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GNOME: mudanças entre as edições

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(Sem diferença)

Edição das 22h48min de 1 de junho de 2018

Disambig grey.svg Nota: Este artigo é sobre o projeto de software livre. Para outros significados, veja Gnomo (desambiguação).
GNOME
Gnomelogo.svg
Gnome-3.18.2-showing-overview.png
GNOME 3.18.2
Desenvolvedor Projeto GNOME
Lançamento 3 de março de 1999 (25 anos)
Versão estável 3.28[1] (Predefinição:Data de lançamento)
Idioma(s) mais de 50 línguas [2]
Escrito em C, C++, Python, Vala, JavaScript[3]
Sistema operativo Linux com systemd sobre X11 ou Wayland
Gênero(s) Ambiente Gráfico
Licença GPL, LGPL
Página oficial www.gnome.org

GNOME (acrônimo para GNU Network Object Model Environment) é um projeto de software livre abrangendo o Ambiente de Trabalho GNOME, para os usuários, e a Plataforma de Desenvolvimento GNOME, para os desenvolvedores. O projeto dá ênfase especial a usabilidade, acessibilidade e internacionalização.[4]

O desenvolvimento do GNOME é supervisionado pela Fundação GNOME, que representa oficialmente o projeto junto a empresas, organizações e a sociedade como um todo[5]. O projeto conta ainda com uma série de equipes com missões específicas, inclusive com uma equipe de engenharia de lançamentos, responsável pelo característico calendário de lançamentos semestrais.[4]

A comunidade de desenvolvimento do GNOME conta tanto com voluntários quanto com empregados de várias empresas, inclusive grandes empresas como Hewlett-Packard, IBM, Novell, Red Hat, Oracle, entre outras. Por sua vez, o GNOME é filiado ao Projeto GNU, de onde herdou a missão de prover um ambiente de trabalho composto inteiramente por software livre.

Metas

O projeto GNOME dá ênfase à simplicidade, usabilidade, e fazer as coisas simplesmente funcionarem. As outras metas do projeto são:

  • Liberdade - para criar um ambiente de trabalho que sempre terá o código fonte disponível para reutilização.
  • Acessibilidade - assegurar que o ambiente pode ser usado por qualquer pessoa, independentemente de habilidades técnicas, ou deficiências físicas.
  • Internacionalização - fazer o ambiente disponível em vários idiomas. No momento o GNOME está sendo traduzido para mais de 160 idiomas.
  • Facilidade para o desenvolvedor - assegurar que seja fácil escrever um programa que se integra com o ambiente, e dar aos desenvolvedores liberdade de escolher sua linguagem de programação.
  • Organização - um ciclo de versões regular e uma estrutura disciplinada.
  • Suporte - assegurar suporte a outras instituições fora da comunidade GNOME.

História

Predefinição:Técnico

GNOME 1, Março de 1999.

O projeto GNOME foi criado em 15 de agosto de 1997 pelos mexicanos Miguel de Icaza e Federico Mena Quintero, como uma resposta ao Windows 95. O projeto KDE já estava em andamento, mas para ser usado ou desenvolvido era necessário instalar o Qt, um conjunto de ferramentas que na época não tinha uma licença livre. Miguel de Icaza descartou a ideia de reimplementar a API do Qt usando software livre porque projetos análogos, como o GNUstep, Wine and LessTif, mostravam um progresso muito lento. Antes da criação do GNOME, Miguel e Federico tinham tentado colaborar com o GNUstep, mas desistiram por considerar sua comunidade desorganizada, e seu código cheio de erros.

GNOME 2.0, junho de 2002.

A plataforma de desenvolvimento aproveitou e aprimorou o GTK, um conjunto de ferramentas usado pelo editor de imagens GIMP, em cujo desenvolvimento Federico Quintero estava também envolvido. Miguel de Icaza ficou muito impressionado com a arquitetura COM quanto passou por uma entrevista na Microsoft, e o reflexo foi o desenvolvimento da biblioteca Bonobo, incorporada ao GNOME 1.4. Além de permitir o reaproveitamento de componentes de software, o Bonobo colaborou para que o desenvolvimento de aplicativos para o GNOME pudesse ser feito com qualquer linguagem de programação. Outra característica da plataforma de desenvolvimento do GNOME é ser completamente escrita em C, o que também facilita a criação de bindings para outras linguagens de programação[6]. A plataforma de desenvolvimento do GNOME é escrita principalmente nas linguagens de programação C, C++, Javascript, Python e Vala.[3] Toda a plataforma de desenvolvimento do GNOME usa a licença GNU Lesser General Public License, uma licença livre que permite a utilização da plataforma GNOME por software proprietário[7].

O lançamento do GNOME 2.0 marcou uma guinada nos rumos do projeto, que passou a enfatizar a usabilidade em vez da configurabilidade. A plataforma foi quase inteiramente reescrita, trazendo várias melhorias como melhoria de desempenho, melhor internacionalização (usando Unicode internamente), suavização da renderização de fontes, e principalmente a estreia de sua plataforma de acessibilidade.[8]

Design

Human Interface Guidelines (HIG)

Desde o GNOME 2, a produtividade tem sido o foco principal do GNOME. Para este fim, as Diretrizes de Interface Humana do GNOME (Human Interface Guidelines - HIG) foram criadas. Todos os programas do GNOME compartilham um estilo coerente de interface gráfica do usuário (GUI), mas não estão limitados ao emprego dos mesmos widgets da GUI. Em vez disso, o design da GUI do GNOME é guiado por conceitos descritos no GNOME HIG, ele próprio baseado em insights da ergonomia cognitiva.[9] Seguindo o HIG, os desenvolvedores podem criar programas GUI de alta qualidade, consistentes e utilizáveis, já que ele trata de tudo, desde o design da GUI até o layout recomendado de widgets baseados em pixels.

Durante a reescrita do GNOME 2, muitas configurações consideradas de pouco valor para a maioria dos usuários foram removidas. Havoc Pennington resumiu o trabalho de usabilidade em seu ensaio de 2002 "Free Software UI", enfatizando a ideia de que todas as preferências têm um custo, e é melhor fazer o software se comportar corretamente por padrão do que adicionar uma preferência de interface para obter o comportamento desejado: Página Predefinição:Quote/styles.css não tem conteúdo.

Um aplicativo tradicional de software livre é configurável para que tenha a união de todos os recursos que qualquer um já viu em qualquer aplicativo equivalente em qualquer outra plataforma histórica. Ou até mesmo configurável para ser a união de todos os aplicativos que qualquer um já viu em qualquer plataforma histórica (Emacs * tosse *).
Isso machuca alguma coisa? Sim. Acontece que as preferências têm um custo. Naturalmente, algumas preferências também têm benefícios importantes - e podem ser recursos de interface cruciais. Mas cada um tem um preço e você deve considerar cuidadosamente seu valor. Muitos usuários e desenvolvedores não entendem isso e acabam com muito custo e pouco valor para suas preferências em dólar.

GNOME Shell

Predefinição:OverlayO GNOME Shell é a interface oficial de usuários do ambiente de desktop GNOME. Possui uma barra superior contendo (da esquerda para a direita): um botão de Atividades, um menu de aplicativos, um relógio e um menu de status do sistema integrado.[11][12] O menu do aplicativo exibe o nome do aplicativo em foco e fornece acesso a funções como acessar as preferências do aplicativo, fechar o aplicativo ou criar uma nova janela do aplicativo. O menu de status contém vários indicadores de status do sistema, atalhos para as configurações do sistema e ações de sessão, incluindo o logout, alternar usuários, bloquear a tela e suspender o computador.

Clicar no botão Atividades, mover o mouse para o canto superior esquerdo ou pressionar a tecla Super exibe o Overview(Visão Geral).[13] A Visão Geral oferece aos usuários uma visão geral das atividades atuais e fornece uma maneira de alternar entre janelas e espaços de trabalho e iniciar aplicativos. O Dash(Painel) à esquerda abriga atalhos para aplicativos favoritos e janelas abertas e um botão de seleção de aplicativo para mostrar uma lista de todos os aplicativos instalados.[14] Uma barra de pesquisa é exibida na parte superior e uma lista de espaços de trabalho para alternar entre espaços de trabalho está à direita. As notificações aparecem na parte inferior da tela.[15]

Começando com o GNOME 3.8, o GNOME fornece um Modo Clássico para aqueles que preferem uma experiência de área de trabalho tradicional (semelhante ao GNOME 2).[16]

GNOME 3 Modo Clássico

Compatibilidade

O GNOME é executado no Wayland e no X Window System.[17] O suporte a Wayland foi introduzido no GNOME 3.10[18] e considerado “para a maioria dos usuários […] uma experiência utilizável no dia-a-dia” na versão 3.20[19] e priorizados em relação às sessões X.[20] O GNOME 3.24 irá estender a compatibilidade do Wayland para os drivers da NVidia.[21]

Versões do GNOME estão disponíveis na maioria das distribuições do Linux como o ambiente de desktop padrão ou como uma opção instalável e também nas coleções de portas da maioria dos BSDs.

Em maio de 2011, Lennart Poettering propôs o systemd como uma dependência do GNOME.[22] Como o systemd está disponível apenas no Linux, a proposta levou a uma discussão sobre a possível queda do suporte para outras plataformas em futuras versões do GNOME. Já que o suporte multi-terminal do GNOME 3.2 só está disponível em sistemas que usam o systemd.[23] Em novembro de 2012, a equipe de lançamento do GNOME concluiu que o systemd pode ser usado para funcionalidades não básicas.[24]

Desenvolvimento

O GNOME é desenvolvido pelo Projeto GNOME e fornece o GNOME Desktop Environment, uma interface gráfica com o usuário e um conjunto de aplicativos principais, e a Plataforma de Desenvolvimento GNOME(GNOME Development Platform), uma estrutura para criar aplicativos que se integram à área de trabalho.[25]

Tal como acontece com a maioria dos projetos de software livre, o desenvolvimento do GNOME é gerenciado de forma livre. A discussão ocorre principalmente em várias listas de discussão públicas.[26] Os desenvolvedores e usuários do GNOME se reúnem em uma reunião anual do GUADEC para discutir o estado atual e a direção futura do GNOME.[27] O GNOME incorpora padrões e programas do Freedesktop.org para melhor interoperar com outros desktops.

O GNOME é escrito principalmente em C, C ++, Vala, Python e JavaScript. Várias vinculações de nomes estão disponíveis.

Sistemas suportados

Inúmeras distribuições suportam o GNOME, alguns exemplos são Ubuntu, Fedora, OpenSUSE, Debian, Arch Linux e Gentoo.

Suporte experimental ao Wayland

A partir da versão 3.14 do GNOME 3, distros de alta tecnologia (Arch Linux ou Fedora Linux) tem suporte parcial ao Wayland e a partir da versão 3.16 do GNOME 3, terá suporte quase total ao Wayland.

Desenvolvimento de Aplicações

O GNOME conta com uma coleção rica de ferramentas, bibliotecas, e dos componentes para desenvolver aplicações para sistemas baseados em Linux e em Unix.

O Office do GNOME

A distribuição completa do GNOME inclui uma suite para escritório (Office) através da integração de vários projectos independentes: processador de texto (AbiWord), folha de cálculo (Gnumeric), gestão de projetos (Planner), editor de diagramas (Dia), programa para desenhos vetoriais (Inkscape) e de imagem (GIMP).

Críticas ao GNOME 3.x

Devido a mudança "agressiva" de visual e de usabilidade do GNOME 2 para o GNOME 3, vários usuários criticaram a nova versão, dentre eles Linus Torvalds[28], fazendo surgir o ambiente MATE como uma alternativa ao GNOME 3.[29]

Software livre

O projeto GNOME foi um dos primeiros a oferecer um desktop inteiramente livre para sistemas baseados em Linux e Unix. Software livre é um software que garante aos usuários:

  • O direito de utilizar o software para qualquer fim;
  • O direito de alterar o software (todo o código fonte, arquivos de dados e imagens) para qualquer fim; e
  • O direito de redistribuir o software (original ou modificado) para quem quer que seja, sem a cobrança de taxas para tal;

Estes direitos e liberdades estão no núcleo do projeto GNOME. São as mesmas liberdades que o projeto GNU promove e que a Free Software Foundation define.

Ver também

Referências

  1. «GNOME 3.28 Released». GNOME. 14 de março de 2018. Consultado em 14 de março de 2018 
  2. «GNOME 3.2 Release Notes» (em English). Consultado em 9 de dezembro de 2011 
  3. 3,0 3,1 «GNOME languages» (em English). Black Duck Open Hub. Consultado em 5 de agosto de 2017 
  4. 4,0 4,1 «What is GNOME?» (em English). GNOME. Consultado em 5 de agosto de 2017 
  5. «The GNOME Foundation» (em English). GNOME Foundation. Consultado em 5 de agosto de 2017 
  6. Darren, Kenny (14 de julho de 2006). «Re: Time to heat up the new module discussion» (em English). Consultado em 5 de agosto de 2017 
  7. Heard, John (2002). «GNOME Technology Overview» (em English). Sun Developer Network. Consultado em 5 de agosto de 2017 
  8. Loli, Eugenia (28 de junho de 2002). «A User's First Look at GNOME 2.0.» (em English). OS News. Consultado em 5 de agosto de 2017 .
  9. «GNOME Human Interface Guidelines» 
  10. Pennington, Havoc (April 2002). «Free Software UI». Consultado em December 4, 2011  Verifique data em: |acessodata=, |data= (ajuda)
  11. «Terminology for Gnome Shell». GNOME Wiki. The GNOME Project. Consultado em May 22, 2014. Arquivado do original em May 22, 2014  Verifique data em: |acessodata=, |arquivodata= (ajuda)
  12. Day, Allan. «GNOME 3.10 Release Notes». The GNOME Project. Consultado em May 22, 2014  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  13. «GNOME 3 Cheat Sheet». GNOME Wiki. The GNOME Project. Consultado em June 13, 2014  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  14. «Terminology for Gnome Shell». GNOME Wiki. The GNOME Project. Consultado em May 22, 2014. Arquivado do original em May 22, 2014  Verifique data em: |acessodata=, |arquivodata= (ajuda)
  15. «GNOME Shell Design». The GNOME Project. Consultado em December 3, 2011  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  16. Day, Allan. «GNOME 3.8 Release Notes». The GNOME Project. Consultado em June 13, 2014  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  17. «What's new in Fedora 25 Workstation». Fedora Magazine. Red Hat. November 21, 2016  Verifique data em: |data= (ajuda)
  18. Day, Allan. «GNOME 3.10 Release Notes». The GNOME Project. Consultado em May 22, 2014  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  19. «GNOME 3.20 Release Notes». GNOME 
  20. «session: give wayland sessions priority · GNOME/gdm@6cd2d24». Github 
  21. «GNOME Lands Mainline NVIDIA Wayland Support Using EGLStreams». Phoronix 
  22. Predefinição:Cite mailing list
  23. Vitters, Olav; Klapper, André; Day, Allan. «GNOME 3.2 Release Notes». The GNOME Project. Consultado em October 5, 2011  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  24. Predefinição:Cite mailing list
  25. «GNOME Quick SWOT Analysis». The GNOME Project. Consultado em March 18, 2014  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  26. «GTK+ and GNOME Mailing Lists». The GNOME Project. Consultado em December 4, 2011  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  27. «About». GUADEC. Consultado em December 3, 2011. Arquivado do original em October 4, 2011  Verifique data em: |acessodata=, |arquivodata= (ajuda)
  28. https://tecnoblog.net/72647/gnome-3-linus-torvalds/
  29. http://mate-desktop.org/

Ligações externas

Commons
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Predefinição:Ambientes gráficos para Unix

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