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Ukyo Katayama

Predefinição:Info/Piloto de automóvel Predefinição:Nihongo é um ex-piloto japonês de automobilismo.

Ele é um dos muitos pilotos japoneses a tentar uma carreira na Fórmula 1 sem causar grande impacto. Apesar de todos estes fatores, Katayama era popular no paddock por seu constante bom humor e senso de autocrítica ("É possível fazer mais por este automóvel - o único problema é a minha direção!").[1]

Começo da carreira

Katayama foi o primeiro piloto de seu país a correr na Europa em 1986, na França, antes de retornar ao Japão e vencer a Fórmula 3000 local em 1991. Em 1989, disputou 4 etapas da Fórmula 3000 Internacional, largando em 2 e não se classificando em outros 2 pela Footwork (equipe homônima à que disputou a F-1 entre 1991 e 1996).

Estreia na Fórmula 1, pela Larrousse

A Cabin Club, um dos patrocinadores de Katayama, arranjou um lugar para ele em 1992, na equipe Larrousse. O carro não era confiável e tinha um desempenho mediano, e seu companheiro de equipe, o belga Bertrand Gachot (que voltava a competir depois de 2 meses preso após uma briga de trânsito em Londres), ficava com a maioria dos escassos recursos da equipe. Porém, Katayama impressionou ao estar em 5º lugar no Grande Prêmio do Canadá até o motor do seu carro estourar, e de obter dois 9ºs lugares na temporada. Porém, a temporada de estreia foi também lembrada por duas colisões embaraçosas que também envolveram Gachot, em Montreal e em Suzuka.

Desempenho na Tyrrell

A Cabin Club conseguiu arranjar uma troca com a tradicional Tyrrell para 1993, mas a escuderia, que também competiria com o experiente italiano Andrea de Cesaris, não vivia boa fase, com o provisório 020/C já com três anos de uso e o novo 021 não era competitivo. O 10º lugar no Grande Prêmio da Hungria foi o máximo que Katayama obteve na temporada, em um ano no qual atraiu mais a atenção pelos acidentes em que se envolveu.

O ano de 1994 foi de recuperação para a Tyrrell e também para Katayama. Com o novo 022, conseguiu dois quintos lugares (Brasil e San Marino) e um sexto. Ele impressionou também pelos excelentes desempenhos nas qualificações para os Grandes Prêmios, largando na quinta posição do Grande Prêmio da Alemanha, no qual teve que abandonar a corrida na sexta volta quando era o terceiro colocado, por problemas no regulador do carro, e pela oportunidade de contar com outro experiente companheiro de equipe, o inglês Mark Blundell.

Queda de rendimento e o diagnóstico de câncer

Katayama no GP da Inglaterra de 1995.

Ele renovou o contrato com a Tyrrell pelas duas próximas temporadas, mas apresentou uma queda no seu desempenho, sendo dois sétimos lugares os seus melhores resultados em 1995 e 1996. Seu companheiro de equipe, o finlandês Mika Salo, conseguiu ter um desempenho bem superior ao seu. Durante esses dois anos, o seu hábito de envolver-se em acidentes retornou, com um rodopio na largada do Grande Prêmio de Portugal, e, devido a sua baixa estatura, foi extremamente prejudicado pela decisão de aumentarem a altura das placas de proteção do cockpit, em resposta ao acidente que tirou a vida de Ayrton Senna. Porém, mais tarde surgiria a informação de que no final de 1994 ele havia sido diagnosticado com um câncer em suas costas. Devido aos compromissos na Fórmula 1, o tratamento foi retardado e ele sentia dores. Katayama não anunciou isso até sua aposentadoria da Fórmula 1, pois não queria que ninguém tivesse pena dele e servisse de desculpas para seu baixo desempenho.

Última temporada e despedida

Após deixar a Tyrrell, a Mild Seven (outro patrocinador de Katayama) arranjou-lhe um lugar na Minardi para a temporada de 1997, mas a escuderia de Faenza não passava também por uma boa fase, e o japonês obteve 2 décimos lugares como seu melhor resultado.

No GP disputado em seu país, Katayama, visivelmente emocionado, anunciou sua retirada da Fórmula 1, aos 34 anos. A despedida foi no GP da Europa, onde chegou em 17º lugar, a uma volta do vencedor, Mika Häkkinen.

Paixão pelo montanhismo e desilusão nas 24 horas de Le Mans de 1999

O Toyota GT-One, guiado por Katayama durante as 24 Horas de Le Mans em 1999.

Ainda popular em seu país natal, Katayama tem participado de corridas em carros esportivos e também em provas de Gran Turismo, bem como a sua outra paixão, o montanhismo, chegando a escalar o monte Manaslu (oitava montanha mais alta do mundo) depois de uma tentativa malsucedida em 2004.[2] Em dezembro de 2009, o ex-piloto e 2 amigos (Eiichi Usami e Toshio Horikawa) desapareceram durante a escalada do Monte Fuji; Katayama foi encontrado vivo,[3] enquanto os outros 2 alpinistas morreram.[4]

Um dos seus melhores desempenhos, após ter deixado a F-1, foi nas 24 Horas de Le Mans de 1999, quando durante a última hora da corrida, em seu Toyota GT-One (nome alternativo do TS020) compartilhado com seus compatriotas, o "Dori king" Keiichi Tsuchiya e o competente Toshio Suzuki (também ex-piloto de Fórmula 1), no momento em que ele se distanciava do segundo colocado, uma BMW, seu carro teve um pneu furado e ele teve que retornar para a troca de pneus. Nesse processo, o GT-One perdeu a liderança e também a corrida. O GT-One terminaria na vice-liderança, uma volta atrás da vencedora BMW. Como prêmio de consolação, o trio venceria a classe LMGTP, na qual Katayama corria, embora ele tenha sido o único carro da classe a terminar a corrida.

Também participou de 7 edições do Rali Dakar, pilotando um Toyota Land Cruiser - em 2007, chegou a utilizar biodiesel a base de óleo de tempura como combustível.

Ele é freqüentemente chamado de "Kamikaze Ukyo", "Katagrama" ou simplesmente "Kamikaze".

Referências

  1. Fred Sabino (29 de maio de 2018). «Ukyo "Catagrama" ficou conhecido na F1 pelas incontáveis rodadas e batidas». globoesporte.com. Globo Esporte. Consultado em 31 de maio de 2020 
  2. «Katayama scales Mt. Manaslu». Autosport.com. 1 de dezembro de 2006. Consultado em 1 de dezembro de 2006 
  3. «Katayama, ex-Fórmula 1, sobrevive a acidente no Monte Fuji». ESPN.com.br. 18 de dezembro de 2009. Consultado em 31 de maio de 2020 
  4. «Parceiros de Katayama são encontrados mortos no Monte Fuji». Alta Montanha. 23 de dezembro de 2009. Consultado em 31 de maio de 2020 

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