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Água salobra: mudanças entre as edições

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[[Ficheiro:Water salinity diagram.png|thumb|250px|Infografia mostrando os diversos tipos de água (quanto à salinidade).]]
[[Ficheiro:Water salinity diagram.png|thumb|250px|Infografia mostrando os diversos tipos de água (quanto à salinidade).]]<blockquote>De acordo com o Dicionário Aurélio<ref>{{Citar periódico|data=2018-01-09|titulo=Dicionário Aurélio|url=https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Dicion%C3%A1rio_Aur%C3%A9lio&oldid=50974976|jornal=Wikipédia, a enciclopédia livre|lingua=pt}}</ref> a palavra salobra vem do mesmo significado  que salobre, que é a água que possui gosto desagradável, é também o que possui um certo sabor de Sal.[https://dicionariodoaurelio.com/salobre]</blockquote>
 
== Introdução ==
Na classificação da água, destaca-se o que se considera o grau de salinidade, sendo reconhecidos três tipos distintos: água doce, salgada e a salobra. Quando pensamos em água logo vem em mente, a que usamos no consumo diário, dificilmente vem em mente a  '''água salobra,''' simplesmente porquê nem todos normalmente são expostos à ela, mais em certas regiões ela é muito presente, e acaba sendo a fonte principal de água para muitos, resumidamente se trata de uma água que não possui uma quantidade elevada de sal como no mar e nem a mesma quantidade de sal da água doce.
 
== O que é? ==
[[File:Lagoa dos Patos PIA03444 lrg.jpg|thumb|250px|A [[lagoa dos Patos]], no estado brasileiro do [[Rio Grande do Sul]], é uma grande [[laguna]] de água salobra.]]
[[File:Lagoa dos Patos PIA03444 lrg.jpg|thumb|250px|A [[lagoa dos Patos]], no estado brasileiro do [[Rio Grande do Sul]], é uma grande [[laguna]] de água salobra.]]
'''Água salobra''' é aquela que apresenta mais [[sal|sais]] dissolvidos ([[cloreto]]s) que a [[água doce]] e menos que a [[água do mar]].<ref name="Salob" >{{citar web|URL=http://www.aprh.pt/rgci/glossario/aguasalobra.html|título=Glossário das Zonas Costeiras|autor=André Cardoso|data=2007|publicado=Gestão Costeira Integrada|acessodata=10 de abril de 2014}}</ref><ref>{{citar livro|autor={{small|INGLEZ SOUZA}}, Julio Seabra; ''et al.''|título=Enciclopédia agrícola brasileira: A-B|editora=EdUSP|ano=1995|páginas=508|id=ISBN 9788531401299}}</ref> Pode resultar da mistura de ambas, como em [[estuário]]s,<ref name="Salob" /> onde normalmente ocorrem, ou se originar de [[aquífero]]s. Certas atividades humanas podem induzir à produção de água salobra, como a criação de represas. Há ainda a água salobra de origem [[fóssil]] em certos [[aquífero]]s associados a [[rocha]]s salinas.  
'''Água salobra''' é aquela que apresenta mais [[sal|sais]] dissolvidos ([[cloreto]]s) que a [[água doce]] e menos que a [[água do mar]].<ref name="Salob" >{{citar web|URL=http://www.aprh.pt/rgci/glossario/aguasalobra.html|título=Glossário das Zonas Costeiras|autor=André Cardoso|data=2007|publicado=Gestão Costeira Integrada|acessodata=10 de abril de 2014}}</ref><ref>{{citar livro|autor={{small|INGLEZ SOUZA}}, Julio Seabra; ''et al.''|título=Enciclopédia agrícola brasileira: A-B|editora=EdUSP|ano=1995|páginas=508|id=ISBN 9788531401299}}</ref>. É a água que possui salinidade intermediária entre a água doce e a salgada, possui a salinidade entre 5% a 30%, e ocorrem em ambientes diversos como em [[estuário]]s<ref name="Salob" />, onde normalmente ocorrem, em lagunas<ref>{{Citar periódico|data=2017-10-22|titulo=Laguna|url=https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Laguna&oldid=50222030|jornal=Wikipédia, a enciclopédia livre|lingua=pt}}</ref> ou podem também se originar de [[aquífero]]s. Ocorrem também em certos mares, como o Mar Báltico<ref>{{Citar periódico|data=2016-09-24|titulo=Mar Báltico|url=https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Mar_B%C3%A1ltico&oldid=46797257|jornal=Wikipédia, a enciclopédia livre|lingua=pt}}</ref> por exemplo. Certas atividades humanas podem induzir à produção de água salobra, como a criação de represas, e em certas regiões o consumo por parte dos animais, em certos animais como o gado por exemplo, o uso da água salobra nesses animais é apropriada, porém com certos cuidados. Essa água tem sido muito utilizada em projetos que exploram o potencial da água salina para criação de peixes e para a irrigação. 
 
A água salobra é uma água composta por diversos sais, como o cloreto de sódio, além do cálcio, o magnésio, e o potássio, justamente por causa da presença desses elementos ela possui uma aparência turva e o gosto é bem desagradável, por ser uma água que possui muitas substâncias em suspensão, e possui micróbios patogênicos, ela se torna imprópria para o consumo principalmente para os humanos.  
 
<u>Há ainda a água salobra de origem [[fóssil]] em certos [[aquífero]]s associados a [[rocha]]s salinas, e em mangues.</u>
 
Do ponto de vista técnico, considera-se '''água salobra''' a que contenha entre 0,5 e 30&nbsp;[[grama]]s de [[sal]] por litro<ref>{{citar livro|autor={{small|FULGÊNCIO}}, Paulo César|título=Glossario – Vade Mecum|editora=Mauad Editora Ltda.|ano=2007|páginas=678|id=ISBN 9788574782188}}</ref>, frequentemente expresso como 0,5 a 30 [[permilagem|parte por milhar]] (ou ‰), a que corresponde um [[peso específico]] de 1,005 a 1,010. Tendo em conta a amplitude de [[salinidade]]s considerada, o conceito de água salobra inclui um vasto conjunto de regimes de salinidade e não é considerado uma condição ecológica precisamente definida, tanto que tende a apresentar, em cada corpo de água, grandes variações espaciais e temporais.
 
== Consumo ==
Na grande maioria das comunidades rurais, o acesso a água potável vem das perfurações de poços artesianos, que por sua vez apresentam águas salobras devido ao contato dessas águas com as rochas cristalinas no subterrâneo,
 
O consumo da água salobra não é recomendado, porém em muitos locais é só o que possui, ela é uma água que pode ter elevado nível de contaminação biológica e pode causar sérios danos a saúde. Porém graças a grandes projetos como o da Fundação BB <ref>{{Citar web|url=https://www.fbb.org.br/pt-br/|titulo=Fundação Banco do Brasil|acessodata=2018-01-16|obra=www.fbb.org.br|lingua=pt-BR}}</ref> que apoiam projetos sociais, em 2017 foi criados um projeto cujo o nome Dessalinizadores [http://tecnologiasocial.fbb.org.br/tecnologiasocial/banco-de-tecnologias-sociais/pesquisar-tecnologias/dessalinizadores-solar.htm Solar], que utiliza a energia solar limpa e renovável para obtenção da água potável, reduzindo assim o teor de sal da água tornando-a potável, e fazendo com quê ela fique propensa para o consumo. Ele não necessita do uso de eletricidade, de produtos químicos e nem de elementos filtrantes, e tem sido um grande alternativo para as famílias que tanto necessitam no semiárido. Esse projeto tornou possível a obtenção de água pura em poços artesianos com água salobra. Possibilitando assim a convivência e a sobrevivência no semiárido. Resumindo a dessalinizador solar é uma tecnologia simples, e de baixo custo.
 
== Tratamentos ==
Os dessalinizadores de água são bastante utilizados por comunidades rurais do semiárido brasileiro que passam por grandes secas durante o ano, e necessitam da água potável para atividades simples do dia-dia-dia como beber e cozinhar por exemplo. Dessalinizar a água salobra, causa o aumento da água consumível em volta do mundo todo, por estar sendo muito viável para a obtenção de água potável, consequentemente ela tem se tornado economicamente muito atraente, o que resulta em um custo baixo limitado.
 
A dessalinização resulta em 50% de água e 50% de rejeitos salinos, que acaba sendo descartado no solo ou nos rios, além de gerar água potável, gera também uma água residuária, que possui um alto grau de salinidade, o que pode causar grandes impactos ambientais negativos.[http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1980-993X2017000100124&lang=pt]
 
Existem outras tecnologias responsáveis pelo processo de dessalinização da água salobra, como os processos térmicos, e também os processos de separação por membranas, porém as suas utilizações é dependente da qualidade da fonte da água, custos, volume da água e etc. Sendo assim não existe um método que seja melhor que o outro, todos eles apresentam suas vantagens e desvantagens.  


Do ponto de vista técnico, considera-se «água salobra» a que contenha entre 0,5 e 30&nbsp;[[grama]]s de [[sal]] por litro,<ref>{{citar livro|autor={{small|FULGÊNCIO}}, Paulo César|título=Glossario – Vade Mecum|editora=Mauad Editora Ltda.|ano=2007|páginas=678|id=ISBN 9788574782188}}</ref> frequentemente expresso como 0,5 a 30 [[permilagem|parte por milhar]] (ou ‰), a que corresponde um [[peso específico]] de 1,005 a 1,010. Tendo em conta a amplitude de [[salinidade]]s considerada, o conceito de água salobra inclui um vasto conjunto de regimes de salinidade e não é considerado uma condição ecológica precisamente definida, tanto mais que tende a apresentar, em cada corpo de água, grandes variações espaciais e temporais.
== Ver também ==
== Ver também ==
* [[Energia azul]]
* [[Energia azul]]

Edição das 19h49min de 16 de janeiro de 2018

Infografia mostrando os diversos tipos de água (quanto à salinidade).

De acordo com o Dicionário Aurélio[1] a palavra salobra vem do mesmo significado que salobre, que é a água que possui gosto desagradável, é também o que possui um certo sabor de Sal.[1]

Introdução

Na classificação da água, destaca-se o que se considera o grau de salinidade, sendo reconhecidos três tipos distintos: água doce, salgada e a salobra. Quando pensamos em água logo vem em mente, a que usamos no consumo diário, dificilmente vem em mente a água salobra, simplesmente porquê nem todos normalmente são expostos à ela, mais em certas regiões ela é muito presente, e acaba sendo a fonte principal de água para muitos, resumidamente se trata de uma água que não possui uma quantidade elevada de sal como no mar e nem a mesma quantidade de sal da água doce.

O que é?

A lagoa dos Patos, no estado brasileiro do Rio Grande do Sul, é uma grande laguna de água salobra.

Água salobra é aquela que apresenta mais sais dissolvidos (cloretos) que a água doce e menos que a água do mar.[2][3]. É a água que possui salinidade intermediária entre a água doce e a salgada, possui a salinidade entre 5% a 30%, e ocorrem em ambientes diversos como em estuários[2], onde normalmente ocorrem, em lagunas[4] ou podem também se originar de aquíferos. Ocorrem também em certos mares, como o Mar Báltico[5] por exemplo. Certas atividades humanas podem induzir à produção de água salobra, como a criação de represas, e em certas regiões o consumo por parte dos animais, em certos animais como o gado por exemplo, o uso da água salobra nesses animais é apropriada, porém com certos cuidados. Essa água tem sido muito utilizada em projetos que exploram o potencial da água salina para criação de peixes e para a irrigação.

A água salobra é uma água composta por diversos sais, como o cloreto de sódio, além do cálcio, o magnésio, e o potássio, justamente por causa da presença desses elementos ela possui uma aparência turva e o gosto é bem desagradável, por ser uma água que possui muitas substâncias em suspensão, e possui micróbios patogênicos, ela se torna imprópria para o consumo principalmente para os humanos.

Há ainda a água salobra de origem fóssil em certos aquíferos associados a rochas salinas, e em mangues.

Do ponto de vista técnico, considera-se água salobra a que contenha entre 0,5 e 30 gramas de sal por litro[6], frequentemente expresso como 0,5 a 30 parte por milhar (ou ‰), a que corresponde um peso específico de 1,005 a 1,010. Tendo em conta a amplitude de salinidades considerada, o conceito de água salobra inclui um vasto conjunto de regimes de salinidade e não é considerado uma condição ecológica precisamente definida, tanto que tende a apresentar, em cada corpo de água, grandes variações espaciais e temporais.

Consumo

Na grande maioria das comunidades rurais, o acesso a água potável vem das perfurações de poços artesianos, que por sua vez apresentam águas salobras devido ao contato dessas águas com as rochas cristalinas no subterrâneo,

O consumo da água salobra não é recomendado, porém em muitos locais é só o que possui, ela é uma água que pode ter elevado nível de contaminação biológica e pode causar sérios danos a saúde. Porém graças a grandes projetos como o da Fundação BB [7] que apoiam projetos sociais, em 2017 foi criados um projeto cujo o nome Dessalinizadores Solar, que utiliza a energia solar limpa e renovável para obtenção da água potável, reduzindo assim o teor de sal da água tornando-a potável, e fazendo com quê ela fique propensa para o consumo. Ele não necessita do uso de eletricidade, de produtos químicos e nem de elementos filtrantes, e tem sido um grande alternativo para as famílias que tanto necessitam no semiárido. Esse projeto tornou possível a obtenção de água pura em poços artesianos com água salobra. Possibilitando assim a convivência e a sobrevivência no semiárido. Resumindo a dessalinizador solar é uma tecnologia simples, e de baixo custo.

Tratamentos

Os dessalinizadores de água são bastante utilizados por comunidades rurais do semiárido brasileiro que passam por grandes secas durante o ano, e necessitam da água potável para atividades simples do dia-dia-dia como beber e cozinhar por exemplo. Dessalinizar a água salobra, causa o aumento da água consumível em volta do mundo todo, por estar sendo muito viável para a obtenção de água potável, consequentemente ela tem se tornado economicamente muito atraente, o que resulta em um custo baixo limitado.

A dessalinização resulta em 50% de água e 50% de rejeitos salinos, que acaba sendo descartado no solo ou nos rios, além de gerar água potável, gera também uma água residuária, que possui um alto grau de salinidade, o que pode causar grandes impactos ambientais negativos.[2]

Existem outras tecnologias responsáveis pelo processo de dessalinização da água salobra, como os processos térmicos, e também os processos de separação por membranas, porém as suas utilizações é dependente da qualidade da fonte da água, custos, volume da água e etc. Sendo assim não existe um método que seja melhor que o outro, todos eles apresentam suas vantagens e desvantagens.

Ver também

Referências

  1. «Dicionário Aurélio». Wikipédia, a enciclopédia livre (em português). 9 de janeiro de 2018 
  2. 2,0 2,1 André Cardoso (2007). «Glossário das Zonas Costeiras». Gestão Costeira Integrada. Consultado em 10 de abril de 2014 
  3. INGLEZ SOUZA, Julio Seabra; et al. (1995). Enciclopédia agrícola brasileira: A-B. [S.l.]: EdUSP. 508 páginas. ISBN 9788531401299 
  4. «Laguna». Wikipédia, a enciclopédia livre (em português). 22 de outubro de 2017 
  5. «Mar Báltico». Wikipédia, a enciclopédia livre (em português). 24 de setembro de 2016 
  6. FULGÊNCIO, Paulo César (2007). Glossario – Vade Mecum. [S.l.]: Mauad Editora Ltda. 678 páginas. ISBN 9788574782188 
  7. «Fundação Banco do Brasil». www.fbb.org.br (em português). Consultado em 16 de janeiro de 2018 
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