Vitória-régia | |||||||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||
Victoria amazonica (Poepp.) J.C. Sowerby |
A vitória-régia ou victória-régia (Victoria amazonica) é uma planta aquática da família das Nymphaeaceae, típica da região amazônica.
Outros nomes e etimologia
Outros nomes: irupé (guarani), uapé, aguapé (tupi), aguapé-açu, jaçanã, nampé, forno-de-jaçanã, rainha-dos-lagos, milho-d'água, cará-d'água, apé, forno, forno-de-jacaré, forno-d'água, iapunaque-uaupê, iaupê-jaçanã.[1] É utilizada como folha sagrada nos rituais da cultura afro-brasileira, onde é denominada oxibata.
Os ingleses deram-lhe o nome em homenagem à Rainha Vitória, quando o explorador alemão a serviço da Coroa Britânica Robert Hermann Schomburgk levou suas sementes para os jardins de um palácio inglês.
O formato da sua folha lembra um forno de se fazer farinha de mandioca, o que justifica seus nomes "forno", "forno-de-jaçanã", "forno-d'água" e "forno-de-jacaré".
Do fato de seu rizoma ser comestível se originou o nome "cará-d'água". De suas sementes se produz fécula, o que originou o nome "milho-d'água".[1]
Folha
Ela possui uma grande folha em forma de círculo, com bordas levantadas, que fica sobre a superfície da água e pode chegar a até 2,5 metros de diâmetro e suportar até 40 quilos, se estes forem bem distribuídos em sua superfície. Hoje, existe o controle por novas tecnologias (adubação e hormônios) através da qual é possível se controlar o tamanho das folhas, o que permite que a planta seja utilizada no paisagismo urbano, tanto em lagos quanto em espelhos d'água.
Flor
Sua flor (a floração ocorre desde o início de março até julho, mas a flor só se abre à noite) pode ser branca, lilás, roxa, rosa e até amarela, e expele uma fragrância noturna adocicada que lembra a do abricó. É chamada pelos europeus de "rosa lacustre", e mantém-se aberta até o início da manhã seguinte. No segundo dia, o da polinização, a flor é cor-de-rosa. Assim que as flores se abrem, seu forte odor atrai os besouros polinizadores (Cyclocephala castanea), que as adentram e, nelas, ficam presos. A flor pode atingir 30cm de diâmetro, sendo a maior flor da América.[1]
Raiz
O suco extraído de suas raízes é utilizado pelos índios como tintura negra para os cabelos.
Referências
- Napoleão - Ewé Òrìsà - Uso Litúrgico e terapêutico dos Vegetais nas casas de candomblé Jêje-Nagô, Editora Bertrand Brasil.