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Raphael Rabello

Raphael Rabello
Informação geral
Nome completo Rafael Baptista Rabello
Nascimento 31 de outubro de 1962
Origem Petrópolis
País Brasil
Gênero(s) Música Instrumental, choro, samba, bossa nova
Instrumento(s) violão, violão de sete cordas
Período em atividade 1974 — 1995

Raphael Baptista Rabello (Petrópolis, 31 de outubro de 1962 — Rio de Janeiro, 27 de abril de 1995) foi um violonista e compositor brasileiro, ligado ao choro e à música popular brasileira. Um virtuoso deste instrumento, ele é considerado um dos maiores violonistas brasileiros de todos os tempos, sobretudo em sua especialidade, o violão de sete cordas.

Ele participou de concertos e gravações com famosos músicos brasileiros, tais como Tom Jobim, Ney Matogrosso, Zé Ramalho, Jaques Morelenbaum e Paulo Moura, João Bosco e também com instrumentistas internacionais, como por exemplo Paco de Lucia.

Biografia

Raphael Rabello nasceu em uma família musical: sua irmã Luciana Rabello se tornou conhecida com o seu cavaquinho, e seu primeiro professor de violão foi um irmão mais velho. Ele também tomou lições de violão com Jayme Florence (o famoso "Meira", que também deu aulas a Baden Powell nos anos 1940). Ele passou a tocar o violão de sete cordas influenciado por Dino 7 Cordas. Ele já tocava profissionalmente em sua adolescência: sua primeira aparição como coadjuvante foi aos 14 anos, em uma gravação de choro feita pelo violonista clássico Turibio Santos.

Apesar da insistência e admiração de Raphael, ele nunca teve aulas com o violonista Dino 7 Cordas, com quem gravou um álbum em 1991. Segundo o violonista Maurício Carrilho, nunca se soube porque Dino não aceitou Raphael como seu aluno. Raphael, por um tempo, dedicou-se somente ao violão de sete cordas, chegando, inclusive, a adotar o nome "Raphael 7 Cordas" (o mesmo nome de seu primeiro álbum). No início dos anos 1980, ele participou como instrumentista em famosas gravações de samba, como por exemplo: "Minha Missão", de João Nogueira.

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Últimos anos

No início dos anos 1990, Rabello descobriu que havia contraído o vírus HIV, causador da AIDS. Na época, houve a suspeita de que isso tivesse acontecido numa transfusão sanguínea dois anos antes, em uma internação após um acidente com um táxi ocorrido em 27 de maio de 1989 no Rio de Janeiro [1]; mas, como relata na sua biografia sobre Rabello[2], o pesquisador Lucas Nobile conversou com familiares do músico e com médicos que eram próximos a ele na ocasião e todos negaram que tivesse havido uma transfusão [3] (os arquivos do hospital Miguel Couto, para onde ele fora levado em seguida ao acidente, foram destruídos[4]). De qualquer forma, nos anos seguintes, em desespero, Rabello passou a consumir cocaína.

Em 1994, Raphael Rabello deixou o Brasil, já com problemas com as drogas, e foi para os Estados Unidos com a perspectiva de expansão de sua carreira profissional. Chegando lá, começou a lecionar em uma universidade de música em Los Angeles. Paralelamente, começou a libertar-se das drogas. Mais tarde, porém, Raphael precisou voltar ao Brasil para breve trabalho aprovado pela Fundação Cultural Banco do Brasil: a realização de um disco resgatando a obra do compositor Capiba.

Já no Rio de Janeiro, como não mais residia na cidade, Raphael acabou se hospedando no Hotel Sheraton, em São Conrado e não na casa da família, como combinado anteriormente.

Em 1995, Raphael pediu para ser internado para tratamento de desintoxicação; no entanto, em 27 de abril, faleceu dormindo no hospital[3], um dia depois de ter sido avaliado pelos médicos como "ótimo"[5].

Legado

Rabello teve dois CDs gravados em sua homenagem e uma escola batizada com seu nome. O último trabalho feito em sua homenagem era aquele que Raphael vinha produzindo antes de sua morte: um tributo a Lourenço da Fonseca Barbosa, conhecido por "Capiba" (1904–1997). Ele foi um dos arranjadores do álbum, sendo também creditado como produtor, violonista e tendo mesmo cantado uma das canções. A lista de cantores convidados é realmente impressionante: Chico Buarque, Paulinho da Viola, Gal Costa, Caetano Veloso, Maria Bethânia, Alceu Valença, João Bosco, e Ney Matogrosso.

Alguns violonistas manifestaram suas opiniões sobre Raphael Rabello:

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Discografia

Referências

  1. «Folha tem acesso a baú com inéditas do violonista Raphael Rabello». Folha de S. Paulo. 8 de outubro de 2012. Consultado em 9 de junho de 2022 
  2. Nobile, Lucas (2018). Raphael Rabello: O violão em erupção. [S.l.]: Editora 34. ISBN 978-85-7326-693-1 
  3. 3,0 3,1 «Biografia revê Raphael Rabello, gênio que revolucionou o violão e o choro». Folha de S. Paulo. 15 de junho de 2018. Consultado em 9 de junho de 2022 
  4. «Biografia de Raphael Rabello narra a trajetória do gênio do violão». Correio Braziliense (em Portuguese). 27 de maio de 2018. Consultado em 9 de junho de 2022 
  5. http://www.samba-choro.com.br/s-c/tribuna/samba-choro.0211/0333.html Samba e Choro)
  6. «Rafael Sete Cordas». Discos do Brasil (em Portuguese). Consultado em 2 de maio de 2010 
  7. «Rafael Rabello». Discos do Brasil (em Portuguese). Consultado em 2 de maio de 2010 
  8. «A flor da pele». Discos do Brasil (em Portuguese). Consultado em 2 de maio de 2010 
  9. «Todo o sentimento». Discos do Brasil (em Portuguese). Consultado em 2 de maio de 2010 
  10. «Raphael Rabello & Dino 7 Cordas». Discos do Brasil (em Portuguese). Consultado em 2 de maio de 2010 
  11. «Dois irmãos». Discos do Brasil (em Portuguese). Consultado em 2 de maio de 2010 
  12. «Todos os tons». Discos do Brasil (em Portuguese). Consultado em 2 de maio de 2010 
  13. «Shades of Rio». Discos do Brasil (em Portuguese). Consultado em 2 de maio de 2010 
  14. «Delicatesse». Discos do Brasil (em Portuguese). Consultado em 2 de maio de 2010 
  15. «Relendo Dilermando Reis». Discos do Brasil (em Portuguese). Consultado em 2 de maio de 2010 
  16. «Em concerto». Discos do Brasil (em Portuguese). Consultado em 2 de maio de 2010 
  17. «Todas as canções». Discos do Brasil (em Portuguese). Consultado em 2 de maio de 2010 
  18. «Mestre Capiba por Raphael Rabello e convidados». Discos do Brasil (em Portuguese). Consultado em 2 de maio de 2010 
  19. «Cry my guitar». Discos do Brasil (em Portuguese). Consultado em 2 de maio de 2010 

Ligações externas

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