Salamandra-de-fogo | |||||||||||||||
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Estado de conservação | |||||||||||||||
Pouco preocupante Predefinição:Cat-artigo [1] | |||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||
Salamandra salamandra (Linnaeus, 1758) | |||||||||||||||
Distribuição geográfica | |||||||||||||||
Distribuição na Europa
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A salamandra-de-fogo, salamandra-comum ou salamandra-de-pintas-amarelas (Salamandra salamandra) é uma espécie de anfíbio caudado pertencente à família Salamandridae. É também conhecida regionalmente por salamântega, saramântiga, saramela ou saramaganta.[2]
A sua pele é característica de cor negra com manchas amarelas. Medem entre 14 e 20 cm de comprimento. As larvas são aquáticas mas o adulto é terrestre. A Salamandra-comum costuma aparecer depois de uma forte chuvada e eventualmente à noite.
Distribuição
As salamandras podem ser encontradas desde Portugal até regiões nórdicas a este como Polónia e a sul nas zonas balcânicas passando pela maior parte da zona central da Europa. Também estão presentes no continente africano, nomeadamente na costa mediterrânica. Regularmente abundam mais a altitudes moderadas como por exemplo entre os 400 e 1000 metros. Mas ainda assim podem ser encontradas por vezes em zonas de cota menos elevada. Por exemplo em Portugal habitam em grande número na Serra de Sintra que está a uma cota de 300 a 400 metros, no entanto podem ser encontradas em regiões mais baixas e/ou costeiras como é o caso de Peniche ou Fernão Ferro, no Seixal - Setúbal,Virtudes - Aveiras de Baixo. No entanto também são avistadas na zona da Amadora mais especificamente no Casal São Brás. Também podem ser avistadas no Parque Florestal de Monsanto que se situa na Serra de Monsanto, no concelho de Lisboa.
Subespécies
Várias subespécies da salamandra-de-fogo são reconhecidas. As subespécies S. s. fastuosa e S. s. bernadezi são vivíparas. As restantes são ovovivíparas.
Em Portugal existem duas ou mais subespécies: S. s. gallaica e S. s. crespoi (que ocorre apenas na região algarvia). Pondera-se a probabilidade da existência da subespécie S. s. bejarae no centro norte do país.
Lista de subespécies e zonas onde poderão ser encontradas:
- Salamandra salamandra almanzoris (Espanha)
- Salamandra salamandra alfredschmidti (Espanha)
- Salamandra salamandra bejarae (Espanha)
- Salamandra salamandra hispanica (Espanha)
- Salamandra salamandra bernardezi (Espanha)
- Salamandra salamandra beschkovi (Bulgária)
- Salamandra salamandra crespoi (Portugal)
- Salamandra salamandra fastuosa (ou bonalli) (Espanha)
- Salamandra salamandra gallaica (Portugal e Espanha)
- Salamandra salamandra gigliolii (Itália)
- Salamandra salamandra longirostris (Espanha)
- Salamandra salamandra morenica (Espanha)
- Salamandra salamandra salamandra (França, Alemanha, Áustria, Republica checa, Suíça, e zonas balcânicas)
- Salamandra salamandra werneri (Grécia)
- Salamandra salamandra terrestris (França, Bélgica, Holanda e Alemanha)
Toxicidade
As salamandras são capazes de se defender ativamente de seus predadores. Elas adotam posturas anti-predatórias e são capazes de libertar pela pele, uma substância tóxica denominada samandrina. Esta substância é um alcalóide que provoca convulsões musculares e uma elevada pressão sanguínea, combinada com hiperventilação. As glândulas de veneno estão concentradas na zona do pescoço e na superfície dorsal. As áreas mais coloridas do animal normalmente coincidem com a localização dessas glândulas.
Mitologia
Na mitologia grega as salamandras eram as representantes do elemento fogo, supostamente se originavam dele, eram capazes de viver nas chamas e ainda apagar o fogo. Os antigos egípcios representaram tais feitos nos seus hieróglifos e Aristóteles também relatou esses fatos.[carece de fontes]
Cláudio Galeno, no entanto, negava a existência desses poderes ao dizer que as salamandras eram capazes de resistir um pouco ao fogo, acabando por sucumbir a ele.
A observação da saída de salamandras vivas de fogueiras, uma vez que muitas vezes escolhem abrigar-se ou hibernar no meio da lenha e escapam quando sentem a temperatura aumentar, sua coloração com manchas amarelas ou vermelhas contribuiu para este mito. Além disso, material feito de asbesto resistente ao fogo era vendido com o nome de "lã de salamandra", ajudando a perpetuar o mito.[3] O nome salamandra veio deste mito, uma vez que provém do grego para "réptil de fogo".[4]
Galeria
Referências
- ↑ Kuzmin, S. et al. 2004. Salamandra salamandra. In: IUCN 2007. 2007 IUCN Red List of Threatened Species. <www.iucnredlist.org>. Acessado em 12 de setembro de 2008.
- ↑ Dicionário da língua portuguesa, Porto Editora
- ↑ «Sir Thomas Browne's Vulgar Errors III.xiv: The Salamander». Consultado em 12 de agosto de 2011
- ↑ «The Legendary Salamander». Consultado em 12 de agosto de 2011. Arquivado do original em 24 de agosto de 2011
Ligações externas
- (em inglês) Amphibian Species of the World
- (em inglês) Caudata.org
- (em inglês) Caudatamedia