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O concelho de Mira conta com 4 freguesias, que são as seguintes: | O concelho de Mira conta com 4 freguesias, que são as seguintes: | ||
Edição das 23h21min de 6 de março de 2012
Mira | |
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Área | 123,89 km² |
População | 12 465 hab. (2011) |
Densidade populacional | 106,09 hab./km² |
N.º de freguesias | 4 |
Fundação do município (ou foral) |
1442 |
Região (NUTS II) | Centro |
Sub-região (NUTS III) | Baixo Mondego |
Distrito | Coimbra |
Província | Beira Litoral |
Orago | São Tomé |
Feriado municipal | 25 de Julho |
Código postal | 3070 |
Sítio oficial | www.cm-mira.pt |
Município de Portugal |
Mira é uma vila portuguesa no Distrito de Coimbra, região Centro e sub-região do Baixo Mondego, com cerca de 7 300 habitantes.
É sede de um município com 123,89 km² de área e 12 465 habitantes (2011), subdividido em 4 freguesias. O município é limitado a norte pelo município de Vagos, a leste e a sul por Cantanhede e a oeste tem litoral no Oceano Atlântico.
História
A região onde se situa Mira já é habitada há longos tempos, apesar de sua história precoce ser bastante obscura. Sabe-se que esta povoação foi ocupada no tempo dos Romanos e é-lhes atribuído a sua expansão. Da época romana foram encontrados alguns materiais de construção, nomeadamente "tegulae" (telhas) e cerâmica doméstica. Pouco é conhecido sobre a área nos tempos dos Visigodos, mas durante o período de domínio árabe, Mira era já uma povoação com praça. No período Muçulmano esta região terá sido palco de guerras entre cristãos e árabes quando estes dominaram esta zona do litoral. Como era prática então, os invasores substituiam parte da população como gentes de outras áreas da península, e foi durante este tempo que a vila adquiriu o nome de Mira. Leva-se a crer que já os cristãos ali existentes tinham devoção predilecta ao Apóstolo São Tomé, e os devotos chamavam a este local Terras do Senhor São Tomé, que segundo lenda levara os mouros a aceitarem o termo que em árabe é Emir. Mira é corrupção da palavra árabe mir ou Emir, que quer dizer senhor, chefe ou príncipe. Porém, há alguns históriadores que aceitam a ideia de que os árabes, dando-lhe este nome, quiseram distingui-la pela sua beleza, situação e amenidade do clima, chamando-lhe Terra do Senhor. A influência árabe foi muito nítida na região, sendo o local foco de moçarabismo.
Com a Reconquista Cristã, sobretudo na última conquista de Coimbra aos árabes em 1064, a história das terras de Mira passa a ficar mais claramente documentada. O povoado mouro foi capturado ainda antes da independência do condado Portucalense, talvez por D. Henrique, pais de D. Afonso Henriques. A povoação já aparece mencionada na doação que o primeiro governador de Coimbra, o moçarabe Sisnando, fizera no ano de 1094 aos novos povoadores deMontemor-o-Velho. A estes concedeu a posse desta terras gandaresas e todos os seus termos com a condição de lavrar e cultivar todos os terrenos incultos, não podendo doá-los, vendê-los ou trocá-los sem o consentimento do governador. A posse fora confirmada em Fevereiro de 1095, por D. Raimundo e D. Urraca, então Senhores de Portucale, a Soleima Godinho, doando todas as terras de São Tomé de Mira e nomeando-o seu proprietário e senhorio, sub condição de as arroteadas, valorizar e levar à criação de novos povoados.
Em 1442, Dom Pedro, regente de Portugal e Duque de Coimbra, concedeu autonomia municipal a Mira e diversos privilégios para fixar populção e desenvolver o local. Recebeu foral de D. Manuel I em Lisboa que a eleva a vila a 27 de Agosto de 1514 e nomeia como administrador e senhor da vila Dom Gonçalo de Tavares. Mais tarde, D. Manuel de Sousa Tavares foi senhor e alcaide-mor da vila. O Senhorio de Mira manteve-se nas mãos da família dos Tavares até ao século XVIII, quando passou a integrar a Casa das Rainhas. Aí se manteve até à extinção do regime senhorial em 1833.
Contudo, a freguesia antecede o concelho. A igreja de S. Tomé de Mira, sendo a primitiva originalmente construida noutro local, foi mandada edificar pelo filho do proprietário Saleima, Zalema Godinho, que foi também o seu primeiro pároco. Zalema Godinho, após poucos anos de cura de almas, trocou a sua paróquia pelo o hábito de monge augustiniano, doando ao Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra a igreja de Mira. Passando a freguesia a ser apresentação de Santa Cruz de Coimbra, o geral dos cónegos fazia-se representar pelo vigário dando-lhe uma pensão de 401$250 réis.
Aqui viveu grande parte da sua vida Francélio Vouguense, pseudónimo de Francisco Joaquim Bingre, poeta arcádico e pré-romântico português. Embora sendo natural de Canelas, Estarreja, aqui exerceu as funções de escrivão do Juízo, câmara e tabelião. Morreu aos 93 anos no dia 26 de Março de 1865.
O concelho foi extinto em 7 de Setembro de 1895 após as reformas administrativas do início do liberalismo e incorporado no concelho de Cantanhede.
Demografia
População do concelho de Mira (1801 – 2011) | |||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
1801 | 1849 | 1900 | 1930 | 1960 | 1981 | 1991 | 2001 | 2011 | |
4 572 | 8 964 | 8 075 | 9 671 | 13 384 | 13 299 | 13 257 | 12 872 | 12 465 |
Freguesias
O concelho de Mira conta com 4 freguesias, que são as seguintes:
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ca:Mira (Portugal) de:Mira (Portugal) en:Mira, Portugal es:Mira (Coimbra) eu:Mira (Portugal) fr:Mira (Portugal) id:Mira, Portugal it:Mira (Portogallo) nl:Mira (Portugal) pl:Mira (miasto w Portugalii) ru:Мира (Коимбра) tr:Mira (Portekiz) vo:Mira (Portugän)