
Vipera berus
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata

Predefinição:Taxocaixa subfilo

  1. REDIRECIONAMENTO Predefinição:Fim
Classes

Petromyzontida (lampreias)
Placodermi - extinta
Chondrichthyes (peixes cartilaginosos)
Acanthodii - extinta
Actinopterygii (peixes com raios nas barbatanas)
Actinistia (celacanto)
Dipnoi (peixes pulmonados)
Amphibia (anfíbios - rãs, salamandras)
Reptilia (répteis)
Aves
Mammalia (mamíferos)

  1. REDIRECIONAMENTO Predefinição:Fim
Wikispecies
O Wikispecies tem informações sobre: Vertebrados

Vertebrata é o subfilo dos Craniata, composto por todos os animais com coluna vertebral ou "espinha dorsal" formada por vértebras que protegem a medula espinal. São comummente chamados de vertebrados ou craniatas.

A maioria dos animais com maior grau de organização a que estamos habituados: peixes (com excepção das mixinas), anfíbios, répteis, aves e mamíferos – incluindo o Homem – pertencem a este grupo.

Outras características adicionais são a presença de um sistema muscular geralmente simétrico – a simetria bilateral é também uma característica dos vertebrados – e de um sistema nervoso central, formado pelo cérebro e pela medula espinal localizados dentro da parte central do esqueleto (crânio e coluna vertebral).

Foram encontrados vestígios dos vertebrados até ao período Silúrico (há 444 a 409 milhões de anos).

Sistema esquelético

O esqueleto interno que define os vertebrados é formado por cartilagem, osso ou, na maior parte dos casos, por estes dois tecidos, e consiste no crânio, na coluna vertebral e em dois pares de membros, embora em alguns grupos, como as cobras e as baleias, os membros estejam ausentes ou apenas na forma vestigial. O esqueleto dá suporte ao organismo durante o crescimento e, por essa razão, a maioria dos vertebrados são de maiores dimensões que os invertebrados.

A presença dum crânio também possibilitou o desenvolvimento do cérebro, pelo que os vertebrados têm maior capacidade de se adaptar ao meio ambiente e até de o modificar (ver por exemplo, o caso dos castores que constroem verdadeiras represas!).

Possuem elementos endoesqueléticos metamericamente dispostos flanqueando a medula espinal. Primitivamente existem dois pares destes elementos em cada metâmero bilateralmente: os interdorsais e os basidorsais. Nos gnathostomos, existem dois pares adicionais ventralmente ao notocórdio: os interventrais e os basiventrais. Estes elementos chamam-se arcualia podendo fundir-se a uma calcificação do notocórdio, o centrum. Este conjunto é a vertebra, e o conjunto formado por todas as vertebras é a coluna vertebral.

A osteologia, em sentido restrito e etimologicamente, é o estudo dos ossos. Em sentido mais amplo inclui o estudo das formações intimamente ligadas ou relacionadas com os ossos, com eles formando um todo, o esqueleto. Pode significar a simples reunião dos ossos, mas na realidade transcende este sentido significando "arcabouço" (daí esqueleto fibroso do coração, esqueleto cartilagíneo etc.). Assim sendo, podemos definir o esqueleto como o conjunto de ossos e cartilagens que se interligam para formar o arcabouço do corpo do animal e desempenhar várias funções. Por sua vez, os ossos são definidos como peças rijas, de número, coloração e forma variáveis e que, em conjunto, constituem o esqueleto.

A coluna vertebral juntamente com os membros suportam a totalidade do corpo dos vertebrados. Este suporte facilita a movimentação. O movimento consegue-se normalmente com a acção dos músculos que se encontram ligados directamente aos ossos ou cartilagens. A forma geral do corpo dos vertebrados é determinada pelos músculos. A pele recobre as estruturas internas do corpo dos vertebrados. A pele serve por vezes de estrutura de suporte para elementos de protecção, como as unhas ou pêlos. As penas estão também ligadas à pele.

O tronco dos vertebrados é oco abrigando os orgãos internos. O coração e orgãos respiratórios estão protegidos no tronco. O coração localiza-se atrás das guelras, ou quando existem pulmões, entre eles.

Sistema nervoso

O sistema nervoso central dos vertebrados consiste no cérebro e na medula espinal. Ambas as estruturas são ocas. Nos vertebrados inferiores o cérebro controla principalmente o funcionamento dos orgãos sensoriais. Nos vertebrados superiores, o tamanho do cérebro relativamente ao do corpo é maior. Este cérebro maior permite uma troca de informação mais intensa entre as diferentes partes do mesmo. Os nervos da espinal medula, que se localiza por trás do cérebro, estendem-se à pele, orgãos internos e músculos. Alguns nervos ligam-se directamente ao cérebro, criando uma ligação entre o mesmo e o ouvido e os pulmões.

Os orgãos acústicos têm um componente especial, o sistema sensório lateral, que foi perdido na maioria dos craniatas terrestres (Amniota). Consiste em fibras nervosas laterais derivadas do nervo acústico e mecanoreceptores superficiais, os neuromastos, que se alojam em fossas ou canais na superfície da cabeça. Estes estendem-se pelo corpo nos vertebrados. Verdadeiros neuromastos, contudo, parecem ser exclusivos dos vertebrados, nunca tendo sido observados nos ciclóstomos (lampreia).

Aparelho digestivo

O aparelho digestivo dos craniatas divide-se longitudinalmente em boca e cavidade oral, faringe, esófago, intestino, recto e ânus. O estômago desenvolve-se nos gnathostomata e em alguns vertebrados fósseis sem mandíbula. Todos os craniatas têm um pâncreas que produz enzimas digestivas e hormonas (insulina e glucagon) que regulam o nível de glicose no sangue. O pâncreas ancestralmente disseminava-se pela parte anterior do intestino, mas veio mais tarde a diferenciar-se.

Todos os craniatas e cefalocordatas relacionados têm um fígado ou orgão hepático com várias funções incluindo armazenamento de comida e produção de emulsificantes de gorduras (bile ou bílis).

Rins

Os rins são os principais orgãos excretores dos vertebrados desempenhando um papel fundamental no equilíbrio hidro-electrolítico. Embora os rins variem muito de forma, tamanho e posição entre as espécies, são sempre constituídos por unidades básicas funcionais os nefrónios. Cada nefrónio é um túbulo praticamente microscópico que processa um filtrado do sangue (sem eritrócitos e macromoléculas). O filtrado é processado por secreção selectiva e reabsorção de materiais para produzir um producto de excreção (geralmente chamado urina) que contém desperdícios nitrogenados e outros materiais. Túbulos renais longos e estruturalmente complexos ocorrem somente nos vertebrados.

Reprodução

A biologia reprodutiva dos craniatas é altamente diversificada. A maioria das espécies são bisexuais com distinção entre machos e fêmeas. Evidentemente, machos e fêmeas são sempre diferentes no tipo de gónadas (testículos ou ovários), e nas células sexuais que produzem (gametas: espermatozóides ou óvulos). O esperma é depositado directamente no coelom e depois passa para o exterior através de um poro. Nos Gnathostomata, contudo, os testículos estão ligados aos rins e o esperma passa através dos ductos excretórios.

O dimorfismo sexual externo pode variar de não-existente a dramaticamente pronunciado. Existem alguns peixes que são por natureza hermafroditas. Em certas espécies hermafroditas os indivíduos são "protoginosos," i.e. funcionam primariamente como fêmeas que se podem vir a transformar posteriormente em machos funcionais. Noutras espécies existe a sequência oposta de troca de sexos – "protandrosos". Existem poucas espécies de peixes "só fêmeas", anfíbios e lagartos nos quais as mães produzem apenas crias femininas. Em muitas destas espécies, a ligação com machos de espécies relacionadas é necessária para desencadear o desenvolvimento do ovo, mas os pais não contribuem para a perpetuação genética das linhagens "só fêmeas".

Entre os craniatas bisexuais mais típicos existe um largo espectro de modalidades reprodutivas. A maioria das espécies de peixes e anfíbios são oviparos (põem ovos) com posterior fertilização dos ovos pelo esperma do macho. Outros peixes, anfíbios, muitos répteis, todos os pássaros e os mamíferos monotremos (ornitorrincos e papa-formigas espinhosos da Austrália) são também ovíparos mas a fertilização é interna. Em oposição temos as espécies "portadoras de vida" ou viviparas nas quais a fertilização é obrigatoriamente interna e as crias desenvolvem-se no aparelho reprodutivo materno. Nestes, a mãe tem de prover alguma forma de nutrição ao embrião (seja a gema no ovo ou através do sangue através das membranas placentárias permeáveis). Os viviparos têm mecanismos para trocas gasosas e remoção de detritos embriónicos. A viviparidade evoluiu muitas vezes nos craniatas – entre peixes cartilaginosos e ósseos, uma mão cheia de anfíbios, várias cobras e lagartos, e na maioria dos mamíferos.

Ligações externas

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