Salto com vara | |
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Olímpico desde | 1896 H / 2000 S |
Desporto | Atletismo |
Praticado por | Ambos os sexos |
Campeões Olímpicos | |
Tóquio 2020 | |
Homens | Armand Duplantis Suécia |
Mulheres | Katie Nageotte Estados Unidos |
Campeões Mundiais | |
Eugene 2022 | |
Homens | Armand Duplantis Suécia |
Mulheres | Katie Nageotte Estados Unidos |
Predefinição:Pbpe[1] é um evento do atletismo onde os competidores usam uma vara longa e flexível para alcançar maior altura e passar por cima de uma barra ou sarrafo. Competições com varas já eram conhecidas na Grécia Antiga, entre os cretenses e os celtas. Foi introduzido como modalidade olímpica desde os primeiros Jogos em Atenas 1896 para os homens e desde Sydney 2000 para as mulheres.
É uma modalidade classificada como uma das quatro principais provas de salto no atletismo, junto com o salto em altura, salto em distância e o salto triplo. Sua originalidade está no fato de ser um esporte que requer uma significativa quantidade de equipamento especializado para ser praticado, tornando-o mais caro que os demais, mesmo em nível básico. Vários saltadores de sucesso na prova tem uma base na ginástica, caso da russa Yelena Isinbayeva e da brasileira Fabiana Murer, o que reflete os atributos físicos similares necessários para os dois esportes.[2]
O primeiro campeão olímpico foi o norte-americano William Hoyt, em 1896, e a primeira campeã, 104 anos depois, Stacy Dragila, também dos Estados Unidos. Dragila tinha como base na adolescência ser montadora de cavalos e touros em rodeios na Califórnia.[3] O brasileiro Thiago Braz é o recordista olímpico da modalidade – 6,03 m. Os recordes mundiais pertencem ao sueco Armand Duplantis[4] – 6,21 m – e à russa Yelena Isinbayeva – 5,06 m. Ele é disputado tanto ao ar livre quanto em pista coberta, e os recordes são registrados independente da locação aberta ou fechada.[5]
História
Varas eram equipamentos usados como meios práticos de atravessar obstáculos naturais como terrenos pantanosos no Noroeste da Europa, em províncias como a Frísia, na Holanda, ao longo do Mar do Norte, e em regiões pantanosas do leste da Inglaterra em torno de Cambridgeshire, Lincolnshire e Norfolk. Drenagens artificiais nestes locais criaram uma rede de canais e coletores abertos que se cruzavam uns com os outros. Para cruzar estes locais sem se molhar e evitar tediosos e longos rodeios pelas pontes, uma pilha de longas e finas varas de salto era mantida em cada casa e usada para saltar sobre os pequenos canais. Competições de salto em distância, e não ainda de altura, com estas varas, eram realizadas anualmente nas terras baixas ao longo do Mar do Norte e chamadas de Fierljeppen.[6]
Uma das primeiras competições de salto com varas onde a altura foi medida aconteceu no Ulverston Football and Cricket Club, em Lancashire, Inglaterra, em 1843.[3] A competição moderna começou por volta, de 1850 na Alemanha, quando o salto com vara foi adicionado como modalidade para a prática de exercícios em clubes de ginástica. Também em uso na Inglaterra nesta época eram competições com o uso de varas de cinza sólida ou de nogueira com pontas de ferro no final delas.[7] A moderna técnica do salto foi desenvolvida nos Estados Unidos no fim do século XIX. Inicialmente as varas eram feitas de material rígido como bambu – registrado pela primeira vez em 1857 – [7] ou alumínio, mas com a introdução a partir do início da década de 1950 de varas feitas de fiberglass e fibra de carbono, os saltadores começaram a atingir alturas mais elevadas antes inalcançáveis.[8] Em 1985, o ucraniano Sergei Bubka, então competidor da União Soviética, foi o primeiro homem a superar os seis metros.[9]
Regras
A pista de corrida para o salto deve medir no mínimo 45 metros e ao fim dela se encontra o obstáculo, uma barra horizontal de 4,5 m de comprimento, 2,260 kg de peso máximo, sustentada por duas traves laterais que a elevam e apoiam à determinada altura. Exatamente ao fim da pista, ao nível do solo e à frente do obstáculo, existe centrada uma caixa de metal ou madeira, com 1 m de comprimento, 60 cm de largura no início e 15 cm junto ao obstáculo. É nela que o saltador apoia a vara para conseguir a impulsão, realizar o salto e ultrapassar o sarrafo.[10]
As mesmas regras do salto em altura são aplicadas à vara; o atleta tem três tentativas para saltar a marca, mas pode se recusar saltar determinada altura preferindo esperar por outra maior. Não conseguindo passar a altura depois de três tentativas na mesma altura ou alturas combinadas, é eliminado. Caso empatem na mesma altura final, o desempate é feito pelo número menor de tentativas para superar a altura imediatamente anterior. Caso continue empatado, é analisado o menor número de tentativas em toda a disputa; ainda um empate, a prova então tem um ou mais saltos de desempate até surgir o vencedor.[7]
Recordes
De acordo com a World Athletics.[11][12]
- Homens
- Mulheres
Melhores marcas mundiais
As marcas abaixo incluem outdoor e indoor (i) de acordo com a World Athletics.[13][14]
Homens
Posição | Marca | Atleta | País | Data | Local |
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Mulheres
Posição | Marca | Atleta | País | Data | Local |
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Melhores marcas olímpicas
As marcas abaixo são da prova ao ar livre, a única olímpica, e são de acordo com o Comitê Olímpico Internacional – COI.[15]
Homens
Posição | Marca | Atleta | País | Medalha | Local |
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Mulheres
Posição | Marca | Atleta | País | Medalha | Local |
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* Devido à suspensão da Federação Russa como nação das Olimpíadas por problemas de doping, a russa Anzhelika Sidorova competiu em Tóquio 2020 pela bandeira do Comitê Olímpico Russo.
Marcas da lusofonia
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[18]Predefinição:Rp | |||||||||
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2005 | [18]Predefinição:Rp | ||||||||
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Referências
- ↑ «Salto». Priberam
- ↑ «Fabiana Murer profile». IAAF. Consultado em 22 de fevereiro de 2015
- ↑ 3,0 3,1 «Kate Dennison: 'It helps being a little bit crazy'». The Independent. Consultado em 10 de setembro de 2015
- ↑ «Duplantis closes the golden Belgrade show with stratospheric 6.20m vault». World Athletics. Consultado em 20 de março de 2020
- ↑ «JUMPS - POLE VAULT M». IAAF. Consultado em 10 de setembro de 2015
- ↑ «Fierljeppen». Polsstokbond Holland. Consultado em 10 de setembro de 2015. Arquivado do original em 2 de outubro de 2012
- ↑ 7,0 7,1 7,2 «pole vault». IAAF. Consultado em 10 de setembro de 2015
- ↑ «Man who broke 15-feet defenda fiberglass pole». Ocala Star-Banner. Consultado em 10 de setembro de 2015
- ↑ Litsky, Frank. «Soviet Pole-Vaulter Soars Over 20-Foot Mark». The New York Times. Consultado em 10 de setembro de 2015
- ↑ «Atletismo Saltos». cooperativa de fitness. Consultado em 10 de setembro de 2015
- ↑ «World Records». World Athletics. Consultado em 28 julho 2022
- ↑ «Olympic Games Records». World Athletics. Consultado em 28 julho 2022
- ↑ «Pole Vault Men All-time list». World Athletics. Consultado em 28 julho 2022
- ↑ «Pole Vault Women All-time list». World Athletics. Consultado em 28 julho 2022
- ↑ «48 PAST OLYMPIC GAMES». OIC. Consultado em 24 de abril de 2013
- ↑ «Recordes». CBat. Consultado em 1 de setembro de 2015. Arquivado do original em 23 de setembro de 2015
- ↑ «RECORDES DE PORTUGAL». FPA. Consultado em 3 de julho de 2016. Arquivado do original em 24 de setembro de 2015
- ↑ 18,0 18,1 18,2 18,3 «National Records Pole Vault» (PDF). IAAF Statistics Handbook. Consultado em 29 julho 2022
- ↑ «Recordes Masculinos». FAA. Consultado em 10 julho 2021
- ↑ «Recordes Femininos». FAA. Consultado em 10 julho 2021