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Marcelo Madureira

Marcelo Madureira
Marcelo Madureira (foto de José Cruz/ABr).
Nome completo Marcelo Garmatter Barretto
Nascimento 24 de maio de 1958 (65 anos)[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]][1]
Curitiba, PR, Brasil
Nacionalidade brasileiro
Ocupação Comediante
Principais trabalhos Casseta & Planeta

Marcelo Garmatter Barretto, mais conhecido pelo nome artístico Marcelo Madureira (Curitiba, 24 de maio de 1958), é um comediante brasileiro. Fez parte da equipe que produziu e apresentou entre 1992 e 2010 o programa humorístico "Casseta & Planeta Urgente" pela Rede Globo, tendo também integrado a Banda Casseta & Planeta e apresentado um quadro no Armazém 41, do canal por assinatura GNT. Juntamente com outro integrante do grupo, Hubert de Carvalho Aranha, escreve a Coluna do Agamenon no jornal "O Globo".[2] Foi comentarista do programa 3 em 1 da rádio Jovem Pan, juntamente com Vera Magalhães, Carlos Andreazza e Patrick Santos. Atualmente, é apresentador da rádio BandNews FM RJ e diretor do quadro Cassetadas do programa Faustão na Band.

Biografia

Marcelo Madureira viveu em Curitiba até os 13 anos, quando mudou-se com a família para o Rio de Janeiro.[3] Filho de ex-militantes do Partido Comunista do Brasil (PCB),[4] Madureira estudou em um colégio que hoje classifica como "um antro de comunismo" e onde começou sua militância em organizações clandestinas de esquerda (é ex-membro do PCB).[3]

Madureira foi professor de matemática no extinto MOBRAL[3] e graduou-se em engenharia de produção pela Escola de Engenharia da UFRJ.[5] Paradoxalmente ao seu posicionamento político atual, no período da UFRJ foi o um dos responsáveis pela reestruturação e retomada de uma das mais importantes entidades estudantis brasileiras, o Diretório Central dos Estudantes Mário Prata (DCE-UFRJ). No seio da universidade, inclusive, foi que surgiu o embrião do grupo Casseta & Planeta.[6]

Após formado, trabalhou como engenheiro no Departamento de Planejamento do BNDES.[2]

Madureira faz análise desde os 14 anos de idade, hábito cultivado por todos de sua família (inclusive por seus pais). Segundo afirma, "psicanálise é a aeróbica da alma". Mesmo assim, admite ter problemas de relacionamento com outras pessoas e se define uma pessoa de temperamento "difícil, irascível, às vezes".[3]

Embora afirme fazer "humor sério" (seu irmão mais velho o considerava um "Woody Allen brasileiro"), Madureira paradoxalmente declara que sua "idade mental é de 13, 14 anos a maior parte do tempo".[3]

Madureira é faixa-preta de judô, e está casado há 30 anos com a psicanalista Cláudia, com quem teve três filhos.[3]

Casseta & Planeta

A partir de 1978, juntamente com outros quatro colegas de universidade, ele começou a publicar o tabloide humorístico "Casseta Popular", que em 1986 se tornaria a revista mensal "Almanaque Casseta Popular". Em 1992, o "Almanaque" fundiu-se ao jornal de humor "O Planeta Diário", resultando na revista "Casseta & Planeta", que durou até 1995.[7]

Em 1992, Madureira e seus colegas humoristas foram contratados pela Rede Globo para estrelar o humorístico "Casseta & Planeta Urgente" no horário nobre das noites de terça-feira. Embora o presidente das Organizações Globo, Roberto Marinho, temesse pela repercussão negativa de um programa cujo humor considerava "escatológico",[8] este revelou-se um enorme sucesso, tendo perdurado por 18 anos, até 2010, quatro anos após a morte de Bussunda.[1]

Controvérsias

Madureira considera que há no Brasil uma "ditadura da maioria absoluta", a qual tem "dificuldade em conviver com o diferente, com o que não é consensual". Entre os "diferentes", estaria o humor praticado pelo "Casseta & Planeta", vítima do que ele considera uma "militância anti-Casseta" que utilizaria redes sociais "para ofender e até ameaçar".[3] Certamente este "patrulhamento ideológico" era significativamente menor antes de 2003, ano em que os "cassetas" foram classificados pela revista "Veja" como "os artistas mais poderosos do país".[9]

Em 2003, Lula iniciou seu primeiro mandato,[10][11][12] o que o torna alvo de alguns humoristas. No "Casseta & Planeta Urgente", o presidente brasileiro era parodiado por Bussunda, o qual faleceu em 2006 durante a cobertura da Copa do Mundo, na Alemanha.[13] Em setembro de 2006, o "casseta" Cláudio Manoel anunciava: "nunca fui eleitor do Lula e nunca esperei muita coisa dele. Acho triste a permanência de um governo em que eu pessoalmente não acredito".[14] O tom das críticas subiria nos anos seguintes, destacando-se aí justamente, Marcelo Madureira. Na noite do primeiro turno da eleição presidencial de 2010, ele declarou ao programa "Manhattan Connection" (GNT, Rede Globo) que Lula era um "impostor, vagabundo e picareta" e que Dilma Rousseff parecia um "travesti de Kim Jong-Il". O trecho polêmico foi censurado pela GNT nas reapresentações posteriores do programa, mas pode ser facilmente assistido no YouTube.[15] Em agosto de 2019, o humorista foi hostilizado por manifestantes enquanto discursava em um ato em apoio à Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, pois sua fala foi bastante crítica ao presidente Jair Bolsonaro, que segundo Madureira, se aliou ao ministro Gilmar Mendes para acabar com a investigação. Afirmou também que votou no ex-capitão, porém que o iria criticar "quantas vezes for necessário pois seu governo está fazendo coisa errada".[16]

Personagens

Reais

Fictícias

  • Carnavalesco Man, da Legião dos Super-Heróis Brasileiros
  • Coisinha de Jesus
  • Furico, do Sambabaca
  • Capitão Bacalhau
  • John Mirolha, piloto da OTAN

Ver também

Referências

  1. 1,0 1,1 Caras (ed.). «Marcelo Madureira» (em português). Consultado em 17 de novembro de 2013 
  2. 2,0 2,1 Instituto Millenium (ed.). «Marcelo Madureira» (em português). Consultado em 17 de novembro de 2013. Arquivado do original em 28 de setembro de 2013 
  3. 3,0 3,1 3,2 3,3 3,4 3,5 3,6 Rodrigo Cardoso (27 de abril de 2012). ISTOÉ, ed. «Acreditava que eu era o Woody Allen brasileiro» (em português). Consultado em 17 de novembro de 2013 
  4. JusBrasil, ed. (11 de abril de 2012). «Blog destaca presença de Marcelo Madureira no lançamento do Fala Paraná» (em português). Consultado em 17 de novembro de 2013. Arquivado do original em 7 de abril de 2013 
  5. CREA-MT, ed. (14 de agosto de 2007). «Marcelo Madureira é destaque de amanhã na SOEAA» (em português). Consultado em 17 de novembro de 2013 
  6. Beto Silva. FilmesNoCinema.com.br.
  7. Arthur Dapieve. Veja (revista), ed. «Trecho de Antologia Casseta Popular, de Arthur Dapieve» (em português). Consultado em 17 de novembro de 2013. Arquivado do original em 26 de setembro de 2015 
  8. Folha de S. Paulo, ed. (14 de abril de 2010). «Globo temia polêmica com "Casseta & Planeta"; leia trecho da biografia de Bussunda» (em português). Consultado em 17 de novembro de 2013 
  9. Veja (revista), ed. (6 de agosto de 2003). «Ranking. 1º ao 20º» (em português). Consultado em 17 de novembro de 2013. Arquivado do original em 20 de fevereiro de 2009 
  10. Rutgers University (ed.). «Brazil's Lula» (em inglês). Consultado em 17 de novembro de 2013 
  11. Erich Follath; Jens Gluesing (10 de agosto de 2012). Der Spiegel, ed. «From Poverty to Power: How Good Governance Made Brazil a Model Nation» (em inglês). Consultado em 17 de novembro de 2013 
  12. Camila Campanerut (29 de dezembro de 2010). UOL Notícias, ed. «Popularidade de Lula é recorde mundial, diz CNT/Sensus» (em português). Consultado em 17 de novembro de 2013 
  13. Marcelo Marthe (5 de maio de 2010). Veja (revista), ed. «O perdedor riu por último» (em português). Consultado em 17 de novembro de 2013. Arquivado do original em 26 de junho de 2012 
  14. Mariana Kalil (25 de setembro de 2006). ISTOÉ, ed. «Claudio Manoel:"A morte do Bussunda ainda dói" (parte 2)» (em português). Consultado em 17 de novembro de 2013 
  15. Daniel Castro (5 de outubro de 2010). r7.com, ed. «Casseta xinga Lula de 'vagabundo' e é censurado» (em português). Consultado em 17 de novembro de 2013. Arquivado do original em 11 de abril de 2013 
  16. «/Humorista critico a bolsonaro sai escoltado pela pm em ato no rio». Estadão Conteúdo. 25 ago 2019 

Ligações externas

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