Predefinição:Info/Competição de Futebol A Taça da Madeira é uma competição organizada sob a égide da Associação de Futebol da Madeira, disputada em sistema de eliminatórias, e destinada aos clubes filiados nesta associação, que por sua vez, abarca todos os clubes existentes na Região Autónoma da Madeira.
História
Bases
Motivada pelas dificuldades financeiras por que passavam os principais clubes madeirenses na altura, a Taça da Madeira, foi lançada pela Associação de Futebol da Madeira, sob o patrocínio da Junta Geral do Distrito do Funchal. O seu presidente da altura - João Abel de Freitas - preconizou a existência desta competição, atribuíndo desta forma prémios pecuniários aos clubes participantes.[1]
Taça
Destinada aos clubes partipantes na Divisão de Honra do Campeonato da Madeira, ficou estabelecido que o clube que primeiro conseguisse vencer três edições, ficaria com a taça definitivamente para si. Iniciou-se na época de 1943/44 e teve como vencedor nas duas primeiras edições o Clube Desportivo Nacional. Na edição seguinte, em 1945/46, o Clube Futebol União roubou a possibilidade de o Nacional ficar em definitivo com a Taça.[2] O Club Sport Marítimo estreia-se a ganhar na referida competição em 1946/47, repetindo o feito na época seguinte.
Dificuldades e Interregno
Na época de 1947/48 a prova esteve em risco de não se realizar devido à falta de pagamento dos prémios.[3] No entanto esta prossegue e o Marítimo vence, ficando à beira da conquista definitiva do tão ansiado troféu. Na edição seguinte, a prova fica marcada pelo protesto do Nacional em relação ao calendário de jogos. O protesto é enviado à Associação de Futebol da Madeira que o reenvia para a Federação Portuguesa de Futebol. A deliberação desta entidade, provocou a suspensão de todos os jogos feitos até então, tendo um recurso do Club Sport Marítimo junto daquela entidade preconizando como solução o arrastar daquela prova até à época seguinte. Daí não haver vencedor na edição 1948/49.[4]
Afirmação e Democratização da Prova
Na época de 1949/50 o Marítimo torna-se a primeira equipa a ficar com o troféu, em virtude das três vitórias obtidas, conforme tinha sido acordado. De referir que a Associação de Futebol da Madeira se comprometera a repor este troféu, sempre que uma equipa alcançasse tal deisiderato, sendo que a primeira taça havia sido adquirida em conjunto pelos pelos quatro participantes iniciais: Marítimo, União, Nacional e Sporting da Madeira.[5] Numa altura em que os clubes da Madeira estavam impedidos de participar nas provas regulares nacionais de futebol, esta taça assumiu-se como uma importante competição.
Desde sempre vedada a outro clubes não participantes na chamada Liga de Honra do Campeonato da Madeira, a prova democratizou-se e foi gradualmente aberta, permitindo a participação de todos. O primeiro clube a quebrar a hegemonia dos clubes do Funchal nas principais provas da Associação de Futebol da Madeira, foi a Associação Desportiva de Machico com a sua vitória nesta competição na edição de 1972/73.
Redução da importância da prova
Com a progressiva entrada dos clubes madeirenses nas competições nacionais, esta taça perdeu um pouco a sua importância, passando a ser considerada pelos maiores clubes como uma competição menor. Mesmo assim, e depois de algumas épocas de indefinição, em que inclusive não se realizou a dita prova, é de notar a ausência de outros vencedores na prova. Tal desiderato seria alcançado pelo Clube Futebol Andorinha, que estando ainda na I Divisão Regional - nova designação do principal Campeonato da Madeira, ganha em 1985/86 face a adversários que competiam em escalões muito mais altos.
Esta vitória ajudou a democratizar completamente a competição, sendo que a década de 90 e a primeira década deste milénio, se assistiu a uma profusão imensa de vencedores. Paralelamente a prova foi gradualmente decaindo de importância, servindo para os grandes clubes rodarem jogadores, passando a estar completamente despercebida do grande público.
No início deste milénio, a importância sobre esta prova cresce um pouco, mas sempre longe dos seus tempos aúreos.
Vencedores
1943/44: Nacional 1944/45: Nacional 1945/46: União 1946/47: Marítimo 1947/48: Marítimo 1948/49: Não se disputou 1949/50: Marítimo 1950/51: Marítimo 1951/52: Marítimo 1952/53: Marítimo 1953/54: Marítimo 1954/55: Marítimo 1955/56: Marítimo 1956/57: União 1957/58: União 1958/59: Marítimo 1959/60: Marítimo 1960/61: União 1961/62: União 1962/63: União
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1963/64: União 1964/65: União 1965/66: Marítimo 1966/67: Marítimo 1967/68: Marítimo 1968/69: Marítimo 1969/70: Marítimo 1970/71: Marítimo 1971/72: Marítimo 1972/73: Machico 1973/74: Nacional 1974/75: Nacional 1975/76: Não se disputou 1976/77: Não se disputou 1977/78: Não se disputou 1978/79: Marítimo 1979/80: Não se disputou 1980/81: Marítimo 1981/82: Marítimo 1982/83: União
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1983/84: União 1984/85: Marítimo 1985/86: Andorinha 1986/87: União 1987/88: União 1988/89: União 1989/90: Camacha 1990/91: São Vicente 1991/92: Camacha 1992/93: União 1993/94: Portosantense 1994/95: União 1995/96: Câmara de Lobos 1996/97: Câmara de Lobos 1997/98: Marítimo 1998/99: Machico 1999/00: Ribeira Brava 2000/01: Camacha 2001/02: Nacional 2002/03: União
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Referências
2003/04: Camacha 2004/05: União 2005/06: Portosantense 2006/07: Marítimo 2007/08: Nacional 2008/09: Marítimo 2009/10: Portosantense 2010/11: Camacha 2011/12: Pontassolense 2012/13: Bairro da Argentina 2013/14: Câmara de Lobos 2014/15: Pontassolense 2015/16: Cruzado Canicense 2016/17: Câmara de Lobos 2017/18: Marítimo 2018/19: AD Porto da Cruz 2019/20: Final não se disputou 2020/21: Machico 2021/22 CF Caniçal / Clube Futebol Caniçal |
Palmarés
Clube | Títulos |
---|---|
Marítimo | |
União da Madeira | |
Nacional | |
Camacha | |
Câmara de Lobos | |
Portosantense | |
Machico | |
Pontassolense | |
Andorinha | |
Bairro da Argentina | |
Cruzado Canicense | |
Ribeira Brava | |
São Vicente | |
AD Porto da Cruz |