O veganismo é definido como "uma filosofia e uma forma de viver que busca excluir — na medida do possível e praticável — todas as formas de exploração dos animais e crueldade para com estes, seja para alimentação, vestuário ou qualquer outro propósito"[1]. Em se tratando de alimentação, o veganismo "denota a prática de abster-se de produtos derivados, parcial ou integralmente, de animais"[1]. Desta forma, o veganismo promove o desenvolvimento, a utilização e a disseminação de alternativas que não envolvam animais para o benefício dos próprios animais, dos seres humanos e do meio-ambiente[1]. Um adepto deste modo de viver e desta filosofia é conhecido como vegano ou vegana.[2]
Como resultado de seus princípios éticos, os veganos, assim como os vegetarianos, não consomem carnes vermelhas, peixes, aves (ex. frango, peru, pato, etc.) ou insetos. No entanto, diferentemente dos vegetarianos, os veganos também não consomem outros alimentos de origem animal, tais como laticínios, ovos ou mel, devido ao sofrimento infligido nos animais na obtenção de tais alimentos e ao fato de que, ao contrário do que muitas pessoas creêm, a produção de ovos e a produção de leite também envolvem a morte intencional (ou abate) de animais. Por exemplo, uma prática muito comum na indústria de ovos consiste em separar os pintinhos recém-nascidos de acordo com seu sexo, e, uma vez que pintinhos machos são inúteis para a indústria (pois não poêm ovos e são de uma 'raça' de porte muito pequeno para ter sua carne utilizada), tais pintinhos são mortos — muitas vezes sendo triturados por uma lâmina industrial ou sendo colocados aos montes em uma sacola de lixo para que sufoquem com seu peso. Na indústria do leite, por sua vez, é extremamente comum que as vacas leiteiras sejam levadas ao matadouro quando passam a ser consideradas "improdutivas", isto é, quando sua produção de leite diminui a ponto de o animal não ser mais considerado lucrativo ou quando as vacas não conseguem engravidar com facilidade[3].
O veganismo, no entanto, não se restringe à alimentação: Veganos(as), por exemplo, não adquirem vestimentas e produtos derivados de peles de animais, como couro ou lã[4] e não frequentam lugares que utilizam animais para entretenimento, tais como rodeios ou zoológicos. Além disso, boicotam produtos cosméticos testados em animais, como determinados shampoos e maquiagens. No Brasil e em Portugal já é possível encontrar facilmente vários cosméticos veganos à venda[5][6][7]. No entanto, o veganismo é flexível no caso do consumo de itens essenciais à saúde que foram testados em animais, tais como medicamentos e vacinas[8] (ver a especificação na definição do veganismo citada acima: "Na medida do possível e praticável"). Assim, uma parte enorme da população vegana toma vacinas e medicamentos (mesmo quando estes são testados em animais) visto que, enquanto que viver sem consumir produtos de origem animal não é prejudicial à saúde[9], não tomar vacinas e medicamentos, por outro lado, constitui uma latente ameaça à saúde própria e à saúde alheia. Sendo assim, o movimento vegano não apenas aceita, como também frequentemente incentiva, o uso de vacinas e medicamentos essenciais à saúde.[10][11]
História do Veganismo
O Vegetarianismo no Século XIX
A ideia de viver de uma alimentação baseada estritamente em alimentos vegetais, no ocidente, existe há muito tempo. No século XIX já havia inúmeros debates entre vegetarianos que consumiam produtos lácteos e/ou ovos e vegetarianos estritos. Em 1809, o Dr. William Lambe, um pioneiro do vegetarianismo estrito, escreveu livros sobre os possíveis benefícios desta dieta no tratamento do câncer hepático e do estômago, e, em 1854, para outras doenças, algumas crônicas.[12][13] A Sociedade Vegetariana (The Vegetarian Society) foi fundada em 30 de setembro de 1847, em Northwood Villa, Ramsgate, Kent, Inglaterra, posteriormente transferindo sua sede para Manchester, em 1849, mesmo ano da primeira publicação de seu periódico "The Vegetarian Messenger".[14] Assim, só a palavra “Vegan” era uma novidade em 1944.
O Vegetarianismo no Início do Século XX
A discussão sobre o uso de produtos lácteos e ovos na dieta vegetariana era recorrente na Sociedade Vegetariana desde 1909. Em 1931, Ghandi discursou para a Sociedade Vegetariana de Londres a palestra “The Moral Basis of Vegetarianism”[15] (A Base Moral do Vegetarianismo). Em 1938, a palestra "Saúde Sem Produtos Lácteos”, foi ministrada pelos médicos Dr. Cyril V. Pink e Dr. William White, que repetidamente em suas palestras e escritos testemunhavam sobre a condição superior de bebês criados sem leite de vaca.[16]
O Veganismo
Donald Watson (1910-2005) tornou-se vegetariano em 1924, em uma resolução de fim de ano, após testemunhar aos 13 anos de idade o abate de um porco na fazenda de seu tio, em South Yorkshire, Inglaterra. Durante a depressão dos anos 1930, Watson, um técnico em carpintaria, trabalhou como professor de carpintaria em Loceister, filiando-se a filial da Sociedade Vegetariana local onde passou a trabalhar como secretário. Donald Watson também acreditava que a dieta vegetariania não deveria utilizar produtos lácteos e/ou ovos. A edição de fevereiro de 1944 de "The Vegetarian Messenger" trazia um artigo da irmã de Donald Watson, Eva, intitulado "Eliminando produtos lácteos: como as dificuldades podem ser superadas",[17] com dicas úteis e eficazes. Nas edições de março e abril foi publicado o artigo, em duas partes, "Should Vegetarians Eat Dairy Produce?" (Vegetarianos devem comer produtos lácteos?), de Donald Watson. Os artigos dos irmãos Watson foram baseados em apresentações que eles haviam feito em dezembro de 1943 para a Sociedade Vegetariana de Loceister. Os artigos tiveram uma grande repercussão na Sociedade Vegetariana e, em resposta aos artigos, foi realizado um debate organizado pela Sociedade Vegetariana de Croydon, ainda em abril de 1944 com um público que ia além do grupo de Croydon. O debate foi considerado tão importante que mereceu um relatório de 2 páginas do "The Vegetarian Messenger" de junho de 1944. O debate foi presidido e organizado por Elsie Shrigley (Sally) (1899 – 1978),[18] secretária honorária da Sociedade Vegetariana de Croydon. Donald Watson propôs a moção “That vegetarians should aim at eliminating dairy produce from their diet” (Que os vegetarianos devem procurar eliminar os produtos lácteos da sua dieta), que foi aceita por ampla maioria (30x2). Embora o número de vegetarianos "não lácteos", "totais", "puros", "completos" ou "estritos" estivesse crescendo, eles ainda não eram organizados. Em agosto de 1944, movidos pelo sucesso da moção, que ia muito além da típica realidade dos vegetarianos britânicos, Watson e Sally sugeriram para a tradicional Sociedade Vegetariana de Manchester que fosse criado um grupo com essa proposta dentro da sociedade e uma seção especial dentro do seu periódico. O conselho da Sociedade Vegetariana concluiu que o grupo teria maior liberdade para combater o uso dos derivados animais como um grupo externo a sociedade e recusou a proposta, sugerindo que Watson montasse um grupo fora, mas que a Sociedade divulgaria os textos do grupo nas páginas do "Vegetarian Messenger", o que já acontecia com todos os grupos existentes, como a Sociedade Vegetariana de Loceister, a Sociedade Vegetariana de Croydon e outras tantas sociedades e clubes vegetarianos que existiam e que recebiam suporte das Sociedades Nacionais, porém não eram administradas por elas. O comitê da Sociedade Vegetariana de Manchester não rejeitava o movimento contra os produtos animais na dieta. Watson aceitou a sugestão e formou um grupo chamado "Non-dairy Produce Group" (Grupo dos produtos não-Lácteos) e escreveu uma carta publicada ao editor publicada no "The Vegetarian Messenger", na edição de novembro de 1944, anunciando a formação do grupo, que um jornal seria publicado e solicitando ajuda financeira aos interessados.[19] Ainda em novembro de 1944, lançaram seu próprio jornal, o "The Vegan News - Quaterly Magazine of the non-dairy vegetarians" (Vegan News - O jornal dos vegetarianos não-lácteos), um manifesto com as premissas desta nova sociedade que, entre outras coisas, solicitava que quem quisesse aderir que colaborasse com dinheiro e sugestões para o nome da sociedade que estava sendo formada.[20] O segundo número do jornal saiu em fevereiro de 1945, ainda com o mesmo nome e apresentava os nomes até então sugeridos: Allvega / Allvegan / Total Vegetarian Group / Allveg / Allvegist / The True Vegetarian / Neo- Vegetarian / Dairyban / Vitan / Benevore / Benevorous News / Sanivore / Beaumanger / Bellevore (lista compacta). E continuava solicitando que fossem enviadas sugestões. Em abril de 1945, o grupo decide que o nome da sociedade será "The Vegan Society" e a terceira edição do "The Vegan News", de maio de 1945, aparece pela primeira vez com o subtítulo "Quarterly Organ of The Vegan Society".[21] Junto com o novo subtítulo também foi decidido um novo cabeçalho trazendo a primeira definição de veganismo:
- O VEGANISMO é a prática de viver de frutas, nozes, vegetais, grãos e outros produtos não animais saudáveis.
- O VEGANISMO exclui como alimento humano: carne, peixe, galinha, ovos, mel; e leite de animais, manteiga e queijo.
- O VEGANISMO visa incentivar a fabricação e o uso de alternativas aos produtos animais.
Embora a dieta vegana e o princípio da não exploração dos animais tenham sido definidos na fundação da Sociedade Vegana em 1944, Leslie J. Cross, em 1949, considerava que a sociedade carecia de uma definição mais ligada aos "direitos dos animais", exigindo de seus membros a estrita obediência a esses termos, nomeadamente “o princípio da emancipação dos animais da exploração pelo homem”. Isto foi posteriormente definido como “a busca pelo fim do uso de animais pelo homem para alimentação, mercadorias, trabalho, caça, vivissecção e quaisquer outros usos envolvendo a exploração da vida animal pelo homem”.
Desde 1994, ano do 50º aniversário da criação da Vegan Society, na Inglaterra, o dia 1 de Novembro ficou marcado como o Dia Mundial Vegano (World Vegan Day).
Origem do Nome e Etimologia
O termo Vegan (pronuncia-se ví:gan), em inglês, foi cunhado pela primeira vez, em novembro de 1944, no lançamento do jornal "Vegan News" em Londres. A origem do nome é dúbia. Segundo o próprio Watson, o nome é uma redução do nome "Allvegan", sugestão de seus amigos, o casal Henderson. A outra versão, mais conhecida, é que a palavra foi criada por Donald Watson e sua esposa Dorothy Morgan como uma corruptela da palavra "vegetarian" (vegetariano), em que se consideram as 3 primeiras e as 2 últimas letras, excluindo o "etari", para formar a palavra vegan; significando o começo e o fim do vegetariano. No português do Brasil, acrescentou-se a vogal "a" ou "o", formando o termo vegano ou vegana. Em Portugal a palavra mantém a grafia original inglesa. A grafia original inglesa também é utilizada no Brasil (vegan; plural: vegans).Página Predefinição:Quote/styles.css não tem conteúdo.
"Antes do lançamento de nossa primeira edição, o Sr. e a Sra. G. A. Henderson sugeriram a palavra “Allvega”, com “Allvegan” como título da revista. Foi daí que a palavra Vegan foi tirada e, recentemente, o Sr. e a Sra. Henderson escreveram afirmando que preferem a versão mais curta."— Donald Watson, 1945[22]
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"Convidei meus primeiros leitores a sugerirem uma palavra mais concisa para substituir o “vegetariano não-lácteo”. Algumas sugestões bizarras foram feitas, como “dairyban", "vitan", "benevore", "sanivore", "beaumangeur” et cetera. Eu decidi por minha própria palavra, “vegan”, contendo as três primeiras e últimas duas letras de “vegetariano” - “o começo e o fim do vegetariano”. A palavra foi aceita pelo Oxford English Dictionary e ninguém tentou melhorá-la."— Donald Watson, 2004[23]
Ideologia
Ao contrário do que muitos acreditam, o veganismo não é uma dieta. É um conjunto de práticas focadas nos Direitos dos Animais e, por consequência, entre elas, está a adoção de uma alimentação estritamente vegetariana. Vegans, ou Veganos, entendem que os animais têm o direito de não serem usados como propriedade, e que o veganismo é a base ética para levar esse direito a sério. Veganos referem-se às outras espécies como "animais não humanos" ou "seres sencientes", uma vez que eles têm uma consciência semelhante à consciência humana, declaração dada como verificada e reconhecida na Declaração de Cambridge sobre a Consciência em Humanos e não Humanos,[24] assim, para eles, é incorreto distinguí-los dos seres humanos como "animais irracionais". Um dos expoentes da filosofia vegana é o autor do livro Animal Liberation (Libertação Animal), de 1975, considerado um marco no direito dos animais, o filósofo australiano Peter Albert David Singer. Peter Singer, que apoia plenamente a causa da libertação animal, recomenda o veganismo, apesar dele mesmo não ser vegano.[25] Outra prática inerente ao veganismo é evitar ao máximo o uso de quaisquer produtos de origem animal ou em que tenham sido usados animais em qualquer fase de seu desenvolvimento. Esta é uma prática bastante difícil, que requer muito conhecimento, curiosidade, dedicação e abdicação, já que o desenvolvimento da sociedade, e de suas tecnologias, quase que na totalidade, envolve o uso de produtos de origem animal para sua síntese ou desenvolvimento. Derivados de origem animal estão em produtos de uso diário, como dinheiro, carros, tintas, corantes alimentares, remédios, vitaminas, vacinas e outros.[26][27]
Ativismo Político
Entre as práticas fomentadas pela sociedade vegana e outros grupos veganos está o ativismo político. Esse ativismo é inspirado, entre outros, pelo livro Ethics into Action (Ética em Ação), 1998, de Peter Singer, que conta como o advogado, defensor dos direitos dos animais, Henry Spira, inspirou-se no livro Libertação Animal, do mesmo autor, para tornar suas lições de ética em ideias práticas para salvar o maior número possível de animais. Entre os grupos ativistas conhecidos que mais inspiram os veganos estão o PETA (People for the Ethical Treatment of Animals / Pessoas para o tratamento ético dos animais), fundado por Ingrid Newkirk e Alex Pacheco, em 1980, e a ALF (Animal Liberation Front / Frente de Libertação Animal), fundado por Ronnie Lee e Cliff Goodman, em 1972. O PETA ganhou notoriedade em 1981 com o caso dos macacos de Silver Spring, em que Alex Pacheco foi trabalhar disfarçado no Instituto de Pesquisas Comportamentais de Silver Spring, Maryland e denunciou os maus-tratos para a polícia. Era a primeira vez na história americana que a polícia dava uma batida em um laboratório de pesquisas e o primeiro laboratório de pesquisas a ter um caso julgado pela suprema corte americana, e o caso resultou em uma emenda ao ato do bem-estar animal em 1985.[28] O primeiro ato da ALF que se tem registro data de 1972, quando ainda com o nome "Band of Mercy", um grupo de 12 pessoas atacou veículos de caçadores, rasgando seus pneus e quebrando seus vidros, para impedir que fossem caçar.[29] Em 1976, após ter cumprido um ano de uma sentença de três anos por atacar as colônias de animais de laboratório da Oxford, Lee, segundo Molland, queria um nome que assombrasse aqueles que usavam animais, então criou a ALF.[30]
Saúde e Alimentação
O vegetarianismo abrange uma ampla variedade de práticas dietéticas com diferentes implicações para a saúde. Assim, há diferentes definições e fundamentações das práticas vegetarianas, como, por exemplo: a dieta lactoovovegetariana, que inclui produtos lácteos e ovos; a lactovegetariana, que inclui apenas produtos lácteos; a ovovegetariana, que inclui apenas ovos; a dieta vegetariana estrita, que não contém nenhum produto de origem animal; e a dieta vegana, uma dieta vegetariana estrita pura, ou seja, exclue da alimentação quaisquer produtos de origem animal e seus derivados, como leite, ovos, mel e, também, produtos que possam ou não conter algum derivado animal, como algumas massas, bolos e pães. A macrobiótica, que inclui o consumo esporádico de pequenas quantidades de determinados tipos de carne, como peixes e aves ("carnes brancas"), às vezes é confundida com o vegetarianismo. As dietas não-vegetarianas, nas quais o consumo de carne é freqüente, são denominadas dietas onívoras. Qualquer uma dessas variedades dietéticas, desde que corretamente planejada, é apropriada em todos os estágios do ciclo de vida e pode garantir um suporte nutricional adequado.
Dietas vegetarianas oferecem uma série de vantagens, incluindo níveis mais baixos de gordura saturada e colesterol e, ainda, níveis mais altos de carboidratos, fibras, magnésio, boro, ácido fólico, antioxidantes, como vitaminas C e E, carotenóides e fitoquímicos.[31][32] Com o passar do tempo, foi ficando mais fácil compor uma dieta vegana adequada, já que o mercado se tornou mais versátil e amplo, o número de produtos fortificados e suplementos dietéticos também aumentou, assim, novos alimentos vegetarianos de conveniência estão disponíveis e há um maior conhecimento acerca do significado de uma dieta vegetariana e da importância dessa ser adequadamente planejada. No entanto, estudos mostram que, devido a diferentes escolhas alimentares, a ingestão de alimentos e nutrientes dos vegetarianos varia entre os subgrupos (por exemplo, semi-vegetarianos, lactovegetarianos e vegans.[33] Além disso, mesmo dentro do mesmo subgrupo, por exemplo o dos veganos, a ingestão individual de alimentos pode variar consideravelmente.[34] Os fatores conhecidos por influenciar a ingestão de comida dos vegetarianos são, entre outros: o ethos do regime vegetariano; conhecimento sobre uma dieta vegana equilibrada e saudável; variedade da disponibilidade de comida vegetariana; uso de alimentos enriquecidos; e hábitos de suplementação.[35][36] Segundo a Academia Americana de Nutrição e Dietética, uma dieta vegana pode ser saudável desde que o indivíduo siga algumas precauções.[37] Conforme aumenta a restrição de ingestão de proteínas animais, aumenta a necessidade de conhecimento da composição dos alimentos e do modo de preparo dos vegetais para uma dieta balanceada com maior biodisponibilidade dos nutrientes existentes (por exemplo, a sinergia dos alimentosPredefinição:Efn). Veganos e vegetarianos estritos, podem precisar de fontes suplementares de vitamina B12 (cianocobalamina),[38][39] vitamina D (25-hydroxyvitamin D),[40][41] iodo,[42][43] cálcio,[44][45][46] zinco,[47][48] ácidos graxos ômega 3 de cadeia longa[49][50] e, ocasionalmente, riboflavina (vitamina B2 ou G)[51][52] , que são mais baixos do que o recomendado (ou indisponíveis) nos alimentos vegetais, mas que podem ser encontrados em alimentos enriquecidos e suplementos.
Benefícios e Riscos
Embora as taxas de mortalidade entre vegetarianos e onívoros não sejam significativamente diferentes, tem sido relatado que vegetarianos possuem índices de massa corporal mais baixos, bem como taxas mais baixas de morte por isquemia cardíaca; vegetarianos também apresentam níveis mais baixos de colesterol no sangue; menor pressão arterial; e menores taxas para hipertensão, e parecem ter menor propensão a ter diabetes tipo 2 e câncer de próstata e do cólon.[37] Desde que bem planejadas, as dietas vegetarianas são adequadas para todo o ciclo de desenvolvimento do ser humano, de bebês a adultos, incluindo gravidez e lactação.[53][54] As dietas vegetarianas também podem atender às necessidades de atletas, no entanto algumas modificações podem ser necessárias para atender às suas necessidades específicas, com atenção especial às necessidades dos atletas adolescentes em relação a proteína, energia, ferro e cálcio.[55] Vegetarianos parecem ter uma taxa de câncer menor que a população em geral, mas não está claro, se isto é devido ao tipo de dieta. Quando fatores de risco não-dietéticos são considerados, esta diferença diminui consideravelmente, permanecendo significativa apenas para tipos específicos de câncer.[56] Bebês vegetarianos que recebem quantidades adequadas de leite materno ou, na impossibilidade deste, de fórmulas comerciais, e suas dietas contém boas fontes de energia e nutrientes como ferro, vitamina B12 e vitamina D, têm crescimento normal durante a infância.[57] Dietas extremamente restritivas, como dietas crudívoras, têm sido associadas a um crescimento deficiente e, portanto, não são recomendadas para bebês e crianças.[31] Poucas informações sobre o crescimento de crianças veganas estão disponíveis, no entanto alguns trabalhos sugerem que as crianças tendem a ser um pouco menores, mas dentro dos limites normais de peso e altura. Um fraco desenvolvimento tem sido observado principalmente nas dietas muito restritas.[54][58]
Vegetarianismo no Brasil
Em 2018, cerca de 14% dos brasileiros (29,2 milhões de pessoas) se declaram vegetarianos.[59]
Ver também
Referências
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- ↑ «Busca | IBOPE Inteligência»
Ligações externas