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Infante Dom Henrique: mudanças entre as edições

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O '''Infante Dom Henrique de Avis''', 1.º '''[[duque de Viseu]]''' e 1.º [[Senhorialismo|senhor]] da [[Covilhã]] ([[Porto]], {{dtlink|4|3|1394}} – [[Sagres (Vila do Bispo)|Sagres]], {{dtlink|13|11|1460}}),<ref>{{citar web|URL=http://purl.pt/1034|título=Epithome da vida do Infante D. Henrique. Gravura: buril e ponteado, p&b; 23,2x15,5 cm (matriz)|autor=João Cardini|data=1806|publicado=Biblioteca Nacional de Portugal|acessodata= 17 de agosto de 2013}}</ref> foi um [[infante]] [[Portugal|português]] e a mais importante figura do início da era das [[descobertas]], popularmente conhecido como ''Infante de Sagres'' ou ''O Navegador''.  
O '''Infante Dom Henrique de Avis''', 1.º '''[[duque de Viseu]]''' e 1.º [[Senhorialismo|senhor]] da [[Covilhã]] ([[Porto]], {{dtlink|4|3|1394}} – [[Sagres (Vila do Bispo)|Sagres]], {{dtlink|13|11|1460}}),<ref>{{citar web|URL=http://purl.pt/1034|título=Epithome da vida do Infante D. Henrique. Gravura: buril e ponteado, p&b; 23,2x15,5 cm (matriz)|autor=João Cardini|data=1806|publicado=Biblioteca Nacional de Portugal|acessodata= 17 de agosto de 2013}}</ref> foi um [[infante]] [[Portugal|português]] e a mais importante figura do início da era das [[descobertas]], popularmente conhecido como ''Infante de Sagres'' ou ''O Navegador''.


Os seus restos mortais encontram-se sepultados no [[Mosteiro da Batalha]].
Os seus restos mortais encontram-se sepultados no [[Mosteiro da Batalha]].
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Infante D. Henrique nasceu numa [[quarta-feira de cinzas]] na cidade do Porto, Portugal, no dia então considerado pouco propício ao nascimento de uma criança. Era o quinto filho de [[João I de Portugal]], fundador da [[Dinastia de Avis]], e de Dona [[Filipa de Lencastre]].
Infante D. Henrique nasceu numa [[quarta-feira de cinzas]] na cidade do Porto, Portugal, no dia então considerado pouco propício ao nascimento de uma criança. Era o quinto filho de [[João I de Portugal]], fundador da [[Dinastia de Avis]], e de Dona [[Filipa de Lencastre]].


Foi baptizado alguns dias depois do seu nascimento, tendo sido o seu padrinho o [[bispo de Viseu]]. Os seus pais deram-lhe o nome Henrique possivelmente em honra do seu tio materno, o duque [[Henrique IV de Inglaterra|Henrique de Lencastre]] (futuro Henrique IV de Inglaterra).
Foi batizado alguns dias depois do seu nascimento, tendo sido o seu padrinho o [[bispo de Viseu]]. Os seus pais deram-lhe o nome Henrique possivelmente em honra do seu tio materno, o duque [[Henrique IV de Inglaterra|Henrique de Lencastre]] (futuro Henrique IV de Inglaterra).


Pouco se sabe sobre a vida do infante até aos seus catorze anos. Tanto ele como os seus irmãos (a chamada [[Ínclita geração]]) tiveram como aio um cavaleiro da [[Ordem de Avis]].
Pouco se sabe sobre a vida do infante até aos seus catorze anos. Tanto ele como os seus irmãos (a chamada [[Ínclita geração]]) tiveram como aio um cavaleiro da [[Ordem de Avis]].
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=== Expansão marítima ===
=== Expansão marítima ===
{{Artigo principal|Descobrimentos portugueses}}[[Ficheiro:Monumento aos Descobrimentos (36603225743).jpg|alt=Monumento aos Descobrimentos|esquerda|miniaturadaimagem|Monumento aos Descobrimentos, em Lisboa, frente ao Tejo.]][[Ficheiro:Flag Order of Christ.svg|alt=Cruz de Cristo usada nas velas|miniaturadaimagem|142x142px|A [[Cruz da Ordem de Cristo|cruz de Cristo]] foi usada nas velas durante as viagens de exploração.]]
{{Artigo principal|Descobrimentos portugueses}}[[Imagem:Monumento aos Descobrimentos (36603225743).jpg|alt=Monumento aos Descobrimentos|esquerda|miniaturadaimagem|Monumento aos Descobrimentos, em Lisboa, frente ao Tejo.|192x192px]][[Imagem:Flag Order of Christ.svg|alt=Cruz de Cristo usada nas velas|miniaturadaimagem|177x177px|A [[Cruz da Ordem de Cristo|cruz de Cristo]] foi usada nas velas durante as viagens de exploração.]]


Em [[Lagos (Portugal)|Lagos]], no [[Algarve]], o infante fixou a sua residência. Várias expedições foram feitas por sua iniciativa ou com a sua permissão.<ref name=":0" />Em 1418 dois dos seus escudeiros, [[João Gonçalves Zarco]] e [[Tristão Vaz Teixeira]], fazem o reconhecimento da ilha do [[Porto Santo]], no [[arquipélago da Madeira]] e, no ano seguinte, da [[ilha da Madeira]]. Estas ilhas já estão assinaladas em [[Portulano|portulanos]] e textos desde o século anterior. As ilhas revelaram-se de grande importância, vindo a produzir grandes quantidades de [[cereais]], minimizando a escassez que afligia Portugal. O arquipélago foi doado a D. Henrique por [[Duarte I de Portugal]], sucessor de D. João I, em 1433.
Em [[Lagos (Portugal)|Lagos]], no [[Algarve]], o infante fixou a sua residência. Várias expedições foram feitas por sua iniciativa ou com a sua permissão.<ref name=":0" /> Em 1418 dois dos seus escudeiros, [[João Gonçalves Zarco]] e [[Tristão Vaz Teixeira]], fazem o reconhecimento da ilha do [[Porto Santo]], no [[arquipélago da Madeira]] e, no ano seguinte, da [[ilha da Madeira]]. Estas ilhas já estão assinaladas em [[Portulano|portulanos]] e textos desde o século anterior. As ilhas revelaram-se de grande importância, vindo a produzir grandes quantidades de [[cereais]], minimizando a escassez que afligia Portugal. O arquipélago foi doado a D. Henrique por [[Duarte I de Portugal]], sucessor de D. João I, em 1433.


Em 25 de maio de 1420, D. Henrique foi nomeado Governador da [[Ordem de Cristo]], cargo que deteve até ao fim da vida.<ref name=":1" /> No que concerne ao seu interesse na exploração do [[oceano Atlântico]], o cargo e os recursos da ordem foram decisivos ao longo da década de 1440. Desde que ficou com a tutela da Ordem, as velas passaram a usar a [[cruz de Cristo]].<ref name=":0" />
Em 25 de maio de 1420, D. Henrique foi nomeado Governador da [[Ordem de Cristo]], cargo que deteve até ao fim da vida.<ref name=":1" /> No que concerne ao seu interesse na exploração do [[oceano Atlântico]], o cargo e os recursos da ordem foram decisivos ao longo da década de 1440. Desde que ficou com a tutela da Ordem, as velas passaram a usar a [[cruz de Cristo]].<ref name=":0" />
[[Ficheiro:Henry the Navigator (Cronicas).jpg|thumb|Capa das ''Crónicas dos Feitos de Guiné'' (Paris codex), com a frase "''talent de bien faire'' ("vontade de bem fazer")|alt=|esquerda|211x211px]]
[[Imagem:Henry the Navigator (Cronicas).jpg|thumb|Capa das ''Crónicas dos Feitos de Guiné'' (Paris codex), com a frase "''talent de bien faire'' ("vontade de bem fazer"), a ''divisa do Infante D. Henrique''. O retratado, de acordo com a mais recente historiografia da arte, é o rei D. [[Duarte I]], seu irmão. Esta gravura é atribuída ao D. Henrique erradamente já que as análises apontam que a página onde se insere não pertence ao manuscrito.<ref>{{citar livro|título=O Retábulo de S. Vicente da Sé de lisboa e os Documentos|ultimo=Markl|primeiro=Dagoberto|editora=Editorial Caminho SA|ano=1988|local=Lisboa|página=67-98|páginas=}}</ref>Uma investigação de 2018, em Paris, identifica este retrato como Infante D. Pedro, alterando o significado global dos Painéis de S. Vicente.<ref>{{citar web |ultimo=Branco |primeiro=Fernando |url=http://matriadigital.cm-santarem.pt/images/numero7/15%20branco.pdf |titulo=Os Infantes D. Henrique e D. Pedro nos Painéis de S. Vicente |data=2020 |publicado=Revista Mátria nº7,Centro Investigação J. Veríssimo Serrão (youtube Novos Painéis de S. Vicente livro)}}</ref>|alt=|esquerda|273x273px]]
Em 1427, os seus navegadores descobriram as primeiras ilhas dos [[Açores]], por [[Diogo de Silves]]. Outra data aponta para 1431, por [[Gonçalo Velho]].<ref name=":0" /> Também estas ilhas desabitadas foram depois povoadas pelos portugueses.
Em 1427, os seus navegadores descobriram as primeiras ilhas dos [[Açores]], por [[Diogo de Silves]]. Outra data aponta para 1431, por [[Gonçalo Velho]].<ref name=":0" /> Também estas ilhas desabitadas foram depois povoadas pelos portugueses.


Mapas do século XIV apontam a existência de ilhas nas coordenadas dos Açores.<ref name=":0" />
Mapas do século XIV apontam a existência de ilhas nas coordenadas dos Açores.<ref name=":0" />
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[[Imagem:O sonho do Infante.jpg|miniatura|''O sonho do Infante'', por [[José Malhoa]]]]
Até à época do Infante D. Henrique, o [[cabo Bojador]] era para os [[Europa|europeus]] o ponto conhecido mais meridional na costa de África. [[Gil Eanes]], que comandou uma das expedições, foi o primeiro a ultrapassá-lo em 1434, eliminando os medos então vigentes quanto ao desconhecido que para lá do cabo se encontraria.<ref name=":2" />
Até à época do Infante D. Henrique, o [[cabo Bojador]] era para os [[Europa|europeus]] o ponto conhecido mais meridional na costa de África. [[Gil Eanes]], que comandou uma das expedições, foi o primeiro a ultrapassá-lo em 1434, eliminando os medos então vigentes quanto ao desconhecido que para lá do cabo se encontraria.<ref name=":2" />


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O reinado de D. Duarte durou apenas cinco anos, após o qual, D. Henrique apoiou o seu irmão [[Pedro, Infante de Portugal|D. Pedro]] na regência como "braço-direito", sendo seu [[lugar-tenente]]<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.pt/books?id=Bt7SF6yubNAC|título=Monumenta Henricina Volume VII (1439-1443)|editora=UC Biblioteca Geral 1|lingua=pt}}</ref> durante a menoridade do sobrinho [[Afonso V de Portugal|D. Afonso V]], recebendo em troca a confirmação do seu privilégio. Procedeu também, durante a regência, ao povoamento dos [[Açores]].
O reinado de D. Duarte durou apenas cinco anos, após o qual, D. Henrique apoiou o seu irmão [[Pedro, Infante de Portugal|D. Pedro]] na regência como "braço-direito", sendo seu [[lugar-tenente]]<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.pt/books?id=Bt7SF6yubNAC|título=Monumenta Henricina Volume VII (1439-1443)|editora=UC Biblioteca Geral 1|lingua=pt}}</ref> durante a menoridade do sobrinho [[Afonso V de Portugal|D. Afonso V]], recebendo em troca a confirmação do seu privilégio. Procedeu também, durante a regência, ao povoamento dos [[Açores]].
[[Ficheiro:Armas duque viseu.svg|miniatura|133x133px|[[Brasão]] de armas de D. Henrique.|alt=|esquerda]]
[[Imagem:Armas duque viseu.svg|miniatura|upright=0.5|[[Brasão]] de armas de D. Henrique.]]
Com um novo tipo de embarcação, a [[caravela]], as expedições adquiriram um grande impulso. O [[Cabo Branco (Mauritânia)|cabo Branco]] foi atingido em 1441 por [[Nuno Tristão]] e [[Antão Gonçalves]]. A [[Baía de Arguim]] em [[1443]], com consequente construção de uma feitoria em 1448.<ref name=":2" />
Com um novo tipo de embarcação, a [[caravela]], as expedições adquiriram um grande impulso. O [[Cabo Branco (Mauritânia)|cabo Branco]] foi atingido em 1441 por [[Nuno Tristão]] e [[Antão Gonçalves]]. A [[Baía de Arguim]] em [[1443]], com consequente construção de uma feitoria em 1448.<ref name=":2" />


Foi também em 1441 que foram trazidos os primeiros escravos e criado um entreposto comercial no cabo Branco. [[Dinis Dias]] chegou ao [[rio Senegal]] e dobrou o [[Cabo Verde (cabo)|Cabo Verde]] em 1444. A [[Guiné]] foi visitada. Assim, os limites a sul do grande [[deserto do Saara]] foram ultrapassados. A partir daí, D. Henrique cumpriu um dos seus objectivos: desviar as rotas do comércio do [[Deserto do Saara|Saara]] e aceder às riquezas na [[África Meridional]]. Em [[1452]] a chegada de [[ouro]] era em suficiente quantidade para que se cunhassem os primeiros [[cruzado (moeda portuguesa)|cruzados]] nesse metal.<ref name=":2" />
Foi também em 1441 que foram trazidos os primeiros escravos e criado um entreposto comercial no cabo Branco. [[Dinis Dias]] chegou ao [[rio Senegal]] e dobrou o [[Cabo Verde (cabo)|Cabo Verde]] em 1444. A [[Guiné]] foi visitada. Assim, os limites a sul do grande [[deserto do Saara]] foram ultrapassados. A partir daí, D. Henrique cumpriu um dos seus objectivos: desviar as rotas do comércio do [[Deserto do Saara|Saara]] e aceder às riquezas na [[África Meridional]]. Em [[1452]] a chegada de [[ouro]] era em suficiente quantidade para que se cunhassem os primeiros [[cruzado (moeda portuguesa)|cruzados]] nesse metal.<ref name=":2" />


Entre 1444 e 1446, cerca de quarenta embarcações partiram de [[Lagos (Portugal)|Lagos]]. Na [[década de 1450]] descobriu-se o arquipélago de [[Cabo Verde]]. Data dessa época a encomenda de um [[mapa-múndi]] do [[Velho Mundo]] a [[Fra Mauro]], um monge [[República de Veneza|veneziano]].
Entre 1444 e 1446, cerca de quarenta embarcações partiram de [[Lagos (Portugal)|Lagos]]. Na década de 1450 descobriu-se o arquipélago de [[Cabo Verde]]. Data dessa época a encomenda de um [[mapa-múndi]] do [[Velho Mundo]] a [[Fra Mauro]], um monge [[República de Veneza|veneziano]].


Em 1460, a costa estava já explorada até ao que é hoje a [[Serra Leoa]].
Em 1460, a costa estava já explorada até ao que é hoje a [[Serra Leoa]].
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Entretanto, D. Henrique estava também ocupado com assuntos internos do Reino. Julga-se ter patrocinado a criação, na [[Universidade de Coimbra]], de uma cátedra de astronomia e filosofia.
Entretanto, D. Henrique estava também ocupado com assuntos internos do Reino. Julga-se ter patrocinado a criação, na [[Universidade de Coimbra]], de uma cátedra de astronomia e filosofia.


Um dos motivos para a exploração marítima era encontrar o reino do ''[[Preste João]].'' Desejava-se obter uma aliança com esse reino cristão para atacar os muçulmanos pelas costas.<ref name=":0" /><br />
Um dos motivos para a exploração marítima era encontrar o reino do ''[[Preste João]].'' Desejava-se obter uma aliança com esse reino cristão para atacar os muçulmanos pelas costas.<ref name=":0" />


=== Desastre de Tânger ===
=== Desastre de Tânger ===
{{Artigo principal|Desastre de Tânger (1437)}}
{{Artigo principal|Desastre de Tânger (1437)}}
Foi um dos principais organizadores da conquista de [[Tânger]] em 1437, que se revelou fracasso enorme, já que o seu irmão mais novo, D. Fernando (o [[Infante Santo]]) ficou refém em Marrocos, até à sua morte em 1443, como garantia da devolução de Ceuta que nunca veio a acontecer. A sua reputação militar sofreu um revés e os seus últimos anos de vida foram dedicados à política e à exploração.
Foi um dos principais organizadores da conquista de [[Tânger]] em 1437, que se revelou fracasso enorme, já que o seu irmão mais novo, D. Fernando (o [[Infante Santo]]) ficou refém em Marrocos, até à sua morte em 1443, como garantia da devolução de Ceuta que nunca veio a acontecer. A sua reputação militar sofreu um revés e os seus últimos anos de vida foram dedicados à política e à exploração.


== Legado ==
== Legado ==
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Ainda durante a sua vida chegou-se ao arquipélago de [[Cabo Verde]], em 1455 por [[Alvise Cadamosto|Cadamosto]].<br />
Ainda durante a sua vida chegou-se ao arquipélago de [[Cabo Verde]], em 1455 por [[Alvise Cadamosto|Cadamosto]].<br />
== Genealogia ==
== Genealogia ==


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O Infante morreu solteiro, sem alguma vez ter tido mulher ou filhos. Deixou como seu principal herdeiro o seu sobrinho (e filho adoptivo), em bens, cargos e [[título nobiliárquico|títulos]], o segundo filho de seu irmão o rei D. [[Duarte I de Portugal|Duarte]] já falecido, o [[Fernando de Portugal, Duque de Viseu|Infante D. Fernando, duque de Beja]], e que a partir dessa altura passa a ser [[Duque de Viseu]] tal como ele e a dirigir os [[Descobrimentos portugueses]] para o [[Reino de Portugal]] tal como o seu tio.<ref name=":1" />
O Infante morreu solteiro, sem alguma vez ter tido mulher ou filhos. Deixou como seu principal herdeiro o seu sobrinho (e filho adoptivo), em bens, cargos e [[título nobiliárquico|títulos]], o segundo filho de seu irmão o rei D. [[Duarte I de Portugal|Duarte]] já falecido, o [[Fernando de Portugal, Duque de Viseu|Infante D. Fernando, duque de Beja]], e que a partir dessa altura passa a ser [[Duque de Viseu]] tal como ele e a dirigir os [[Descobrimentos portugueses]] para o [[Reino de Portugal]] tal como o seu tio.<ref name=":1" />


 
{{Referências}}
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== Bibliografia ==
== Bibliografia ==
*ALBUQUERQUE, Luís de. ''Dicionário de história dos descobrimentos portugueses''. Lisboa: Círculo de Leitores, 1994.
*ALBUQUERQUE, Luís de. ''Dicionário de história dos descobrimentos portugueses''. Lisboa: Círculo de Leitores, 1994.
*MARKL, Dagoberto (1988). O Retábulo de S. Vicente da Sé de Lisboa e os Documentos. Lisboa: Editorial Caminho SA
*DOMINGUES, Mário. ''O Infante D. Henrique''. Lisboa: Romano Torres, 1957.
*DOMINGUES, Mário. ''O Infante D. Henrique''. Lisboa: Romano Torres, 1957.
*OLIVAL, Fernanda. ''The Military Orders and the Portuguese Expansion (15th to 17th Centuries)''. ''Portuguese Studies Review'' Monographs, Vol. 3.  Peterborough: Baywolf Press and The Portuguese Studies Review, 2018.
*OLIVAL, Fernanda. ''The Military Orders and the Portuguese Expansion (15th to 17th Centuries)''. ''Portuguese Studies Review'' Monographs, Vol. 3.  Peterborough: Baywolf Press and The Portuguese Studies Review, 2018.
*RUSSELL, Peter. ''Prince Henry ´the Navigator´''a Life. New Haven: Yale University Press, 2000. ISBN 0-300-08233-9
*RUSSELL, Peter. ''Prince Henry ´the Navigator´''a Life. New Haven: Yale University Press, 2000. ISBN 0-300-08233-9
*{{citar livro|apelido= Saraiva|nome=José|título= História de Portugal|editora= Publicações Europa-América|ano= 1993 |local= Mem Martins}}
*{{citar livro|apelido= Saraiva|nome=José|título= História de Portugal|editora= Publicações Europa-América|ano= 1993 |local= Mem Martins}}
==Ver também==
*[[Era dos Descobrimentos]]
*[[Descobrimentos portugueses]]
*[[Diogo Gomes]]


== Ligações externas ==
== Ligações externas ==
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Edição atual tal como às 23h25min de 21 de agosto de 2022

Predefinição:Multitag Predefinição:Info/Nobre O Infante Dom Henrique de Avis, 1.º duque de Viseu e 1.º senhor da Covilhã (Porto, 4 de março de 1394Sagres, 13 de novembro de 1460),[1] foi um infante português e a mais importante figura do início da era das descobertas, popularmente conhecido como Infante de Sagres ou O Navegador.

Os seus restos mortais encontram-se sepultados no Mosteiro da Batalha.

Vida

Infante D. Henrique nasceu numa quarta-feira de cinzas na cidade do Porto, Portugal, no dia então considerado pouco propício ao nascimento de uma criança. Era o quinto filho de João I de Portugal, fundador da Dinastia de Avis, e de Dona Filipa de Lencastre.

Foi batizado alguns dias depois do seu nascimento, tendo sido o seu padrinho o bispo de Viseu. Os seus pais deram-lhe o nome Henrique possivelmente em honra do seu tio materno, o duque Henrique de Lencastre (futuro Henrique IV de Inglaterra).

Pouco se sabe sobre a vida do infante até aos seus catorze anos. Tanto ele como os seus irmãos (a chamada Ínclita geração) tiveram como aio um cavaleiro da Ordem de Avis.

Foi o principal impulsionador da expansão portuguesa, os chamados descobrimentos portugueses.

Em 1414, convenceu seu pai a montar a campanha para a conquista de Ceuta, na costa norte-africana junto ao estreito de Gibraltar. A cidade foi conquistada em Agosto de 1415,[2] assegurando ao reino de Portugal o controle das rotas marítimas de comércio entre o Atlântico e o Levante. Na ocasião foi armado cavaleiro e recebeu os títulos de Senhor da Covilhã e duque de Viseu.[3]

Foi também administrador da Ordem de Cristo.[2][3]

Após a conquista de Ceuta, retirou-se para Lagos, onde dirigiu expedições ao Atlântico. Rodeou-se de sábios e navegadores portugueses, maiorquinos, genoveses e venezianos.

Durante a sua vida foram redescobertas as ilhas do Atlântico, já conhecidas em mapas do século XIV: os arquipélagos da Madeira e dos Açores. O povoamento e exploração das ilhas ficou a seu cargo.[3]

Após a morte do irmão, o rei Duarte, tornou-se regente o irmão infante D. Pedro, sendo o sobrinho Afonso V, menor. Um conflito entre o rei Afonso V e o seu tio, o infante D. Pedro, levou à batalha de Alfarrobeira, em que o infante foi morto. O infante D. Henrique colocou-se ao lado do rei, seu sobrinho, contra o seu próprio irmão.[3]

Expansão territorial

Durante o reinado de seu pai iniciou-se a expansão para África e para o Atlântico. Henrique teve um papel importante nesta fase. As explorações continuaram durante os reinados seguintes e a regência do infante Pedro.

Conquista de Ceuta

Ver artigo principal: Conquista de Ceuta

O infante e os seus irmãos quiseram ser armados cavaleiros depois duma batalha e não em torneio. Foi proposta a tomada da cidade de Ceuta, no norte de África.[2][3] A sua conquista também era uma forma do rei ganhar prestígio, conquistando uma cidade muçulmana, pois estes eram vistos como inimigos dos cristãos.

Uma enorme armada partiu em 23 de Julho de 1415. A tomada deu-se a 21 de Agosto. A 18 de fevereiro de 1416 foi encarregado do governo de Ceuta. Cabia-lhe organizar, no reino, a manutenção daquela praça-forte em Marrocos.[4]

Em 1418, regressou a Ceuta na companhia de D. João, seu irmão mais novo. Os infantes comandavam uma expedição de socorro à cidade, que sofreu nesse ano o primeiro grande cerco, imposto conjuntamente pelas forças dos reis de Fez e de Granada. O cerco foi levantado e D. Henrique tentou de imediato atacar Gibraltar, mas o mau tempo impediu-o de desembarcar: manifestava-se assim uma vez mais a temeridade e fervor anti muçulmano do Infante. Ao regressar a Ceuta recebeu ordens de seu pai para não prosseguir tal empreendimento, pelo que retornou para o reino nos primeiros meses de 1419. Aprestou por esta época uma armada de corso, que atuava no estreito de Gibraltar a partir de Ceuta. Dispunha assim de mais uma fonte de rendimentos e desse modo, muitos dos seus homens habituaram-se à vida no mar. Mais tarde, alguns deles seriam utilizados nas viagens dos Descobrimentos.

Expansão marítima

Ver artigo principal: Descobrimentos portugueses
Monumento aos Descobrimentos
Monumento aos Descobrimentos, em Lisboa, frente ao Tejo.
Cruz de Cristo usada nas velas
A cruz de Cristo foi usada nas velas durante as viagens de exploração.

Em Lagos, no Algarve, o infante fixou a sua residência. Várias expedições foram feitas por sua iniciativa ou com a sua permissão.[2] Em 1418 dois dos seus escudeiros, João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz Teixeira, fazem o reconhecimento da ilha do Porto Santo, no arquipélago da Madeira e, no ano seguinte, da ilha da Madeira. Estas ilhas já estão assinaladas em portulanos e textos desde o século anterior. As ilhas revelaram-se de grande importância, vindo a produzir grandes quantidades de cereais, minimizando a escassez que afligia Portugal. O arquipélago foi doado a D. Henrique por Duarte I de Portugal, sucessor de D. João I, em 1433.

Em 25 de maio de 1420, D. Henrique foi nomeado Governador da Ordem de Cristo, cargo que deteve até ao fim da vida.[3] No que concerne ao seu interesse na exploração do oceano Atlântico, o cargo e os recursos da ordem foram decisivos ao longo da década de 1440. Desde que ficou com a tutela da Ordem, as velas passaram a usar a cruz de Cristo.[2]

Capa das Crónicas dos Feitos de Guiné (Paris codex), com a frase "talent de bien faire ("vontade de bem fazer"), a divisa do Infante D. Henrique. O retratado, de acordo com a mais recente historiografia da arte, é o rei D. Duarte I, seu irmão. Esta gravura é atribuída ao D. Henrique erradamente já que as análises apontam que a página onde se insere não pertence ao manuscrito.[5]Uma investigação de 2018, em Paris, identifica este retrato como Infante D. Pedro, alterando o significado global dos Painéis de S. Vicente.[6]

Em 1427, os seus navegadores descobriram as primeiras ilhas dos Açores, por Diogo de Silves. Outra data aponta para 1431, por Gonçalo Velho.[2] Também estas ilhas desabitadas foram depois povoadas pelos portugueses.

Mapas do século XIV apontam a existência de ilhas nas coordenadas dos Açores.[2]

O sonho do Infante, por José Malhoa

Até à época do Infante D. Henrique, o cabo Bojador era para os europeus o ponto conhecido mais meridional na costa de África. Gil Eanes, que comandou uma das expedições, foi o primeiro a ultrapassá-lo em 1434, eliminando os medos então vigentes quanto ao desconhecido que para lá do cabo se encontraria.[4]

Aquando da morte de D. João I, D. Duarte, irmão de D. Henrique, subiu ao trono. O rei entregou ao irmão um quinto de todos os proveitos comerciais com as zonas descobertas bem como o direito de explorar além do cabo Bojador.[4]

O reinado de D. Duarte durou apenas cinco anos, após o qual, D. Henrique apoiou o seu irmão D. Pedro na regência como "braço-direito", sendo seu lugar-tenente[7] durante a menoridade do sobrinho D. Afonso V, recebendo em troca a confirmação do seu privilégio. Procedeu também, durante a regência, ao povoamento dos Açores.

Brasão de armas de D. Henrique.

Com um novo tipo de embarcação, a caravela, as expedições adquiriram um grande impulso. O cabo Branco foi atingido em 1441 por Nuno Tristão e Antão Gonçalves. A Baía de Arguim em 1443, com consequente construção de uma feitoria em 1448.[4]

Foi também em 1441 que foram trazidos os primeiros escravos e criado um entreposto comercial no cabo Branco. Dinis Dias chegou ao rio Senegal e dobrou o Cabo Verde em 1444. A Guiné foi visitada. Assim, os limites a sul do grande deserto do Saara foram ultrapassados. A partir daí, D. Henrique cumpriu um dos seus objectivos: desviar as rotas do comércio do Saara e aceder às riquezas na África Meridional. Em 1452 a chegada de ouro era em suficiente quantidade para que se cunhassem os primeiros cruzados nesse metal.[4]

Entre 1444 e 1446, cerca de quarenta embarcações partiram de Lagos. Na década de 1450 descobriu-se o arquipélago de Cabo Verde. Data dessa época a encomenda de um mapa-múndi do Velho Mundo a Fra Mauro, um monge veneziano.

Em 1460, a costa estava já explorada até ao que é hoje a Serra Leoa.

Entretanto, D. Henrique estava também ocupado com assuntos internos do Reino. Julga-se ter patrocinado a criação, na Universidade de Coimbra, de uma cátedra de astronomia e filosofia.

Um dos motivos para a exploração marítima era encontrar o reino do Preste João. Desejava-se obter uma aliança com esse reino cristão para atacar os muçulmanos pelas costas.[2]

Desastre de Tânger

Ver artigo principal: Desastre de Tânger (1437)

Foi um dos principais organizadores da conquista de Tânger em 1437, que se revelou fracasso enorme, já que o seu irmão mais novo, D. Fernando (o Infante Santo) ficou refém em Marrocos, até à sua morte em 1443, como garantia da devolução de Ceuta que nunca veio a acontecer. A sua reputação militar sofreu um revés e os seus últimos anos de vida foram dedicados à política e à exploração.

Legado

Durante a sua vida foram redescobertos arquipélagos da Madeira e dos Açores. Foi feita a sua colonização e exploração económica.

A passagem do cabo Bojador, em 1434 por Gil Eanes, foi outro acontecimento importante.

Ainda durante a sua vida chegou-se ao arquipélago de Cabo Verde, em 1455 por Cadamosto.

Genealogia

Antepassados

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8. Eduardo III de Inglaterra
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. João de Gante
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9. Filipa de Hainault
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. Filipa de Lencastre
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10. Henrique de Grosmont, 1.º Duque de Lancaster
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. Branca de Lencastre
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11. Isabel de Beaumont
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Infante Henrique
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12. Afonso IV de Portugal
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. Pedro I de Portugal
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13. Beatriz de Castela (1293–1359)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. João I de Portugal
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14. Lourenço Martins
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7. Teresa Lourenço
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15. Sancha Martins
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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Realeza Portuguesa
Casa de Avis
Descendência
Ordem Avis.svg

Descendência

O Infante morreu solteiro, sem alguma vez ter tido mulher ou filhos. Deixou como seu principal herdeiro o seu sobrinho (e filho adoptivo), em bens, cargos e títulos, o segundo filho de seu irmão o rei D. Duarte já falecido, o Infante D. Fernando, duque de Beja, e que a partir dessa altura passa a ser Duque de Viseu tal como ele e a dirigir os Descobrimentos portugueses para o Reino de Portugal tal como o seu tio.[3]

Referências

  1. João Cardini (1806). «Epithome da vida do Infante D. Henrique. Gravura: buril e ponteado, p&b; 23,2x15,5 cm (matriz)». Biblioteca Nacional de Portugal. Consultado em 17 de agosto de 2013 
  2. 2,0 2,1 2,2 2,3 2,4 2,5 2,6 2,7 Saraiva, José (1993). História de Portugal. Mem Martins: Publicações Europa-América 
  3. 3,0 3,1 3,2 3,3 3,4 3,5 3,6 «O Portal da História - Artigos : O Infante D. Henrique, 1394-1460». www.arqnet.pt. Consultado em 27 de outubro de 2019 
  4. 4,0 4,1 4,2 4,3 4,4 DOMINGUES, Mário. O Infante D. Henrique. Lisboa: Romano Torres, 1957
  5. Markl, Dagoberto (1988). O Retábulo de S. Vicente da Sé de lisboa e os Documentos. Lisboa: Editorial Caminho SA. p. 67-98 
  6. Branco, Fernando (2020). «Os Infantes D. Henrique e D. Pedro nos Painéis de S. Vicente» (PDF). Revista Mátria nº7,Centro Investigação J. Veríssimo Serrão (youtube Novos Painéis de S. Vicente livro) 
  7. Monumenta Henricina Volume VII (1439-1443) (em português). [S.l.]: UC Biblioteca Geral 1 

Bibliografia

  • ALBUQUERQUE, Luís de. Dicionário de história dos descobrimentos portugueses. Lisboa: Círculo de Leitores, 1994.
  • MARKL, Dagoberto (1988). O Retábulo de S. Vicente da Sé de Lisboa e os Documentos. Lisboa: Editorial Caminho SA
  • DOMINGUES, Mário. O Infante D. Henrique. Lisboa: Romano Torres, 1957.
  • OLIVAL, Fernanda. The Military Orders and the Portuguese Expansion (15th to 17th Centuries). Portuguese Studies Review Monographs, Vol. 3. Peterborough: Baywolf Press and The Portuguese Studies Review, 2018.
  • RUSSELL, Peter. Prince Henry ´the Navigator´a Life. New Haven: Yale University Press, 2000. ISBN 0-300-08233-9
  • Saraiva, José (1993). História de Portugal. Mem Martins: Publicações Europa-América 

Ligações externas


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Precedido por
N/A
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Sucedido por
Fernando

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