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Edição das 19h36min de 30 de maio de 2019
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Afonso de Bragança, conhecido como o Infante D. Afonso, de seu nome completo Afonso Henrique Maria Luís Pedro de Alcântara Carlos Humberto Amadeu Fernando António Miguel Rafael Gabriel Gonzaga Xavier Francisco de Assis João Augusto Júlio Valfando Inácio de Saxe-Coburgo-Gotha e Bragança GCNSC (Ajuda, Lisboa, 31 de julho de 1865 — Nápoles, 21 de fevereiro de 1920) foi o 3.º Duque do Porto, 24.º Condestável de Portugal e o 109.º governador e 51.º e último vice-rei da Índia Portuguesa.[1]
Segundo filho do rei Luís I e da rainha Maria Pia de Saboia, princesa da Sardenha, e irmão mais novo do rei Carlos I, Afonso desempenhou as funções de condestável do reino, tendo sido nomeado vice-rei da Índia em 1895, por ocasião de uma expedição a essas colónias. Representou algumas vezes o irmão em cortes estrangeiras. Foi general de divisão do exército português e inspector-geral da arma de artilharia. Era ainda comandante honorário dos Bombeiros Voluntários da Ajuda.
Pretensamente, de acordo com os documentos que existiram na Diocese de Madrid-Alcalá e que já não existem, destruídos durante a Guerra Civil Espanhola, D. Afonso de Bragança terá sido, a 15 de abril de 1907, juntamente com o diplomata Alfredo Aquiles Abecassis Monteverde, uma das testemunhas do baptismo da sua sobrinha D. Maria Pia de Saxe-Coburgo e Bragança, a alegada filha natural legitimada do seu irmão D. Carlos I de Portugal.
Jurado pelas Cortes herdeiro presuntivo da coroa portuguesa, durante o curto reinado de Manuel II, seu sobrinho, após a implantação da República em 1910, Afonso exilou-se com a mãe, a rainha Maria Pia, em Itália, onde residiu na cidade de Nápoles. Não teve filhos do seu casamento morganático, celebrado em Madrid, em 1917, com Nevada Stoody Hayes, cidadã americana.
Reza a crónica anedótica que era conhecido como «O Arreda». Amante de carros e de velocidade, corria pelas ruas da cidade no seu automóvel aos gritos «Arreda, Arreda!» para que as pessoas saíssem da frente, o que lhe valeu o cognome. No entanto a verdade é que ele, por ser o comandante da Real Associação de Bombeiros Voluntários da Ajuda fundado por si, percorria as ruas de Lisboa num carro de bombeiros – pago do próprio bolso – a alta velocidade, e como não havia sirenes nesse tempo, fazia-o com essa palavra de ordem ou grito para que os hipomóveis, os peões e os carros de cavalos, a circularem na via pública, arredassem para o lado e saíssem da frente. A sua paixão, por esses novos veículos motorizados, levou-o igualmente a ser responsável pela organização das primeiras corridas de carros em Portugal[2].
Falecido em 1920, foi trasladado em 1921 para o Panteão da Dinastia de Bragança, no Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa.
Durante toda a vida, foi tratado como Sua Alteza, o Infante D. Afonso, duque do Porto.
Ver também
Referências
- ↑ "Tratado de Todos os Vice-Reis e Governadores da Índia", Afonso Eduardo Martins Zúquete, Editorial Enciclopédia, Lisboa, 1962, p. 240
- ↑ O Bombeiro D. Afonso de Bragança, por Miguel Villas-Boas, 2016/08/11
Bibliografia
- BUCHA, Agostinho Inácio; D. Afonso Henriques de Bragança: O Esquecido. Lisboa: Chiado Editora, 2014.
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Precedido por Luís I de Portugal |
Duque do Porto 1889 — 1920 |
Sucedido por Monarquia abolida |
Precedido por João de Bragança, Duque de Beja |
Condestável de Portugal 1865 — 1910 |
Sucedido por Monarquia abolida |
Precedido por Rafael Jácome de Andrade |
Vice-Rei da Índia Portuguesa 1896 |
Sucedido por João António de Brissac das Neves Ferreira |
Precedido por Luís Filipe, Duque de Bragança |
Príncipe Real de Portugal 1908 — 1910 |
Sucedido por Monarquia abolida |