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Volta a Portugal

Predefinição:Info/competição de ciclismo A Volta a Portugal, também conhecida como Volta a Portugal em Bicicleta, é uma corrida de longa distância, realizada por etapas, em Portugal. A 1ª edição realizou-se em 1927 e é considerada a maior prova do ciclismo português, seguida pela Volta ao Algarve. É uma das competições por etapas mais antigas do mundo.[1]

História

Mapas da Volta 1927-2008[2]

A Volta foi organizada por uma parceria entre os jornais Diário de Notícias e Os Sports que se inspiram no Tour de France, inventado pelo jornal L’Auto em 1903. A Volta aparece a seguir ao Giro d'Italia organizado pela La Gazeta dello Sport em Maio de 1909, e antes da Vuelta a España realizada pelo Informaciones em 1935. Tanto a Volta a Portugal como o Tour de France são corridas de bicicletas que se distinguem de todas as outras pela articulação que os primeiros traçados estabelecem com a linha da fronteira territorial dos respectivos países, seguindo os seus contornos durante algumas décadas. A competição iniciou-se a 26 de abril de 1927 e percorreu o país durante 20 dias, num percurso de 2000 km repartidos por 18 etapas terminando com uma recepção em apoteose pela população em Lisboa. António Augusto Carvalho sagrou-se o primeiro vencedor naquela que viria a ser chamada de Prova Rainha do ciclismo português.

A primeira Volta de 1927

Mapa da Volta 1927[3]

A criação da Volta a Portugal em bicicleta deve-se a Raul Oliveira do jornal Os Sports.[4] O jornalista fez parte da comitiva do Tour de 1919 e organizou a primeira Volta a Lisboa em 1924, quando ainda trabalhava no Diário de Lisboa. Para organizar a primeira Volta, o Diário de Notícias contava já com a experiência da realização de dois eventos: o Grande e Popular Concurso Riquezas de Portugal[5] e o Circuito Hípico de Portugal,[6] ambos levados a cabo em 1925. A Volta a Portugal a cavalo serviu de teste à aceitação popular de um grande evento mediático como foi a disputa entre um militar, que usou três montadas, e um civil, José Tanganho, que ganha a prova usando para o efeito unicamente o seu próprio cavalo[7]. A Volta é criada em 1927, tem o seu Regulamento publicado no jornal Os Sports de 4 de Fevereiro de 1927 e o primeiro itinerário realiza um desenho paralelo à linha da fronteira do continente português. O anúncio da realização da Volta a Portugal provoca nos jornais concorrentes, o Sporting e O Sport de Lisboa, uma reacção de crítica que se estende à UVP por ter dado apoio oficial à realização da prova.[8] A disputa e rivalidade entre os jornais chega a tal ponto que, em 1927, se assiste não a uma volta a Portugal mas a duas voltas, uma realizada em abril pelos jornais Os Sports e pelo Diário de Notícias com o apoio da estrutura federativa e outra, logo a seguir, em maio pelo jornal Sporting do Porto. A realização da primeira Volta a Portugal foi um banco de ensaios em termos económicos, mas os encargos terão sido de tal ordem que, não obstante a popularidade alcançada, os empreendedores só conseguiram repetir o evento quatro anos mais tarde, em 1931. Com a Guerra Civil de Espanha a Volta não se realiza em 1936-37 e, devido à II Guerra Mundial, interrompe de novo entre 1942-45. Em 1953-54 a Volta não se faz por falta de organizador e em 1975 não se realiza devido à revolução vivida após o 25 de Abril de 1974. A Volta, desde que criada, é o maior evento de ciclismo de Portugal.

Os primeiros anos

Nos primeiros anos a fronteira foi a grande referência das Voltas das primeiras décadas da Volta[9]. As primeiras voltas procuraram unir todos os locais e, neste esforço, as cidades do interior situadas nesses limites são praticamente todas contempladas pelo desenho da Volta. Entre 1955 e 1965, o desenho da Volta é assimétrico e passa duas vezes pelo litoral entre Lisboa e Porto. A crescente popularidade do ciclismo e o aparecimento de novas pistas como a de Alpiarça, a de Loulé e a de Sangalhos marcam anos de prosperidade para os clubes de ciclismo, maioritariamente situados no litoral a Norte de Lisboa. Os itinerários contêm etapas em circuito feitas em torno destas vilas que acabam em festivais de pista.

A introdução das etapas de montanha

A partir dos anos 1960 a Volta têm de incluir, em simultâneo, lugares de prática do ciclismo, onde estão os velódromos e as pistas nas quais se realizam os festivais que financiam a prova, e lugares em que as etapas terminem no cimo da montanha para garantir a incerteza do resultado e manter o interesse mediático[13]. Entre 1966 e 1973, a Volta deixa a referência da fronteira e o desenho passa a ter grandes diagonais que passam pelo interior do país, mantendo cidades como Lisboa e Porto nos seus trajectos. A etapa das Penhas da Saúde entra para o percurso em 1968, a da Torre em 1971 e, por último, a da Srª da Graça em 1978. [14]. Após o 25 de Abril a Volta afasta-se dos grandes centros urbanos a Volta e, pela primeira vez, as cidades de Lisboa e Porto ficam fora do circuito. Durante as duas décadas seguintes, já com a organização do Jornal de Notícias a Volta investe mais no Norte do país, com seis Voltas a evitar a travessia do Alentejo mas contemplando a região de Trás-os-Montes.

Últimas décadas

Nos anos 80, a Volta foi perdendo projecção internacional, tendo sido ultrapassada pela Vuelta a España (que passou a realizar-se após a Volta a Portugal) e foi reduzida para duas semanas. Actualmente tem apenas 10 etapas devido à classificação atribuída pela União Ciclística Internacional. Com a inclusão da Volta no quadro da competição internacional da UCI, o evento tem agora de obedecer a um Regulamento que, em primeiro lugar, obriga a um dia de descanso por cada dez dias de prova o que condiciona a extensão do itinerário. Entre 1940 e 1980 a competição durava 3 semanas, salvo excepção de alguns anos na década de 70, e actualmente dura dez dias. A organização da Volta é economicamente dependente da capacidade financeira dos municípios que compram as partidas ou as chegadas das etapas e, por isso, as etapas são elaboradas de modo independente umas das outras. Nos primeiros anos no lugar onde acabava uma começava outra no dia seguinte.

Edição Especial de 2020

A edição de 2020 da Volta a Portugal, seria a 82.ª edição da Volta a Portugal, prevista decorrer entre 29 de Julho e 8 de Agosto de 2020. No entanto a prova foi adiada devido à Pandemia de COVID-19 em Portugal. Depois de uma tentativa inicial de realizar a prova ainda em 2020, a 82ª edição foi adiada pela organização para o ano seguinte, 2021. Contudo a Federação Portuguesa de Ciclismo anunciou que irá organizar uma Edição Especial da Volta a Portugal que celebrar-se-á entre 27 de setembro e 5 de outubro de 2020.[15][16]

Produção mediática

Em 1957 a televisão vem complementar o acompanhamento efectuados pelas emissoras de rádio e pelos jornais da época. No entanto só em meados da década de 60 a transmissão televisiva da Volta a Portugal em bicicleta ganhou verdadeira dimensão mediática. Durante este período, 3 dos maiores clubes de futebol da actualidade, FC Porto, SL Benfica e Sporting CP possuíam cada um a sua equipa de ciclismo. Dada a popularidade do ciclismo da época, face ao futebol ainda em crescimento, era desta forma que a maior parte dos portugueses observavam pela primeira vez atletas com as cores do seu clube, sendo este um dos principais factores para o crescimento da falange de apoio de estes clubes. Os 3 clubes viriam a abandonar o ciclismo durante a década de 1980, sendo que o SL Benfica regressou por duas vezes: entre 1999 e 2000 e entre 2007 e 2008.[17] F.C. Porto, Sporting e Boavista voltariam a participar em colaboração com outras equipas: o F.C. Porto juntar-se-ia à W52 e o Sporting C.P. ao Tavira.

Organização do evento[18]

Entidades organizadoras da Volta a Portugal Anos
Diário de Notícias e Sports 1927
Interrupção – Falta de organizador
Diário de Notícias e Sports 1931-35
Interrupção - Guerra Civil de Espanha
Diário de Notícias e Sports 1938-1939
C.A.C.O. (Clube Atlético de Campo de Ourique) 1940-1941
Interrupção – II Guerra Mundial
Diário de Notícias e Mundo Desportivo 1946
Sport Lisboa e Benfica 1947
UVP-FPC 1948-1949
Diário do Norte 1950-1951
Diário do Norte e Norte Desportivo 1952
Interrupção – Falta de organizador
UVP-FPC e Mundo Desportivo 1955
UVP-FPC 1956-1957
Diário Ilustrado 1958-1960
UVP-FPC 1961-1964
Diário de Notícias, Jornal de Notícias e Mundo Desportivo 1965
UVP-FPC 1966-1970
Sonarte/Publirama – G.P. Robialac 1971-1973
UVP-FPC 1974
Interrupção – pós 25 de Abril de 1974
UVP-FPC 1976-1981
Jornal de Notícias 1982-2000
PAD (Produção de Actividades Desportivas) e Unipublic 2001-2002
PAD/João Lagos Sport 2003-2010
PAD 2011-2012
Podium Desde 2013

Heróis da Volta[1]

Dada a dureza, popularidade da prova e a superação dos atletas, desde cedo o público escolheu os seus heróis.

José Maria Nicolau (vencedor em 1931 e 1934) e Alfredo Trindade (vencedor em 1932 e 1933) protagonizaram uma das primeiras rivalidades da Volta, fazendo vibrar o país. José Maria Nicolau foi uma das primeiras grandes figuras do SL Benfica enquanto Alfredo Trindade, representou o Sporting CP em 1933 (no ano anterior representou o Rio de Janeiro, emblemático clube do Bairro Alto),

António Barbosa, mais conhecido por Alves Barbosa (herdado do pai, outro ciclista de alto gabarito), foi o mais jovem vencedor da Volta, ao estrear-se em 1950, vencendo também as edições de 1956 e 1958. Ficaram para a história os ínumeros despiques com adversários de classe, como Ribeiro da Silva, Dias dos Santos, Luciano de Sá e Moreira de Sá.

Ribeiro da Silva, outro notável ciclista, natural de Lordelo, venceu as edições de 1955 e 1957, sendo que a sua primeira vitória fica marcada pela agressão por populares ao líder da prova, o seu rival António Barbosa, em Lisboa a poucos quilómetros da meta final.

No entanto o maior entre todos os ídolos dos portugueses nesta prova foi sem dúvida Joaquim Agostinho. A forma categória como venceu por três vezes vencedor da Volta (70,71 e 72), aos quais se juntariam os sucessos internacionais, granjearam-lhe assim uma aura ainda mais mágica à sua prestação nesta prova.

Marco Chagas de seu nome, deteve até 2012, o recorde de vitórias na Volta, com 4 triunfos averbados, sendo um símbolo eterno da competição. Esteve perto de conquistar a 5ª vitória mas a desclassificação devido a controlo anti-doping positivo em 79 (para Joaquim Sousa Santos) e afastamento da edição de 84, ganha por Venceslau Fernandes, não o permitiriam.

Joaquim Gomes, o Lisboeta considerado um dos nomes mais importantes do ciclismo Português, que triunfou na prova rainha por duas vezes (1989 e 1993), logrando entre outros êxitos 4 lugares de pódio (2.º class. em 90 e 3.º class. em 88,94 e 97) ; vencedor prémio da montanha (1992) e 10 triunfos em etapas (87 a 2001) Êxitos que levaram a ser considerado como o melhor ciclista português da sua época.

Vítor Gamito, o "Eterno 2º Classificado" (4 vezes em 93, 94, 97 e 99), assumiu o papel de favorito dos portugueses durante a década de 1990. Quebraria o enguiço com a vitória no ano 2000.

Cândido Barbosa, o "Foguetão de Rebordosa" ou o "Ciclista do Povo" merece lugar nesta lista apesar de não ter ganho nenhuma edição. No entanto tem um currículo único na Volta: 25 vitórias em etapas (em 12 edições, vencendo em etapas em 9 edições consequivas) e vencedor por 8 vezes (5 das quais de forma consecutiva) a Camisola Branca (Pontos), estabeleceu um recorde na competição. Vestiu a camisola amarela em oito anos distintos, somando 17 dias como líder da prova. Ganhar a Volta sempre foi um sonho para Cândido Barbosa, que esteve perto de alcançar esse objectivo em 2005, quando terminou a apenas 34.2 segundos do vencedor, Vladimir Efimkin. Em 2006 foi terceiro e em 2007 novamente segundo, depois de ter vestido a camisola amarela cinco dias, só a perdendo no Alto da Torre.[19]

David Blanco, galego (natural da Galiza) com o seu empenho e dedicação tem o recorde de 5 vitórias na Volta (2006, 2008, 2009, 2010 e 2012) e conquistou o seu lugar na história e no coração dos portugueses.

A corrida portuguesa teve no entanto outros corredores que sem a terem vencido se destacaram, como Américo Raposo, José Azevedo, João Rebelo, Jorge Corvo, Vicente Ridaura, Raul Matias e os sprinters Paulo Pinto, Pedro Silva, João Lourenço, Carlos Santos, Carlos Marta, José Amaro e Alexandre Ruas.

Troféus da Volta a Portugal

Etapas importantes

A etapa do Alto da Senhora da Graça é um dos pontos altos da Volta a Portugal em Bicicleta.

A subida à Torre (Serra da Estrela) é a escalada mais complicada da Volta a Portugal, tendo ao longo dos tempos gerado grandes momentos de ciclismo. Com os seus 1990 metros de altitude, e 23 km de extensão, é sempre um dos grandes momentos da corrida.

A subida ao Alto da Senhora da Graça (ou Monte Farinha), em Mondim de Basto, é também um dos momentos mais belos da Volta a Portugal, já que normalmente encerra uma etapa longa e difícil, obrigando ainda os corredores a subirem o grande muro (perto de 8,5 km com inclinações de elevada percentagem). Durante esse trajeto são muitas as pessoas que acompanham os corredores. Alguns dos mais brilhantes duelos foram travados por Joaquim Gomes-Wladimir Belli-Zenon Jaskula e por Massimiliano Lelli-Joaquim Gomes-Manuel Abreu, entre outros.

Histórico de Campeões

Jersey yellow.svg Geral Individual

Predefinição:Cronograma vencedores Volta a Portugal
Ed. Ano Vencedor 2º classificado 3º classificado ref
1 1927 Portugal Augusto de Carvalho
Carcavelos
Portugal Manuel Nunes Abreu
Leixões SC
Portugal Quirino de Oliveira
Campo de Ourique
De 1928 a 1930 não houve Volta
2 1931 Portugal José Maria Nicolau
SL Benfica
Portugal Alfredo Trindade
Rio de Janeiro
Portugal João Francisco
Campo de Ourique
3 1932 Portugal Alfredo Trindade
Rio de Janeiro
Portugal José Maria Nicolau
SL Benfica
Portugal Carlos Domingos Leal
SL Benfica
4 1933 Portugal Alfredo Trindade
Sporting CP
Portugal Ezequiel Lino
Sporting CP
Portugal César Luís
SL Benfica
5 1934 Portugal José Maria Nicolau
SL Benfica
Portugal Ezequiel Lino
Sporting CP
Portugal Aguiar da Cunha
SL Benfica
6 1935 Portugal César Luís
Velo Clube–Leões Ferreira do Alentejo
Portugal José Marquez
Campo de Ourique
Portugal Filipe de Melo
Carcavelos
Em 1936 e 1937 não houve Volta
7 1938 Portugal José Albuquerque
Campo de Ourique
Portugal Filipe de Melo
Sporting CP
Portugal Joaquim Fernandes
CUF
8 1939 Portugal Joaquim Fernandes
CUF
Portugal António Bartolomeu
Belenenses
Portugal Aguiar Martins
Benfica
9 1940 Portugal José Albuquerque
Sporting CP
Portugal Aguiar Martins
Benfica
Portugal Amaro Aguiar da Cunha
Benfica
10 1941 Portugal Francisco Inácio
Sporting CP
Portugal José Martins
Benfica
Portugal Aniceto Bruno
FC Porto
De 1942 a 1945 não houve Volta devido à Segunda Guerra Mundial
11 1946 Portugal José Martins
Iluminante
Portugal Fernando Moreira
FC Porto
Portugal João Rebelo
Benfica
12 1947 Portugal José Martins
SL Benfica
Portugal João Rebelo
Benfica
Portugal Império dos Santos
Benfica
13 1948 Portugal Fernando Moreira
FC Porto
Espanha Emilio Rodríguez
Sangalhos
Portugal João Rebelo
Benfica
14 1949 Portugal Dias dos Santos
FC Porto
Itália Attilio Lambertini
FC Porto
Portugal Joaquim Sá
FC Porto
15 1950 Portugal Dias dos Santos
FC Porto
Itália Mario Fazzio
Sporting
Portugal Moreira de Sá
FC Porto
16 1951 Portugal Alves Barbosa
Sangalhos
Espanha Manolo Rodríguez
Sangalhos
Espanha Emilio Rodríguez
Sangalhos
17 1952 Portugal Moreira de Sá
FC Porto
Espanha Emilio Rodríguez
Sangalhos
Espanha Manolo Rodríguez
Sangalhos
Em 1953 e 1954 não houve Volta
18 1955 Portugal Ribeiro da Silva
Académico do Porto
Portugal Sousa Santos
FC Porto
Portugal Alves Barbosa
Sangalhos
19 1956 Portugal Alves Barbosa
Sangalhos
Portugal José Manuel Ribeiro da Silva
Académico do Porto
Portugal João Marcelino
Benfica
20 1957 Portugal Ribeiro da Silva
Académico do Porto
Portugal Sousa Santos
FC Porto
Portugal Agostinho Ferreira
Académico do Porto
21 1958 Portugal Alves Barbosa
Sangalhos
Portugal José Carlos Sousa Cardoso
FC Porto
Portugal Aquiles Dos Santos
Sangalhos
22 1959 Portugal Carlos Carvalho
FC Porto
Portugal Jorge Corvo
Tavira
Portugal Sousa Santos
Sangalhos
23 1960 Portugal Sousa Cardoso
FC Porto
Portugal Antonino Baptista
Sangalhos
Espanha António Gómez del Moral
Licor 43
24 1961 Portugal Mário Silva
FC Porto
Itália Augusto Marcoletti
Ignis
Portugal Alberto Carvalho
Académico do Porto
25 1962 Portugal José Pacheco
FC Porto
Portugal Peixoto Alves
Benfica
Portugal Jorge Corvo
Tavira
26 1963 Portugal João Roque
Sporting CP
Portugal Jorge Corvo
Tavira
Portugal Peixoto Alves
Benfica
27 1964 Portugal Joaquim Leão
FC Porto
Portugal Jorge Corvo
Tavira
Portugal João Roque
Sporting
28 1965 Portugal Peixoto Alves
SL Benfica
Portugal João Roque
Sporting
Portugal Mário Silva
FC Porto
29 1966 Portugal Francisco Valada
SL Benfica
Portugal Peixoto Alves
Benfica
Portugal Sérgio Páscoa
Tavira
30 1967 Bélgica Antoine Houbrechts
Flandria
Portugal João Roque
Sporting
Portugal Manuel Correia
Sporting
31 1968 Portugal Américo Silva
SL Benfica
Portugal Joaquim Agostinho
Sporting
Portugal Leonel Miranda
Sporting
32 1969 Portugal Joaquim Andrade
Sangalhos
Portugal Fernando Mendes
Benfica
Portugal Mario Silva
FC Porto
33 1970 Portugal Joaquim Agostinho
Sporting CP
Portugal Firmino Bernardino
Sporting
Portugal José Florêncio
Coelima
34 1971 Portugal Joaquim Agostinho
Sporting CP
França Alain Santy
Bic
Portugal Firmino Bernardino
Sporting
35 1972 Portugal Joaquim Agostinho
Sporting CP
Portugal José Martins
Coelima
Espanha José-Luis Galdamez
Coelima
36 1973 Espanha Jesus Manzaneque
Messias
Portugal Fernando Mendes
Benfica
Portugal José Martins
Coelima
37 1974 Portugal Fernando Mendes
SL Benfica
Portugal Dinis Alves
Benfica
Portugal António Martins
Benfica
Em 1975 não houve Volta devido ao PREC
38 1976 Portugal Firmino Bernardino
SL Benfica
Portugal António Fernandes
Sangalhos
Portugal Floriano Mendes
Sangalhos
39 1977 Portugal Adelino Teixeira
Lousa
Portugal Joaquim Sousa Santos
Bombarralense
Portugal Joaquim Andrade
Coimbrões
40 1978 Portugal Belmiro Silva
SC Coimbrões
Portugal Armindo Lucio
Lousa
Portugal Adelino Teixeira
Coelima
41 1979 Portugal Joaquim Sousa Santos
FC Porto
Portugal Belmiro Silva
Coimbrões
Portugal Fernando Fernandes
Bombarral
42 1980 Portugal Francisco Alves Miranda
Lousa
Portugal Luis Vargues
Campinense
Portugal Belmiro Silva
FC Porto
43 1981 Portugal Manuel Zeferino
FC Porto
Portugal Venceslau Fernandes
Rodovil
Portugal Fernando Fernandes
FC Porto
44 1982 Portugal Marco Chagas
FC Porto
Portugal Adelino Teixeira
Bombarralense
Portugal Manuel Zeferino
FC Porto
45 1983 Portugal Marco Chagas
Mako Jeans
Portugal António Pinto
Rodovil
Portugal Belmiro Silva
FC Porto
46 1984 Portugal Venceslau Fernandes
Ajacto
Portugal Manuel Zeferino
Sporting
Portugal Manuel Cunha
Ovarense
47 1985 Portugal Marco Chagas
Sporting CP
Portugal Eduardo Correia Resende
Sporting
Portugal Venceslau Fernandes
Ajacto
48 1986 Portugal Marco Chagas
Sporting CP
Portugal Benedicto Ferreira
Predefinição:Ec
Portugal António Pinto
Lousa/Trinaranjus
49 1987 Portugal Manuel Cunha
Predefinição:Ec
Portugal Manuel Neves
Boavista
Portugal Fernando Fernandes
Predefinição:Ec
50 1988 Reino Unido Cayn Theakston
Louletano/Vale do Lobo
Portugal Jorge Silva
Predefinição:Ec
Portugal Joaquim Gomes
Louletano/Vale do Lobo
51 1989 Portugal Joaquim Gomes
Predefinição:Ec
Brasil Cássio Freitas
Louletano
Portugal António Alves
Boavista
52 1990 Portugal Fernando Carvalho
Ruquita/Feirense
Portugal Joaquim Gomes
Predefinição:Ec
Portugal Jorge Silva
Predefinição:Ec
53 1991 Portugal Jorge Silva
Predefinição:Ec
Portugal Orlando Rodrigues
Ruquita
Espanha Vicente Ridaura
Royal
54 1992 Brasil Cássio Freitas
Predefinição:Ec
Portugal Quintino Rodrigues
Feirense
Portugal Manuel Abreu
Tensai
55 1993 Portugal Joaquim Gomes
Predefinição:Ec
Portugal Vítor Gamito
Predefinição:Ec
Colômbia Luis Espinosa
Artiach
56 1994 Portugal Orlando Rodrigues
Artiach
Portugal Vítor Gamito
Predefinição:Ec
Portugal Joaquim Gomes
Boavista
57 1995 Portugal Orlando Rodrigues
Artiach
Portugal Quintino Rodrigues
Predefinição:Ec
Portugal Delmino Pereira
Boavista
58 1996 Itália Massimiliano Lelli
Saeco
Portugal Vítor Gamito
MX Onda
Portugal Manuel Abreu
Maia
59 1997 Polónia Zenon Jaskula
Mapei
Itália Wladimir Belli
Brescialat
Portugal Joaquim Gomes
Predefinição:Ec
60 1998 Itália Marco Serpellini
Brescialat
Portugal Orlando Rodrigues
Predefinição:Ec
Itália Wladimir Belli
Festina
61 1999 Espanha David Plaza
SL Benfica
Portugal Vítor Gamito
Porta da Ravessa
Espanha Melcior Mauri
Benfica
62 2000 Portugal Vítor Gamito
Porta da Ravessa
Dinamarca Claus Moller
Predefinição:Ec
Rússia Andrei Zintchenko
Predefinição:Ec
63 2001 Suíça Fabian Jeker
Predefinição:Ec
Rússia Andrei Zintchenko
Predefinição:Ec
Espanha Juan Miguel Mercado
Predefinição:Ec
64 2002 Dinamarca Claus Moller
Predefinição:Ec
Espanha Joan Horrach
Predefinição:Ec
Portugal Rui Sousa
Predefinição:Ec
65 2003 Portugal Nuno Ribeiro
Predefinição:Ec
Dinamarca Claus Moller
Predefinição:Ec
Portugal Rui Lavarinhas
Predefinição:Ec
66 2004 Espanha David Bernabéu
Predefinição:Ec
Espanha David Arroyo
Predefinição:Ec
Portugal Nuno Ribeiro
Predefinição:Ec
67 2005 Rússia Vladimir Efimkin
Team Barloworld
Portugal Cândido Barbosa
Predefinição:Ec
Espanha Adolfo García Quesada
Comunidat Valenciana
68 2006 Espanha David Blanco
Comunitat Valenciana
Espanha Héctor Guerra
Predefinição:Ec
Portugal Cândido Barbosa
Predefinição:Ec
69 2007 Espanha Xavier Tondo
Predefinição:Ec
Portugal Cândido Barbosa
Predefinição:Ec
Espanha Héctor Guerra
Predefinição:Ec
70 2008 Espanha David Blanco
Predefinição:Ec
Espanha Héctor Guerra
Predefinição:Ec
Espanha Rubén Plaza
Benfica
71 2009 Espanha David Blanco
Predefinição:Ec
Espanha David Bernabeu
Predefinição:Ec
Espanha Rubén Plaza
Predefinição:Ec
72 2010 Espanha David Blanco
Predefinição:Ec
Espanha David Bernabeu
Predefinição:Ec
Espanha Sergio Pardilla
CarmioOro/NGC
73 2011 Portugal Ricardo Mestre
Predefinição:Ec
Portugal André Cardoso
Predefinição:Ec
Portugal Rui Sousa
Predefinição:Ec
74 2012 Espanha David Blanco
Predefinição:Ec
Portugal Hugo Sabido
Predefinição:Ec
Portugal Rui Sousa
Predefinição:Ec
75 2013 Espanha Alejandro Marque
Predefinição:Ec
Espanha Gustavo Veloso
Predefinição:Ec
Portugal Rui Sousa
Predefinição:Ec
76 2014 Espanha Gustavo Veloso
Predefinição:Ec
Portugal Rui Sousa
Predefinição:Ec
Espanha Délio Fernandez
Predefinição:Ec
77 2015 Espanha Gustavo Veloso
Predefinição:Ec
Portugal Joni Brandao
Predefinição:Ec
Espanha Alejandro Marque
Predefinição:Ec
78 2016 Portugal Rui Vinhas
Predefinição:Ec
Espanha Gustavo Veloso
Predefinição:Ec
Portugal Daniel Silva
Predefinição:Ec
79 2017 Portugal Amaro Antunes
Predefinição:Ec
Espanha Vicente Garcia de Mateos
Louletano-Hospital de Loulé
ItáliaRinaldo Nocentini
Predefinição:Ec
80 2018 Portugal Joni Brandão
Predefinição:Ec
Espanha Vicente García de Mateos
Predefinição:Ec
Portugal Edgar Pinto
Vito-Feirense-BlackJack
81 2019 Portugal João Rodrigues
Predefinição:Ec
Portugal Joni Brandão
Predefinição:Ec
Espanha Gustavo César Veloso
Predefinição:Ec
Predefinição:Tooltip 2020 Portugal Amaro Antunes
Predefinição:Ec
Espanha Gustavo César Veloso
Predefinição:Ec
Portugal Frederico Figueiredo
Predefinição:Ec
[20]
82 2021 Portugal Amaro Antunes
Predefinição:Ec
Uruguai Mauricio Moreira
Predefinição:Ec
Espanha Alejandro Marque
Predefinição:Ec
[21]
83 2022 Uruguai Mauricio Moreira
Predefinição:Ec
Portugal Frederico Figueiredo
Predefinição:Ec
Portugal António Carvalho
Predefinição:Ec
[22]

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