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Gimnospérmica: mudanças entre as edições

(Caracrterisrticas)
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(Eu traduzi do inglês a parte sobre diversidade e origem, e modifiquei a parte das características para ser em forma de texto, não apenas em tópicos. Ainda faltam muitas fontes importantes, assim como uma seção própria para o ciclo de vida e a importância econômica das gimnospermas, mas acredito que assim esteja um pouco melhor do que anteriormente.)
 
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[[Imagem:Cicadacea.jpg|thumb|220px|Detalhe do cone masculino de uma Gimnospérmica da família [[Cycadaceae]] (Cycas circinalis).]]As '''gimnospérmicas''' ou '''gimnospermas''' (do [[Língua grega|grego]] ''gimnos'' = nu / ''sperma'' = semente) são [[Plantae|plantas]] [[vascular]]es e possuem sementes não protegidas por frutos. Diferenciando-se assim das [[angiospérmicas]], que têm suas sementes envoltas por um fruto, gerado por um [[ovário]].<ref name="urlGymnosperms of Northeastern Wisconsin">{{citar web |url=http://www.uwgb.edu/BIODIVERSITY/herbarium/gymnosperms/gymno_intro.htm |publicado=Uwgb.edu |autor= |título=Gymnosperms of Northeastern Wisconsin |língua= |formato= |obra= |data= |acessodata=31 de maio de 2009}}</ref>
[[Ficheiro:Encephalartos sclavoi reproductive cone.jpg|miniaturadaimagem| Cone de ''[[Encephalartos sclavoi]]'', com cerca de 30 cm de comprimento.]]
[[Ficheiro:Cicadacea.jpg|miniaturadaimagem|220px|Detalhe do cone masculino de uma Gimnosperma da família [[Cycadaceae]] (''Cycas circinalis'').]]


As Gimnospermas já foram tidas como um grupo natural, no entanto algumas descobertas [[fóssil|fósseis]] sugerem que elas são associações fungicais secundárias, de modo que elas não representam somente um indivíduo.
As '''gimnospérmicas''' ou '''gimnospermas''' (do [[Língua grega|grego]] γυμνός ''gimnós'' "nu", σπέρμα ''spérma'' "semente") são um grupo de [[Spermatophyta|plantas com sementes]] que não apresentam [[fruto]] que envolve a [[semente]], diferenciando-as assim das [[angiosperma]]s, que têm suas sementes envoltas por um fruto, gerado por um [[ovário]].<ref name="urlGymnosperms of Northeastern Wisconsin">{{citar web |url=http://www.uwgb.edu/BIODIVERSITY/herbarium/gymnosperms/gymno_intro.htm |publicado=Uwgb.edu |autor= |título=Gymnosperms of Northeastern Wisconsin |língua= |formato= |obra= |data= |acessodata=31 de maio de 2009}}</ref>


As gimnospermas possuem raízes, caule, folhas, flores e sementes, mas não produzem frutos. O nome gimnosperma significa "semente (sperma) nua (gimno)". 
As gimnospermas formam o clado '''Gymnospermae''', que inclui as [[Pinophyta|coníferas]], [[cicadófitas]], ''[[Ginkgo]]'', e as [[gnetófitas]]. O termo "gimnosperma" é frequentemente utilizado para se referir a vários grupos de plantas com sementes extintas que possuem uma relação incerta com as gimnospermas e angiospermas modernas. Nesse caso, para especificar o grupo moderno [[monofilético]] de gimnospermas, às vezes é usado o termo '''Acrogymnospermae'''.


Fanerógamas de óvulos nus, desprovidas de um perianto (cálice e corola) e de ovário por não haver enrolamento dos macrosporófilos durante o seu desenvolvimento. 
Os ciclos de vida das gimnospermas envolvem [[alternância de gerações]], com uma fase dominante [[diplóide]], o [[esporófito]], e uma fase reduzida [[haplóide]], o [[gametófito]], que é dependente da fase esporofítica.  


As flores (em conjuntos, por isto chamados estróbilos) são formadas apenas de microsporófilos (folhas modificadas que originarão esporos que ao germinarem originarão estruturas masculinas) ou estames reunidos em inflorescências ou estróbilos e de macrosporófilos (folhas modificadas que originarão esporos que ao germinarem originarão estruturas femininas) ou carpelos, também em geral agrupados entre si, mas nunca microsporófilos e macrosporófilos no mesmo estróbilo. Os esporângios femininos localizam-se nos cones, freqüentemente recobertos por escamas endurecidas (carpelos). As escamas encaixam-se perfeitamente umas nas outras e só se abrem depois da fecundação, para liberar a semente. Cones são estróbilos com as flores femininas. 
As gimnospermas e as [[angiospermas]] compreendem as [[Spermatophyta|espermatófitas]] ou plantas com sementes. As gimnospermas são subdivididas em cinco [[clado]]s: [[Cycadophyta]], [[Ginkgophyta]], [[Gnetophyta]], [[Pinophyta]] (também conhecido como Coniferophyta) e [[Pteridospermatophyta]], estando este último extinto.<ref name="Raven">{{Citar livro|titulo=Biology of Plants|ultimo=Raven|primeiro=P.H.|editora=New York: W.H. Freeman and Co.|ano=2013}}</ref>


Os esporângios masculinos encontram-se nos órgãos chamados cones masculinos, amentos ou amentilhos, bastante semelhantes às pinhas, mas com escamas menos duras e menores (estames). 
De longe, o maior grupo de gimnospermas vivas são as coníferas (pinheiros, ciprestes e parentes), seguidos por cicadáceas, gnetófitas (''[[Gnetum]]'', ''[[Ephedra (gênero)|Ephedra]]'' e ''[[Welwitschia]]''), e ''[[Ginkgo biloba]]''. No [[Brasil]], destaca-se a espécie ''[[Araucaria angustifolia]]'', da ordem [[Pinales]], que constitui a mata araucária típica da região sul do país e que produz uma semente comestível, o pinhão.


Os estróbilos masculinos são estruturas muito mais frágeis, que se abrem para liberar os grãos de pólen. Ocorrida a fecundação originam-se pinhas que são conjuntos de sementes popularmente denominadas pinhões. Nas Coníferas, os gametas desnudos situam-se acima de escamas consideradas como as folhas modificadas da flor, formando cones. Os cones masculinos são amarelos, formados por numerosas escamas, com bolsas cheias de pólen, os cones femeninos são verdosos formados por escamas nas quais existem óvulos descobertos. 
Alguns gêneros apresentam [[micorriza]]s, associações fúngicas em suas raízes (como em ''Pinus''), enquanto em alguns outros apresentam pequenas raízes especializadas chamadas raízes coralóides que estão associadas à fixação de nitrogênio [[cianobactérias]] (como em ''Cycas'').


Em sua maturação os cones masculinos ou amentos liberam ao vento milhões de grãos de pólen, que transportados pelo vento caem nos cones femininos, fecundando aos óvulos. Fecundado, o cone feminino fecha-se formando a pinha, no interior da qual encontram-se os pinhões, produto dos óvulos fecundados. Ao final de um ano, aproximadamente, a pinha abre-se e deixa cair os pinhões que se dispersam ao vento até caírem num lugar propício para sua germinação. 
==Classificação==


No pinheiro do Paraná (Araucaria angustifolia) os esporófilos masculinos e femininos encontram-se em indivíduos separados e os estróbilos são diferentes entre si
Formalmente, as gimnospermas vivas têm sido classificadas em um clado chamado "Acrogymnospermae", que forma um [[grupo monofilético]] dentro das [[espermatófitas]].<ref name="Christenhusz2011" />


De fato, tem-se, numa planta madura, duas gerações, uma fúngica e outra [[fitótica]], fazendo das gimnospermas um grupo [[parafilético]] se todos os táxons extintos forem incluídos.<ref name="palmer">{{Citar periódico|autor=Jeffrey Dtozóide. Palmer, Douglas E. Soltis e Mark W. Chase|ano=2004|titulo=The plant tree of life: an overview and some points of view|jornal=American Journal of Botany|volume=91|doi=10.3732/ajb.91.10.1437|url=http://www.amjbot.org/cgi/content/full/91/10/1437|acessadoem=|língua=|páginas=1437–1445}}</ref> A [[cladística]] apenas aceita [[táxon]]s monofiléticos, atribuíveis a um ancestral comum e que incluam todos os descendentes desse ancestral comum. Dessa forma, enquanto o termo "gimnosperma" é ainda largamente utilizado para plantas não-angiospermas com sementes, as espécies de plantas que antes eram tratadas como gimnospermas são usualmente distribuídas em quatro grupos, aos quais são dados iguais rankings como divisões do reino ''Plantae''.<ref>Ollerton J. Coulthard E. (2009). Evolution of Animal Pollination. Science, 326: 808-809. {{DOI|10.1126/science.1181154}}</ref><ref name="Ren">Ren D, Labandeira CC, Santiago-Blay JA, Rasnitsyn A, Shih CK, Bashkuev A, Logan MA, Hotton CL, Dilcher D. (2009). Probable Pollination Mode Before Angiosperms: Eurasian, Long-Proboscid Scorpionflies. Science, 326 (5954), 840-847. {{DOI|10.1126/science.1178338}}</ref> Esses grupos são:. 
O grupo "Gymnospermae" inclui gimnospérmicas extintas e é considerado [[parafilético]]. O registro fóssil de gimnospermas inclui muitos [[taxa]] distintos que não pertencem aos quatro grupos modernos, incluindo árvores portadoras de sementes que têm uma morfologia vegetativa semelhante a [[samambaia]]s (as chamadas "samambaias de sementes" ou [[Pteridospermatophyta|pteridospermas]]).<ref>{{Citar periódico |ultimo1=Hilton |primeiro1=Jason |ultimo2=Bateman |primeiro2=Richard M. |data=Janeiro 2006 |titulo=Pteridosperms are the backbone of seed-plant phylogeny 1 |jornal=The Journal of the Torrey Botanical Society |lingua=en |volume=133 |numero=1 |paginas=119–168 |doi=10.3159/1095-5674(2006)133[119:PATBOS]2.0.CO;2 }}</ref> Quando as gimnospermas fósseis são consideradas, tais como ''[[Bennettitales]]'', ''Caytonia'' e ''[[Glossopteridales]]'', as angiospermas estão alojadas dentro um [[clado]] gimnospérmico mais alargado, apesar de permanecer pouco claro qual grupo de gimnospermas é o parente mais próximo.


Reprodução 
As gimnospermas vivas incluem 12 famílias principais e 83 gêneros que contêm mais de 1000 espécies conhecidas.


a. Cone(estróbilo feminino) com óvulos 
Para a mais recente classificação relativa às gimnospermas extantes, lista-se de seguida a que foi elaborada por Christenhusz ''et al.'' (2011):<ref name="Christenhusz2011">Christenhusz, M.J.M., J.L. Reveal, A. Farjon, M.F. Gardner, R.R. Mill, and M.W. Chase (2011). A new classification and linear sequence of extant gymnosperms. ''Phytotaxa'' 19:55-70. http://www.mapress.com/phytotaxa/content/2011/f/pt00019p070.pdf</ref>
 
b. Uma escama (macrosporófilo) com óvulos 
 
c. Amento produtor de pólen (estróbilo masculino) 
 
c. Ovo-célula 
 
d. Corte através de um microsporângio 
 
e. Grão de pólen (micrósporo) 
 
f. Zigoto 
 
g. Semente madura (pinhão) na escama do cone 
 
h. Plântula (esporófito em início de desenvolvimento) 
 
i. Esporófito maduro 
 
Os micrósporos (grãos de pólen) ainda dentro dos microsporângios iniciam a formação do gametófito masculino que é formado pela célula do tubo e a célula geradora. 
 
A parede do micrósporo desenvolve duas projeções em forma de asa que permitem que ele seja levado pelo vento. Quando ele desenvolve estas projeções passa a ser chamado propriamente de grão de pólen. Estas projeções aladas foram o fator decisivo para a conquista da terra pelas gimnospermas pois elas não dependem da água para se reproduzir como os criptógamos. 
 
Os macrosporófilos possuem dois ou mais macrosporângios ou óvulos que dão origem às sementes. Os óvulos possuem um tegumento, uma abertura, uma câmara polínica que recebe os grãos de pólen, um ou mais arquegônios que repousam sobre um prótalo ou endosperma primário. Este é haplóide, pois se origina de um macrósporo do tecido do óvulo, sendo que os três restantes degeneram e são absorvidos. 
 
Então os grãos de pólen se espalham pelo vento e chegam ao óvulo por meio de tubos polínicos e então a oosfera é fecundada por um gameta masculino. Depois da fecundação, os zigotos dividiram-se por mitose dando o embrião, que é formado de radícula, caulículo, gêmula e cotilédones, transformando-se o prótalo no endosperma secundário que é um parênquima de reserva, e o tegumento do óvulo no tegumento da semente. Em geral formam-se muitos embriões, mas só um se desenvolve. 
 
A semente ("pinhão") de gimnosperma é formada de: 
 
1) Embrião: esporófito embrionário diplóide; 
 
2) Endosperma: tecido nutritivo, que corresponde ao gametófito, haplóide, no qual está imerso o embrião; 
 
3) Parede do megásporo e megasporângio: estruturas diplóides que protegem o embrião e o endosperma; 
 
4) Casca: estrutura diplóide formada pelo endurecimento do tegumento do óvulo. 
 
Principais representantes 
 
As gimnospermas reúnem grande número de espécies arbóreas, como as coníferas, entre as quais algumas - as sequóias - são as maiores e mais longevas árvores do planeta. Outras são arbustos e, umas poucas, lianas e cipós. As folhas das gimnospermas são em geral perenes e podem ter aspecto acicular (pinheiros, abetos etc.), escamiforme (ciprestes) ou lobulado (ginkgo), ou ainda se assemelharem às das palmeiras (cicadáceas). Certas árvores, como os ginkgos e os lariços, são de folhas caducas. As flores não são vistosas e na verdade se reduzem aos elementos reprodutores, agrupados em massas ou inflorescências. Estas têm a forma de cone em muitas espécies, como nos pinheiros, abetos e cedros, o que originou a denominação de coníferas. 
 
As coniferófitas são as plantas gimnospermas mais representativas e reúnem espécies bastante conhecidas como os pinheiros, abetos, cedros e ciprestes. As cicadófitas, que evoluíram muito pouco ao longo de milhares de anos, são plantas de zonas tropicais ou subtropicais, com tronco lenhoso sem ramificações, do qual brota um conjunto de folhas semelhantes a um penacho, como o das palmeiras, pelo que, à primeira vista, podem ser confundidas com estas. As verdadeiras palmeiras, no entanto, são angiospermas e têm características botânicas muito diferentes. As cicadófitas incluem a família das cicadáceas, conhecidas como saguzinhos - destaca-se a espécie Cycas revoluta, própria do sul do Japão, de cuja medula se obtém um produto alimentício, o chamado sagu do Japão - e a das zamiáceas. O gênero Zamia, estendido por diversas regiões da África e no México principalmente, apresenta caule muito curto, de que saem pequenas hastes e folhas. 
 
As gnetófitas mostram indiscutíveis afinidades com as angiospermas. Compreendem plantas arbustivas, adaptadas a ambientes desérticos ou de estepe, como os gêneros Ephedra e Welwitschia, e outras em forma de liana, como as do gênero Gnetum, de ambientes selváticos. Na região mediterrânea, abunda a espécie E. distachya, com hastes ramificadas, finas e com muitos nós, que lhe dão aparência articulada. Em regiões áridas da África há uma espécie curiosa, a tumboa (W. mirabilis), composta de uma grossa porção subterrânea, que emerge até meio metro acima do solo, e de duas folhas opostas que medem até dois metros de comprimento, rentes ao chão. Os cipós do gênero Gnetum compreendem espécies tropicais típicas da Amazônia, do golfo da Guiné e de selvas asiáticas. 
 
As ginkgófitas, que datam do período permiano, foram abundantes no passado, mas subsistem por meio de apenas uma espécie, Ginkgo biloba, originária da China. 
 
Pinheiro-do-paraná: uma árvore "plantada" por pássaros: 
 
Se fôssemos escolher as cinco árvores mais significativas do Brasil, certamente a araucária ou pinheiro-do-paraná seria uma delas (Araucaria angustifolia). 
 
Além de ser uma bela árvore, a araucária é imponente: com forma de taça, alta, reta e com seu tronco mantém a forma cilíndrica quase perfeita desde a base até o topo, chegando a atingir de vinte a trinta metros de altura. 
 
Além dos seres humanos, boa parte da fauna brasileira - da anta ao sabiá -, apreciam o pinhão, produzido pelo pinheiro-do-paraná. A gralha, outra ave apreciadora do pinhão, geralmente armazena mais do que pode comer, ou - como acreditam muitos -, esquece onde enterrou os pinhões e eles acabam germinando e nascendo. 
 
Os novos pinheiros que saem para a vida servem para compensar os que morrem de velhos ou por doença, porém a semeadura das gralhas não compensa os estragos das motosserras (madeira), pela única razão de que, cortando os pinheiros, acaba-se também com as gralhas.
* [[conífera|''Conipherophyta'']] - os [[pinheiro]]s, as [[araucária]]s (pinheiro-do-paraná), as [[sequoia]]s, ciprestes e plantas semelhantes;
* [[Cicadófita|''Cycadophyta'']] - as ''[[Cycas]]'', ''[[Encephalartos]]'', etc.;
*[[gnetófita|''Gnetophyta'']] - o ''Gnetum''; e
* [[Gingko|''Gingkophyta'']] - Único representante vivo é o ''Ginko biloba'', conhecido por seu uso fitoterápico.
 
== Características ==
* Apresenta raiz, caule, folhas, estróbilos, flores, sementes e vasos condutores (não possuem frutos);
*
* Podem existir plantas que são femininas e masculinas ao mesmo tempo, chamadas de [[monóico|monóicas]] (''Pinus sp.''), e as que têm sexos separados, que são chamadas de [[dióico|dióicas]] ([[araucária]]s);
* xilema formado apenas por traqueídos e parênquima lenhoso;
* suas sementes são nuas. As gimnospermas marcam evolutivamente o aparecimento das sementes como consequência da heterosporia, que é a produção de dois tipos de esporos, um masculino e outro feminino.São plantas traqueófitas, pelo fato de possuírem vasos condutores do tipo xilema e floema<ref>{{citar web |autor=Hilton, Jason e Richard M. Bateman  |url=http://www.bioone.org/perlserv/?request=get-abstract&doi=10.3159%2F1095-5674(2006)133%5B119%3APATBOS%5D2.0.CO%3B2&ct=1 |publicado=Bioone.org |obra=Journal of the Torrey Botanical Society 133: 119-168 |título=Pteridosperms are the backbone of seed-plant phylogeny |ano=2006 |acessodata= |língua= }}</ref>. Outro aspecto típico das gimnospérmicas, principalmente das coníferas, é a produção de resina, que as protege do ataque de insetos e fungos. Todas as plantas gimnospérmicas são terrestres, e embora apresentem tamanhos variados são sempre árvores ou arbustos.
As coníferas são o grupo de gimnospérmicas mais numeroso e de maior distribuição actual.
A gimnosperma mais antiga é o Ginkgo
Gimnospermas
 
 
O grupo das Gimnospermas é composto por plantas que têm sementes mas não produzem frutos. O nome Gimnosperma tem duas partes que vem do grego : gimnos = nu e sperma = semente. Por isso é o Grupo das “sementes nuas”, sem o fruto que as protege. Nessa divisão encontramos plantas terrestres e adaptadas ao clima temperado e frio. Um exemplo é o Pinheiro que usamos no Natal.
 
 
As gimnospermas  produzem flor (Fanerógamas), além de raiz, caule e folhas, mas não têm frutos.As flores (ou estróbilos), são primitivas e as sementes são nuas (sem fruto).
 
As plantas com sementes são geralmente divididas em uma única classe, conhecidas como Spermatophyta, que está ainda subdividida em angiospermas e gimnospermas.
 
A palavra gimnosperma é derivada da palavra grega gymnospermos, que significa “semente nua”. Angiospermas e gimnospermas são plantas com sementes. Embora, as diferenças são mais distintas, os pontos a seguir mencionados são algumas das semelhanças entre eles.
 
* Eles são capazes de produzir pólen para a fecundação e sua fecundação é siphonogamous, através de um tubo polínico. Gimnospermas dependem principalmente da polinização pelo vento e algumas angiospermas também são dependentes do mesmo agente.
 
== Classificação ==
Nos esquemas de classificação mais antigos, as gimnospérmicas eram vistas como "um grupo natural". Existem evidências contraditórias sobre a questão de se considerar ou não as gimnospérmicas como um [[clado]].<ref name="palmer">{{cite journal | url = http://www.amjbot.org/cgi/content/full/91/10/1437 | title = The plant tree of life: an overview and some points of view | author = Jeffrey D. Palmer, Douglas E. Soltis and Mark W. Chase | journal = American Journal of Botany | year = 2004 | volume = 91 | pages = 1437–1445 | doi = 10.3732/ajb.91.10.1437 | issue=10 | pmid=21652302}}</ref><ref name="Stevens">{{cite web | url = http://www.mobot.org/mobot/research/APweb/orders/Cycadales.html#Seedplants  | title = Angiosperm Phylogeny Website - Seed Plant Evolution | author = Stevens, P. F. | year = 2001 onwards}}</ref>
 
O registro fóssil das gimnospérmicas inclui muitos ''taxa'' distintos, que não pertencem aos quatro grupos modernos, incluindo árvores portadoras de semente que possuem um morfologia vegetativa semelhante aos [[feto]]s (os chamados "fetos com semente" ou [[Pteridospermatophyta|pteridospérmicas]]).<ref>Hilton, Jason, and Richard M. Bateman. 2006. Pteridosperms are the backbone of seed-plant phylogeny. ''Journal of the Torrey Botanical Society'' 133: 119-168 ([http://www.bioone.org/perlserv/?request=get-abstract&doi=10.3159%2F1095-5674(2006)133%5B119%3APATBOS%5D2.0.CO%3B2&ct=1 abstract])</ref>
 
Quando as gimnospérmicas fósseis são consideradas, tais como [[Bennettitales]], ''Caytonia'' e  [[Glossopteridales]], é claro que as angiospérmicas estão alojadas dentro um [[clado]] gimnospérmico mais alargado, apesar de permanecer pouco claro qual grupo de gimnospérmicas é o parente mais próximo.
 
Para a mais recente classificação relativa às gimnospérmicas extantes, lista-se de seguida a que foi elaborada por Christenhusz ''et al.'' (2011).<ref>Christenhusz, M.J.M., J.L. Reveal, A. Farjon, M.F. Gardner, R.R. Mill, and M.W. Chase (2011). A new classification and linear sequence of extant gymnosperms. ''Phytotaxa'' 19:55-70. http://www.mapress.com/phytotaxa/content/2011/f/pt00019p070.pdf</ref>


Subclasse '''[[Cycadidae]]'''
Subclasse '''[[Cycadidae]]'''
*Ordem '''[[Cycadales]]'''
*Ordem '''[[Cycadales]]'''
**Família '''[[Cycadaceae]]''': ''Cycas''
**Família '''[[Cycadaceae]]''': ''[[Cycas]]''
**Família '''[[Zamiaceae]]''': ''Dioon'', ''Bowenia'', ''Macrozamia'', ''Lepidozamia'', ''Encephalartos'', ''Stangeria'', ''Ceratozamia'', ''Microcycas'', ''Zamia''.
**Família '''[[Zamiaceae]]''': ''[[Dioon]]'', ''[[Bowenia]]'', ''[[Macrozamia]]'', ''[[Lepidozamia]]'', ''[[Encephalartos]]'', ''[[Stangeria]]'', ''[[Ceratozamia]]'', ''[[Microcycas]]'', ''[[Zamia]]''


Subclasse '''[[Ginkgoidae]]'''
Subclasse '''[[Ginkgoidae]]'''
*Ordem '''[[Ginkgoales]]'''
*Ordem '''[[Ginkgoales]]'''
**Família '''[[Ginkgoaceae]]''': ''Ginkgo''
**Família '''[[Ginkgoaceae]]''': ''[[Ginkgo]]''


Subclasse '''[[Gnetidae]]'''
Subclasse '''[[Gnetidae]]'''
*Ordem '''[[Welwitschiales]]'''
*Ordem '''[[Welwitschiales]]'''
**Família '''[[Welwitschiaceae]]''': ''Welwits''
**Família '''[[Welwitschiaceae]]''': ''[[Welwitschia]]''
*Ordem '''[[Gnetales]]'''
*Ordem '''[[Gnetales]]'''
**Família '''[[Gnetaceae]]'': ''Gnetum''
**Família '''[[Gnetaceae]]''': ''[[Gnetum]]''
*Ordem '''[[Ephedrales]]'''
*Ordem '''[[Ephedrales]]'''
**Família '''[[Ephedraceae]]''': ''Ephedra''
**Família '''[[Ephedraceae]]''': ''[[Ephedra (plant)|Ephedra]]''


Subclasse '''[[Pinidae]]'''
Subclasse '''[[Pinidae]]'''
*Ordem '''[[Pinales]]'''
*Ordem '''[[Pinales]]'''
**Família '''[[Pinaceae]]''': ''Cedrus'', ''Pinus'', ''Cathaya'', ''Picea'', ''Pseudotsuga'', ''Larix'', ''Pseudolarix'', ''Tsuga'', ''Nothotsuga'', ''Keteleeria'', ''Abies''
**Família '''[[Pinaceae]]''': ''[[Cedrus]]'', ''[[Pinus]]'', ''[[Cathaya]]'', ''[[Picea]]'', ''[[Pseudotsuga]]'', ''[[Larix]]'', ''[[Pseudolarix]]'', ''[[Tsuga]]'', ''[[Nothotsuga]]'', ''[[Keteleeria]]'', ''[[Abies]]''
*Ordem '''[[Araucariales]]'''
*Ordem '''[[Araucariales]]'''
**Família '''[[Araucariaceae]]''': ''Araucaria'', ''Wollemia'', ''Agathis''
**Família '''[[Araucariaceae]]''': ''[[Araucaria]]'', ''[[Wollemia]]'', ''[[Agathis]]''
**Família '''[[Podocarpaceae]]''': ''Phyllocladus'', ''Lepidothamnus'', ''Prumnopitys'', ''Sundacarpus'', ''Halocarpus'', ''Parasitaxus'', ''Lagarostrobos'', ''Manoao'', ''Saxegothaea'', ''Microcachrys'', ''Pherosphaera'', ''Acmopyle'', ''Dacrycarpus'', ''Dacrydium'', ''Falcatifolium'', ''Retrophyllum'', ''Nageia'', ''Afrocarpus'', ''Podocarpus''
**Família '''[[Podocarpaceae]]''': ''[[Phyllocladus]]'', ''[[Lepidothamnus]]'', ''[[Prumnopitys]]'', ''[[Sundacarpus]]'', ''[[Halocarpus]]'', ''[[Parasitaxus]]'', ''[[Lagarostrobos]]'', ''[[Manoao]]'', ''[[Saxegothaea]]'', ''[[Microcachrys]]'', ''[[Pherosphaera]]'', ''[[Acmopyle]]'', ''[[Dacrycarpus]]'', ''[[Dacrydium]]'', ''[[Falcatifolium]]'', ''[[Retrophyllum]]'', ''[[Nageia]]'', ''[[Afrocarpus]]'', ''[[Podocarpus]]''
*Ordem '''[[Cupressales]]'''
*Ordem '''Cupressales'''
**Família '''[[Sciadopityaceae]]''': ''Sciadopitys''
**Família '''[[Sciadopityaceae]]''': ''[[Sciadopitys]]''
**Família '''[[Cupressaceae]]''': ''Cunninghamia'', ''Taiwania'', ''Athrotaxis'', ''Metasequoia'', ''Sequoia'', ''Sequoiadendron'', ''Cryptomeria'', ''Glyptostrobus'', ''Taxodium'', ''Papuacedrus'', ''Austrocedrus'', ''Libocedrus'', ''Pilgerodendron'', ''Widdringtonia'', ''Diselma'', ''Fitzroya'', ''Callitris'' (incl. ''Actinostrobus''), ''Neocallitropsis'', ''Thujopsis'', ''Thuja'', ''Fokienia'', ''Chamaecyparis'', ''Cupressus'', ''Juniperus'', ''Calocedrus'', ''Tetraclinis'', ''Platycladus'', ''Microbiota''
**Família '''[[Cupressaceae]]''': ''[[Cunninghamia]]'', ''[[Taiwania]]'', ''[[Athrotaxis]]'', ''[[Metasequoia]]'', ''[[Sequoioideae|Sequoia]]'', ''[[Sequoiadendron]]'', ''[[Cryptomeria]]'', ''[[Glyptostrobus]]'', ''[[Taxodium]]'', ''[[Papuacedrus]]'', ''[[Austrocedrus]]'', ''[[Libocedrus]]'', ''[[Pilgerodendron]]'', ''[[Widdringtonia]]'', ''[[Diselma]]'', ''[[Fitzroya]]'', ''[[Callitris]]'', ''[[Actinostrobus]]'', ''[[Neocallitropsis]]'', ''[[Thujopsis]]'', ''[[Thuja]]'', ''[[Fokienia]]'', ''[[Chamaecyparis]]'', ''[[Cupressus]]'', ''[[Juniperus]]'', ''[[Calocedrus]]'', ''[[Tetraclinis]]'', ''[[Platycladus]]'', ''[[Microbiota (plant)|Microbiota]]''
**Família '''[[Taxaceae]]''': ''Austrotaxus'', ''Pseudotaxus'', ''Taxus'', ''Cephalotaxus'', ''Amentotaxus'', ''Torreya''
**Família '''[[Taxaceae]]''': ''[[Austrotaxus]]'', ''[[Pseudotaxus]]'', ''[[Taxus]]'', ''[[Cephalotaxus]]'', ''[[Amentotaxus]]'', ''[[Torreya]]''
 
=== Agrupamentos extintos ===
* Filo '''[[Pteridospermatophyta]]'''
* Ordem '''[[Bennettitales]]'''
** Família [[Cycadeoidaceae]]
** Família [[Williamsoniaceae]]
* Ordem '''[[Erdtmanithecales]]'''
*Ordem '''[[Pentoxylales]]'''
*Ordem '''[[Czekanowskiales]]'''
 
==Diversidade e origem==
[[Ficheiro:PinusSylvestris.jpg|miniaturadaimagem|''[[Pinus sylvestris]]'', uma gimnospérmica.]]
Há mais de 1000 espécies vivas de gimnospermas. Anteriormente, era amplamente aceito que as gimnospermas se originaram no período [[Carbonífero]] tardio, mas evidências filogenéticas mais recentes indicam que elas divergiram dos ancestrais de [[angiospermas]] no início do [[Carbonífero]].<ref>{{Cite journal |last1=Li |first1=Hong-Tao |last2=Yi |first2=Ting-Shuang |last3=Gao |first3=Lian-Ming |last4=Ma |first4=Peng-Fei |last5=Zhang |first5=Ting |last6=Yang |first6=Jun-Bo |last7=Gitzendanner |first7=Matthew A. |last8=Fritsch |first8=Peter W. |last9=Cai |first9=Jie |last10=Luo |first10=Yang |last11=Wang |first11=Hong |date= 2019 |title=Origin of angiosperms and the puzzle of the Jurassic gap |journal=Nature Plants |language=en |volume=5 |issue=5 |pages=461–470 |doi=10.1038/s41477-019-0421-0|pmid=31061536 |s2cid=146118264 }}</ref><ref>{{Cite journal |last1=Morris |first1=Jennifer L. |last2=Puttick |first2=Mark N. |last3=Clark |first3=James W. |last4=Edwards |first4=Dianne |last5=Kenrick |first5=Paul |last6=Pressel |first6=Silvia |last7=Wellman |first7=Charles H. |last8=Yang |first8=Ziheng |last9=Schneider |first9=Harald |last10=Donoghue |first10=Philip C. J. |date=2018-03-06 |title=The timescale of early land plant evolution |journal=Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America |volume=115 |issue=10 |pages=E2274–E2283 |doi=10.1073/pnas.1719588115 |pmc=5877938 |pmid=29463716|bibcode=2018PNAS..115E2274M |doi-access=free }}</ref> A radiação de gimnospermas durante o final do Carbonífero parece ter resultado de todo um evento de duplicação de genoma em torno de 319 ma.<ref name="Jiao2011">{{Cite journal |last1=Jiao |first1=Yuannian |last2=Wickett |first2=Norman J. |last3=Ayyampalayam |first3=Saravanaraj |last4=Chanderbali |first4=André S. |last5=Landherr |first5=Lena |last6=Ralph |first6=Paula E. |last7=Tomsho |first7=Lynn P. |last8=Hu |first8=Yi |last9=Liang |first9=Haiying |last10=Soltis |first10=Pamela S. |last11=Soltis |first11=Douglas E. |date=2011-04-10 |title=Ancestral polyploidy in seed plants and angiosperms |journal=Nature |volume=473 |issue=7345 |pages=97–100 |doi=10.1038/nature09916 |pmid=21478875 |bibcode=2011Natur.473...97J |s2cid=4313258 }}</ref> As características iniciais das plantas com sementes são evidentes em fósseis [[progimnospermas]] do final do período [[Devoniano]] por volta de 383 milhões de anos atrás. Tem sido sugerido que durante a era Mesozóica, a polinização de alguns grupos extintos de gimnospermas foi realizada por espécies extintas de [[Mecoptera]], que provavelmente se envolveram em associações mutualísticas com as gimnospermas, muito antes da coevolução semelhante e independente de insetos que se alimentam de néctar em angiospermas.<ref>{{cite journal | last1 = Ollerton | first1 = J. | last2 = Coulthard | first2 = E. | year = 2009 | title = Evolution of Animal Pollination | journal = Science | volume = 326 | issue = 5954| pages = 808–809 | doi = 10.1126/science.1181154 | pmid = 19892970 | bibcode = 2009Sci...326..808O | s2cid = 856038 }}</ref><ref name="Ren">{{cite journal | last1 = Ren | first1 = D | last2 = Labandeira | first2 = CC | last3 = Santiago-Blay | first3 = JA | last4 = Rasnitsyn | first4 = A | last5 = Shih | first5 = CK | last6 = Bashkuev | first6 = A | last7 = Logan | first7 = MA | last8 = Hotton | first8 = CL | last9 = Dilcher | first9 = D. |display-authors=4 | year = 2009 | title = A Probable Pollination Mode Before Angiosperms: Eurasian, Long-Proboscid Scorpionflies | journal = Science | volume = 326 | issue = 5954| pages = 840–847 | doi = 10.1126/science.1178338 | pmid = 19892981 | pmc = 2944650 | bibcode = 2009Sci...326..840R }}</ref> Também foram encontradas evidências de que as gimnospermas mesozóicas foram polinizadas por [[Kalligrammatidae]], uma família agora extinta com membros que (em um exemplo de [[evolução convergente]]) se assemelhavam às borboletas que surgiram muito mais tarde.<ref>{{cite journal | title=The evolutionary convergence of mid-Mesozoic lacewings and Cenozoic butterflies | journal = Proceedings of the Royal Society B: Biological Sciences |  last1=Labandeira | first1=Conrad C. | last2=Yang | first2=Qiang | last3=Santiago-Blay | first3=Jorge A. | last4=Hotton | first4=Carol L. | last5=Monteiro | first5=Antónia | last6=Wang | first6=Yong-Jie | last7=Goreva | first7=Yulia | last8=Shih | first8=ChungKun | last9=Siljeström | first9=Sandra | last10=Rose | first10=Tim R. | last11=Dilcher | first11=David L. | last12=Ren | first12=Dong | volume = 283 | issue = 1824| doi=10.1098/rspb.2015.2893 | pages=20152893 | pmid=26842570 | pmc=4760178| year = 2016 }}</ref>
 
As [[conífera]]s são de longe o grupo mais abundante de gimnospermas com seis a oito famílias, com um total de 65 a 70 gêneros e 600 a 630 espécies (696 nomes aceitos).<ref name="Catalogue">[http://www.catalogueoflife.org/show_database_details.php?database_name=Conifer+Database Catalogue of Life: 2007 Annual checklist – Conifer database]</ref> As coníferas são lenhosas e a maioria é perene.<ref>Campbell, Reece, "Phylum Coniferophyta."Biology. 7th. 2005. Print. P.595</ref>
 
== Características==
Sendo plantas [[Tracheophyta|traqueófitas]], as gimnospermas são vascularizadas, isto é, possuem tecidos especializados para o transporte de solutos, nomeadamente o [[xilema]] e o [[floema]]. O xilema das gimnospermas possui apenas [[traqueídeo]]s, com exceção da ordem [[Gnetales]] que, como a grande maioria das angiospermas, apresentam também [[elementos de vaso]].<ref name="Souza2010">Souza, V. C. Introdução: as gimnospermas do Brasil. In: Forzza, R. C., org., et al. INSTITUTO DE PESQUISAS JARDIM BOTÂNICO DO RIO DE JANEIRO. Catálogo de plantas e fungos do Brasi [online]. Rio de Janeiro: Andrea Jakobsson Estúdio: Instituto de Pesquisa Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010. p. 75-77. Vol. 1. ISBN 978-85-8874-242-0.</ref> Além disso, possuem parênquima lenhoso.
 
Suas sementes são formadas em estruturas denominadas [[estróbilo]], e são nuas, isto é, não são revestidas pelo [[fruto]]. As gimnospermas marcam evolutivamente o aparecimento das sementes como consequência da heterosporia, que é a produção de dois esporos, um masculino e outro feminino.{{carece de fontes}} São capazes de produzir pólen para a fecundação, e sua fecundação é sifonogâmica através de um tubo polínico. Gimnospermas dependem principalmente da polinização pelo vento.
 
A produção de [[resina]] é uma característica marcante principalmente em coníferas, que as protege do ataque de insetos e fungos.
 
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Como ler uma infocaixa de taxonomiaGimnospermas
Ocorrência: Carbonífero-Presente
Várias gimnospérmicas.
Várias gimnospérmicas.
Classificação científica
Domínio: Eukaryota
Reino: Plantae
Superdivisão: Spermatophyta
(sem classif.) Gimnospermae
Clado: Tracheophyta
Divisões
Pinophyta - Coníferas

Cycadophyta - Cicadáceas
Ginkgophyta - Ginkgo
Gnetophyta - Gnetófitas

Cone de Encephalartos sclavoi, com cerca de 30 cm de comprimento.
Detalhe do cone masculino de uma Gimnosperma da família Cycadaceae (Cycas circinalis).

As gimnospérmicas ou gimnospermas (do grego γυμνός gimnós "nu", σπέρμα spérma "semente") são um grupo de plantas com sementes que não apresentam fruto que envolve a semente, diferenciando-as assim das angiospermas, que têm suas sementes envoltas por um fruto, gerado por um ovário.[1]

As gimnospermas formam o clado Gymnospermae, que inclui as coníferas, cicadófitas, Ginkgo, e as gnetófitas. O termo "gimnosperma" é frequentemente utilizado para se referir a vários grupos de plantas com sementes extintas que possuem uma relação incerta com as gimnospermas e angiospermas modernas. Nesse caso, para especificar o grupo moderno monofilético de gimnospermas, às vezes é usado o termo Acrogymnospermae.

Os ciclos de vida das gimnospermas envolvem alternância de gerações, com uma fase dominante diplóide, o esporófito, e uma fase reduzida haplóide, o gametófito, que é dependente da fase esporofítica.

As gimnospermas e as angiospermas compreendem as espermatófitas ou plantas com sementes. As gimnospermas são subdivididas em cinco clados: Cycadophyta, Ginkgophyta, Gnetophyta, Pinophyta (também conhecido como Coniferophyta) e Pteridospermatophyta, estando este último extinto.[2]

De longe, o maior grupo de gimnospermas vivas são as coníferas (pinheiros, ciprestes e parentes), seguidos por cicadáceas, gnetófitas (Gnetum, Ephedra e Welwitschia), e Ginkgo biloba. No Brasil, destaca-se a espécie Araucaria angustifolia, da ordem Pinales, que constitui a mata araucária típica da região sul do país e que produz uma semente comestível, o pinhão.

Alguns gêneros apresentam micorrizas, associações fúngicas em suas raízes (como em Pinus), enquanto em alguns outros apresentam pequenas raízes especializadas chamadas raízes coralóides que estão associadas à fixação de nitrogênio cianobactérias (como em Cycas).

Classificação

Formalmente, as gimnospermas vivas têm sido classificadas em um clado chamado "Acrogymnospermae", que forma um grupo monofilético dentro das espermatófitas.[3]

O grupo "Gymnospermae" inclui gimnospérmicas extintas e é considerado parafilético. O registro fóssil de gimnospermas inclui muitos taxa distintos que não pertencem aos quatro grupos modernos, incluindo árvores portadoras de sementes que têm uma morfologia vegetativa semelhante a samambaias (as chamadas "samambaias de sementes" ou pteridospermas).[4] Quando as gimnospermas fósseis são consideradas, tais como Bennettitales, Caytonia e Glossopteridales, as angiospermas estão alojadas dentro um clado gimnospérmico mais alargado, apesar de permanecer pouco claro qual grupo de gimnospermas é o parente mais próximo.

As gimnospermas vivas incluem 12 famílias principais e 83 gêneros que contêm mais de 1000 espécies conhecidas.

Para a mais recente classificação relativa às gimnospermas extantes, lista-se de seguida a que foi elaborada por Christenhusz et al. (2011):[3]

Subclasse Cycadidae

Subclasse Ginkgoidae

Subclasse Gnetidae

Subclasse Pinidae

Agrupamentos extintos

Diversidade e origem

Pinus sylvestris, uma gimnospérmica.

Há mais de 1000 espécies vivas de gimnospermas. Anteriormente, era amplamente aceito que as gimnospermas se originaram no período Carbonífero tardio, mas evidências filogenéticas mais recentes indicam que elas divergiram dos ancestrais de angiospermas no início do Carbonífero.[5][6] A radiação de gimnospermas durante o final do Carbonífero parece ter resultado de todo um evento de duplicação de genoma em torno de 319 ma.[7] As características iniciais das plantas com sementes são evidentes em fósseis progimnospermas do final do período Devoniano por volta de 383 milhões de anos atrás. Tem sido sugerido que durante a era Mesozóica, a polinização de alguns grupos extintos de gimnospermas foi realizada por espécies extintas de Mecoptera, que provavelmente se envolveram em associações mutualísticas com as gimnospermas, muito antes da coevolução semelhante e independente de insetos que se alimentam de néctar em angiospermas.[8][9] Também foram encontradas evidências de que as gimnospermas mesozóicas foram polinizadas por Kalligrammatidae, uma família agora extinta com membros que (em um exemplo de evolução convergente) se assemelhavam às borboletas que surgiram muito mais tarde.[10]

As coníferas são de longe o grupo mais abundante de gimnospermas com seis a oito famílias, com um total de 65 a 70 gêneros e 600 a 630 espécies (696 nomes aceitos).[11] As coníferas são lenhosas e a maioria é perene.[12]

Características

Sendo plantas traqueófitas, as gimnospermas são vascularizadas, isto é, possuem tecidos especializados para o transporte de solutos, nomeadamente o xilema e o floema. O xilema das gimnospermas possui apenas traqueídeos, com exceção da ordem Gnetales que, como a grande maioria das angiospermas, apresentam também elementos de vaso.[13] Além disso, possuem parênquima lenhoso.

Suas sementes são formadas em estruturas denominadas estróbilo, e são nuas, isto é, não são revestidas pelo fruto. As gimnospermas marcam evolutivamente o aparecimento das sementes como consequência da heterosporia, que é a produção de dois esporos, um masculino e outro feminino.[carece de fontes?] São capazes de produzir pólen para a fecundação, e sua fecundação é sifonogâmica através de um tubo polínico. Gimnospermas dependem principalmente da polinização pelo vento.

A produção de resina é uma característica marcante principalmente em coníferas, que as protege do ataque de insetos e fungos.

Ver também

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Referências

  1. «Gymnosperms of Northeastern Wisconsin». Uwgb.edu. Consultado em 31 de maio de 2009 
  2. Raven, P.H. (2013). Biology of Plants. [S.l.]: New York: W.H. Freeman and Co. 
  3. 3,0 3,1 Christenhusz, M.J.M., J.L. Reveal, A. Farjon, M.F. Gardner, R.R. Mill, and M.W. Chase (2011). A new classification and linear sequence of extant gymnosperms. Phytotaxa 19:55-70. http://www.mapress.com/phytotaxa/content/2011/f/pt00019p070.pdf
  4. Hilton, Jason; Bateman, Richard M. (Janeiro 2006). «Pteridosperms are the backbone of seed-plant phylogeny 1». The Journal of the Torrey Botanical Society (em English). 133 (1): 119–168. doi:10.3159/1095-5674(2006)133[119:PATBOS]2.0.CO;2 
  5. Li, Hong-Tao; Yi, Ting-Shuang; Gao, Lian-Ming; Ma, Peng-Fei; Zhang, Ting; Yang, Jun-Bo; Gitzendanner, Matthew A.; Fritsch, Peter W.; Cai, Jie; Luo, Yang; Wang, Hong (2019). «Origin of angiosperms and the puzzle of the Jurassic gap». Nature Plants (em English). 5 (5): 461–470. PMID 31061536. doi:10.1038/s41477-019-0421-0 
  6. Morris, Jennifer L.; Puttick, Mark N.; Clark, James W.; Edwards, Dianne; Kenrick, Paul; Pressel, Silvia; Wellman, Charles H.; Yang, Ziheng; Schneider, Harald; Donoghue, Philip C. J. (6 de março de 2018). «The timescale of early land plant evolution». Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America. 115 (10): E2274–E2283. Bibcode:2018PNAS..115E2274M. PMC 5877938Acessível livremente. PMID 29463716. doi:10.1073/pnas.1719588115Acessível livremente 
  7. Jiao, Yuannian; Wickett, Norman J.; Ayyampalayam, Saravanaraj; Chanderbali, André S.; Landherr, Lena; Ralph, Paula E.; Tomsho, Lynn P.; Hu, Yi; Liang, Haiying; Soltis, Pamela S.; Soltis, Douglas E. (10 de abril de 2011). «Ancestral polyploidy in seed plants and angiosperms». Nature. 473 (7345): 97–100. Bibcode:2011Natur.473...97J. PMID 21478875. doi:10.1038/nature09916 
  8. Ollerton, J.; Coulthard, E. (2009). «Evolution of Animal Pollination». Science. 326 (5954): 808–809. Bibcode:2009Sci...326..808O. PMID 19892970. doi:10.1126/science.1181154 
  9. Ren, D; Labandeira, CC; Santiago-Blay, JA; Rasnitsyn, A; et al. (2009). «A Probable Pollination Mode Before Angiosperms: Eurasian, Long-Proboscid Scorpionflies». Science. 326 (5954): 840–847. Bibcode:2009Sci...326..840R. PMC 2944650Acessível livremente. PMID 19892981. doi:10.1126/science.1178338 
  10. Labandeira, Conrad C.; Yang, Qiang; Santiago-Blay, Jorge A.; Hotton, Carol L.; Monteiro, Antónia; Wang, Yong-Jie; Goreva, Yulia; Shih, ChungKun; Siljeström, Sandra; Rose, Tim R.; Dilcher, David L.; Ren, Dong (2016). «The evolutionary convergence of mid-Mesozoic lacewings and Cenozoic butterflies». Proceedings of the Royal Society B: Biological Sciences. 283 (1824). 20152893 páginas. PMC 4760178Acessível livremente. PMID 26842570. doi:10.1098/rspb.2015.2893 
  11. Catalogue of Life: 2007 Annual checklist – Conifer database
  12. Campbell, Reece, "Phylum Coniferophyta."Biology. 7th. 2005. Print. P.595
  13. Souza, V. C. Introdução: as gimnospermas do Brasil. In: Forzza, R. C., org., et al. INSTITUTO DE PESQUISAS JARDIM BOTÂNICO DO RIO DE JANEIRO. Catálogo de plantas e fungos do Brasi [online]. Rio de Janeiro: Andrea Jakobsson Estúdio: Instituto de Pesquisa Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010. p. 75-77. Vol. 1. ISBN 978-85-8874-242-0.

Ligações externas

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