Hipermídias: fusão de meios de comunicação por meio dos sistemas eletrônicos de comunicação
O conceito hipermídia (português brasileiro) ou hipermédia (português europeu), juntamente com hipertexto, foi criado na década de 1960 pelo filósofo e sociólogo estadunidense Ted Nelson.[1] Pioneiro na tecnologia da informação, desenvolveu o conceito a partir da sua experiência pessoal. Ted Nelson foi o primeiro a vislumbrar o impacto da máquina computacional nas humanidades e também a relacionar computação com teoria literária, antevendo os impactos que a digitalização do conhecimento traria para a humanidade.[2]
Descrição
Hipermédia é a reunião de várias mídias num ambiente computacional, suportada por sistemas eletrônicos de comunicação. Hipermédia, diferentemente de multimédia, não é a mera reunião dos meios existentes, e sim a fusão desses meios a partir de elementos não-lineares.[3]
Uma forma bastante comum de Hipermídia é o Hipertexto, no qual a informação é apresentada sob a forma de texto interativo. As informações são acessadas pelo monitor de um computador, pela tela de um smartphone, entre outros dispositivos. O usuário é capaz de ler de forma não linear, ou seja, ele escolhe entre o início, o meio ou o fim do conteúdo. Segundo Bugay, a Hipermídia pode ser considerada uma extensão do Hipertexto, entretanto, inclui, além de textos comuns, sons, animações e vídeos.[4]
Referências
- ↑ Ted Nelson no Brasil em 2005 no FILE Festival Internacional da Linguagem Eletrônica.
- ↑ AZEVEDO, Wilton & MENEZES, Philadelpho. Interpoesia. Cd-rom interativo. Fapesp-Mackenzie, 1999.
- ↑ BAIRON, Sérgio. Hipermídia. São Paulo Brasiliense, 2011.
- ↑ BUGAY, Edson Luiz; ULBRICHT, Vania Ribas. Hipermídia. Florianópolis: Bookstore, 2000.
Bibliografia
- LANDOW, George. Teorías del Hipertexto. Madrid, Paidos, 1997.
- LEÃO, Lucia. O Labirinto da Hipermídia. São Paulo, Iluminuras, 1999.
- TORI, Romero. Criando multimídia. 1994.
- MORAES, Dênis. Planeta Mídia, tendências da comunicação na era global. São Paulo: Editora Letra Livre,1998.
- NEGROPONTE, Nicholas. A Vida Digital. São Paulo: Companhia das letras, 1995.
- PARENTE, André. O Virtual e o Hipertextual. Rio de Janeiro: Pazulin, 1999.
- PARENTE, André (org), Imagem-Máquina: a era das tecnologias do virtual. Rio de Janeiro: Editora 34; 1993
- PINHO, J. B. Relações Públicas na Internet: técnicas e estratégias para informar e influenciar públicos de interesse. São Paulo: Summus, 2003.
- PÓVOA, Marcelo. Anatomia da Internet. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2000.
- PRIMO, Alex. Enfoques e desfoques no estudo da interação mediada por computador. Trabalho apresentado no Núcleo de Tecnologias da Informação e da Comunicação, XXVI Congresso Anual em Ciência da Comunicação, Belo Horizonte/MG, 02 a 06 de setembro de 2003.
- RADFAHRER, Luli. Design / Web / Design 2. Rio de Janeiro: Market Press, 2001.
- RANGEL, Ricardo. Passado e Futuro da Era da Informação. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1999.
- SCAVETTA, S. & Lauffer, R. Texte, Hipertexte, Hipermedia. Paris, Intro, 1997.
- SILVEIRA, S. A. Exclusão Digital: a miséria na era da informação. São Paulo: Ed. Fundação Perseu Abramo, 2001.
- VIEIRA, Eduardo. Os bastidores da Internet no Brasil. Barueri, SP: Manoele, 2003.
- WERTHEIM, Margaret. Uma História do Espaço de Dante à Internet. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2001.
- WOLTON, Dominique. Internet, e depois? Uma teoria crítica das novas mídias.
Ver também
Ligações externas
- LANDOW, George. Depois do Híper. Revista Trópico, 2004.
- NELSON, Ted. Libertando-se da prisão da internet. São Paulo, FILE Editorial, 2005.
- BARRETO, Ricardo and PERISSINOTTO, Paula (2000) a_cultura_da_imanência,Eletronic Brasil.