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Ray of Light

Disambig grey.svg Nota: Este artigo é sobre o álbum. Para a canção homônima, veja Ray of Light (canção).
Ray of Light
Madonna-Ray-of-Light.jpg
Álbum de estúdio de Madonna
Lançamento Predefinição:Data de lançamento
Gravação junhoPredefinição:Mdashnovembro de 1997 (1997-11)
Estúdio(s) Larrabee North
(Los Angeles, EUA)
Gênero(s)
Duração Predefinição:Duração
Formato(s)
Gravadora(s)
Produção
Cronologia de Madonna
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Evita
(1996)
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Music
(2000)
Singles de Ray of Light
  1. "Frozen"
    Lançamento: Predefinição:Data de lançamento
  2. "Ray of Light"
    Lançamento: Predefinição:Data de lançamento
  3. "Drowned World/Substitute for Love"
    Lançamento: Predefinição:Data de lançamento
  4. "The Power of Good-Bye"
    Lançamento: Predefinição:Data de lançamento
  5. "Nothing Really Matters"
    Lançamento: Predefinição:Data de lançamento

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Ray of Light é o sétimo álbum de estúdio da cantora americana Madonna. O seu lançamento ocorreu inicialmente em 22 de fevereiro de 1998 no Japão, logo depois nos Estados Unidos em 3 de março de 1998, através das gravadoras Maverick e Warner Bros. Com o nascimento de sua primeira filha, Lourdes Maria e outros eventos que inspiraram-lhe um período de introspecção, a musicista começou a desenvolver material para seu novo disco com os produtores musicais Babyface e Patrick Leonard. Depois de algumas sessões de gravação sem grandes resultados, o sócio da Maverick, Guy Oseary, telefonou para o músico britânico William Orbit, sugerindo-lhe que enviasse algumas canções para a cantora, que aprovou-as. Posteriormente, Madonna começou a desenvolver uma nova direção musical para o projeto ao lado de Orbit. As sessões de gravação da obra duraram pouco mais de quatro meses, e enfrentaram problemas devido a ausência de banda ao vivo e os arranjos do hardware Pro Tools, que poderiam se quebrar e atrasariam as gravações até serem reparados.

Musicalmente, Ray of Light apresenta a inserção da música dance e eletrônica na sonoridade de Madonna, com influências de outros gêneros e subgêneros, incluindo techno, trip hop, drum and bass, música ambiente, rock, soft rock e música clássica, distanciando-se da sonoridade pop e R&B apresentada em seu álbum de estúdio anterior, Bedtime Stories (1994). Em termos vocais, o álbum apresenta a intérprete cantando com maior amplitude e um tom mais cheio, consequência de suas aulas vocais para o filme Evita (1996). Temas orientais também estão presentes no projeto, como resultado da conversão da intérprete à Cabala, seu estudo do hinduísmo e do budismo, bem como a sua prática diária de Yōga; faixas como "Sky Fits Heaven" e "Shanti/Ashtangi" são exemplos dessas atividades, com a última sendo uma adaptação de um texto de Yoga Tavarali e cantada inteiramente em sânscrito.

Após o seu lançamento, Ray of Light foi recebido com análises positivas dos críticos de música contemporânea, que prezaram os vocais e a nova direção musical da artista, definindo-o como o seu trabalho "mais aventuroso". Os resenhadores também notaram a sua natureza contida e madura. O trabalho recebeu uma série de prêmios ao redor do mundo, incluindo quatro Grammys, entre eles o de Melhor Álbum Vocal de Pop. Comercialmente, o álbum obteve um desempenho exitoso, atingindo a primeira colocação em cerca de 17 países, como Alemanha, Austrália, Canadá, Nova Zelândia e Reino Unido. Nos Estados Unidos, debutou na segunda colocação da Billboard 200, convertendo-se no quinto disco de Madonna a atingir a segunda posição na tabela, e recebeu uma quatro certificações de platina pela Recording Industry Association of America (RIAA), denotando vendas de quatro milhões de unidades no país. Em âmbito global, comercializou cerca de dezesseis milhões de réplicas.

De Ray of Light surgiram cinco singles oficiais, dos quais "Frozen" e a faixa-título se tornaram sucessos internacionais, com o vídeo musical da última recebendo o prêmio de Vídeo do Ano durante a cerimônia de premiação da MTV de 1998. Um promocional, "Sky Fits Heaven", foi liberado somente nos Estados Unidos. Em divulgação ao produto, Madonna apresentou-se em diversos programas televisivos e premiações e excursionou pelo mundo com a Drowned World Tour no ano de 2001, que promoveu o álbum e seu sucessor Music (2000). Críticos e acadêmicos notaram a influência do trabalho na música popular, especialmente em como ele introduziu a música eletrônica na cultura pop de massa. Os profissionais também notaram a maneira em que Madonna era capaz de reinventar-se e permanecer moderna e contemporânea em meio ao cenário musical dominado pelo pop adolescente no período em que o trabalho foi lançado. Considerado pela própria cantora como o seu melhor disco, o material também foi incluído em diversas listas, incluindo a dos 500 melhores álbuns de todos os tempos feita pela revista Rolling Stone.

Antecedentes e desenvolvimento

Após o lançamento da coletânea de baladas Something to Remember (1995), Madonna começou a ter aulas vocais para preparar-se como protagonista do filme Evita (1996); no mesmo ano, ocorreu o nascimento de sua primeira filha, Lourdes Maria. Esses eventos inspiraram-lhe um período de introspecção. "Foi muito catalisador para mim. Fez com que eu procurasse respostas para questões que eu nunca havia me perguntado antes", disse a cantora para a revista Q em 2002.[1] Neste período, ela converteu-se à Cabala e começou a praticar Ioga diariamente e estudar hinduísmo e o budismo, que ajudaram-na a "dar seus próprios passos e olhar o mundo com uma perspectiva diferente".[1] Outro fator que inspirou a concepção do disco foi as aulas de canto que Madonna fez em preparação para Evita. A cantora sentiu que havia uma "peça inteira" de sua voz que ainda não havia sido utilizada, a qual ela decidiu usar para o álbum.[1] Em maio de 1997, Madonna começou a escrever canções para o projeto com Babyface, com quem havia trabalhado em seu álbum anterior, Bedtime Stories (1994). Eles escreveram algumas faixas, antes da cantora sentir que elas não possuíam a direção musical necessária para o trabalho. De acordo com Babyface, as canções "tinham um estilo parecido com 'Take a Bow', e Madonna não queria, ou precisava, que isso se repetisse".[2]

Depois de descartar as obras que havia composto com Babyface, Madonna começou a trabalhar com Rick Nowels, que havia co-escrito canções com Steve Nicks e Céline Dion. A colaboração produziu sete canções em nove dias, mas elas também não apresentaram a futura direção musical eletrônica do projeto.[2] Destas faixas, apenas "The Power of Good-Bye", "To Have and Not to Hold" e "Little Star" foram incluídas no álbum.[2] Em seguida, a cantora decidiu compor com Patrick Leonard, que produziu diversas faixas para ela nos anos 80. Ao contrário dos álbuns anteriores da artista, as colaborações de Leonard foram acompanhadas por poucas sessões em estúdio. Ela acreditou que a produção de Leonard "faria canções em um estilo musical de Peter Gabriel", um som que não queria para o trabalho.[2] Guy Oseary, sócio da gravadora de Madonna, Maverick Records, telefonou para o músico britânico William Orbit, sugerindo que ele enviasse algumas músicas para a intérprete.[1] Orbit enviou uma Digital Audio Tape formada por 13 faixas, as quais foram aprovadas por Madonna. Mais tarde, ela comentou: "Eu era uma grande fã dos trabalhos iniciais de William, Strange Cargo 1 e 2 e tudo isso. Eu também gostei de todos os remixes que ele fez para mim, e estava interessada em fundir um tipo de som futurista, mas também usando muitas influências indianas, marroquinas e coisas do tipo, e eu queria que soasse velho e novo ao mesmo tempo".[1]

Gravação

Demorou muito tempo para fazer o álbum, [questão de] meses. E não foi como se estivéssemos afrouxando. Nós tivemos que trabalhar rapidamente, e houve muitas vezes em que tivemos de seguir em frente. Uma das frases favoritas de Madonna era 'não adorne o lírio'. Em outras palavras, [era] manter [a canção] crua e não aperfeiçoar muito. É um impulso natural para os entusiastas de computador aperfeiçoar tudo porque eles podem, e nós tomamos muito cuidado com isso.

—Orbit discutindo o trabalho com Madonna para a revista Keyboard.[3]

No início de junho de 1997, antes de iniciar as gravações do disco, Orbit encontrou-se com Madonna na casa da artista em Nova Iorque, e ela lhe apresentou algumas canções que havia elaborado com outros produtores meses antes, as quais foram descritas por Orbit como "manchadas".[1][2] Eles visitaram os estúdios The Hit Factory no final da semana, onde Madonna convidou o produtor para trabalhar em Ray of Light.[3] Ele a enviou uma fita de trechos musicais que estava desenvolvendo, as quais eram frases com oito ou dezoito compassos e versões despojadas de canções que viriam a aparecer no álbum.[2] A cantora ouviu os trechos diversas vezes, até inspirar-se para compor.[2] A cada vez que teve uma ideia sobre a direção lírica da canção, ela mostrava suas ideias para Orbit, e eles as expandiram em ideias musicais originais.[2] Como muitas das obras já existiam, a vocalista trabalhou nas letras enquanto estava em casa ou viajando.[1]

Ray of Light foi gravado por quatro meses e meio no estúdio Larrabee North em Hollywood, Califórnia, começando em meados de junho de 1997, e tendo seu termino em novembro do mesmo ano. Em grande parte do processo, apenas outras três pessoas estavam no estúdio com a cantora: Orbit, o engenheiro Pat McCarthy e seu assistente Matt Silva.[2] As gravações foram iniciadas em Los Angeles, mas passaram por problemas de configuração no início, já que o produtor preferiu trabalhar com demonstrações, sons de sintetizadores e o hardware Pro Tools, e não com músicos ao vivo.[2] Os computadores poderiam se quebrar, e a gravação teria de ser adiada até que os aparelhos fossem reparados.[2] Orbit gravou a maioria da instrumentação do trabalho em um período de quatro meses. Ele lembrou que tocou guitarras, e seus dedos sangraram durante as longas horas que passou no estúdio.[2]

Depois de errar algumas vezes a pronúncia da palavra shloka no idioma sânscrito durante a canção "Shanti/Ashtangi", Madonna fez aulas por telefone, que foram organizadas pela BBC, para aprender a pronúncia básica e correta em sânscrito de palavras do eminente estudioso Dr. B P T Vagish Shastri. Ela fez as correções necessárias de pronúncia no álbum.[4][5] Em entrevista para a MTV, a intérprete falou sobre a gravação do disco, e disse que seu parceiro de negócios, Guy Oseary, foi um amigo útil.[6] A artista ainda acrescentou que ela e Orbit apresentaram as faixas para Oseary e, para o desânimo deles, ele não disse nada e saiu do estúdio: "Ela odeia essas cordas geladas. Quando eu acho que uma faixa está concluída, ele meio que nos empurra para outro passo adiante. 'Talvez nós devíamos tentar isso', ou 'eu não quero ouvir isso'. E depois, claro, isso rasteja no meu cérebro, e eu fico tipo 'talvez eu deveria ter feito um vocal de apoio naquilo'. E, em seguida, eu vou e faço alegremente, certo?".[6] O produtor também disse para a revista Q que Madonna gravou "Swim" no dia em que o estilista e seu amigo Gianni Versace foi assassinado em Miami, Flórida, e que este fato provavelmente fez com que a faixa tivesse um impacto emocional.[1]

Capa e lançamento

De acordo com a assessora de Madonna, Liz Rosenberg, a artista considerou intitular o disco de Mantra, descrevendo-o como um "título muito legal". Contudo, ela mudou o nome para Ray of Light, pois seus álbuns sempre tinham uma música de mesmo nome.[7] A capa do trabalho foi fotografada pelo peruano Mario Testino, e apresenta a intérprete olhando para o horizonte; eles já haviam colaborado anteriormente para uma coleção de moda da Versace. A cantora impressionou-se com o estilo natural que Testino capturou com as fotos da coleção e decidiu convidá-lo novamente pra trabalhar com ela, desta vez para a sessão de fotos do álbum. Ele lembrou: "Às duas da tarde, ela disse 'Tudo bem, estou cansada. Acabamos'. E eu respondi 'mas eu ainda não terminei de fotografar'. Ela disse 'você está trabalhando para mim e eu disse que acabamos. E eu falei 'não, vamos continuar'. A foto que ela usou na capa veio depois dessa [conversa]".[8]

Ray of Light foi lançado no Japão em 22 de fevereiro de 1998, com uma faixa bônus adicional exclusiva para o Japão, "Has to Be".[9] O álbum foi lançado mais tarde nos Estados Unidos, em 3 de março de 1998.[10] Na Nova Zelândia, um conjunto de Ray of Light e The Immaculate Collection foi lançado para acompanhar o disco. Ele alcançou o número doze na parada de álbuns e foi certificado em ouro pela Recording Industry Association of New Zealand (RIANZ) pela distribuição de sete mil cópias.[11] Uma compilação promocional em VHS, intitulada Rays of Light, foi lançada no Reino Unido em 1999, compilando todos os videoclipes dos cinco singles do álbum.[12] Todos os cinco vídeos foram posteriormente incluídos na compilação The Video Collection 93:99 (1999).[13]

Composição

Sinto que falar sobre isso é banal. Eu estudei a Cabala, que é a interpretação mística da Torá. Eu estudei budismo e hinduísmo e pratiquei Yoga e, obviamente, sei muito sobre catolicismo. Existem verdades indiscutíveis que conectam todas elas, e as acho muito reconfortantes e gentis. Minha jornada espiritual é estar aberta a tudo. Prestar atenção ao que faz sentido, ser absorvida. Para mim, a Yoga é a coisa mais próxima à nossa verdadeira natureza.

—Madonna falando sobre a inspiração para "Sky Fits Heaven" e "Shanti/Ashtangi".[2]

De um ponto de vista musical, Ray of Light apresenta um notável afastamento dos trabalhos anteriores de Madonna, tendo sido descrito como seu disco "mais aventureiro".[14] Musicalmente derivado do pop e do dance, bem como da música eletrônica, o projeto contém elementos de diferentes gêneros e subgêneros, incluindo techno, trance, drum and bass, trip hop, música ambiente, rock, new wave, música oriental e música clássica.[15] Em termos vocais, marcou uma mudança em relação aos álbuns anteriores da intérprete; por ter feito aulas vocais para o filme Evita, ela exibe seus vocais em maior amplitude e alcance, além de um tom mais cheio. Em muitas canções, a cantora abandonou o vibrato, que esteve presente em seus materiais antecessores. Criticamente, a voz usada por Madonna neste álbum foi descrita como sua melhor e mais completa.[16]

Predefinição:Escute

Faixa de abertura do álbum e seu terceiro single, "Drowned World/Substitute for Love" é uma balada de andamento lento que apresenta influências dos estilos jungle, drum and bass e trip hop.[17] Seu título é inspirado pelo livro de ficção científica pós-apocalíptica The Drowned World (1962), escrito por J.G. Ballard.[17] A obra seguinte, "Swin", possui um tom espiritual. Nela, Madonna canta: "Nade até o fundo do oceano / Para que nós possamos recomeçar / Nos livrar de todos os nossos pecados / Atingir outro litoral".Predefinição:Nota de rodapé[18] Segue-se a faixa homônima, lançada como segundo foco promocional do disco, que é uma canção derivada do EDM e possui fortes tendências do techno,[19][14] Uma música "sonoramente progressiva", também incorpora elementos do rock, com um riff de guitarra elétrica sendo proeminente em sua composição. A melodia contém vários efeitos sonoros, incluindo assobios, sinos e bipes.[14][20] "Candy Perfurme Girl" tem uma introdução grunge e mistura bipes pós-modernos e batidas com acordes antiquados de guitarra elétrica.[21] No tema seguinte, "Skin", Madonna canta "Eu lhe conheço de algum lugar?"Predefinição:Nota de rodapé em uma voz de anseio por cima de batidas de uma orquestra eletrônica.[21] A sexta canção, "Nothing Really Matters", é um número dance de ritmo acelerado que contém influências do techno.[22]

"Sky Fits Heaven" foca-se nos estudos espirituais da cantora e em sua filha Lourdes Maria, tendo linhas como "O céu se encaixa no paraíso, então voe / Isso é o que o profeta me disse / A criança se encaixa a sua mãe, então abrace firme seu bebê / Isso é o que o meu futuro pode ver".Predefinição:Nota de rodapé[21] Partes das letras são retiradas do poema What Fits? de Max Blagg, usado em anúncio de 1993 da Gap Inc.[23] "Shanti/Ashtangi" é uma oração em sânscrito e uma canção techno com um andamento rápido, sendo interpretada pela vocalista com um sotaque indiano sobre um ritmo dance.[18] Nela, a artista canta a versão adaptada de Shankaracharya inteiramente em sânscrito, com versos como "Eu venero o guru do pé de lótus / No despertar da felicidade da auto-revelação".Predefinição:Nota de rodapé[24][25] "Frozen", nona faixa e primeiro single do álbum, é uma balada eletrônica de andamento médio que contém um som em camadas reforçado por sintetizadores e cordas,[26] qualidades da música ambiente, um ritmo dance moderado durante o refrão e batidas influenciadas pelo techno perto do fim.[27] Ao longo da canção, os vocais da intérprete não apresentam vibrato, e foram comparados com os usados na música medieval.[27] Liricamente, trata de um homem apático e sem emoções; contudo, subtextos foram notados. De acordo com o autor Freya Jarman-Ivens, letras como "Você fica congelado quando seu coração não está aberto" refletem uma paleta artística, "englobando diversos estilos musicais, textuais e visuais".[28] Lançada como a quarta faixa de trabalho do projeto, "The Power of Good-Bye" é uma balada emocional cuja letra fala da força que existe em alguém partir,[29] e foi considerado "uma espécie de irmã sônica de 'Frozen'", já que ambos lidam com temas de um coração fechado para o amor.[30] Isso é enfatizado nas letras: "Seu coração não está aberto, então devo ir",Predefinição:Nota de rodapé assim como "A liberdade vem quando você aprende a deixar ir, a criação vem quando você aprende a dizer não".Predefinição:Nota de rodapé[31][32] A ideia de usar o desapego como inspiração para a música surgiu do interesse de Madonna pela filosofia budista, além de praticar Yōga.[33] "To Have and Not to Hold" fala sobre um amante distante e "Little Star" trata de Lourdes Maria. Ambas são superficialmente vibrantes, mas com uma sutileza subjacente e arranjos restritos prevalecentes.[21] Número final da edição padrão, "Mer Girl" é uma meditação surreal da mortalidade e da morte da mãe da intérprete; nela, ela canta "E eu cheirei sua carne queimando / Seus ossos apodrecendo, sua decadência / Eu corri e corri / Ainda estou correndo".Predefinição:Nota de rodapé[17] Incluída como música bônus na edição japonesa de Ray of Light, "Has to Be" fala dos desejos da cantora de ter um parceiro ou um companheiro de alma.[17]

Crítica profissional

Críticas profissionais
Avaliações da crítica
Fonte Avaliação
AllMusic Predefinição:Avaliação[14]
Entertainment Weekly A-[34]
Los Angeles Times Positiva[35]
Melody Maker Positiva[36]
Q Positiva[37]
Rolling Stone Predefinição:Avaliação[38]
Slant Predefinição:Avaliação[17]
Spin Positiva[37]
The Guardian Predefinição:Avaliação[39]

Logo após seu lançamento, Ray of Light recebeu aclamação universal dos críticos especializados em música contemporânea. Sal Cinquemani da revista Slant descreveu o álbum como "uma das maiores obras-primas pop dos anos 1990" e ainda afirmou que "suas letras são simples, mas sua declaração é grande. Madonna não era tão sincera e emocionante desde Like a Prayer (1989)".[17] Paul Verna, da revista Billboard, comentou: "Facilmente seu trabalho mais maduro e pessoal até hoje, Ray of Light encontra Madonna tecendo letras com a meticulosa intimidade das anotações de um diário e envolvendo-as em melodias e instrumentos semelhantes a hinos e envoltos em um ambiente exuberante e melancólico. É claro, ela equilibra o tom sério da lista de faixas com pitadas pop que permitem que ela flexione seu alcance vocal imensuravelmente ampliado para obter um efeito fino".[40] Rob Sheffield da Rolling Stone foi positivo em relação ao álbum, apesar de ter ressaltado seus aspectos negativos. Sheffield chamou o álbum de "brilhante", entretanto foi crítico na produção de Orbit, alegando que "William não tinha muitos truques para preencher o álbum, tendo ele se repetido diversas vezes."[41]

Stephen Thomas Erlewine do banco de dados AllMusic, nomeou Ray of Light como o "álbum mais aventureiro" da intérprete e o "mais maduro e profundo". Em sua revisão, ele classificou o álbum com quatro estrelas de cinco.[14] David Browne do Entertainment Weekly deu ao álbum uma nota A-, observando que "de todos os seus trabalhos com autoburilamento, Madonna parece mais relaxada e menos artificial do que tem sido nos últimos anos, de sua nova forma de 'mãe italiana' à, especialmente, sua música. Ray of Light é verdadeiramente como uma oração, e você sabe que ela vai levar você lá (em referência à canção "Like a Prayer")."[34] Escrevendo para a revista Melody Maker em fevereiro de 1998, Mark Roland fez comparações com o álbum Homogenic de Björk e a música de St. Etienne, destacando a falta de cinismo em Ray of Light como seu aspecto mais positivo. "Não é um álbum em torno da manipulação cínica do pop."[36] Robert Hilburn do Los Angeles Times escreveu que "uma das razões de que Ray of Light seja o álbum mais satisfatório de sua carreira é devido ao fato de que ele reflete a consciência de uma mulher que pode olhar-se com surpreendente franqueza e perspectivas."[35] Joan Anderman do The Boston Globe disse que Ray of Light é um disco incrivelmente notável. Ele afirmou que "é um álbum de dance profundamente espiritual, estaticamente texturizado, composto por um ciclo de canções sumptuosas que vão ao longo do caminho em direção a uma Madonna libertadora, com uma carreira construída em imagens escamoteadas em cultivadas identidades."[42]

Singles

Madonna performando "Ray of Light" na Sticky & Sweet Tour, em 2008.

Em 23 de fevereiro de 1998, "Frozen", o primeiro single do Ray of Light é lançado, tornando-se o sexto single da cantora a atingir a vice liderança da parada americana Billboard Hot 100.[43] O vídeo, dirigido por Chris Cunnigham, com assistência de David B. Householter, e produzido por Nick Wrathall, retrata Madonna em uma personalidade etérea, gótica e melancólica, semelhante à de uma feiticeira, transformando-se em pássaros e em um grande cachorro preto.[44] Em 2005, um tribunal belga declarou que o tema de quatro compassos de abertura da canção seria um plágio de "Ma vie fort le camp", composição de Salvatore Aqcuaviva. A decisão proibiu a venda do single, bem como o álbum Ray of Light ou qualquer outras compilações que contivessem a canção, na Bélgica.[45] Em 6 de maio de 1998 é lançado o segundo single, "Ray of Light", estreando em segundo lugar no Reino Unido[46] e posteriormente, recebendo certificado de prata.[47] Nos Estados Unidos, a canção atingiu a quinta posição, sendo certificada com ouro.[48] A música também tornou-se um sucesso em território americano, mantendo-se em primeiro lugar por quatro semanas na parada de canções dance da Billboard, tendo sido a canção mais bem sucedida de tal tabela em 1998.[43] O vídeo musical correspondente foi dirigido pelo sueco Jonas Åkerlund e retrata o cotidiano de pessoas em cidades ao redor do mundo, como Londres e Estocolmo.[49] A canção foi indicada ao prêmio Grammy em 1999 na categoria de "Gravação do Ano", entretanto, perdeu para "My Heart Will Go On" de Céline Dion.[50]

"Drowned World/Substitute for Love" foi lançado como terceiro single fora dos Estados Unidos, em 24 de agosto de 1998, tendo alcançado as dez primeiras posições na tabela britânica.[46] O vídeo musical da canção foi dirigido por Walter Stern, causou controvérsia devido as cenas em que a intérprete é viosionada sendo perseguida por paparazzis em motocicletas, cenário semelhante ao vivido pela Princesa Diana em sua morte em 1997.[45] O quarto single, lançado em 22 de setembro de 1998, "The Power of Good-Bye", teve um bom desempenho, tendo alcançado o sexto lugar da parada britânica de singles e o décimo-primeiro na Billboard Hot 100.[46][43] Um videoclipe para a canção foi dirigido por Matthew Rolston, apresentando um cenário de cor azul esverdeada e conta com a participação do ator Goran Višnjić, como o interesse amoroso da cantora.[51] "Nothing Really Matters" foi lançado como o quinto e último single da obra em 2 de março de 1999, e conquistou a sétima colocação no Reino Unido.[46] Em território americano, no entanto, a canção tornou-se seu pior desempenho na Billboard Hot 100, ficando na nonagésima terceira posição.[43] Em contrapartida, alcançou o primeiro lugar na parada dance.[43] Seu vídeo musical, dirigido por Johan Renck foi inspirado no livro de Arthur Golden, Memórias de Uma Gueixa, apresentando Madonna vestida como uma gueixa.[52] Nos Estados Unidos, "Sky Fits Heaven" foi lançada como um single promocional. A canção obteve sucesso moderado no país, tendo alcançado o número quarenta e um na parada dance.[43][53]

Promoção

Madonna apresentando "Frozen", o segundo single do álbum, durante um dos concertos da Drowned World Tour, em 2001.

Para promover o álbum, Madonna fez várias aparições na televisão e performances ao vivo das músicas do trabalho. Em 14 de fevereiro de 1998, ela estreou "Sky Fits Heaven", "Shanti / Ashtangi" e "Ray of Light" na boate Roxy NYC.[54] "Frozen" foi apresentado no programa britânico The National Lottery Show no dia 21 do mesmo mês,[55] No Festival de Sanremo, sediado na Itália, no dia 24,[56] e nos programas Wetten, dass..? da Alemanha em 28 de fevereiro[57] e Rosie O'Donnell Show dos Estados Unidos em 13 de março.[58] Em 27 de abril, a cantora fez uma aparição não anunciada no concerto beneficente Rock for the Rainforest no Carnegie Hall, em Nova Iorque, onde cantou "Frozen". Ela também se juntou às outras estrelas do show, entre eles Sting, Elton John, e Billy Joel, para performar "With a Little Help From My Friends" e "Twist and Shout".[59] Em 29 de maio, Madonna apareceu no The Oprah Winfrey Show, onde foi entrevistada e cantou "Little Star" e "Ray of Light".[60] Em 10 de setembro, ela abriu o Prêmio da MTV de 1998, em Nova Iorque com a performance de "Shanti / Ashtangi" e "Ray of Light", com Lenny Kravitz na guitarra.[61] "The Power of Good-Bye" foi cantado no Prêmio da MTV Européia de 1998, realizado na Itália, em 12 de novembro[62] e no programa Top of the Pops do Reino Unido em 19 do mesmo mês.[63] Em 24 de fevereiro de 1999, Madonna apresentou "Nothing Really Matters" na cerimônia de premiação do Grammy, que ocorreu no Shrine Auditorium, em Los Angeles.[64]

Madonna apresentou "Drowned World / Substitute For Love", "Ray of Light", "Candy Perfume Girl", "Sky Fits Heaven", "Frozen" e "Mer Girl" na Drowned World Tour, sua quinta turnê, que promoveu Ray of Light e seu álbum sucessor. Começou em junho de 2001 e foi a primeira turnê de Madonna em oito anos. A turnê deveria começar antes do novo milênio,[65] mas ela engravidou do filho Rocco Ritchie, lançou Music naquele ano e casou-se com Ritchie em dezembro de 2000,[66][67] O show foi dividido em cinco seções, Cyber-punk, Gueixa, Vaqueira, Espanhola e Gueto.[68] A The Drowned World Tour recebeu críticas positivas.[69] A turnê foi um sucesso comercial, arrecadando um total de 75 milhões de dolares, e foi a maior digressão de um artista solo em 2001.[70] O show foi transmitido ao vivo pelo HBO, diretamente do Palácio de Auburn Hills em Auburn Hills, Michigan, em 26 de agosto de 2001.[71] O DVD do Drowned World Tour 2001 foi lançado em todas as regiões em 13 de novembro do mesmo ano.[72] Como a exibição original do programa, o DVD recebeu críticas muito boas.[73] As fotografias usadas na embalagem do produto foram tiradas pela amiga de Madonna, Rosie O'Donnell.[74]

Prêmios e indicações

Predefinição:VT

Estatueta do Prêmio Fryderyk, o equivalente ao Grammy na Polônia. O álbum foi o vencedor na categoria de edição melhor álbum estrangeiro de 1998

No Prêmio Grammy de 1999, Ray of Light recebeu quatro condecorações em seis indicações.[75] O álbum ganhou nas categorias de Melhor Álbum Pop e Melhor Embalagem de Disco, e foi indicado à Álbum do Ano, enquanto a faixa-título foi condecorada a Melhor Gravação de Dance e Melhor Videoclipe de Formato Curto, e foi nomeado para Gravação do Ano.[76] Madonna também se tornou a maior vencedora do Prêmio MTV de Música em 1998, ganhando seis condecorações em nove indicações.[77] "Frozen" ganhou para Melhores Efeitos Visuais; "Ray of Light" ganhou Melhor Coreografia, Melhor Direção, Melhor Edição, Melhor Vídeo Feminino e Vídeo do Ano, e também foi indicado para Melhor Cinematografia, Melhor Vídeo de Dance e Vídeo Revelação. A Sociedade Americana de Compositores, Autores e Editores (ASCAP) homenageou Madonna e deu a ela dois prêmios de Canção Mais Executada por "Frozen" e "Ray of Light" no Prêmio ASCAP de Música Pop de 1999,[78] bem como Maior Canção Dance para "Ray of Light" no Prêmio ASCAP de Rhythm & Soul de 1999.[79]

Ray of Light também deu a Madonna vários troféus de vários prêmios internacionais — incluindo duas condecorações de Melhor Álbum Internacional e Melhor Vocalista Internacional da IFPI Dinamarca,[80] um prêmio Fryderyk de Melhor Álbum Estrangeiro da Związek Producentów Audio Video (ZPAV) na Polônia,[81] um Prêmio Girafa de Ouro por Álbum Pop Internacional do Ano, pela Mahasz na Hungria,[82] dois prêmios Porin de Melhor Álbum Internacional e Melhor Vídeo Internacional ("Frozen") na Croácia,[83] e dois prêmios Rockbjörn de Melhor Álbum Internacional e Melhor Artista Internacional na Suécia.[84]

No Canadá, Madonna ganhou o troféu de Melhor Vídeo Internacional por "Ray of Light" no Prêmio MuchMusic de 1999 e foi nomeada para Melhor Álbum de Vendas (Estrangeiro ou Nacional) no Prêmio Juno de 1999.[85][86] Ela também recebeu os troféus de Melhor Filme Feminino e Melhor Álbum no Prêmio da MTV Européia de 1998.[87] Na 14º cerimônia de premiação da música dance, Madonna ganhou o prêmio de Melhor Artista Solo de Dance e Melhor Vídeo de Dance por "Ray of Light".[88]

Legado

Predefinição:Imagem múltipla Ray of Light impactou a indústria musical, desde o seu lançamento. A revista Rolling Stone o colocou no número 28 em sua lista dos "100 Melhores Álbuns dos Anos 90" e 363 entre "500 Maiores Álbuns de Todos os Tempos",[89] além de ser escolhido como o vigésimo nono melhor disco por seus leitores.[90] Em 2001, mais de 250 mil espectadores do VH1 o elegeu em décimo na lista dos "100 Melhores Álbuns de Todos os Tempos".[91] A obra também foi incluída no livro 1001 Álbuns Que Você Deve Ouvir Antes de Morrer.[92][93] A revista Mojo, também colocou Ray of Light no número 29 entre os "100 Clássicos Modernos: Os Melhores Álbuns de New Wave".[94] O videoclipe de "Ray of Light", também é considerado um dos vídeos mais importantes da história da MTV,[95] além de ser escolhido como uma das melhores músicas da intérprete ao lado de "Frozen", pelos leitores da Rolling Stone.[96]

Um dos aspectos mais importantes do legado de Ray of Light foi a introdução da música eletrônica no cenário da música popular. Como escreveu a editora da Allmusic, Liana Jonas: "atraiu a atenção do mainstream para a música eletrônica, que passou de seu status underground, para uma popularidade selvagem no início do século XXI".[97] Thomas Harrison, autor do livro Music of the 1990s, escreveu que o estilo de produção de Ray of Light "ditava novas tendências na música eletrônica, com uso significativo de samplings digitais e o uso de sintetizadores eletrônicos".[98] Não muito distantes do exposto, os acadêmicos do livro Music and Technoculture, cujo editorial está de acordo com a Universidade Wesleyan, comentaram que "Madonna soava como a mãe do campo tecnológico", devido as músicas eletrônicas presentes no álbum, que muitas das quais, refletiam seu lado maternal.[99] Segundo o biógrafo J. Randy Taraborrelli, "há anos o techno e a eletrônica são os gêneros mais tocados nas mais populares festas ilegais underground que ocorrem em armazéns abandonados e áreas desertas nos arredores de cidades de todo o mundo. É aqui que os jovens amantes de música, sob a influência do álcool e das ilusões da popular droga ecstasy, caminharam pelas nuvens ao ritmo desses sons etéreos sintetizados. Madonna sentiu que esse gênero era um "som quente" e decidiu levá-lo a uma popularidade massiva, afirmando: "É definitivamente uma área inexplorada. E eu tenho que estar nela".[100] Da mesma forma, Lucy O'Brien elogiou a musicista e a obra porque ambos inovaram brilhantemente a cultura rave.[101] Ryan Davis, do portal Examiner, comentou que "Ray of Light deu uma sensação de calorosas emoções à música eletrônica, o que geralmente não é encontrado no gênero".[102] Finalmente, o jornal canadense Montreal Gazette, disse; "Ray of Light é o primeiro álbum comercial que implementou com sucesso o pop e o techno".[103] O lançamento do disco — que incluiu elementos da música oriental, bem como o vídeo de "Frozen" que foi inspirado em temas indianos e o vídeo de "Nothing Really Matters" que contém uma temática japonesa — aumentaram o interesse americano pela cultura asiática tradicional.[104] Rhonda Hammer e Douglas Kellner, em seu livro Media/cultural Studies: Critical Approaches, escreveram que "o fenômeno da feminilidade inspirado no sul da Ásia como uma tendência na mídia ocidental pode ser rastreado até fevereiro de 1998, quando o ícone pop Madonna lançou o vídeo de 'Frozen'".Predefinição:Harvnp Eles explicaram que embora a artista "não tenha iniciado a moda de acessórios de beleza indianos, [...] ela as trouxe aos olhos do público, atraindo a atenção da imprensa global".Predefinição:Harvnp Anne Masuda, do portal Yahoo!, acrescentou que "com Madonna revelando o fato de praticar ioga em seu tempo livre, ela acabou contribuindo para o crescimento do fascínio americano pela cultura oriental. Muitas pessoas começaram a imitar seu estilo, usando hena e roupas com desenhos asiáticos".[104]

Uma pintura inspirada no estilo asiático de Madonna no vídeo de "Frozen". O lançamento do Ray of Light aumentou a popularidade da cultura asiática tradicional na cultura popular americana.[104]

Alguns anos antes do lançamento da obra, a carreira da cantora havia sido atormentada por escândalos e muitos detratores disseram que sua popularidade havia se deteriorado,[101] inclusive, sua gravadora Warner previu que o disco iria ser um fracasso;[105] dessa maneira, muitos escritores argumentam que o disco, juntamente com os fatos que o antecederam [em referência a suas experiências espirituais e maternais], marcou um ponto de virada na carreira de Madonna.[106] Por exemplo, Ingrid Sischy, da Vanity Fair, disse que "ter tido um bebê deu a ela, pelo menos, o que ela chama de "momento de quietude". A artista foi forçada a se permitir desacelerar, fugir e se redimir.[107] Por sua parte, Madonna confessou que sua filha "Lourdes foi uma influência curadora em sua vida e o nome de uma lembrança de sua falecida mãe; "'Lourdes' é um lugar com o qual minha mãe tinha uma conexão. Ela sempre quis ir para lá, mas nunca pôde".[101] Nesse sentido, O'Brien apontou que o Ray of Light certamente renovou a imagem da artista e a levou a um novo público, o que mostra que ela era uma boa compositora de um talento intensamente produtivo.[101] De fato, segundo Taraborrelli, a obra foi aclamada por ser ousada e refrescante na música contemporânea do final dos anos 90, dominada por boy bands e artistas adolescentes como Backstreet Boys, 'N Sync, Britney Spears e Christina Aguilera.[108] Larry Flick, da Billboard, disse que o lançamento "não apenas deu a artista camaleão seu primeiro sucesso universalmente aclamado pela crítica, mas também provou que ela continuava sendo uma figura vital entre um público jovem tristemente inconstante".[109] Segundo Enric Zapatero, do site Cromosomax, a faixa "Frozen" marcou um antes e um depois no pop dos anos 90. Ele também enfatizou que "a canção "Nothing Really Matters" popularizou a moda das gueixas que, anos depois, Madonna retomaria em sua 'Drowned World Tour'. Um visual que, é claro, a cantora não inventou, mas que associamos a ela".[110] Em 2012, a cantora Katy Perry perguntou a Madonna, via Twitter, qual era o álbum favorito de seu catálogo. A artista respondeu que era Ray of Light".[111] Por sua parte, William Orbit "ganhou elogios em todos os lugares";[112] De fato, alguns escritores como o ensaísta Rodrigo Fresán, atribuem a Orbit como responsável pela reinvenção e recuperação do sucesso da cantora. A este respeito, William disse uma vez: "Não reinventei Madonna. Ela me reinventou. Ou seja, onde eu estava antes? Quem eu era antes de trabalhar com ela?".[113]

Alinhamento de faixas

Predefinição:Lista de faixas Predefinição:Lista de faixas

Notas
  • "Drowned World/Substitute for Love" contém demonstrações de "Why I Follow the Tigers", cantada por San Sebastian Strings.
  • "Shanti/Ashtangi" é uma adaptação de um texto de Shankaracharya, tirado de Yoga Taravali. Texto adicional: tradicional e tradução de Vyass Houston e Eddie Stern.
  • "Mer Girl" contém uma interpolação e elementos de "Space", interpretada por Gábor Szabó.
  • "The Power of Good-Bye" contém demonstrações de "I Want to Become", de Love Kills.

Créditos

Lista-se abaixo os profissionais envolvidos na elaboração de Ray of Light, de acordo com o encarte do álbum:[114]

Locais de gravação
Equipe

Desempenho comercial

Ray of Light foi um enorme sucesso comercial. Dezoito dias depois de lançado, a Rolling Stone divulgou que o álbum já havia vendido três milhões de cópias em todo mundo.[115] Mundialmente, é estimado que tenham sido comercializadas mais de dezesseis milhões de réplicas da obra, até os dias atuais.[116]

Nos Estados Unidos, Ray of Light estreou em 21 de março de 1998, ocupando a segunda posição da Billboard 200, vendendo trezentos e setenta e um mil cópias na primeira semana.[117] Tornou-se a melhor semana de estreia em vendas por uma artista feminina computada pela Nielsen SoundScan até então.[117] Entretanto, o álbum não conseguiu atingir o topo da parada, graças ao sucesso comercial da trilha sonora do filme Titanic (que vendeu na mesma semana quatrocentas e setenta mil cópias),[117] sendo o quinto álbum de Madonna a não conquistar a liderança nos Estados Unidos.[118] Em 16 de março de 2000, a Recording Industry Association of America (RIAA) o condecorou com quatro certificações de platina após serem exportadas mais de quatro milhões de cópias do produto em território americano.[48] Segundo a Nielsen SoundScan, Ray of Light já havia vendido três milhões e oitocentas mil unidades no país até dezembro de 2016.[119] Esse número não inclui unidades vendidas em selos como a BMG Music, onde o álbum vendeu mais de quatrocentas mil cópias.[120] No Canadá, o álbum estreou na posição máxima da parada canadense de álbuns, com vendas na primeira semana de cinquenta mil réplicas,[121] sendo posteriormente classificado pela Music Canada (MC) como platina após serem comercializadas cerca de oitenta mil cópias do disco por lá.[122] Na região da América Latina, a obra obteve prestígio na Argentina e no Brasil, onde conseguiu certificado de platina em ambos os territórios, no qual foi entregue pela Cámara Argentina de Productores de Fonogramas y Videogramas e Pro-Música Brasil, respectivamente.[123][124]

O álbum também alcançou sucesso comercial na Oceania, estreando na liderança da parada de álbuns australiana e neozelandesa.[125][126] A certificadora Australian Recording Industry Association (ARIA) condecorou o projeto como três platinas pelas duzentas mil unidades vendidas na Austrália e platina pela Recording Industry Association of New Zealand (RIANZ) por comercializar quinze mil cópias na Nova Zelândia.[127][128]

Ray of Light debutou na liderança da UK Albums Chart — tabela musical do Reino Unido — permanecendo em tal posição por duas semanas.[129] Mais tarde, foi entregue a intérprete uma certificação de platina pela British Phonographic Industry (BPI) após um milhão de réplicas do produto terem sido comercializadas no pais.[47] Na França, o álbum estreou em segundo lugar na parada oficial de álbuns do país, permanecendo por sete semanas na tabela.[130] Ele foi certificado três vezes com platina pela Syndicat National de l'Édition Phonographique, após ter sido adquirido novecentas mil vezes em território francês.[131][132] Continua sendo o álbum mais vendido de Madonna na Alemanha, com três certificações de platina sendo emitidas a intérprete pela Bundesverband Musikindustrie (BVMI), após vender um milhão de exemplares em território alemão.[133] O álbum também alcançou a liderança na tabela que monitora os cem álbuns mais comercializados na Europa.[134] Foi condecorado como sete certificações de platina pela International Federation of the Phonographic Industry (IFPI), devido as vendas superiores a sete milhões de cópias do projeto no continente europeu.[135] Ray of Light alcançou sucesso similar no resto do mundo, tendo atingido as dez primeiras posições das paradas de outros países como Japão, Israel e Singapura.[136][9] Foi o disco mais vendido da empresa Warner Music na região Ásia-Pacífico durante o ano de 1998.[137]

Tabelas semanais

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