Karl Friedrich Otto Heise (Hamelin, 1801[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]] — Porto Alegre, 24 de dezembro de 1837[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]) foi um militar alemão que emigrou para o Brasil entre 1824 e 1827. Casou com Elisabeth Hicks, inglesa, filha de Philipp Hicks e Anna. Teve dois filhos: Sofia, nascida em 17 de janeiro de 1828, e Carlos, nascido em 15 de agosto de 1838, em Porto Alegre.
Era corneteiro no 1° Regimento Leve de Dragões, na Legião Alemã do Rei, em 1813, combateu Napoleão Bonaparte até sua derrota em Waterloo, 1815, tendo por isso recebido a medalha de Waterloo,,[1] antes fez a campanha do sul da França e da Holanda, em 1814.
Em 1819 lutou no exército de Simon Bolivar, onde deve ter sido parte das Legiões Britânicas, depois no México, seguiu para os Estados Unidos, Inglaterra e Hamburgo, onde em 1823 junto com o major von Ewald ajudou a arregimentar colonos para o major Georg Anton von Schäffer.[2]
Em 11 de janeiro de 1825 foi publicado em Hamburgo, um mandato de captura pela Real Chancelaria da Justiça Britânico-Hanoveriana, por recrutar secretamente colonos,[3] teve então que fugir para o Rio de Janeiro, no mesmo ano.[2]
Como parte do Corpo de Estrangeiros, major de cavalaria e idealista republicano, organizou o grupo de lanceiros alemães, com o qual participou da Guerra da Cisplatina, na Batalha do Passo do Rosário. Foi ajudante de ordens do brigadeiro Massena Rosado.[4]
Estava em Porto Alegre quando da dissolução do Corpo de Estrangeiros, em 1830, onde participou da Sedição de 1830[5] republicana, sendo preso e enviado ao Rio de Janeiro. Foi solto e em 1834 encabeçou uma petição de colonos de São Leopoldo.[2]
Em 1835 participou da Revolução Farroupilha ao lados dos republicanos. Provavelmente foi o organizador do esquadrão de cavalaria da Guarda Nacional de São Leopoldo, com a qual lutou com os farrapos. Subcomandante das tropas de Gomes Jardim, foi preso em 1 de setembro de 1836 pelas forças imperiais comandadas por Bento Manuel Ribeiro, deveria ser enviado à Bahia, porém morreu misteriosamente afogado no Rio Guaíba, ao cair de um barco.[2]
Bibliografia
- MOREIRA BENTO, Cláudio. Estrangeiros e descendentes na história militar do Rio Grande do Sul - 1635 a 1870. A Nação/DAC/SEC-RS, Porto Alegre, 1976.
- FLORES, Hilda Agnes Hübner. Alemães na Guerra dos Farrapos, EDIPUCRS, Porto Alegre.
- Schlichthorst - Rio de Janeiro como ele é
Referências
- ↑ Beamish, N. L., History of the King's German legion, 1837.
- ↑ 2,0 2,1 2,2 2,3 FLORES, Moacyr. Dicionário de História do Brasil, EDIPUCRS, 3a ed.
- ↑ SCHRÖDER, F., DREHER, M.N., A imigração alemã para o sul do Brasil até 1859, EDIPUCRS, 2003, 170pp.
- ↑ VARELA, Alfredo, História da Grande Revolução - (6 volumes), 1933.
- ↑ FLORES, Hilda Agnes Huber. Alemães na Guerra dos Farrapos, EDIPUCRS, Porto Alegre, 1999, 112 pp.