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RTP3

RTP3
Tipo Rede de televisão pública
País Portugal Portugal
Fundação 31 de maio de 2004
por RTP
Pertence a Rádio e Televisão de Portugal
Presidente Nicolau Santos
Slogan Informação de confiança.
Formato de vídeo 16:9
576i (SDTV)
1080i (HDTV)
Canais irmãos RTP1
RTP2
RTP Memória
RTP Açores
RTP Madeira
RTP África
RTP Internacional
RTP1 HD
Cobertura Portugal Portugal
Cabo Verde Cabo Verde
Nome(s) anterior(es) NTV (2001-2004)
RTPN (2004-2011)
RTP Informação (2011-2015)
Página oficial http://rtp.pt/rtp3
Disponibilidade aberta e gratuita
6
Disponibilidade por satélite
6
6
Disponibilidade por cabo
6
6
6
6

A RTP3 é o canal televisivo da RTP – Rádio e Televisão de Portugal dedicado exclusivamente à informação e conteúdos relacionados. Foi o primeiro canal de televisão temático do grupo de média público, tendo iniciado as suas emissões a 31 de maio de 2004, com o nome "RTPN." Em 2011, o canal passou a designar-se "RTP Informação". Possui a atual designação desde 5 de outubro de 2015. O embrião da RTP3 foi a NTV, um canal nacional disponível em plataformas pagas e criado a 15 de outubro de 2001.

A RTP3 é um canal de informação dirigido à totalidade do território português (a Portugal Continental, ao arquipélago da Madeira e ao arquipélago dos Açores). No seu perfil, a RTP3 assume que os seus programas pretendem ser baseados "na descoberta e no conhecimento", sendo um canal dedicado a "um público mais exigente". A RTP3 tem emissão exclusiva (ou seja, não partilhada em simultâneo com mais nenhum canal, neste caso a RTP1) entre as 10h e as 6h e dedica, à semelhança dos concorrentes (SIC Notícias, CNN Portugal e CMTV), boa parte dessa emissão a diretos a partir de locais onde "a notícia acontece", entre as 10h e as 21h, no mínimo.

Desde o início das suas emissões até 30 de novembro de 2016, o canal apenas esteve disponível em plataformas pagas de cabo e satélite. A partir de 1 de dezembro de 2016, a RTP3 passou a estar disponível também em sinal aberto, na TDT. É o único canal noticioso presente na TDT.

Para além de Portugal, a RTP3 é disponibilizada em Espanha, em França, na Alemanha, nos Países Baixos, no Luxemburgo e na Suíça, assim como na rede de televisão digital terrestre de Cabo Verde.[1][2]

História

2001 - 2004: NTV

A NTV (pertencente à Porto TV, Informação e Multimédia S.A.) foi o segundo canal português com foco regional da televisão por cabo, tendo sido vocacionado para a região norte do país e sendo produzido a partir do Porto. Foi criada a partir de uma joint-venture entre a PT Multimédia, a Lusomundo e a Radiotelevisão Portuguesa. As suas emissões iniciaram-se a 15 de outubro de 2001, assumindo-se como um canal de informação nas suas mais diferentes áreas. A NTV transmitia para todo o território português através da plataforma TVCabo, a única operadora de televisão por assinatura que cobria todo o país na altura Ao longo do tempo, a RTP assumiu um papel cada vez mais preponderante na NTV.

2004 - 2011: RTPN

Depois da compra da NTV pela RTP, em 2002, nasce a 31 de maio de 2004 o primeiro canal temático da RTP. A RTPN estreou programação própria de 24 horas por dia a 29 de setembro de 2008. Até então, a RTPN transmitia a emissão da Euronews durante a madrugada e manhã. A partir de meados de 2009, a RTPN passou a estar disponível fora de Portugal, através de operadores de TV paga de Angola e Moçambique.

2011 - 2015: RTP Informação

A partir de 19 de setembro de 2011, a RTPN foi relançada como RTP Informação. Segundo o então Diretor de Informação da RTP, Nuno Santos, em entrevista em maio do mesmo ano, os planos da estação pública eram que o canal noticioso da Rádio e Televisão de Portugal se tornasse na marca de informação mais forte em Portugal na televisão por cabo "até ao final de 2012" (o que não veio a verificar-se, ficando o canal sempre atrás da SIC Notícias).[3]

2016 - presente: RTP3 e entrada na TDT

A 10 de julho de 2015, o diretor de informação da RTP, Paulo Dentinho, anunciou que o canal informativo da estação pública iria mudar de nome.[4] A 15 de setembro de 2015, foi confirmado por Daniel Deusdado, diretor de programas da RTP, que a RTP3 arrancaria a 5 de outubro de 2015, estreando uma nova identidade e imagem,[5] o que veio a confirmar-se.

A 23 de junho de 2016, o governo português aprovou o alargamento da TDT para 4 novos canais. Até à data de janeiro de 2022, apenas dois desses 4 espaços de emissão foram alargados, sendo ambos ocupados por canais da RTP, a RTP3 e a RTP Memória, que à meia-noite do dia 1 de dezembro de 2016 passaram, tal como previsto, a emitir na 6ª e 7ª posição da TDT, respetivamente.[6] Foi acordado que a RTP3 e a RTP Memória, ao entrarem na TDT, não poderiam ter publicidade. Desse modo não prejudicariam comercialmente os canais privados (SIC e TVI). Embora nas plataformas de TV paga os dois canais temáticos da RTP continuem com publicidade, na TDT os espaços publicitários são substituídos por divulgação cultural.

A RTP3 HD surge a 8 de junho de 2021 na Vodafone, a 15 junho na MEO e a 8 de julho de 2021 na NOS.

Pelo menos entre o fim da década de 2010 e o início da de 2020, a RTP3 era o único canal disponível na RTP Play - a plataforma de TV e rádio online da RTP -, de entre os nove canais de TV permanentes lá presentes -, que, na sua versão browser, permitia que o espectador recuasse na sua emissão (mais precisamente até uma hora e meia antes da emissão em direto). Em janeiro de 2022, isso deixou de acontecer, não podendo o telespectador agora recuar na emissão do canal através de um browser, sendo que na aplicação da RTP Play o recuo apenas chega a cerca de um minuto. Contudo, na versão browser da RTP Play continua a ser possível pausar a emissão da RTP3 e retomá-la na posição em que ficou.

O canal de informação da RTP festejou 20 anos a 15 de outubro de 2021, com diretos e reportagens. Esta celebração teve em conta o início de emissões da NTV, em 15 de outubro de 2001, uma vez que a RTPN - ou seja o canal com a "identidade RTP" e totalmente detida pelo empresa pública de difusão audiovisual - apenas surgiu em maio de 2004. A propósito desse aniversário, foi anunciada um nova imagem para os noticiários diários do canal - assim como para os noticiários da RTP1 - em cooperação entre a RTP e a Itsanashow Creative Studio. Essa imagem teve a sua estreia a 25 de outubro de 2021.

A informação sobre assuntos nacionais e internacionais ocupa a maior parte do espaço da grelha, com um forte foco nos diretos entre o início do dia e o horário nobre (tal como os concorrentes SIC Notícias, CNN Portugal e CMTV). Esta matriz de programação acontece sobretudo de segunda a sexta-feira. A RTP3 possui também um programa de informação regional (Eixo Norte Sul) - emitido à tarde - e espaços de informação sobre o continente africano. Também reemite os telejornais regionais da RTP Açores e RTP Madeira, de madrugada. Para além dos espaços noticiosos, a RTP3 transmite magazines, debates informativos sobre questões da atualidade, programas culturais e documentários, nomeadamente às 13h e 20h (horas de transmissão, na RTP1, do Jornal da Tarde e do Telejornal, respetivamente). Desde 2019 que a RTP3 também transmite o programa Amanpour, da CNN. O programa Fareed Zakaria GPS, também da CNN, foi igualmente transmitido pelo canal informativo da RTP, entre 2019 e 2021, sendo que o programa de Fareed Zakaria foi transmitido pela última vez pela RTP3 na última semana antes do início de emissões da CNN Portugal, que não inclui o referido programa na sua grelha. Last Week Tonight with John Oliver também foi transmitido na RTP3, no final da década de 2010.

Audiências

Apesar de ser o único canal de cunho informativo que emite em sinal aberto para o território português, a RTP3 é menos vista que os seus dois concorrentes diretos, a SIC Notícias e a CNN Portugal. Se juntarmos a esta equação a CMTV, um canal generalista - disponível também apenas em operadoras de TV pagas - que preenche a maior parte da sua emissão com programas noticiosos de teor sensacionalista, a RTP3 continua a ser o canal menos assistido (até porque a CMTV é, por larga margem, o canal mais visto dos quatro). Já vários anos antes da substituição da TVI24 pela CNN Portugal, a RTP3 era o canal menos visto entre os canais noticiosos da RTP, da SIC e da TVI. Antes do surgimento da TVI24 (2009) e da CMTV (2013), o único concorrente do canal noticioso da RTP (então RTPN) ficou sempre atrás da SIC Notícias em termos de audiência e rating. De ressalvar que esses mesmos números dizem respeito às emissões lineares dos referidos canais, em direto ou em VOSDAL, assistidas através televisores, não incluindo, portanto, a emissão da RTP3 através da RTP Play nem os conteúdos on demand disponíveis naquela plataforma web da RTP que tenham sido emitidos originalmente tanto pela RTP3. O mesmo se aplica aos conteúdos disponibilizados na web pela SIC Notícias, CNN Portugal e CMTV - quer em formato de acesso livre como de acesso pago -, por exemplo.

Críticas

Em janeiro de 2022, num boletim da Comissão de Trabalhadores da RTP, no qual aquela entidade considerou que a influência da Federação Portuguesa de Futebol na RTP era "excessiva", a comissão de trabalhadores da empresa pública de audiovisuais citou a RTP3, afirmando o seguinte, mencionando as habituais interrupções de documentários estrangeiros - e outro tipo de programas estrangeiros, como o de Christiane Amanpour - e programas culturais nacionais que passam no canal enquanto são emitidos o Jornal da Tarde e o Telejornal na RTP1, no horário 13h00-13:59 e 20h00-20h59, respetivamente ,- assim como a exagerada atenção dada ao canal a diretos relacionados com o mundo do futebol: «Se uma reportagem sobre o Estado Islâmico na RTP 3 (sic) é interrompida e durante mais de duas horas a emissão fica tomada pela saída do treinador do Benfica, sem explicações ao público que seguia a reportagem; se essa grosseria atrai a crítica do escritor Valter Hugo Mãe e certamente de mais espetadores, voltamos a engolir em seco».[7]

Será importante referir que os programas gravados emitidos nesses horários são frequentemente interrompidos quando há algum acontecimento em direto cuja emissão se justifique, segundo os critérios da RTP3, como declarações agendadas do Presidente da República. Tais interrupções tornaram-se muitíssimo mais frequentes durante a pandemia de COVID-19 em Portugal (particularmente durante o primeiro ano da mesma), quando a RTP3 transmitia as conferências de imprensa - diárias ou não - da Direção-geral da Saúde (DGS) sobre os números e o estado geral da pandemia no país. No entanto, mesmo quando as conferências eram diárias, o canal público noticioso colocava na grelha da sua programação os tais documentários e programas estrangeiros, mas acabava por emitir as conferências da DGS, enganando os telespetadores, desprovendo os mesmos de uma alternativa televisiva - nomeadamente aqueles que não têm acesso a plataformas pagas de televisão ou acesso à internet - e aproximando o canal da programação e da natureza dos canais concorrentes (SIC Notícias e TVI24).

Direção RTP3

  • Diretor de Informação: António José Teixeira
  • Diretores-Adjuntos de Informação: Adília Godinho, Joana Garcia, Hugo Gilberto
  • Subdiretores de Informação: Luísa Bastos, Paulo Cardoso

Evolução do logótipo

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Referências

  1. Pereira, João (9 de julho de 2017). «RTP3 chega a França em pacote lusófono». A Televisão. Consultado em 9 de julho de 2017 
  2. «Cabo Verde: RTP3 vai ser transmitida na Televisão Digital Terrestre». Jornal Económico. 13 de julho de 2018. Consultado em 11 de setembro de 2020 
  3. RTPN muda de nome e imagem
  4. «Adeus RTP Informação. Olá RTP3». Consultado em 10 de julho de 2015. Arquivado do original em 14 de julho de 2015 
  5. «RTP Informação acaba em outubro. Vem aí a RTP3» 
  6. «RTP 3 e RTP Memória na TDT». RTP. 1 de dezembro de 2016. Consultado em 13 de dezembro de 2016 
  7. Soares Ferreira, Daniela (15 de janeiro de 2022). «RTP. Comissão de Trabalhadores critica 'influência' da FPF». Sol. Consultado em 16 de janeiro de 2022 

Ligações externas

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