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Palácio Episcopal de Astorga

Predefinição:Info/Edifício O Palácio Episcopal de Astorga é um edifício projetado pelo arquiteto espanhol Antoni Gaudí, em estilo modernista e historicista neogótico. Está situado na cidade de Astorga, a uma distância relativamente curta de Leão, onde se encontra outra das raras obra de Gaudí fora da Catalunha, a Casa Botines. A construção foi executada entre 1889 e 1913.

No palácio, que nunca chegou a funcionar como residência do bispo, funciona desde 1963 o Museu dos Caminhos (de Santiago).[1] Desde 2015 que o palácio é um elemento associado do sítio do Património Mundial da UNESCO "Caminhos de Santiago: Caminho francês e caminhos do norte de Espanha".[2][3]

Descrição

O palácio foi construído em granito cinzento proveniente da região vizinha de Predefinição:Lknb e segue os cânones historicistas da arquitetura de finais do século XIX e princípio do século XX, neste caso em estilo neogótico.[4] A planta é em cruz grega, sobreposta por uma planta quadrada e quatro fachadas, rodeadas por um fosso e com uma torre em cada uma das suas esquinas.[5] Nas torres encontra-se o escudo do bispo Predefinição:Ilc, com a legenda Pax Christi em cordibus e a letra grega tau, para Tarragona.[6] Em dois dos lados apresenta corpos retangulares protuberantes, enquanto que nos outros lados se encontra, a torre da entrada e a capela. A primeira é quadrada e tem um alpendre de acesso ao palácio. A capela tem planta retangular e é rematada por uma abside e três apsidíolos.[7]

O acesso pela fachada principal é feito por uma escadaria circular, situada numa ponte sobre o fosso. O pórtico de entrada tem três grandes arcos afunilados em silhar, separados entre si por contrafortes inclinados, com grandes aduelas reminiscentes das masías (casas rurais) catalãs do século XV.[8] No seu interior há um abóbada suportada por arcos quebrados sobre pendículos. No segundo e no terceiro andar há numerosas janelas decoradas com vitrais. A fachada é rematada com o escudo do bispo Alcolea, em granito.[9] A estrutura do edifício é sustentada por pilares com capitéis decorados e em abóbada em cruzaria sobre arcos ogivais decorados com cerâmica vidrada. É rematado por merlões de estilo mudéjar.[4]

No exterior conservam-se as estátuas de três anjos, com os correspondentes atributos episcopais (mitra, cruz peitoral e báculo), que foram desenhados por Gaudí para ficarem na parte exterior do teto mas nunca chegaram a lá ser colocados.[10]

História

O palácio substitui o antigo palácio episcopal, que foi destruído por um incêndio em 1886. O bispo Predefinição:Ilc encomendou então o projeto dum novo palácio a Gaudí, de quem o bispo era amigo de longa data. As obras foram iniciadas em 1889, mas após a morte do bispo em 1893, Gaudí renunciou à direção das obras por desavenças com o cabido, quando ainda faltava construir o segundo andar e o ático. A Gaudí sucederam-se, sem êxito, os arquitetos Francisco Blanch y Pons e Manuel Hernández Álvarez-Reyero. As obras foram concluídas em 1913, sob a direção de Ricardo García Guereta, nomeado pelo bispo Julián de Diego y Alcolea.[11]

Durante a Guerra Civil Espanhola, o palácio foi usado como quartel e sede da Falange e em 1943 e 1956 houve várias obras de reparação com o objetivo de o converter na residência do bispo, o que nunca chegou a acontecer. Durante os pontificados dos bispos Marcelo González Martín e Antonio Briva Miravent foi transformado no Museu dos Caminhos, o qual foi inaugurado em 1963.[1]

Referências

  1. 1,0 1,1 Alonso González 2000, p. 83.
  2. Erro de citação: Marca <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs chamadas whc669a
  3. «Chemins de Saint-Jacques du Nord d'Espagne. Candidature d'incription sur la liste du Patrimoine Mondial. Proposition d'extension de lincription du Chemim de Saint-Jacques» (PDF) (em français). Centro do Património Mundial. whc.unesco.org. 2015 
  4. 4,0 4,1 Crippa 2007, p. 35.
  5. Regàs 2009, p. 69.
  6. Bassegoda i Nonell 1989, p. 305.
  7. Giralt-Miracle 2012, pp. 124-125.
  8. Bassegoda i Nonell 1989, p. 302.
  9. Alonso Gavela 1972, pp. 63-64.
  10. Alonso González 2000, p. 81.
  11. Bassegoda i Nonell 2002, p. 151.

Bibliografia

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  • Alonso Gavela, María Jesús (1972), Gaudí en Astorga (em español), Leão: Institución «Fray Bernardino de Sahagún». C.S.I.C. 
  • Alonso González, Joaquín (2000), Astorga. Ciudad Bimilenaria, ISBN 84-8183-073-9 (em español), Ámbito, pp. 81-83 
  • Bassegoda i Nonell, Joan (1989), El gran Gaudí, ISBN 84-86329-44-2 (em español), Sabadell: Ausa 
  • Bassegoda i Nonell, Joan (2002), Gaudí o espacio, luz y equilibrio, ISBN 84-95437-10-4 (em español), Madrid: Criterio 
  • Bergós i Massó, Joan (1999), Gaudí, l'home i l'obra, ISBN 84-7782-617-X (em català), Barcelona: Lunwerg 
  • Crippa, Maria Antonietta (2007), Gaudí, ISBN 978-3-8228-2519-8 (em español), Colónia: Taschen 
  • Férrin, Ana María (2001), Gaudí, de piedra y fuego, ISBN 84-932015-0-2 (em español), Barcelona: Jaraquemada 
  • Giralt-Miracle, Daniel (2012), Gaudí esencial, ISBN 978-84-96642-73-7, Barcelona: La Vanguardia Ediciones S.L. 
  • Regàs, Ricard (2009), Obra completa de Antoni Gaudí, ISBN 978-84-96783-42-3, Barcelona: Dos de Arte Ediciones 

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