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Paulo Gracindo

Paulo Gracindo
Paulo Gracindo em 1972.
Nome completo Pelópidas Guimarães Brandão Gracindo
Nascimento 16 de julho de 1911[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]
Rio de Janeiro, DF
Morte 4 de setembro de 1995 (84 anos)[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]
Rio de Janeiro, RJ
Nacionalidade brasileiro
Progenitores Mãe: Argentina Guimarães
Pai: Demócrito Gracindo
Parentesco Gabriel Gracindo (neto)
Daniela Duarte (neta)
Cônjuge Beth Castro (1976-1984)
Dulce Xavier de Araújo (1985-1995)
Filho(a)(s) Gracindo Jr.
Ocupação ator, radialista e apresentador de televisão
Período de atividade 1937-1993
Principais trabalhos Tucão em Bandeira 2
João Maciel em O Casarão
Primo Rico em Balança mas Não Cai
Odorico Paraguaçu em O Bem Amado
Padre Hipólito em Roque Santeiro

Pelópidas Guimarães Brandão Gracindo, mais conhecido como Paulo Gracindo, (Rio de Janeiro, 16 de julho de 1911 — Rio de Janeiro, 4 de setembro de 1995) foi um ator, radialista e apresentador de televisão brasileiro.[1]

Biografia

Da direita para a esquerda, Paulo Gracindo, não identificado, Daisy Lúcidi (de costas) e Renata Sorrah durante ensaios entre as gravações da terceira fase da telenovela O Casarão, 1976.

Paulo Gracindo se considerava alagoano, pois foi viver em Maceió ainda bebê. Sonhava ser ator, o pai era um obstáculo, e lhe dizia: No dia em que você subir a um palco, saio da plateia e te arranco de lá pela gola. Paulo Gracindo respeitou a proibição até a morte do pai. Aos vinte anos, mudou-se para o Rio, dormiu na rua e passou fome. Investiu num namoro com a filha de um português para entrar no grupo de teatro de maior prestígio da época, o Teatro Ginástico Português. Batizado Pelópidas Guimarães Brandão Gracindo, no palco mudou o nome: "Uns me chamavam de Petrópolis, outros de Pelopes. A empregada me chamava de Envelope". Num dos primeiros trabalhos, a personagem de Gracindo ficava dois minutos no palco, o que levou um crítico a fazer o seguinte comentário: De onde veio esse rapaz que não faz nada e aparece tanto? Participou das maiores companhias teatrais dos anos 30 e 40.

"O Primo Pobre (Brandão Filho) e o Primo Rico (Paulo Gracindo)"

Fez sucesso na Rádio Nacional, apresentando o Programa Paulo Gracindo. Com a radionovela O Direito de Nascer, encantou no papel de Alberto Limonta; e no programa de rádio Balança mas Não Cai interpretou, com Brandão Filho, o quadro do Primo Pobre e Primo Rico.

Na televisão fez personagens inesquecíveis, como o Tucão da telenovela Bandeira 2 (1971), o Coronel Ramiro Bastos em Gabriela (1975), o João Maciel de O Casarão (1976), o padre Hipólito de Roque Santeiro (1985) e o Primo Rico, no humorístico Balança mas Não Cai. Mas, o mais marcante foi o prefeito Odorico Paraguaçu, de O Bem Amado de Dias Gomes (1973; 1980-1984). Em 1990, atuou em Rainha da Sucata como o Betinho (Alberto Figueiroa), nas quais tinha um bordão que ficou muito conhecido, o famoso "coisas de Laurinha!".[2]

Fez poucos filmes, mas foi um dos atores preferidos da geração do Cinema Novo. Fez um papel em Terra em Transe, de Glauber Rocha. Achava a sétima arte complicada demais: É coisa de chinês, dizia. Seu último papel na televisão foi na minissérie Agosto, no papel do maestro Emílio.[3][4]

Morte

Morreu aos 84 anos, de câncer de próstata. Encontra-se sepultado no Cemitério de São João Batista, no Rio de Janeiro. É pai do também ator Gracindo Júnior, e avô dos atores Gabriel Gracindo, Pedro Gracindo e Daniela Duarte.[5]

Carreira

Na televisão

Ano Título Papel
1963 A Morta Sem Espelho
1967 A Rainha Louca Conde Demétrius
1968 A Gata de Vison Pat O'Hara[6]
1968–82 Balança Mas Não Cai Primo Rico
1970 A Próxima Atração Borges
1971 Bandeira 2 Artur do Amor Divino (Tucão)
O Cafona Fred da Silva Barros
1973 O Bem-Amado Odorico Paraguaçu
Os Ossos do Barão Antenor Camargo Parente de Rendon Pompeo e Taques
1975 Gabriela Coronel Ramiro Bastos
1976 O Casarão João Maciel
1978 Sinal de Alerta Tião Borges
1979 Pai Herói Dr. Caio
1980–84 O Bem-Amado Odorico Paraguaçu
1984 Caso Verdade, Esperança João Alfaiate
1985 Roque Santeiro Padre Hipólito
1986 Hipertensão Candinho
1987 Mandala Perácio Silveira (Vô Pepê)
Expresso Brasil Odorico Paraguaçu / Tucão / Padre Hipólito
1990 Rainha da Sucata Alberto Figueroa (Betinho)
1991 Vamp Arlindo Cachorrão
1992 Deus nos Acuda Anjo americano
1993 Mulheres de Areia Padre
Agosto Emílio

No cinema

Ano Título Personagem
1937 João Ninguém
1938 Tererê Não Resolve Homem no Baile
1939 Anastácio Azevedo
Está Tudo Aí Batista
Onde Estás Felicidade? André
1941 24 Horas de Sonho Diretor da Rádio
O Dia É Nosso Campos
1950 Estrela da Manhã
1953 Balança, mas não Cai Primo Rico[7]
1957 De Pernas pro Ar
1962 Copacabana Palace
1965 A Falecida João Guimarães Pimentel
1967 Tarzan and the Great River Professor
Terra em Transe Don Julio Fuentes
Cara a Cara Hugo Castro
Na Mira do Assassinato Promotor
1968 Antes, o Verão Padrasto
Copacabana Me Engana Alfeu
1969 O Bravo Guerreiro Péricles
1970 Salário Mínimo Roberto [8]
1975 Blablablá Ditador
1978 A Morte e a Morte de Quincas Berro D'Água Quincas Berro D'Água
Tudo Bem Juarez Ramos Barata
1979 Amor Bandido Galvão
1986 Trancado por Dentro Bóris
1987 Exu-Pia, Coração de Macunaíma

Prêmios e indicações

Troféu Imprensa

Ano Categoria Indicação Resultado
1973 Melhor Ator Paulo Gracindo (Bandeira 2) Predefinição:Nom
1974 Melhor Ator Paulo Gracindo (O Bem-Amado) Predefinição:Won
1975 Melhor Ator Paulo Gracindo (Os Ossos do Barão) Predefinição:Nom
1976 Melhor Ator Paulo Gracindo (Gabriela) Predefinição:Won
1977 Melhor Ator Paulo Gracindo (O Casarão) Predefinição:Won

Prêmio APCA

Ano Categoria Indicação Resultado
1973 Melhor Ator de Televisão Paulo Gracindo (Bandeira 2) Predefinição:Won

Referências

  1. AdoroCinema. «Paulo Gracindo». AdoroCinema (em português). Consultado em 9 de julho de 2021 
  2. «Nilson Xavier - Há 25 anos, Rainha da Sucata enfrentou Plano Collor e sucesso de Pantanal». tvefamosos.uol.com.br (em português). Consultado em 9 de julho de 2021 
  3. «Perfil Completo – Paulo Gracindo – Memória» (em português). Consultado em 9 de julho de 2021 
  4. «História Hoje: Há 20 anos o cenário artístico brasileiro perdia Paulo Gracindo». Agência Brasil (em português). 4 de setembro de 2015. Consultado em 9 de julho de 2021 
  5. «Folha de S.Paulo - Morre aos 84 o ator Paulo Gracindo - 5/9/1995». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 9 de julho de 2021 
  6. «A Gata de Vison». Teledramaturgia. Consultado em 3 de abril de 2017 
  7. «Balança, mas não Cai». Cinemateca Brasileira. Consultado em 3 de abril de 2017 
  8. «Salário Mínimo». Cinemateca Brasileira. Consultado em 19 de agosto de 2022 

Ligações externas


Predefinição:O Bem-Amado Predefinição:APCA de melhor ator Predefinição:Ordem do Mérito Cultural

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