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Síndrome do túnel cárpico

Síndrome do túnel cárpico
Corte transversal do pulso. Na síndrome do túnel cárpico, o nervo mediano (amarelo) é comprimido na passagem pelo túnel cárpico do pulso.
Sinónimos Síndrome do túnel do carpo
Especialidade Ortopedia, cirurgia plástica
Sintomas Dor, falta de sensibilidade, formigueiro nos dedos polegar, indicador e médio, dificuldade em agarrar objetos[1][2]
Causas Compressão do nervo mediano no túnel cárpico[1]
Fatores de risco Obesidade, esforço repetitivo do pulso, gravidez, artrite reumatoide[3][4]
Método de diagnóstico Baseado nos sintomas, exames físicos específicos, eletrodiagnóstico[2]
Prevenção Exercício físico[3]
Tratamento Tala imobilizadora do pulso, injeções de corticosteroides, cirurgia[3]
Frequência 5–10%[5][6]
Classificação e recursos externos
CID-10 G56.0
CID-9 354.0
OMIM 115430
DiseasesDB 2156
MedlinePlus 000433
eMedicine orthoped/455 pmr/21 emerg/83 radio/135
MeSH Predefinição:Mesh2
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Síndrome do túnel cárpico (STC) é uma condição médica causada pela compressão do nervo mediano no ponto em que passa pelo túnel cárpico do pulso.[1] Os sintomas mais comuns são dor, falta de sensibilidade, formigueiro nos dedos polegar, indicador, e do lado do polegar do dedo anelar.[1] Os sintomas geralmente começam-se a manifestar de forma gradual e durante a noite.[2] Em alguns casos a dor pode-se espalhar para o braço.[2] Após um longo período de tempo, o desgaste dos músculos na base do polegar pode causar diminuição da força necessária para agarrar objetos.[2] Em mais da metade dos casos, ambos lados são afetados.[1]

Entre os fatores de risco estão a obesidade, trabalho repetitivo com o pulso, gravidez e artrite reumatoide.[3][4] Existem alguns indícios de que o hipotiroidismo aumenta o risco.[7] Existe também uma associação ligeira da diabetes com a STC[3][6] A utilização da pílula contraceptiva não influencia o risco.[3] Entre os tipos de trabalho repetitivo mais associados à condição estão o trabalho ao computador, trabalho com ferramentas vibratórias e trabalho que requer força para agarrar objetos.[3] Suspeita-se de diagnóstico com base nos sinais e sintomas, podendo ser confirmado com eletrodiagnóstico.[2] Quando se verifica desgaste muscular na base do dedo polegar, o diagnóstico é provável.[3]

O exercício físico pode diminuir o risco de STC.[3] Os sintomas podem ser aliviados com a utilização de uma tala imobilizadora do pulso ou com injeções de corticosteroides.[3] A administração de anti-inflamatórios não esteroides ou gabapentina não aparenta ter utilidade.[3] A cirurgia de corte do ligamento transverso do carpo é eficaz, tendo melhores resultados no prazo de um ano em comparação com opções não cirúrgicas,[3] e não sendo necessária a utilização de talas imobilizadoras após a cirurgia.[3] Não há evidências científicas que apoiem a eficácia da magnetoterapia.[3]

Cerca de 5% das pessoas nos Estados Unidos têm síndrome do túnel cárpico.[5] A condição tem geralmente início em adulto e afeta mais mulheres do que homens.[2] Até 33% das pessoas melhoram no prazo de um ano sem tratamento específico.[1] A STC foi descrita pela primeira vez nos anos que se seguiram à II Guerra Mundial, sendo anteriormente conhecida por uma série de nomes diferentes.[8]

Ver também

Referências

  1. 1,0 1,1 1,2 1,3 1,4 1,5 Burton, C; Chesterton, LS; Davenport, G (maio de 2014). «Diagnosing and managing carpal tunnel syndrome in primary care.». The British journal of general practice : the journal of the Royal College of General Practitioners. 64 (622): 262–3. PMC 4001168Acessível livremente. PMID 24771836. doi:10.3399/bjgp14x679903 
  2. 2,0 2,1 2,2 2,3 2,4 2,5 2,6 «Carpal Tunnel Syndrome Fact Sheet». National Institute of Neurological Disorders and Stroke. 28 de janeiro de 2016. Consultado em 4 de março de 2016. Cópia arquivada em 3 de março de 2016 
  3. 3,00 3,01 3,02 3,03 3,04 3,05 3,06 3,07 3,08 3,09 3,10 3,11 3,12 3,13 American Academy of Orthopaedic Surgeons (29 de fevereiro de 2016). «Management of Carpal Tunnel Syndrome Evidence-Based Clinical Practice Guideline.» 
  4. 4,0 4,1 Osterman, M; Ilyas, AM; Matzon, JL (outubro de 2012). «Carpal tunnel syndrome in pregnancy.». The Orthopedic clinics of North America. 43 (4): 515–20. PMID 23026467. doi:10.1016/j.ocl.2012.07.020 
  5. 5,0 5,1 Bickel, KD (janeiro de 2010). «Carpal tunnel syndrome.». The Journal of hand surgery. 35 (1): 147–52. PMID 20117319. doi:10.1016/j.jhsa.2009.11.003 
  6. 6,0 6,1 Padua, L; Coraci, D; Erra, C; Pazzaglia, C; Paolasso, I; Loreti, C; Caliandro, P; Hobson-Webb, LD (novembro de 2016). «Carpal tunnel syndrome: clinical features, diagnosis, and management». Lancet Neurology (Review). 15 (12): 1273–84. PMID 27751557. doi:10.1016/S1474-4422(16)30231-9 
  7. Shiri, R (dezembro de 2014). «Hypothyroidism and carpal tunnel syndrome: a meta-analysis.». Muscle & nerve. 50 (6): 879–83. PMID 25204641. doi:10.1002/mus.24453 
  8. Amadio, Peter C. (2007). «History of carpal tunnel syndrome». In: Luchetti, Riccardo; Amadio, Peter C. Carpal Tunnel Syndrome. Berlin: Springer. pp. 3–9. ISBN 978-3-540-22387-0 

Ligações externas

Predefinição:Doenças do sistema nervoso periférico

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