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Max Ernst

Max Ernst

Max Ernst (Brühl, 2 de abril de 1891[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]] — Paris, 1 de abril de 1976) foi um pintor alemão, naturalizado norte-americano e depois francês. Também praticou a poesia entre os surrealistas, movimento do qual fez parte. Seu filho foi Jimmy Ernst.[1]

Vida

Filho de Philipp Ernst, professor de artes e de Luise Kopp. Ernst aprendeu a pintar sozinho enquanto estudava Filosofia e Psiquiatria na Universidade de Bonn entre 1909 a 1914, chegando a exibir uma de suas pinturas em 1913. Em 1914 Ernst veio a conhecer o surrealismo através de um grande pintor surrealista, Jean Arp, pelo qual manteve a amizade pela vida inteira.

Em 1916 Ernst foi convocado pelo serviço militar alemão para lutar na Primeira Guerra Mundial. O conflito armado teve forte influência na formação de Ernst como artista. Em sua autobiografia, ele anotou algumas das impressões que teve do evento bélico: “Max Ernst morreu em 1º de agosto de 1914. Ressuscitou em 11 de novembro de 1918, na forma de um rapaz que queria ser mágico e pretendia descobrir os mitos de seu tempo”. Ernst utiliza a terceira pessoa para se referir a si mesmo como recurso estilístico e estético. Dessa forma, ao se descrever como se fosse outro, o autor faz uma crítica à guerra, evento que despersonaliza os indivíduos, levando-os a uma “morte” temporária.[2]

Em outro texto, intitulado O Espelho Sem Aço, Ernst utiliza a guerra como matéria poética: “Prisioneiros de gotas d’água, não passamos de animais perpétuos. [...] Já não sabemos de nada além dos astros mortos; olhamos os semblantes e suspiramos de prazer. Nossa boca está mais seca do que as praias perdidas; nossos olhos se voltam para um lugar qualquer, sem esperança”.[2]

Após a guerra Ernst foi morar em Colônia com Jean Arp e Johannes Baargeld, vindo a fundar o Grupo Dada de Colônia. Este grupo artístico estava interessado no estranhamento da experiência perceptiva. Entre as obras produzidas à época por Ernst e Hans Arp está Figura Diluviana Fisiomitológica. Elaborada, em 1920, a partir da colagem de fragmentos de fotografia, guache, lápis, caneta e nanquim sobre papel sobre cartão, a obra encontra-se atualmente no Sprengel Museum, em Hanôver, na Alemanha O deslocamento das imagens nesta produção gráfica antecipou a característica estética que marcaria o trabalho posterior de Ernst, em sua fase surrealista.[2] Na colagem, nos deparamos com duas figuras humanas: uma delas, parece estar em estado semelhante ao do sono, enquanto a outra sofre uma metamorfose, transformando-se em metade humano, metade pássaro. [2]

Ernst Fez uma exibição em 1920 em Colonia, mas foi fechada pela polícia, alegando que a exposição era obscena demais. Ernst acabou se mudando para Paris em 1922, onde veio a se juntar com o grupo surrealista. Era amigo de Gala e Paul Éluard, André Breton e Tristan Tzara.

Ernst viveu em Nova York entre 1941 a 1945, em 1942 conheceu a pintora surrealista Dorothea Tanning. Em 1946 se casou com ela no Arizona.

Em 1958 voltou a morar em França até sua morte.

Capa de Répétitions , com ilustrações de Max Ernst
Habakuk em Düsseldor
O assistente, o sapo e a tartaruga em Munique

Trabalhos selecionados

Pinturas

Primeiros trabalhos

  • Aquis Submersus (1919)
  • Troféu, hipertrofiado (1919)
  • Pequena máquina construída por Minimax Dadamax in Person (1919–1920)
  • Avião assassino (1920)
  • O Chapéu Faz o Homem (1920)
  • Celebes (1921)
  • Édipo Rex (1922)

Primeiro período francês

  • Pietà ou Revolução à Noite (1923)
  • Santa Cecília (1923)
  • The Wavering Woman (1923)
  • Ubu Imperator (1923)
  • Disso Os Homens Nada Saberão (1923)
  • Duas crianças são ameaçadas por um rouxinol (1924)
  • Mulher, velho e flor (1924)
  • Paris Dream (1924–25)
  • A Santíssima Virgem castiga o Menino Jesus perante três Testemunhas: AB, PE e o Artista (1926)
  • Série Forest , por exemplo, Forest and Dove (1927), The Wood (1927)
  • Encontro de amigos - Os amigos se tornam flores (1928)
  • Série Loplop , por exemplo, Loplop Introduces Loplop (1930), Loplop Introduces a Young Girl (1930)
  • Série de cidades , por exemplo, Petrified City (1933), Whole City (1935–36, duas versões)
  • Série Garden Airplane Trap (1935–1936)
  • A alegria de viver (1936)
  • The Nymph Echo (1936)
  • The Fireside Angel (1937)
  • Os Bárbaros (1937)
  • The Fascinating Cypress (1940)
  • A veste da noiva (1940)

Período americano

  • Totem e tabu (1941)
  • Marlene (1941)
  • Napoleon in the Wilderness (1941)
  • Dia e noite (1941–42)
  • The Antipope (1942)
  • Europa após a chuva II (1940–42)
  • Surrealismo e pintura (1942)
  • Vox Angelica (1943)
  • Todos aqui falam latim (1943)
  • Pintura para Jovens (1943)
  • O Olho do Silêncio (1944)
  • Sonho e revolução (1945)
  • A tentação de Santo Antônio (1945)
  • As fases da noite (1946)
  • Design in Nature (1947)
  • Um belo dia (1948), apresentado na exposição Pintura para a arquitetura (1947-52)
  • Inspired Hill (1950)
  • Colorado da Medusa, Color-Raft of Medusa (1953)

Segundo período francês

  • Mundus est fabula (1959)
  • O Jardim da França (1962)
  • O Céu Casa-se com a Terra (1964)
  • O mundo do ingênuo (1965)
  • Ubu, pai e filho (1966)
  • Nascimento de uma Galáxia (1969)
  • "La dernière forêt" (A última floresta) (1960-1970)

Colagens, litografias, desenhos, ilustrações, etc.

  • Modos Fiat (1919, portfólio de litografias)
  • Ilustrações para livros de Paul Éluard : Répétitions (1922), Les malheurs des immortels (1922), Au défaut du silence (1925)
  • Histoire Naturelle (1926, desenhos de frottage)
  • La femme 100 têtes (1929, história em quadrinhos )
  • Rêve d'une petite fille qui voulut entrer au carmel (1930, história em quadrinhos )
  • Une Semaine de Bonté (1934, história em quadrinhos )
  • Paramythes (1949, colagens com poemas)
  • Ilustrações para edições de obras de Lewis Carroll : Symbolic Logic (1966, sob o título Logique sans peine ), The Hunting of the Snark (1968) e Lewis Carrols Wunderhorn (1970, uma antologia de textos)
  • Deux Oiseaux (1970, litografia em cores)
  • Aux petits agneaux (1971, litografias)
  • Paysage marin avec capucin (1972, livro ilustrado com ensaios de vários autores)
  • Maximiliana: a prática ilegal da astronomia: hommage à Dorothea Tanning (1974, livro de arte)
  • Oiseaux en peril (1975, gravuras com água-tinta em cores; publicado postumamente)

Escultura

  • Bird (c. 1924)
  • Habacuque (1934)
  • Édipo (1934, duas versões)
  • Moonmad (1944)
  • Um amigo ansioso (1944)
  • Capricórnio (1948)
  • O Rei Jogando com a Rainha (1954)
  • Dois e dois fazem um (1956)
  • Immortel (1966-67)
  • The Assistant, The Frog and The Tortoise (1967)

Referências

  1. «Educação UOL». Educacao.uol.com.br 
  2. 2,0 2,1 2,2 2,3 Bradley, Fiona (1999). Movimentos da Arte Moderna: Surrealismo. São Paulo: Cosac Naify. 11 páginas 

Predefinição:Surrealismo

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