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Luís José de Almada | |
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Luís José de Almada (- 21 de Dezembro de 1735[1]), 10.º conde de Avranches, (13.º senhor dos Lagares d´El-Rei), (8.º senhor de Pombalinho).
Era comendador de Vimioso e de São Miguel de Acha na Ordem de Cristo, e assim como, em Março de 1732, através da mão d´El-Rei teve igualmente a comenda de Proença-a-Velha por estar vaga por morte de seu pai.[2]
Como mestre-sala, ao serviço de El-Rei Dom João V e a seu pedido, foi mandado viajar pela Europa para melhor aprender as "pragmáticas" desse cargo.[3]
Foi diplomata,[4] do Conselho de Sua Majestade e militar.
Acompanhou o Marquês de Alegrete na vinda de Portugal da rainha Ana de Áustria. Assim como passou foi à Alemanha por ordem do rei D. Pedro II na companhia de Marquês de Arronches quando ele era ali embaixador.[1]
Serviu na guerra no mar e na terra. Foi capitão-tenente de uma fragata[1] e, ascendendo ao posto Capitão de Mar e Guerra, comandou um navio na ocasião da Aliança de Portugal com a França, em 1701, para reconhecimento do Duque de Anjou como rei de Espanha. Serviu como mestre de campo do Terço da cidade do Porto.[5]
Dados genealógicos
Luís José de Almada, morreu em 21 de Dezembro de 1735,[3] sendo sepultado no dia seguinte na capela de S. Fulgêncio, na Igreja da Graça (Lisboa), tal como seus antepassados desde o tempo de Lopo Soares de Alvarenga.[6]
Filho de:
- Lourenço de Almada (9.º conde de Avranches) (12.º senhor dos Lagares d' El-Rei) (7.º senhor de Pombalinho) e de Catarina Henriques, filha de João de Almeida, alcaide-mor de Loures e Alcobaça e de Violante Henriques.
Casou duas vezes: 1.ª vez, em 18 de Fevereiro de 1703, com:
- Francisca Josefa de Távora, nasceu em 1689,[7] sepultada 21 de Julho de 1712, na capela de S. Fulgêncio, na Igreja da Graça (Lisboa), tal como seu marido.[8]
Era filha de Tristão António da Cunha (que morreu em vida de seu pai, Manuel da Cunha, Veador da Rainha Maria Francisca de Sabóia e senhor do morgado de Paio Pires) e de Leonor Tomásia de Távora (filha de Luís Álvares de Távora, 1.º Marquês de Távora).[9]
Tiveram:
- Lourenço de Almada, 14.º senhor dos Lagares d' El-Rei, 9.º senhor de Pombalinho, nascido a 20 de Setembro de 1705 e casado com sua prima Maria da Penha de França de Mendonça, filha de Tristão de Mendonça, comendador de Avanca.
- Maria Josefa de Távora, nascida a 2 de Novembro de 1709 e falecida a 31 de Julho de 1731,[10] que foi Dama do Paço,[11] camarista de do infante D. Pedro.[10]
- Leonor Josefa de Távora, dama da rainha,[12] nascida a 2 de Fevereiro de 1711, que casou em 4 de Fevereiro de 1739 com seu primo direito, Lourenço Gonçalves da Câmara Coutinho, almotacé-mor do reino, filho primogénito de João Gonçalves da Câmara Coutinho,[13] igualmente almotacé-mor do reino, comendador das comendas de Santiago de Ronfe, São Salvador de Maiorca e de Santa Maria de Bobadela na Ordem de Cristo.[12] Com geração.[14]
- José de Almada, nascido em 20 Janeiro de 1712, moço fidalgo[15]), que foi capitão de Infantaria.[10]
2.ª vez, em 1715, com:
- Violante Maria Antónia de Portugal, sua prima, falecida a 10 de Outubro de 1730 e sepultada dois dias depois na capela de S. Fulgêncio, na Igreja da Graça (Lisboa), tal como este seu marido.[8]
Ela era, antes de também casar de novo, viúva de João Sanches de Baena e Farinha, moço-fidalgo da Casa Real, de quem tinha geração, e era filha do irmão de Pedro de Almeida (1.º conde de Assumar) que era Luís de Almeida Portugal, o Manteigas,[16] 1.° alcaide mor de Borba, "que serviu na guerra como capitão de cavalos", e de Maria Josefa de Melo Côrte-Real.[17] por sua vez filha do 1.º Conde das Galveias, Dinis Melo e Castro.[18]
Tiveram:
- Francisco José de Almada, nascido em Lisboa a 31 de Dezembro de 1716 e e falecido em 1794, cavaleiro professo da Ordem de Cristo[19] e tendo frequentado as aulas de Cânones da Universidade de Coimbra[20] e foi tenente-coronel.[1]
- Antão de Almada, 15.º senhor de Lagares d' El-Rei, nascido a 19 de Abril de 1718, casado com Violante Josefa de Almada Henriques, 10ª senhora de Pombalinho, herdeira.
- Diniz de Almada, 15 de Março de 1720 e faleceu menino[21]
- Diniz de Almada, nascido a 15 de Maio de 1728,[21] que foi recebido na Ordem de Malta,[1] foi Arcediago de Braga e beneficiado na Sé da Guarda, na Colegiada de Torres Vedras e na Colegiada do Arrabalde da Vila de Sintra.
- Ana Ludovina de Almada e Portugal (Lisboa, 14 de Junho de 1722 - Ajuda, 24 de Fevereiro de 1790), casada a 1.ª vez em 1748 com Marco António de Azevedo Coutinho, Secretário de Estado (1.º ministro), e a 2.ª vez, 22 de Abril de 1754, com Manuel de Saldanha de Albuquerque e Castro, 1.º conde da Ega,[22] Governador e Capitão-General da Ilha da Madeira.
- Ângela Joaquina de Almada e Portugal, nascida a 12 Outubro de 1723,[21] recolhida no Mosteiro da Encarnação de Lisboa.
- Luísa de Almada, que nasceu em 17 de Setembro de 1725[21] e faleceu de curta idade a 13 de Março de 1731.
- Catarina Henriques de Almada, nascida a 2 de Abril de 1727, recolhida no Mosteiro da Encarnação de Lisboa.
Ver também
Referências
- ↑ 1,0 1,1 1,2 1,3 1,4 «Genealogias das Famílias de Portugal», por Afonso Torres e continuada por Luís Vieira da Silva, capitulo dos Almadas, ano de 1694
- ↑ Gazeta de Lisboa occidental, Na officina da Pascoal da Sylva, 13 de Março de 1732, pág. 87 e 88
- ↑ 3,0 3,1 Affonso de Ornellas, «Os Almadas na História de Portugal», Lisboa, 1942, p. 24
- ↑ Luiz José de Almada, roglo
- ↑ Históricas e Genealógica dos Grandes de Portugal», por D. António Caetano de Sousa, Officina de Antonio Isidoro da Fonseca, Lisboa, 1742, pág. 210.
- ↑ "Livro para lembrança dos enterros dos seculares, e das covas em que são sepultados, que pertenceu ao Convento da Graça, de Lisboa"
- ↑ Historia genealogica da Casa Real Portugueza: desde a sua origem até o presente, com as familias illustres, que procedem dos Reys, e dos Serenissimos Duques de Bragança, justificada com instrumentos, e escritores de inviolavel fé, ..., por Antonio Caetano de Sousa, Officina Sylviana da Academia Real (Lisboa) na Regia Officina Sylviana, e da Academia Real, 1743, livro X, pág. 625
- ↑ 8,0 8,1 "Livro para lembrança dos enterros dos seculares, e das covas em que são sepultados, que pertenceu ao Convento da Graça, de Lisboa".
- ↑ António Carvalho da Costa, Corografia portugueza e descripçam topografica do famoso reyno de Portugal, na Off. de Valentim da Costa Deslandes, 1712, pág. 312
- ↑ 10,0 10,1 10,2 «Memorias Históricas e Genealógica dos Grandes de Portugal», por D. António Caetano de Sousa, Officina de Antonio Isidoro da Fonseca, Lisboa, 1742, pág. 210.
- ↑ Alvará de 12.01.1723 - Arquivo Casa Almada.
- ↑ 12,0 12,1 Gazeta de Lisboa occidental, Na officina da Pascoal da Sylva, 1737, p. 419
- ↑ «Memorias Históricas e Genealógica dos Grandes de Portugal», por António Caetano de Sousa, Regia Officina Sylviana, Lisboa, 1755, pág. 312.
- ↑ «Memorias Históricas e Genealógica dos Grandes de Portugal», por D. António Caetano de Sousa, Officina de Antonio Isidoro da Fonseca, Lisboa, 1742, pág. 247.
- ↑ Com mil reis de e dois mil e mais quinhentos reis, de cevada, por dia, por alvará de 25.08.1721. - Arquivo da Casa Almada
- ↑ Innocencio Francisco da Silva, Apontamentos Biographicos Acerca de Luís Francisco de Assis Sanches de Baena (1707-1782) dados à luz e offerecidos a seu terceiro neto o ex.mo senhor Visconde de Sanches de Baena», Lisboa, 1869, p.6
- ↑ «Memorias Históricas e Genealógica dos Grandes de Portugal», por António Caetano de Sousa, Regia Officina Sylviana, Lisboa, 1755, pág. 384-385.
- ↑ Anselmo Braamcamp Freire, "Brasões da Sala de Sintra", Livro segundo, pág. 267, Coimbra
- ↑ Com doze mil reis de pensão por ano na Comenda de São Salvador de Elvas - Arquivo da Casa Almada.
- ↑ Francisco José de Almada (dom), 1735-10-01 a 1736-10-01, Referência PT/AUC/ELU/UC-AUC/B/001-001/A/002089, Arquivo da Universidade de Coimbra
- ↑ 21,0 21,1 21,2 21,3 «Memorias Históricas e Genealógica dos Grandes de Portugal», por D. António Caetano de Sousa, Officina de Antonio Isidoro da Fonseca, Lisboa, 1742, pág. 211.
- ↑ «A Secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra. A Instituição, os Instrumentos e os Homens. (1736-1756)», por Júlia Platonovna Korobtchenko, Mestrado em História Moderna, Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras. Departamento de História, 2011, pág. 137.
Dados bibliográficos
- António Caetano de Sousa, «Memorias Históricas e Genealógica dos Grandes de Portugal», Regia Officina Sylviana, Lisboa, 1755, pág. 273-274.
- Felgueiras Gayo, «Nobiliário de Famílias de Portugal», Braga, 1938-1941, Tomo II p. 37 ("Almadas")
- Innocencio Francisco da Silva, Apontamentos Biographicos Acerca de Luis Francisco de Assis Sanches Baena (1707-1782) dados à luz e offerecidos a seu terceiro neto o ex.mo senhor Visconde de Sanches Baena», Lisboa, 1869
Controvérsia
Segundo alguns, não foi conde de Avranches ou Abranches, tal como tinham sido seus antepassados, apesar de representar a varonia Vaz de Almada e Abranches e o respectivo título nobiliárquico.