𝖂𝖎ƙ𝖎𝖊

Miriam Mirah

Erro de expressão: Operador < inesperado.Predefinição:Evento atual/cat

Miriam Mirah
Nascimento 2 de abril de 1953[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]
São Paulo, SP
Morte 22 de março de 2022 (68 anos)[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]
São Paulo, SP
Nacionalidade brasileira
Cônjuge Jayme Lessa Gonçalves
Filho(s) Regina Nieto; Maetê Gonçalves; Ana Ira
Ocupação cantora e compositoravoz, violão e charango
Carreira musical
Gravadora(s) independente

Miriam Mirah (São Paulo, 2 de abril de 1953 — São Paulo, 22 de março de 2022) foi uma cantora e compositora brasileira, vocalista do grupo musical Raíces de América.[1]

Miriam foi também vocalista do Tarancón, de trabalho bastante conhecido no circuito universitário brasileiro no final dos anos 70 e primeira metade da década de 80.

Trabalha com diversas tendências da música brasileira, e mantém vivo o som de influência hispano-americana em sua arte. Depois de sua saída do Tarancón na segunda metade da década de 80, trabalhou seu som marcadamente brasileiro, cujo resultado mais significativo é a interpretação da música Mira Ira (Lula Barbosa - Vanderlei de Castro), composta em sua homenagem, defendida no Festival dos Festivais promovido pela Rede Globo de Televisão, em 1985.[2] Este trabalho, que se eternizou na memória dos brasileiros, somente não sagrou-se vencedor (atingiu a segunda colocação), por não ter sido considerada "vendável" pela coordenação do festival. Ironicamente, o LP do festival da Globo, de 1985, rendeu à Som Livre a venda de mais de 500.000 cópias. Na década de 90, especializou-se na mistura dos ritmos caribenhos e com os do Brasil, e em seguida gravou o CD Cuba Nagô. [3]

Carreira

A cantora e compositora paulista Míriam Miràh começou seu aprendizado musical com piano e violão e influenciou-se com toda a renovadora agitação musical que embalou o Brasil e o mundo na década de 60.

Nos anos 70 estuda técnica vocal com Caio Ferraz, e participa de festivais estudantis, inclusive o do efervescente Colégio Equipe, que tinha então Serginho Groisman compondo a Coordenadoria Cultural, ali conhece Jica Benedito e Emilio de Angeles e junto com Alice Lumi criam o GRUPO TARANCÓN. O Grupo faz suas primeiras apresentações junto à Colônia Espanhola (CDE - Centro Democrático Espanhol) [4], posteriormente pelas Universidades, Comunidades de Base (da Igreja Católica) e logo por todo o país. O show no TUCA (Teatro da Universidade Católica –SP) em 15 de agosto de 1975 e o primeiro disco, GRACIAS A LA VIDA em 1976 foram fundamentais na profissionalização do Grupo e de sua solista, somando-se ainda 5 discos e mais de 1500 apresentações por todo o país. Destaca-se também a participação da cantora em shows das lendárias Mercedes Sosa (com quem dividiu o palco [5]) e Isabel Parra, além de tornar-se a “musa” do som latino no Brasil. [6]

Nos anos 80 inicia sua carreira individual, agora com a preocupação de reintroduzir a MPB e seus novos compositores no repertório, surgindo daí um som brasileiro com influência latina. O maior exemplo disto foi visto por todo o país no Festival dos Festivais da Rede Globo em 1985, quando interpretou a canção MIRA IRA (Lula BarbosaVanderlei de Castro), composta em sua homenagem, campeã do público e carro-chefe na vendagem do disco do Festival, com mais de 250.000 exemplares segundo a Som Livre, e incluída em 2004 no CD “O Melhor dos Festivais” pela mesma gravadora. [6] [7] [8]

Nos anos 90 Míriam Miràh passou a investir nos ritmos dançantes do Brasil e do Caribe, gravando o CD CUBA NAGÔ, um interessante trabalho de fusão cultural em que se destaca a contribuição do maestro e músico Edwin Pitre, panamenho radicado no Brasil. Seguem-se o show de lançamento mais as apresentações dançantes, além de participações em CDs junto a artistas como: Gerônimo, Marlui Miranda, Gereba, Lula Barbosa, Boca Livre e outros.

A partir de 2000 passou a ter 2 repertórios em shows, um comemorativo de seus 30 anos de carreira e outro onde canta somente os compositores Silvio Rodriguez e Pablo Milanés. Depois passa a realizar um trabalho retrospectivo, com novas “leituras” das músicas mais marcantes de sua carreira a composições próprias; com seu arranjador e pianista, Jayme Lessa e sua banda, utiliza uma instrumentação acústica, priorizando a beleza, simplicidade e originalidade na concepção sonora das canções, assim realçando seus versos.

Em 2002, Míriam refaz sua antiga parceria com Lula Barbosa e juntos montam 2 shows: “Duos na MPB” e “Homenagem a Clara Nunes e Agostinho dos Santos”. Também em 2002 é convidada pelo maestro Willy Verdaguer a fazer participações especiais no Grupo Raíces de América, e grava com eles o CD “Raíces de América 25 Anos”, em 2004. [4] Em Fevereiro de 2003, participam do “FESTIVAL MUNDIAL DE LA CANCIÓN” no Panamá representando o Brasil defendendo a música América Morena (L. B. – V. de Castro), com arranjo de Jayme Lessa e regência de Edwin Pitre.

A partir de 2005 participa com o Trio Boa Vista, formado por Jica (bongô), Sergio Turcão (baixo acústico) e Jayme Lessa (piano), interpretando canções caribenhas dos anos 40/50 em vários espetáculos. [9]

Em 2008, Miriam junta-se a Lula Barbosa e Mário Lúcio Marques (saxofonista, arranjador recém saído do Placa Luminosa) e fundam a “TRIBO MIRA IRA”, que já resultou em alguns shows, como o do Projeto Conexão Latina, no Memorial da América Latina - SP, junto com Lô Borges e o CD “Viajar” [10]. No Projeto “Mulheres do Sol”, no Centro Cultural Banco do Brasil SP, também em 2008, levou seu trabalho solo e dividiu o palco com Isabel Parra (filha de Violeta Parra), num grande reencontro musical após muitos anos. [4]

Nesta época apresentou o show BATIDA DIFERENTE, resultado de anos de convivência com o universo musical latino e da MPB e cujo repertório está pronto para ser gravado, e também referente aos seus 35 anos de vida profissional; estão montados também os trabalhos: TROVADORES CUBANOS, com canções de Silvio Rodriguez e Pablo Milanés, e VIOLETA E ISABEL PARRA POR MÍRIAM MIRÀH. [4]

Morte

Em 23 de março de 2022 a família da cantora anunciou a morte ocorrida no dia anterior.[1]

Ligações externas

Referências

  1. 1,0 1,1 «Cantora Míriam Miràh, do grupo Tarancón, morre aos 68 anos». www.uol.com.br. Consultado em 23 de março de 2022 
  2. «FESTIVAL DOS FESTIVAIS - Discos do Brasil». discografia.discosdobrasil.com.br (em português). Consultado em 24 de março de 2022 
  3. Ficha técnica do CD CUBA NAGÔ
  4. 4,0 4,1 4,2 4,3 Franklin Valverde, Papo 10 com Míriam Miràh no Onda Latina matéria publicada em 06 de fevereiro de 2009
  5. Míriam Miràh no G1.com
  6. 6,0 6,1 Miriam Mirah in Raíces de América, página visitada em 05 de maio de 2017
  7. Zuza Homem de Mello, A era dos festivais: uma parábola (em português) Editora 34, 2003 p. 487 ISBN 9788573262728
  8. Luiz André Alzer, Mariana Claudino; Almanaque anos 80 (em português) Ediouro, 2004 p. 1958 ISBN 9788500015328
  9. Trio Boa Vista E Miriam Mirah
  10. MÍRIAM MIRÁH in Dia de Groove. Página visitada em 05 de maio de 2017
Ícone de esboço Este sobre um cantor é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.

talvez você goste