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Freguesia | ||||
Símbolos | ||||
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Gentílico | Perrense | |||
Localização | ||||
Localização no município de Viana do Castelo | ||||
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Coordenadas | ||||
Região | Predefinição:Info/Freguesia de Portugal/Região | |||
Município | Predefinição:Info/Freguesia de Portugal/Concelho | |||
Administração | ||||
Tipo | Junta de freguesia | |||
Presidente | Vasco Augusto Lima Morais Cerdeira (G.C.E.) | |||
Características geográficas | ||||
Área total | 13,00 km² | |||
População total (2011) | 2 956 hab. | |||
Densidade | 227,4 hab./km² | |||
Código postal | 4925 | |||
Outras informações | ||||
Orago | Arcanjo São Miguel | |||
Sítio | http://www.jf-perre.com |
Perre é uma freguesia portuguesa do município de Viana do Castelo, com 13,00 km² de área e 2 956 habitantes (I.N.E. 2011)[1] e uma densidade populacional de 227,4 hab/km². A freguesia de Perre alonga-se por cerca de 1300 ha, numa faixa comprida pelo interior da metade setentrional do concelho de Viana do Castelo. Está situada na margem direita do rio Lima, a cerca de 5Km da Cidade de Viana do Castelo, confronta com Outeiro a norte, a nascente com Nogueira e Santa Marta de Portuzelo, a sul com Santa Marta de Portuzelo e Meadela e a poente com Meadela e Areosa, todas estas freguesias, também, pertencentes ao concelho de Viana do Castelo.
População
População da freguesia de Perre [2] | ||||||||||||||
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1864 | 1878 | 1890 | 1900 | 1911 | 1920 | 1930 | 1940 | 1950 | 1960 | 1970 | 1981 | 1991 | 2001 | 2011 |
1 293 | 1 398 | 1 668 | 1 843 | 2 043 | 2 080 | 2 082 | 2 276 | 2 580 | 2 916 | 2 810 | 3 003 | 3 095 | 3 007 | 2 956 |
Distribuição da População por Grupos Etários | |||||||||
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Ano | 0-14 Anos | 15-24 Anos | 25-64 Anos | > 65 Anos | 0-14 Anos | 15-24 Anos | 25-64 Anos | > 65 Anos | |
2001 | 451 | 459 | 1615 | 482 | 15,0% | 15,3% | 53,7% | 16,0% | |
2011 | 348 | 327 | 1687 | 594 | 11,8% | 11,1% | 57,1% | 20,1% |
História
No centro da área da freguesia, há um suave relevo que acentua a forma de vale em seu redor e que são as terras baixas e férteis das encostas das serras de Perre, Santa Luzia, Amonde e Agra. Muitos destes cumes foram povoados por povos castrejos e de certa forma isso traduz um razoável índice de povoamento demográfico.
No livro "Inventário Colectivo dos Registros Paroquiais", encontramos a seguinte descrição referente a esta freguesia: «Em 1258, na lista das igrejas situadas no território ao norte do rio Lima, elaborada por ocasião das Inquirições de D. Afonso III, Perre aparece como uma das igrejas subordinadas ao bispado de Tui. No catálogo das mesmas igrejas de 1320, mandado elaborar, para pagamento de taxa, São Miguel de Perre foi taxada em 50 libras. Pertencia, ao tempo, à Terra de Vinha. Em 1444, D. João I conseguiu do papa que aquele território de entre Lima e Minho fosse desmembrado do bispado de Tui passando a pertencer ao de Ceuta, onde se manteve até 1312.
Nesse ano, no tempo do arcebispo de Braga D. Diogo de Sousa, S. Miguel de Perre foi anexada a esta diocese de Braga, por troca com o bispo de Ceuta pela comarca eclesiástica de Olivença. Esta permuta foi aprovada, em 1513, pelo papa Leão X. Em 1546, no registo da avaliação dos benefícios eclesiásticos incorporados na diocese de Braga, São Miguel de Perre foi avaliada em 50 mil réis. Na cópia de 1580 do Censual de D. Frei Baltasar Limpo, sobre a situação canónica daqueles benefícios eclesiásticos, diz-se que São Miguel de Perre era da apresentação do mosteiro de São Salvador da Torre pela terça parte, sendo pelas restantes duas terças da apresentação dos descendentes de João Velho e de sua mulher Leonor Gomes. Segundo Américo Costa, São Miguel de Perre foi, mais tarde, abadia da apresentação da Mitra.»
Perre tem hoje quase 3 000 habitantes. Em 1991, pouco passariam de 3 000. Perre tem um significado de grande relevo na história do traje à lavradeira”. Os seus fatos eram tecidos e confeccionados pelas raparigas. Ainda hoje vivem senhoras, de avançada idade que se dedicam a esta actividade. Também na área do artesanato assumem importância de relevo os bordados e a tecelagem no linho. Em Perre, efectivamente a cultura da planta do linho faz com que se mantenham estas tradições seculares dos bordados e tecelagens.
Turismo
No património edificado, para além da importante Igreja Paroquial e das Capelas de: N. Senhora das Dores, N. Senhora do Olival, S. Francisco, N. Senhora da Conceição, têm-se duas belas pontes românicas, castros e moinhos.
Existem boas potencialidades turísticas, quer ao nível das paisagens, por exemplo, das que se observam do alto do Monte do Calvário, as belezas junto ao rio Moçambique, o artesanato, a gastronomia, com realce para os Rojões à Moda de Perre.
Museus
O centro interpretativo do Castro do Vieito abriu ao público no dia 16 de Setembro de 2017. Foi instalado na antiga escola primária de Perre, cerca de três quilómetros de distância do sítio arqueológico, como foi prometido à população da freguesia de Perre em 2005. É constituído por duas salas onde se podem ver conteúdos relativos ao Castro e a sua história, os habitantes, o quotidiano doméstico, o trabalho da pedra, a decoração da cerâmica castreja e o trabalho dos metais[3]. Porém, esse projecto museológico não contempla a reconstituição da área do castro, desmontada durante os trabalhos arqueológicos de 2004/2005, conforme acordado no protocolo assinado pelas Estradas de Portugal, o Ex-IGESPAR e a Câmara Municipal de Viana do Castelo [4].
Ligações externas
Referências
- ↑ «População residente, segundo a dimensão dos lugares, população isolada, embarcada, corpo diplomático e sexo, por idade (ano a ano)» (em português). Informação no separador "Q601_Norte". Instituto Nacional de Estatística. Consultado em 5 de Março de 2014
- ↑ Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
- ↑ Câmara Municipal de Viana do Castelo. «/inaugurado centro de interpretacao do Castro do Vieito em Perre)»
- ↑ "De qualquer modo, a obra não importava inexoravelmente a destruição do sítio arqueológico: nos termos de um protocolo firmado entre o ex-IGESPAR, o município de Viana do Castelo e a Estradas de Portugal S.A., foi acordada a criação do Núcleo Museológico e Centro de Interpretação do Castro do Vieito, prevendo-se a reconstrução de algumas estruturas arquitetónicas do povoado, a musealização do espólio exumado e a sua divulgação por meios audiovisuais", in O Provedor de Justiça: Património e direitos culturais, 2013, p. 86 . [1][ligação inativa]