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Ummagumma | |||||||
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Pink Floyd - Ummagumma.jpg | |||||||
Álbum de estúdio (estúdio e ao vivo) de Pink Floyd | |||||||
Lançamento | Novembro de 1969 | ||||||
Gravação | Abril, Maio e Julho de 1969 | ||||||
Gênero(s) | Predefinição:Hlist | ||||||
Duração | 86:11 | ||||||
Gravadora(s) | Harvest Records (RU) Capitol Records (Estados Unidos) | ||||||
Produção | Pink Floyd e Norman Smith | ||||||
Cronologia de Pink Floyd | |||||||
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Ummagumma é o quarto álbum de estúdio da banda inglesa de rock progressivo Pink Floyd. É um álbum duplo e foi lançado em 25 de Outubro de 1969 pela editora Harvest Records, no Reino Unido, e pela Capitol Records internacionalmente. O primeiro disco é uma gravação ao vivo que contém parte das músicas que o grupo tocava na época, enquanto que o segundo disco contém músicas compostas por cada membro. O trabalho gráfico foi elaborado pela colaboradora habitual do Pink Floyd, a Hipgnosis, e inclui várias imagens da banda combinadas para dar um efeito Droste.[1][2][3]
Apesar de o álbum ter sido bem recebido na altura da sua comercialização, e de ter chegado ao top cinco das tabelas de venda do Reino Unido, o próprio grupo não o vê como um bom trabalho, opinião expressa em entrevistas. Ainda assim, o álbum já foi editado em CD por diversas vezes, em simultâneo com o resto dos seus trabalhos.
Título do álbum
O título do álbum teve origem no calão de Cambridge para o termo "sexo",[4][5] utilizado pelo amigo e, por vezes, roadie, da banda, Iain "Emo" Moore, que dizia "Vou até a casa para algum ummagumma". Segundo Moore, ele teria sido o inventor da palavra.[6]
Composição e gravação
Apesar de as notas incluídas no folheto do disco registem que o material ao vivo foi gravado em Junho de 1969, o álbum ao vivo Ummagumma foi gravado ao vivo no Mothers Club, em Birmingham, no dia 27 de Abril de 1969, e na semana seguinte no Colégio Comercial de Manchester em 2 de Maio do mesmo ano como parte da digressão The Man and The Journey Tour.[7][8] A banda também gravou uma versão ao vivo de Interstellar Overdrive (do álbum The Piper at the Gates of Dawn) com a intenção de a colocar no lado A do álbum ao vivo, e The Embryo, a qual foi gravada no estúdio antes de ser decidido que cada membro do grupo participaria com uma música de sua autoria.[7]
O álbum de estúdio surge do facto de Richard Wright querer produzir "música verdadeira", onde cada um dos quatro membros da banda (Wright, Roger Waters, David Gilmour e Nick Mason) teria metade de um dos lados do álbum disponível para criar um trabalho a solo sem o envolvimento dos outros.[7] A composição de Wright foi designada por Sysyphus, uma figura da mitologia grega, habitualmente escrita como "Sisyphus",[9] e incluía uma combinação de vários teclados como piano e mellotron. Apesar de se ter mostrado, de início, motivado para compor uma música a solo,[10] Wright descreveria-a como "pretensiosa".[7] A música de Waters Several Species of Small Furry Animals Gathered Together in a Cave and Grooving with a Pict contém variações vocais[11] e efeitos de percussão, trabalhados a várias velocidades, tanto para trás como para a frente, e foi influenciada por Ron Geesin,[11] que mais tarde colaboraria com Waters e os Pink Floyd. A outra contribuição de Waters, Grantchester Meadows, era um tema acústico pastoral e habitualmente tocado na abertura dos concertos em 1969.[12] Gilmour mostrou-se apreensivo sobre compor uma música a solo, e reconheceu que "entrou num estúdio a falar pelos cotovelos, e a juntar partes de músicas",[13] apesar de a primeira parte de The Narrow Way já tivesse sido tocada como Baby Blue Shuffle in D Major na sessão de rádio da BBC em Dezembro de 1968.[14] Gilmour disse que "só tinha feito disparates" ao longo da música.[7] Pediu a Waters para escrever algumas letras para a sua composição, Waters recusou.[7] A música de Mason, The Grand Vizier's Garden Party, tinha a participação da sua esposa na altura, a tocar flauta,[11] e um solo de bateria de Mason.[7]
Capa e contracapa do álbum
Ummagumma foi o primeiro álbum dos Pink Floyd com a etiqueta da Harvest. A capa do álbum mostra os membros do grupo com o efeito Droste, com uma imagem pendurada na parede mostrando a mesma cena, mas com os quatro membros da banda em posições diferentes.[8] A capa do LP original teve diferentes imagens consoante se tratasse da edição britânica, americana/canadiana ou australiana. A versão britânica apresenta o álbum Gigi encostado à parede por cima das letras "Pink Floyd".[8] Numa palestra na livraria Borders em Cambridge, em 1 de Novembro de 2008, parte do projecto "City Wakes", Storm Thorgerson explicou que o álbum foi introduzido como um red herring para dar origem ao debate, e que não tem qualquer significado. Em muitas cópias das edições americana e canadiana, a capa com Gigi foi enquadrada num fundo branco, talvez por questões de copyright; contudo, as primeiras cópias americanas têm a capa de Gigi,[15] e foi restaurada para a edição remasterizada americana em CD. Na edição australiana, a capa de Gigi foi retocada na totalidade, sem deixar um quadrado branco atrás. A casa utilizada para a capa do álbum fica situada na localidade de Great Shelford, perto de Cambridge.[16]
Na contracapa, o roadie Alan Styles (que também aparece em Alan's Psychedelic Breakfast) e Peter Watts surgem com o equipamento da banda na pista do Aeroporto de Biggin Hill. O conceito foi sugerido por Mason, com a intenção de copiar os desenhos comuns na época de destroços de aeronaves militares e da sua carga.[8]
Os títulos das músicas na contracapa estão dispostos de forma ligeiramente diferente entre as versões britânicas e norte-americanas; a diferença mais significativa é a inclusão de legendas nas quatro secções de A Saucerful of Secrets. Estas legendas apenas aparecem nas versões americanas e canadianas do álbum; tanto na edição britânica como na impressão original de A Saucerful of Secrets, elas não estão presentes.[17]
O grafismo do interior do álbum mostram fotografias a preto-e-branco dos membros do grupo. Gilmour está de pé junto do Elfin Oak. As versões originais em vinil mostram Waters com a sua primeira esposa, Judy Trim, mas na maioria das versões em CD, ela foi retirada das fotografias (com a legenda original "Roger Waters (and Jude)" alterada para apenas "Roger Waters"). Na produção da caixa com os doze álbuns dos Pink Floyd, Oh, by the Way, a fotografia original foi reposta.[8]
Comercialização de Ummagumma
Ummagumma foi comercializado no Reino Unido e nos Estados Unidos em 25 de Outubro de 100 de Novembro de 1969, respectivamente. Chegou ao 5.º lugar das vendas no Reino Unido[18] e a número 74 nos Estados Unidos, marcando o momento em que o grupo entrou para o top 100 naquele país.[19] O álbum chegou a disco de ouro nos Estados Unidos em Fevereiro de 1974, e a platina em Março de 1994. As versões americanas da cassette apenas incluem Astronomy Domine do conjunto de músicas ao vivo, omitindo as outras três.[20] Em 1987, o álbum foi reeditado num conjunto de dois CD. Uma outra versão digital foi lançada em 1994.[21]
Em 2009, para assinalar o 40.º aniversário do lançamento do álbum, Thorgerson vendeu um número limitado de litografias autografadas da capa.[22]
Recepção e crítica
Predefinição:Críticas profissionais Aquando do seu lançamento, Ummagumma recebeu críticas positivas.[10][11] Os International Times foram particularmente positivos acerca do álbum ao vivo, com o crítico a descrevê-lo como "provavelmente a melhor gravação ao vivo que já ouvi".[23] A Vox incluiu o disco ao vivo na sua lista de "The Greatest Live Albums Ever".[24] A Stylus Magazine teve uma reacção muito favorável ao álbum, afirmando que a gravação ao vivo é "como um documento visceral da fase inicial atmosférica e enérgica dos [Pink] Floyd; não há nada assim" e que o disco de estúdio "transcende, de alguma forma, a sua construção fracturada, fazendo dele um álbum completo".[25]
No entanto, o grupo tem sido muito crítico sobre o seu próprio álbum. Falando mais tarde deste trabalho, Waters disse: "Ummagumma – que desastre!",[26] enquanto que, em 1995, Gilmour o descreve como "horrível".[27] Numa entrevista em 1984, Mason disse: "Pensei que era um pequeno e muito interessante exercício, em que todos fazem uma parte. Mas continuo a pensar que é um bom exemplo em que a soma é melhor do que as partes …"[28] Mais tarde, ele descreve o álbum como "uma experiência falhada", acrescentando que "o mais significativo é que nunca mais o repetimos".[29]
A Paste, ao analisar a reedição de 2011, descreve o álbum como "o pior exemplo dos excessos do rock", apesar de o crítico ter sido positivo na versão ao vivo de Careful with that Axe, Eugene.[30] Robert Christgau sugeriu que as "melodias hipnóticas" do álbum fazem dele "um admirável trabalho para adormecer".[31]
Faixas
Edição em LP Duplo
- Disco 1 - álbum ao vivo
Predefinição:Lista de faixas Predefinição:Lista de faixas
- Disco 2 – álbum de estúdio
Predefinição:Lista de faixas Predefinição:Lista de faixas
Edição em cassette no Reino Unido
Edição em cassette nos Estados Unidos
Edição em CD
Predefinição:Lista de faixas Predefinição:Lista de faixas
Créditos
- David Gilmour - guitarra, vocal
- Roger Waters - baixo, vocal
- Nick Mason - bateria, percussão
- Richard Wright - teclados, vocal
Participação especial:
- Lindy Mason (esposa de Mason) - flauta
Citações
- "O que é que te inspirou para fazeres The Narrow Way em Ummagumma, a tua primeira grande composição para os Floyd?"
- ”Bem, nós tínhamos decidido fazer o álbum, e que cada um teria que escrever uma peça de música sozinho...na verdade foi um desespero, tentar escrever algo sozinho, pois eu nunca tinha escrito nada antes. Fui para o estúdio e pus-me a tocar, juntando bocadinhos e peças. Há anos que não a ouço, nem faço ideia como é.” – David Gilmour - Sounds "Guitar Heroes" Magazine, Maio de 1983.
Referências
- ↑ «"Ummagumma"». Rolling Stone. Consultado em 24 de janeiro de 2015
- ↑ «45 Years Ago: Pink Floyd Tries to Find Its Way With 'Ummagumma'». Ultimate Classic Rock. Consultado em 24 de janeiro de 2015
- ↑ «Ummagumma - Pink Floyd». Allmusic. Consultado em 24 de janeiro de 2015
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- ↑ Manning, Toby (2006). The Rough Guide to Pink Floyd 1st ed. London: Rough Guides. p. 160. ISBN 1-84353-575-0
- ↑ Blake, Mark. Comfortably Numb: The Inside Story of Pink Floyd. [S.l.]: Da Capo Press Inc. p. 137. ISBN 978-0306817526. Consultado em 12 de outubro de 2012[ligação inativa]
- ↑ 7,0 7,1 7,2 7,3 7,4 7,5 7,6 Schaffner, Nicholas (2005). Saucerful of Secrets: The Pink Floyd Odyssey New ed. London: Helter Skelter. p. 156. ISBN 1-905139-09-8
- ↑ 8,0 8,1 8,2 8,3 8,4 Mabbett 2010, p. 160.
- ↑ Mabbett, Andy (1995). The Complete Guide to the Music of Pink Floyd. London: Omnibus Press. p. 27. ISBN 0-7119-4301-X
- ↑ 10,0 10,1 Mason, Nick (2011) [2004]. Philip Dodd, ed. Inside Out – A Personal History of Pink Floyd Paperback ed. [S.l.]: Phoenix. p. 129. ISBN 978-0-7538-1906-7
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- ↑ Mason, Nick (2011) [2004]. Philip Dodd, ed. Inside Out – A Personal History of Pink Floyd Paperback ed. [S.l.]: Phoenix. p. 130. ISBN 978-0-7538-1906-7
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