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Radamés Gnattali

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Radamés Gnattali
Radamés Gnattali em 1924.
Informação geral
Nome completo Radamés Gnattali
Nascimento 27 de janeiro de 1906[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]
Local de nascimento Porto Alegre, Rio Grande do Sul
 Brasil
Morte 13 de fevereiro de 1988 (82 anos)[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]][1][2][3][4]
Local de morte Rio de Janeiro, Rio de Janeiro
Ocupação(ões) arranjador, compositor, e pianista
Página oficial www.radamesgnattali.com.br

Radamés Gnattali (Porto Alegre, 27 de janeiro de 1906Rio de Janeiro, 13 de fevereiro de 1988) foi um arranjador, compositor e pianista brasileiro.

Biografia

Estudou com Guilherme Fontainha no Conservatório de Porto Alegre e violino com Olga Fossati; na Escola Nacional de Música, com Agnelo França. Terminou o curso de piano em 1924 e fez concertos em várias capitais brasileiras, viajando também como violista do Quarteto Oswald, desde então passou a estudar composição e orquestração.

Em 1939 substituiu Pixinguinha como arranjador da gravadora RCA Victor. Durante trinta anos trabalhou como arranjador na Rádio Nacional. Foi o autor da parte orquestral de gravações célebres como a do cantor Orlando Silva para a música Carinhoso, de Pixinguinha e João de Barro, ou ainda da famosa gravação original de Aquarela do Brasil (Ary Barroso) ou de Copacabana (João de Barro e Alberto Ribeiro) - esta última imortalizada na voz de Dick Farney. Na década de 1950 colaborou com o cineasta Nelson Pereira dos Santos e com o sambista Zé Keti em filmes importantes como Rio Zona Norte (1957) e Rio 40 Graus (1955).

No ano de 1960 embarcou para Europa, apresentando-se num sexteto que incluía Acordeão, Guitarra, Bateria e Contrabaixo.

Foi contemporâneo de compositores como Ernesto Nazareth, Chiquinha Gonzaga, Anacleto de Medeiros e Pixinguinha. Na década de 70, Radamés teve influência na composição de choros, incentivando jovens instrumentistas como Raphael Rabello, Joel Nascimento e Mauricio Carrilho, e para a formação de grupos de choro como o Camerata Carioca. Também compôs obras importantes para o violão, Orquestra, concerto para piano e uma variedade de choros.

Foi parceiro de Tom Jobim. No seu círculo de amizades Tom Jobim, Cartola, Heitor Villa-Lobos, Pixinguinha, Donga, João da Baiana, Francisco Mignone, Lorenzo Fernandez e Camargo Guarnieri. É autor do hino do Estado de Mato Grosso do Sul —a peça foi escolhida em concurso público nacional.

Garoto, Radamés Gnatalli, Chiquinho e Billy Blanco, 1955. Arquivo Nacional.

Em janeiro de 1983, recebeu o Prêmio Shell na categoria de música erudita; na ocasião, foi homenageado com um concerto no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, que contou com a participação da Orquestra Sinfônica do Rio de Janeiro, do Duo Assad e da Camerata Carioca. Em maio do mesmo ano, numa série de eventos em homenagem a Pixinguinha, Radamés e Elizeth Cardoso apresentaram o recital Uma Rosa para Pixinguinha e, em parceria com a Camerata Carioca, gravou o disco Vivaldi e Pixinguinha.

Radamés foi um dos mestres mais requisitados nesse período, demonstrando uma jovialidade que encantou novos chorões como Joel Nascimento, Raphael Rabello e Maurício Carrilho. Nasceu assim uma amizade que gerou muitos encontros e parcerias. Em 1979 surgiu, no cenário da música instrumental, o conjunto de choro Camerata Carioca, tendo Radamés como padrinho.

A sua saúde começou a fraquejar em 1986, quando Radamés sofreu um derrame que o deixou com o lado direito do corpo paralisado. Em 1988, em decorrência de problemas circulatórios, sofreu outro derrame, falecendo no dia 13 de fevereiro de 1988 na cidade do Rio de Janeiro.

Adicionalmente a todo este histórico artístico, Radamés dedicou-se também ao público infantil na sua maturidade profissional. Imortalizou sua arte musical em diversos volumes de história infantil para LP (coleção Disquinho), hoje traduzidas em versão digital disponível em lojas virtuais como o iTunes.

Homenagem a Radamés

Em 1983, no CD Lagoa da Canoa, Município de Arapiraca, de Hermeto Pascoal & Grupo, há uma faixa intitulada "Mestre Radamés".

Em 1992, a Prefeitura de Porto Alegre deu seu nome a uma sala de recitais e ensaios, no interior do Auditório Araújo Vianna.

Em 2007, foi gravado um CD duplo com composições de Gnattali com patrocínio da Petrobras, Retratos de Radamés, com os violonistas Edelton Gloeden e Paulo Porto Alegre.

Discografia

  • A saudade mata a gente/Copacabana-Fim de semana em Paquetá (1948) - Gravadora Continental
  • Barqueiro do São Francisco/Um cantinho e você (1949) - Gravadora Continental
  • Isso é Brasil/Carinhoso (1949) - Gravadora Continental
  • Bate papo/Caminho da saudade (1949) - Gravadora Continental
  • Tico-tico no fubá/Fim de tarde (Com o Quarteto Continental) (1949) - Gravadora Continental
  • Sempre esperei por você/Remexendo (Com o Quarteto Continental) (1949) - Gravadora Continental
  • Onde estás?/Tema (Vero e seu ritmo) (1950) - Gravadora Continental
  • Tocantins/Madrigal (Vero e seu ritmo) (1950) - Gravadora Continental
  • Mambolero/Improviso (1952) - Gravadora Continental
  • Fantasia brasileira/Rapsódia brasileira (Com sua orquestra) (1953) - Gravadora Continental
  • Radamés Gnattali: Três Concertos e uma Brasiliana, Orquestra Sinfônica Nacional, Radamés Gnattali: piano. Iberê Gomes Grosso: Violoncelo, Chiquinho do Acordeon: Acordeão (1968)
  • Tributo a Garoto (com Raphael Rabello) (1982)

Principais composições

  • Brasilianas nº 1,2,3,6,9 e 10 (1944-1962)
  • Concertos para piano e orquestra nº 1,2 e 3 (1963)
  • Concerto para Violoncelo e orquestra (1941)
  • Concerto para viola e orquestra de cordas (1967)
  • Concerto para harmônica de boca (1960)
  • Hino do estado do Mato Grosso do Sul, escolhido num concurso público.
  • 10 Estudos para Violão

Filmografia

Radamés Gnatalli foi responsável pela música de vários filmes do cinema brasileiro.

  • 1952 - Sai da Frente
  • 1952 - Nadando em Dinheiro
  • 1955 - Rio 40 Graus
  • 1957 - Rio Zona Norte

Ver também

Referências

Bibliografia

  • BARBOSA, Valdinha; DEVOS, Ana Maria. Radamés Gnattali, o eterno experimentador. Rio de Janeiro: FUNARTE, 1985.
  • DIDIER, Aluísio. Radamés Gnattali. Rio de Janeiro: Brasiliana, 1996.
  • ZORZAL, Ricieri Carlini. Dez Estudos para Violão de Radamés Gnattali: estilos musicais e propostas técnico-interpretativas. São Luís: EDUFMA, 2009 [1]

Ligações externas

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