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Marcola

Marcola
Nome Marcos Willians Herbas Camacho
Pseudônimo Marcola
Data de nascimento 25 de janeiro de 1968 (56 anos)[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]
Nacionalidade(s) brasileiro
Crime(s) assalto a banco e envolvimento com o crime organizado
Pena 342 anos[1]
Situação preso

Marcos Willians Herbas Camacho, pseudônimo Marcola (Osasco, 25 de janeiro de 1968),[2] é um narcotraficante brasileiro, considerado pelo Estado de São Paulo como líder da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Porém, Marcola nega que o PCC tenha liderança. Atualmente, encontra-se preso na Penitenciária Federal de Porto Velho.[3]

Biografia

Marcos Willians Herbas Camacho nasceu em 1968, no Bairro do Vila Yolanda em Osasco, no estado de São Paulo. Filho de pai boliviano e mãe brasileira,[4] Marcos Camacho iniciou sua carreira criminosa aos nove anos de idade, como ladrão na Baixada do Glicério, no centro da cidade de São Paulo.[5][6] Marcos era órfão e devido ao uso de cola durante a infância na região da Praça da Sé ganhou o apelido de Marcola. Sua mãe morreu afogada quando tinha 9 anos, do seu pai não se lembra, diz que aquele que assinou sua certidão de nascimento está morto. Não possui religião, se autodenominando agnóstico.[7]

Marcola foi preso pela última vez em 19 de julho de 1999, quando após meses de investigação, policiais das equipes 115 e 119 da 5ª delegacia de roubo a bancos DEPATRI conseguiram deter Marcola após reconhecê-lo, quando o mesmo fazia uso de um telefone público na Marginal Tietê.

Aos 35 anos, Marcola já havia passado grande parte de sua vida na cadeia.[8]

Acredita que a violência é o natural do homem e por isso o autocontrole é necessário para o melhor convívio dos presidiários e também na busca de resultados e dos objetivos almejados pessoalmente e a organização a qual pertencem, através dessa doutrina e da gestão descentralizada vem disseminando a ideologia do Primeiro Comando da Capital.

Em janeiro de 2007, Marcola casou-se com a estudante universitária de direito Cynthia Giglioli da Silva. Em 2005, Cynthia foi acusada e presa suspeita de receber uma mesada de 15 mil reais do caixa da facção PCC. No total, ela teria recebido 90 mil reais.[9]

Em março de 2020, Marcola foi impossibilitado de receber visitas, alegando de que teria adquirido um quadro de depressão não confirmada, durante a pandemia do novo coronavírus Marcola emagreceu cerca de 20kg e já havia desabafado à sua psicóloga sobre a tristeza e o fato de não poder ver seus filhos novamente o fazem perder o sentido da vida.

Ataques

Ataques em 2006

Por sua determinação, em 12 de maio de 2006, deu-se início ao maior ataque da história recente contra a polícia do estado de São Paulo, com pelo menos 45 mortes: 23 policiais militares, sete policiais civis, três guardas municipais, oito agentes penitenciários e quatro civis. Segundo setores da imprensa e da justiça, o revide foi a altura do ataque, os criminosos eram envolvidos com o crime organizado, os ataques cessaram por suposto acordo com o governo, porém há informações dos órgãos de imprensa dando conta de que não compensou o ataque, pois o tráfico de drogas foi consubstancialmente prejudicado, dando fim aos ataques.

Também por determinação de Marcola, após suposta negociação com o governo do estado de São Paulo, as rebeliões e os ataques foram cessados. Em outras duas ondas de ataques nos meses de julho e agosto, agências bancárias, lojas e ônibus foram incendiados. Atualmente, cumpre pena em Rondônia na Penitenciária Federal de Porto Velho, sendo condenado a um total de 330 anos, 6 meses e 24 dias, teria que ficar preso até 1 de Novembro de 2318.[10]

Ataques em 2012

No final do ano 2012, uma nova onda de ataques contra a polícia começou. A causa foi aparentemente um anúncio feito por Marcola e outros líderes do PCC que espalhou aos membros da gangue fora da cadeia. Durante cerca de 30 dias, todos os dias um ou dois policiais foram assassinados, na maior parte em circunstâncias indefesas, como em folgas, em férias, ou até mesmo oficiais aposentados. Muitos policiais foram executados na frente de familiares ou amigos, geralmente quando chegavam ou saíam de suas casas. Em dezembro, as mortes começaram a diminuir e cessaram sem motivo conhecido.[11]

Alejandro Camacho

Marcola tem um irmão, Alejandro Juvenal Herbas Camacho Júnior, de 34 anos. Ele foi preso pelo Departamento de Investigações sobre Narcóticos (DENARC), de São Paulo, em 25 de abril de 2006, na zona leste da capital.[12] Camacho Júnior, conhecido como Júnior, foi um dos protagonistas da fuga do Complexo do Carandiru, em 26 de novembro de 2001, escapando da cadeia com mais 101 detentos, através de um túnel. Desde então, ele era o líder do PCC mais procurado pela Polícia Federal do Brasil.

Depoimentos

Também atribuiu seu título de líder do PCC como exagero,[5] diz que foi intitulado assim pelo estado porque está preso, tentando o governo do estado de São Paulo garantir que a liderança da facção está presa.

Em agosto de 2006, Marcola voltou a negar ser líder da facção criminosa durante interrogatório sobre a morte do bombeiro João Alberto da Costa, ocorrida durante a onda de ataques às forças de segurança pública em maio de 2006.[13] Marcola já foi denunciado pelo Ministério Público a Justiça pelo assassinato do bombeiro e pela morte do carcereiro Elias Pereira Dantas..

Transferência para o Presídio Federal

No dia 13 de fevereiro de 2019, Marcola e outros 21 criminosos do PCC foram transferidos para os presídios federais de segurança máxima de Porto Velho (RO), Mossoró (RN) e Brasília (DF). O Motivo foi que o Governo de São Paulo descobriu um plano de fuga para os chefes e ameaças de morte ao promotor Lincoln Gakiya que combate a facção no interior do Estado.

Referências

  1. Josmar Jozino (7 de março de 2022). «PCC: Marcola é condenado a mais 12 anos e pena total sobe para 342 anos». UOL. Consultado em 6 de junho de 2022 
  2. «Advogado admite encontro com líder do PCC | - Tecnologia». clicrbs.com.br. Consultado em 9 de novembro de 2018 
  3. «Marcola é transferido de Brasília para presídio em Porto Velho...». Poder360. Poder360. 3 de março de 2022. Consultado em 3 de março de 2022 
  4. Ricardo Noblat (21 de maio de 2006). «O homem que parou São Paulo». Blog do Noblat. Consultado em 2 de março de 2014 
  5. 5,0 5,1 Nunes, Augusto (10 de outubro de 2012). «O Manifesto do Marcola». Abril. Veja. Consultado em 2 de março de 2014 
  6. Totti, Paulo (12 de julho de 2007). «Glicério, o submerso retalho da Liberdade». UOL. Folha. Consultado em 2 de março de 2014 
  7. http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/20060708-marcos_camacho.pdf
  8. Ricardo Setti (1º de dezembro de 2013). «O dia em que saí da cadeia». Abril. Veja. Consultado em 2 de março de 2014 
  9. «Chefe do PCC casa com estudante de direito em Presidente Bernardes». UOL. Folha Online. 3 de janeiro de 2007. Consultado em 2 de março de 2014 
  10. Pagnan, Rogério (13 de fevereiro de 2019). «Marcola foi de trombadinha ao comando da maior facção criminosa do país». UOL. Folha de S.Paulo. Consultado em 13 de fevereiro de 2019 
  11. «Cópia arquivada». Consultado em 19 de fevereiro de 2019. Arquivado do original em 1 de dezembro de 2008 
  12. Caramante, André (28 de abril de 2006). «Polícia prende Júnior, irmão do líder do PCC». UOL. Folha de S.Paulo. Consultado em 2 de março de 2014 
  13. «Em depoimento, Marcola se diz vítima da imprensa». Estadão. 4 de agosto de 2006. Consultado em 2 de março de 2014 

Ligações externas

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