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Rígel

Predefinição:Céu

Rígel
Comparação de tamanho entre Rígel e o Sol.
Dados observacionais (J2000.0)
Constelação Orion
Asc. reta 05h 14m 32,3s[1]
Declinação -08° 12′ 05,9″[1]
Magnitude aparente 0,12[1]
Características
Tipo espectral B8Iab[1]
Cor (U-B) -0,65[2]
Cor (B-V) -0,03[2]
Variabilidade Levemente irregular
Astrometria
Velocidade radial 20,7 km/s[1]
Mov. próprio (AR) 1,87 mas/a[1]
Mov. próprio (DEC) −0,56 mas/a[1]
Paralaxe 4,22 ± 0,81[1]
Distância 772,89 anos-luz
236,97[2] pc
Magnitude absoluta -6,7
Detalhes
Massa 18[3] M
Raio 78,9 ± 7,4[4] R
Luminosidade 85 000[3] L
Temperatura 11 500[3] K
Outras denominações
Rigel, Algebar, Elgebar, β Orionis, 19 Orionis, HD 34085, HR 1713, HIP 24436, SAO 131907, TD1 4253.[1]
Rígel
Orion constellation map.png

Rígel (Rigel, β Ori, β Orionis, Beta Orionis) é a estrela mais brilhante da constelação de Orion, e a sétima mais brilhante do céu,[3] com magnitude aparente 0,12. Apesar de ter a designação de Bayer "beta", ela quase sempre é mais brilhante que Betelgeuse (Alpha Orionis).

Etimologia

O nome de Rígel vem da sua posição no "pé esquerdo" de Orionte. Ele é uma contracção de Riǧl Ǧawza al-Yusra, árabe para "pé esquerdo de algo central". Outro nome árabe é رجل الجبار riǧl al-ǧabbār, "o pé de algo maior", que também é a origem do outro nome Algebar. Rígel também é chamada de Algebar ou Elgebar, porém esses nomes raramente são usados.

Rígel é conhecida como 参宿七 (Shēnxiù Qī, "a sétima das três estrelas") em chinês. O nome se deve ao fato que o asterismo das três estrelas era originalmente composto por apenas três estrelas, todas elas do cinturão de Orion. Mais tarde, outras quatro estrelas foram adicionadas a esse asterismo, mas o nome continuou igual.

No Japão, Rígel era chamada de Genji-boshi (源氏星) (devido ao Clã Genji),[5][6] "a estrela do Clã Genji" ou Gin-waki, (銀脇).

Características físicas

Rígel está além do alcance atual de medidas precisas de paralaxe. Estudos espectroscópicos estimam uma distância entre 700 e 900 anos-luz (210 a 280 parsecs), enquanto o "melhor palpite" da sonda Hipparcos é 773 anos-luz (237 parsecs), com uma margem de erro de 19%. Rígel é uma supergigante azul de 18 massas solares, e tem cerca de 85 000 vezes a luminosidade solar.[3] Rígel é a estrela mais luminosa na região do Sol na Via Láctea, e é tão luminosa que se fosse vista a uma distância de uma UA, ela teria um diâmetro angular de 35° e a sua magnitude aparente seria -38.

Como Rígel é uma estrela luminosa e está em uma região de nebulosidade, ilumina várias nuvens de poeira na sua proximidade, a mais notável sendo IC 2118.[7] Rígel também está associado com a Nebulosa de Orionte, que está duas vezes mais distante da Terra. Apesar da distância, projetando o caminho de Rígel pelo espaço pela sua idade estimada, a estrela é levada para perto da nebulosa. Como resultado, às vezes Rígel é classificado como um membro distante da associação Orion OB1, assim como algumas outras estrelas daquela região do espaço.[7]

Rígel é uma estrela variável irregular, algo comum entre supergigantes. Rígel varia a sua magnitude aparente em até 0,3, em cerca de 22 a 25 dias. Sabe-se que o sistema de Rígel é composto por três estrelas. Às vezes uma quarta estrela é proposta, mas é considerada uma interpretação errada da variabilidade da estrela principal, que pode ser causada por pulsações na superfície.[8]

Sistema

Rigel foi considerada uma estrela binária visual desde 1831, quando foi medida por Friedrich Georg Wilhelm Struve. Embora Rígel B não seja muito fraca, tendo magnitude aparente 6,7, a sua proximidade com Rígel A, que é 500 vezes mais brilhante, faz dela um alvo difícil para telescópios menores que 150 mm.[8] Na distância estimada de Rigel, Rigel B é separada da estrela primária por 2 200 UA, o que não é estranho, já que não há sinais de movimento orbital entre as estrelas, embora elas compartilhem o mesmo movimento próprio.[7][8]

Rígel B é em si um sistema de binárias espectroscópicas, consistindo de duas estrelas da sequência principal que orbitam seu centro de massa comum a cada 9,8 dias. O tipo espectral das duas estrelas é B9V. Com 2,5 massas solares, Rígel B é mais massivo que a outra estrela, que tem 1,9 massas solares.[7][8]

Houve uma grande controvérsia entre os séculos XIX e XX sobre a visibilidade da companheira de Rígel B. Alguns observadores afirmaram ter visto ela, porém outros não. Observações recentes já descartaram a possibilidade de uma companheira visível de Rígel B.[7][8]

Referências

  1. 1,0 1,1 1,2 1,3 1,4 1,5 1,6 1,7 1,8 «SIMBAD query result». SIMBAD. Consultado em 15 de agosto de 2010 
  2. 2,0 2,1 2,2 «Overview». NDtED. Consultado em 15 de agosto de 2010 
  3. 3,0 3,1 3,2 3,3 3,4 Jim Kaler. «Rigel». Consultado em 15 de agosto de 2010 
  4. Moravveji, Ehsan; Guinan, Edward F.; Shultz, Matt; Williamson, Michael H.; Moya, Andres (2012). «Asteroseismology of the nearby SN-II Progenitor: Rigel. Part I. The MOST High-precision Photometry and Radial Velocity Monitoring». The Astrophysical Journal. 747 (1): 108–115. Bibcode:2012ApJ...747..108M. arXiv:1201.0843Acessível livremente. doi:10.1088/0004-637X/747/2/108 
  5. "Daijirin" p.815 ISBN:4385139024
  6. Hōei Nojiri "Shin seiza jyunrei" p.19 ISBN: 9784122041288
  7. 7,0 7,1 7,2 7,3 7,4 Jedicke, Peter; Levy, David H. (1992). «Regal Rigel». The New Cosmos. Waukesha: Kalmbach Books. pp. 48–53 
  8. 8,0 8,1 8,2 8,3 8,4 Burnham, Robert, Jr. (1978). Burnham's Celestial Handbook. New York: Dover Publications. 1300 páginas 

Predefinição:Estrelas de Órion

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