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Afonso de Bragança, Duque do Porto: mudanças entre as edições

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{{Mais notas|data=fevereiro de 2020}}
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'''Afonso de Bragança''', conhecido como o '''Infante D. Afonso''', de seu nome completo ''Afonso Henrique Maria Luís Pedro de Alcântara Carlos Humberto Amadeu Fernando António Miguel Rafael Gabriel Gonzaga Xavier Francisco de Assis João Augusto Júlio Valfando Inácio de Saxe-Coburgo-Gotha e Bragança'' <small>[[Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa|GCNSC]]</small> ([[Ajuda (Lisboa)|Ajuda]], [[Lisboa]], [[31 de julho]] de [[1865]] — [[Nápoles]], [[21 de fevereiro]] de [[1920]]) foi o 3.º [[Duque do Porto]], 24.º [[Condestável de Portugal]] e o 109.º governador e 51.º e último [[lista de governadores da Índia Portuguesa|vice-rei da Índia Portuguesa]].<ref>"Tratado de Todos os Vice-Reis e Governadores da Índia", Afonso Eduardo Martins Zúquete, Editorial Enciclopédia, Lisboa, 1962, p. 240</ref>
'''Afonso de Bragança''' ([[Lisboa]], [[31 de julho]] de [[1865]] — [[Nápoles]], [[21 de fevereiro]] de [[1920]]), foi um [[Infante de Portugal]], [[Duque do Porto]], [[Condestável de Portugal]] e o governador e último [[lista de governadores da Índia Portuguesa|vice-rei da Índia Portuguesa]].<ref>"Tratado de Todos os Vice-Reis e Governadores da Índia", Afonso Eduardo Martins Zúquete, Editorial Enciclopédia, Lisboa, 1962, p. 240</ref> Era o segundo filho do rei [[Luís I de Portugal]], e de sua esposa, a princesa [[Maria Pia de Saboia]].


Segundo filho do rei [[Luís I de Portugal|Luís I]] e da rainha [[Maria Pia de Saboia]], princesa da Sardenha, e irmão mais novo do rei [[Carlos I de Portugal|Carlos I]], Afonso desempenhou as funções de condestável do reino, tendo sido nomeado vice-rei da Índia em 1895, por ocasião de uma expedição a essas colónias. Representou algumas vezes o irmão em cortes estrangeiras. Foi general de divisão do exército português e inspector-geral da [[artilharia|arma de artilharia]]. Era ainda [[comandante]] [[honorário]] dos [[Bombeiros Voluntários da Ajuda]].
== Biografia ==
Segundo filho do rei [[Luís I de Portugal]] e da rainha [[Maria Pia de Saboia]], e irmão mais novo do rei [[Carlos I de Portugal|Carlos I]], Afonso desempenhou as funções de condestável do reino, tendo sido nomeado vice-rei da Índia em 1895, por ocasião de uma expedição a essas colónias. Representou algumas vezes o irmão em cortes estrangeiras. Foi general de divisão do exército português e inspector-geral da [[artilharia|arma de artilharia]]. Era ainda [[comandante]] honorário dos Bombeiros Voluntários da Ajuda.


Pretensamente, de acordo com os documentos que existiram na [[Diocese de Madrid-Alcalá]] e que já não existem, destruídos durante a [[Guerra Civil Espanhola]], D. Afonso de Bragança terá sido, a [[15 de abril]] de [[1907]], juntamente com o diplomata Alfredo Aquiles Abecassis Monteverde, uma das testemunhas do baptismo da sua sobrinha [[Maria Pia de Saxe-Coburgo e Bragança|D. Maria Pia de Saxe-Coburgo e Bragança]], a alegada filha natural legitimada do seu irmão [[Carlos I de Portugal|D. Carlos I de Portugal]].
Jurado pelas Cortes [[Príncipe Real de Portugal|herdeiro presuntivo da coroa portuguesa]], durante o curto reinado de [[Manuel II de Portugal|Manuel II]], seu sobrinho, após a [[Implantação da República Portuguesa|implantação da República]] em 1910, Afonso exilou-se com a mãe, a rainha  Maria Pia, em Itália, onde residiu na cidade de [[Nápoles]]. Não teve filhos do seu [[casamento morganático]], celebrado em [[Madrid]], em [[1917]], com [[Nevada Stoody Hayes]], [[Estados Unidos|cidadã americana]].  


Jurado pelas Cortes [[Príncipe Real de Portugal|herdeiro presuntivo da coroa portuguesa]], durante o curto reinado de [[Manuel II de Portugal|Manuel II]], seu sobrinho, após a [[Implantação da República Portuguesa|implantação da República]] em 1910, Afonso exilou-se com a mãe, a rainha  Maria Pia, em Itália, onde residiu na cidade de [[Nápoles]]. Não teve filhos do seu [[casamento morganático]], celebrado em [[Madrid]], em [[1917]], com [[Nevada Stoody Hayes]], [[Estados Unidos|cidadã americana]]. Teve uma filha ilegítima chamada Maria da Glória.
[[Ficheiro:O Infante D. Afonso, filho de D. Luís I, num dos seus potentes automóveis.png|left|thumb|D. Afonso, ao volante.]]
Reza a crónica anedótica que era conhecido como «O Arreda». Amante de carros e de velocidade, corria pelas ruas da cidade no seu automóvel aos gritos «Arreda, Arreda!» para que as pessoas saíssem da frente, o que lhe valeu o cognome. No entanto a verdade é que ele, por ser o comandante da Real Associação de Bombeiros Voluntários da Ajuda fundado por si, percorria as ruas de Lisboa num [[carro de bombeiros]] – pago do próprio bolso – a alta velocidade, e como não havia sirenes nesse tempo, fazia-o com essa palavra de ordem ou grito para que os [[hipomóveis]], os peões e os [[carros de cavalos]], a circularem na via pública, arredassem para o lado e saíssem da frente. A sua paixão por esses novos veículos motorizados levou-o igualmente a ser responsável pela organização das primeiras corridas de carros em Portugal.<ref>{{Citar web |ultimo=miguelvillasboas |url=https://plataformacidadaniamonarquica.wordpress.com/2016/08/11/o-bombeiro-d-afonso-de-braganca/ |titulo=O Bombeiro D. Afonso de Bragança |data=2016-08-11 |acessodata=2021-07-24 |lingua=pt-PT}}</ref>


[[Ficheiro:O Infante D. Afonso, filho de D. Luís I, num dos seus potentes automóveis.png|left|thumb|D. Afonso, ao volante.]]
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Reza a crónica anedótica que era conhecido como «O Arreda». Amante de carros e de velocidade, corria pelas ruas da cidade no seu automóvel aos gritos «Arreda, Arreda!» para que as pessoas saíssem da frente, o que lhe valeu o cognome. No entanto a verdade é que ele, por ser o comandante da [[Real Associação de Bombeiros Voluntários da Ajuda]] fundado por si, percorria as ruas de Lisboa num [[carro de bombeiros]] – pago do próprio bolso – a alta velocidade, e como não havia sirenes nesse tempo, fazia-o com essa palavra de ordem ou grito para que os [[hipomóveis]], os peões e os [[carros de cavalos]], a circularem na via pública, arredassem para o lado e saíssem da frente.  
A sua paixão, por esses novos veículos motorizados, levou-o igualmente a ser responsável pela organização das primeiras corridas de carros em Portugal<ref>[https://plataformacidadaniamonarquica.wordpress.com/2016/08/11/o-bombeiro-d-afonso-de-braganca/ O Bombeiro D. Afonso de Bragança, por Miguel Villas-Boas, 2016/08/11]</ref>.


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Falecido em 1920, foi trasladado em 1921 para o [[Panteão da Dinastia de Bragança]], no [[Mosteiro de São Vicente de Fora]], em Lisboa.
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Durante toda a vida, foi tratado como '''''Sua Alteza, o Infante D. Afonso, duque do Porto.'''''
Durante toda a vida, foi tratado como '''''Sua Alteza, o Infante D. Afonso, duque do Porto.'''''
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Afonso de Bragança (Lisboa, 31 de julho de 1865Nápoles, 21 de fevereiro de 1920), foi um Infante de Portugal, Duque do Porto, Condestável de Portugal e o governador e último vice-rei da Índia Portuguesa.[1] Era o segundo filho do rei Luís I de Portugal, e de sua esposa, a princesa Maria Pia de Saboia.

Biografia

Segundo filho do rei Luís I de Portugal e da rainha Maria Pia de Saboia, e irmão mais novo do rei Carlos I, Afonso desempenhou as funções de condestável do reino, tendo sido nomeado vice-rei da Índia em 1895, por ocasião de uma expedição a essas colónias. Representou algumas vezes o irmão em cortes estrangeiras. Foi general de divisão do exército português e inspector-geral da arma de artilharia. Era ainda comandante honorário dos Bombeiros Voluntários da Ajuda.

Jurado pelas Cortes herdeiro presuntivo da coroa portuguesa, durante o curto reinado de Manuel II, seu sobrinho, após a implantação da República em 1910, Afonso exilou-se com a mãe, a rainha Maria Pia, em Itália, onde residiu na cidade de Nápoles. Não teve filhos do seu casamento morganático, celebrado em Madrid, em 1917, com Nevada Stoody Hayes, cidadã americana.

D. Afonso, ao volante.

Reza a crónica anedótica que era conhecido como «O Arreda». Amante de carros e de velocidade, corria pelas ruas da cidade no seu automóvel aos gritos «Arreda, Arreda!» para que as pessoas saíssem da frente, o que lhe valeu o cognome. No entanto a verdade é que ele, por ser o comandante da Real Associação de Bombeiros Voluntários da Ajuda fundado por si, percorria as ruas de Lisboa num carro de bombeiros – pago do próprio bolso – a alta velocidade, e como não havia sirenes nesse tempo, fazia-o com essa palavra de ordem ou grito para que os hipomóveis, os peões e os carros de cavalos, a circularem na via pública, arredassem para o lado e saíssem da frente. A sua paixão por esses novos veículos motorizados levou-o igualmente a ser responsável pela organização das primeiras corridas de carros em Portugal.[2]

Terá sido ele que teve a preocupação de fundar o Instituto de Odivelas, cerca de Lisboa, em 14 de janeiro de 1900, um colégio para instrução e educação de filhas de militares superiores.[3]

Falecido em 1920, foi trasladado em 1921 para o Panteão da Dinastia de Bragança, no Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa.

Durante toda a vida, foi tratado como Sua Alteza, o Infante D. Afonso, duque do Porto.

Realeza Portuguesa
Dinastia de Bragança
Descendência
Royal Crown of Portugal.svg
Brasão de armas do reino de Portugal (1485).svg

Referências

  1. "Tratado de Todos os Vice-Reis e Governadores da Índia", Afonso Eduardo Martins Zúquete, Editorial Enciclopédia, Lisboa, 1962, p. 240
  2. miguelvillasboas (11 de agosto de 2016). «O Bombeiro D. Afonso de Bragança» (em português). Consultado em 24 de julho de 2021 
  3. Brevíssima nota histórica sobre o Instituto de Odivelas

Bibliografia

  • BUCHA, Agostinho Inácio; D. Afonso Henriques de Bragança: O Esquecido. Lisboa: Chiado Editora, 2014.
  1. RedirecionamentoPredefinição:fim
Precedido por
Luís I de Portugal
Duque do Porto
18891920
Sucedido por
Monarquia abolida
Precedido por
João de Bragança, Duque de Beja
Condestável de Portugal
18651910
Sucedido por
Monarquia abolida
Precedido por
Rafael Jácome de Andrade
Vice-Rei da Índia Portuguesa
1896
Sucedido por
João António de Brissac das Neves Ferreira como governador interino
Precedido por
Luís Filipe, Duque de Bragança
Príncipe Real de Portugal
19081910
Sucedido por
Monarquia abolida
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