Bermudo II de Leão e da Galiza ou Vermudo II (ca. 956[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]] — Villanueva del Bierzo, Leão, 999[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]), foi rei da Galiza a partir de 982 e de Leão desde 985 e até à sua morte. Julga-se que tenha sido filho bastardo de Ordonho III de Leão (925[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]] — Zamora, agosto de 956[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]])[1]. Foi cognominado o Gotoso, por sofrer de gota.
Foi feito rei da Galiza, em Santiago de Compostela (982)[2], pelos nobres galego-portugueses, descontentes com as derrotas de Ramiro III de Leão frente aos muçulmanos. Reforçou o seu poder ante Ramiro ao vencê-lo na Batalha da Portela de Arenas (983); auxiliado pelas forças do Almançor, dominou o reino de Leão em 985, e expulsou os aliados muçulmanos do seu reino; em represália, o Almançor reuniu um grande exército, com o qual saqueou sucessivamente Coimbra, Leão, Zamora, Lugo e Astorga.
Bermudo III acabou por se refugiar na Galiza ante o poderoso assédio muçulmano; contudo, as forças muçulmanas continuaram a saquear o reino, tendo logrado alcançar a própria cidade de Santiago de Compostela, em 997 tendo feito milhares de cativos cristãos e, de acordo com a tradição, obrigado os vencidos a transportar os sinos da sé-catedral até Córdova.
Bermudo continuou foragido na Galiza ante a desorganização geral do reino; à medida que a sua gota evoluía, deixou de poder cavalgar, e acabou por falecer em 999, vitimado por essa afecção.
Deixou o reino ao seu filho Afonso, então ainda menor.
Relações familiares
Foi filho de Ordonho III de Leão e de Urraca Fernandes.
Do seu primeiro casamento entre 980-981 com Velasquita Ramires teve:
- Cristina Bermudes, casada com Ordonho Ramirez "o Cego", filho de Ramiro III de Leão e de Sancha Gomes, filha de Gomez Diaz de Saldanha[3][4].
Casou em Novembro de 991 com Elvira Garcia (morta em Dezembro de 1017) filha de Garcia Fernandes, conde de Castela e de Ava de Ribagorza[5], de quem teve:
- Afonso V de Leão e Castela (994 - 1028), rei de Leão. Casou por duas vezes, a primeira com Elvira Mendes, condessa de Portugal, filha do conde Mendo Gonçalves [6][7] e de Tutadona Moniz. O segundo casamento foi com Urraca Garcês de Pamplona.
Filhos de uma senhora cujo nome a história não regista:
- Ordonho Bermudes (morto em 1042) casou com Fronilde Pais, filha de Paio Rodrigues ( m. 1007) e de Gotina Fernandes de Cea).
Referências
- Costados do Duque de Bragança, Luis Amaral e Marcos Soromenho Santos, Guarda-Mór Lisboa, 2002.
- Actas do 17º Congresso Internacional de Ciências Genealógica e Heráldica, Instituto Português de Heráldica, Lisboa, 1986, pág. 317 (Tab. I).
Referências
- ↑ Ordonho III de Leão.
- ↑ Díez, Gonzalo Martínez (2005). «Tomo II». El condado de Castilla, 711-1038: la historia frente a la leyenda (em español). Valladolid: Marcial Pons Historia. pp. 504–505. ISBN 978-84-95379-94-8
- ↑ Gayo, Manuel José da Costa Felgueiras,Nobiliário de Famílias de Portugal, Carvalhos de Basto, 2ª Edição, Braga, 1989. vol. IV-pg. 237.
- ↑ Actas do 17º Congresso Internacional de Ciências Genealógica e Heráldica, Instituto Português de Heráldica, Lisboa, 1986. Tab. II-pg. 317.
- ↑ Dicionário Biográfico das Damas
- ↑ (em castelhano) Juan Francisco de Masdeu, Historia crítica de España y de la cultura española, Volum 15 p.172
- ↑ "OLIVEIRA MARQUES, A. H. de. História de Portugal. 11ª ed. Lisboa: Palas, 1983. Vol. I, p. 59."> OLIVEIRA MARQUES, A. H. de. História de Portugal. 11ª ed. Lisboa: Palas, 1983. Vol. I, p. 59.
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