Minas Geraes | |
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Predefinição:Flagicon image Brasil | |
Operador | Marinha do Brasil |
Fabricante | Armstrong Whitworth |
Custo | US$ 8,8 milhões |
Homônimo | Minas Gerais |
Data de encomenda | 1906 |
Batimento de quilha | 17 de abril de 1907 |
Lançamento | 10 de setembro de 1908 |
Batismo | 10 de setembro de 1908 |
Comissionamento | 18 de abril de 1910 |
Descomissionamento | 16 de abril de 1952 |
Número do casco | 791 |
Estado | Desmontado |
Características gerais | |
Tipo de navio | Couraçado |
Classe | Minas Geraes |
Deslocamento | 21 200 t |
Maquinário | 2 motores de tripla-expansão 18 caldeiras |
Comprimento | 165,5 m |
Boca | 25,3 m |
Calado | 7,6 m |
Propulsão | 2 hélices quádruplas |
Velocidade | 21 nós |
Autonomia | 10 000 milhas náuticas a 10 nós (19 000 km a 19 km/h) |
Armamento | 12 canhões de 305 mm/cal. 45 22 canhões de 120 mm/cal. 50 8 canhões de pólvora de 37 mm |
Blindagem | Cinturão: 229 mm Extremidades: 102–152 mm Casamata: 230 mm Torretas: 229–305 mm Torre de comando: 300 mm |
Tripulação | 900 |
O Minas Geraes foi um navio couraçado do tipo dreadnought brasileiro operado pela Marinha do Brasil e nomeado em homenagem ao estado de Minas Gerais. Construído pelos estaleiros da Armstrong Whitworth em Newcastle upon Tyne, suas obras se iniciaram em abril de 1907 e ele foi lançado em setembro do ano seguinte, sendo comissionado em abril de 1910 e fazendo do Brasil o terceiro país no mundo a ter um couraçado em sua marinha, também iniciando uma corrida armamentista naval na América do Sul.
História
Antecedentes
No início do século XX a Marinha do Brasil deu início ao um programa de modernização tecnológica e de aquisição de embarcações, visando recomplementar e reaparelhar a esquadra. Esta encontrava-se obsoleta desde o fim do Império (1889), entre outros fatores:
- pela rápida evolução dos meios devido à corrida armamentista entre as nações industrializadas nomeadamente no último quartel do século XIX e na primeira década do século XX;
- pela falta da aquisição de novos meios por parte do governo republicano brasileiro, recém-implantado; e
- em função dos prejuízos causados pelas duas Revoltas da Armada.
De acordo com as orientações do ministro das Relações Exteriores, José Maria da Silva Paranhos (Barão do Rio Branco), e do ministro da Marinha, Júlio César de Noronha, o governo do Presidente Rodrigues Alves encomendou em 1906, junto aos estaleiros Sir W G Armstrong Whitworth & Co Ltd (Elswick, Newcastle upon Tyne, na Inglaterra), três grandes navios encouraçados da "Classe Dreadnought" que, no Brasil, recebeu o nome de "Classe Minas Geraes"[1]. Entretanto, por pressões diplomáticas da Argentina, temerosa do poderio naval do Brasil, e por dificuldades de financiamento da compra dos navios, a encomenda inicial de três encouraçados foi reduzida para apenas dois, de 23 500 toneladas máximas de deslocamento, batizados com os nomes de E Minas Gerais e E São Paulo.
Após o batimento de quilha (17 de abril de 1907), foi lançado ao mar (10 de setembro de 1908) e incorporado em 6 de abril de 1910.
Operações e atividades
No início de Novembro de 1910, os dois novos encouraçados e o Cruzador Bahia (C-12), participaram da chamada Revolta da Chibata.[2][3]
Tanto o E Minas Gerais quanto o E São Paulo participaram no bombardeio de Salvador (1912), no contexto da chamada Política das Salvações.
Posteriormente, durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), atuou na faina de patrulhamento das águas territoriais brasileiras.
Em 1910, por oficiais em serviço na Inglaterra, trouxe o Movimento Escoteiro para o Brasil, sendo fundada a Associação Boy Scout do Brasil, atual UEB.
Sofreu extensa intervenção de modernização entre 1935 e 1939, quando recebeu melhorias em seus sistemas de armas e de propulsão, com a substituição de suas antigas caldeiras a carvão por motores a óleo, inclusive.
Durante a Segunda Guerra Mundial, em 1942, fez parte do sistema de defesa do porto de Salvador, na Bahia. Esteve em serviço ativo até 1952, sendo desincorporado em 20 de setembro de 1953 e, posteriormente, desmanchado.
Ver também
Notas
- ↑ «Colossos dos Mares», Revista da Biblioteca Nacional.
- ↑ João Cândido, o "Almirante Negro" - Fundação Cultural Palmares Arquivado em 2 de agosto de 2007, no Wayback Machine..
- ↑ Revolta da Chibata - Projeto Memória.