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Freguesia portuguesa extinta | ||||
Símbolos | ||||
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Localização | ||||
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Mapa de Louriceira | ||||
Coordenadas | ||||
município primitivo | Alcanena | |||
município (s) atual (is) | Alcanena | |||
Freguesia (s) atual (is) | Malhou, Louriceira e Espinheiro | |||
História | ||||
Extinção | 2013 | |||
Características geográficas | ||||
Área total | 12,78 km² | |||
População total (2011[1]) | 583 hab. | |||
Densidade | 45,6 hab./km² | |||
Outras informações | ||||
Orago | Nossa Senhora da Conceição |
Louriceira foi uma freguesia portuguesa do concelho de Alcanena, com 12,8 km² de território e 583 habitantes (2011). Densidade: 45,6 hab/km².
Foi extinta (agregada), em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, tendo sido agregada às freguesias de Malhou e Espinheiro, para formar uma nova freguesia denominada União das Freguesias de Malhou, Louriceira e Espinheiro com sede em Rua do Adro, Louriceira. [2]
População
População da freguesia de Louriceira [3] | ||||||||||||||
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1864 | 1878 | 1890 | 1900 | 1911 | 1920 | 1930 | 1940 | 1950 | 1960 | 1970 | 1981 | 1991 | 2001 | 2011 |
345 | 382 | 501 | 438 | 582 | 609 | 646 | 745 | 756 | 695 | 554 | 528 | 627 | 611 | 583 |
Nos censos de 1864 a 1911 pertencia ao concelho de Santarém. Passou a fazer parte do actual concelho pela lei nº 156, de 08/05/1914
Distribuição da População por Grupos Etários | |||||||||
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Ano | 0-14 Anos | 15-24 Anos | 25-64 Anos | > 65 Anos | 0-14 Anos | 15-24 Anos | 25-64 Anos | > 65 Anos | |
2001 | 92 | 74 | 296 | 149 | 15,1% | 12,1% | 48,4% | 24,4% | |
2011 | 64 | 67 | 295 | 157 | 11,0% | 11,5% | 50,6% | 26,9% |
Média do País no censo de 2001: 0/14 Anos-16,0%; 15/24 Anos-14,3%; 25/64 Anos-53,4%; 65 e mais Anos-16,4%
Média do País no censo de 2011: 0/14 Anos-14,9%; 15/24 Anos-10,9%; 25/64 Anos-55,2%; 65 e mais Anos-19,0%
História
A data de fundação desta freguesia perde-se na bruma dos tempos, mas a sua igreja matriz terá sido edificada no século XII (1151), o que prova ser terra antiga. Do seu passado, infelizmente, pouco se sabe, atribuindo-se frequentemente à fuga dos jesuítas que terão levado consigo o espólio da freguesia. Este saque da documentação terá sido completado em 1811 aquando da presença das tropas francesas na localidade. Esta ausência de documentos históricos é suprida, em parte, pelas lendas que se contam na Louriceira sobre os factos do seu passado. Assim, conta-se que Luís de Camões aqui terá nascido, na Quinta do Alviela, ou de que aqui houve uma feira anual que se realizava no dia 8 de Dezembro, dia da padroeira da freguesia, Nossa Senhora da Conceição, que, curiosamente, se realiza em Pernes. A Pernes pertenceu a Louriceira até à sua extinção por decreto de 24 de outubro de 1855, passando então para o concelho de Santarém até à criação, em 8 de maio de 1914, do concelho de Alcanena.
Louriceira tem uma curiosa implantação geográfica. Estende-se na direcção oeste/sudoeste, acompanhando grosseiramente o trajecto do Rio Alviela, desde os limites de Malhou e Vaqueiros até ao maciço de Porto de Mós, onde se localiza o lugar de Carvalheiro com os seus cem habitantes. Situam-se nesta localidade os famosos Olhos de Água, onde nasce o Rio Alviela. Durante mais de cem anos aí foi captada a água para o abastecimento de grande parte da cidade de Lisboa, sendo transportada através de uma conduta que começou a ser construída em Dezembro de 1871 e se concluiu em 1880. Durante a década em que ocorreram os trabalhos, a Louriceira conheceu um grande desenvolvimento comercial devido à presença de grande quantidade de trabalhadores, necessários à realização de tão grandiosa obra. Os vários aquedutos existentes na povoação, verdadeiras obras de arte e que constituem um interessante património arquitectónico e de arqueologia industrial, de que se salienta a Arcada do Vale, são o ex-líbris da Louriceira.
Louriceira é uma aldeia muito antiga, cujas origens remontam à Idade do Bronze, ou talvez ao período anterior. A sua Igreja Matriz, simples mas de inigualável beleza, classificada como Imóvel de Interesse Público, terá sido edificada no século XII, o que prova ser terra antiga. Esta Igreja, de invocação da Nossa Senhora da Conceição, de tipo Manuelino e com um notável revestimento cerâmico, é o edifício com maior interesse histórico.
Trata-se de uma aldeia de tradição agrícola, produzindo principalmente azeite.
A vida associativa da Louriceira teve o seu início na década de 40, movimento que até agora se tem mantido activo, fomentando o convívio e o desporto. Das associações que já trabalharam pela localidade destacam-se “ Os Belenenses”, a Sociedade Recreativa Louriceirense Futebol Clube e o Centro Instrutivo Louriceirense, que não existiram nunca em simultâneo. Em 2005, o Movimento de Apostolado de Adolescentes e Crianças (MAAC), um movimento de Ação Católica, essencialmente apostólico, iniciou a sua atividade na Louriceira.
Heráldica Publicada no Diário da República III Série de 2 de novembro de 1999
Armas - Escudo de prata, três fontes heráldicas separadas por dois ramos de loureiro, de verde, frutados de sua cor, com os pés passados em aspa e atados com um torçal de vermelho. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco com a legenda a negro, em maiúsculas: “ LOURICEIRA - ALCANENA “.
Bandeira - De verde, cordões e borlas de prata e verde. Haste e lança de ouro
Etimologia
O Topónimo da aldeia parece assentar raízes no nome latino da planta do loureiro – latium – lauritu.
Cultura
Na área cultural, existe uma pequena biblioteca na sede da Junta de Freguesia, e também neste espaço anualmente decorrem cursos de bordados, arraiolos, artes decorativas, estanho, pintura sobre vidro, cursos de: culinária, informática entre outros.
Infra-estruturas
Louriceira no que respeita à satisfação das necessidades de infra-estruturas básicas, tem uma cobertura de 100% no que respeita ao abastecimento domiciliário de água, 90% na cobertura do saneamento, sendo as águas residuais despejadas no rio Alviela depois de tratadas na ETAR de Alcanena. De igual modo, a recolha de lixo serve a Louriceira, em dois dias por semana, dispondo mesmo das valências de recolha selectiva de resíduos recicláveis, como vidro, papel, plástico e pilhas.
Localização
O Concelho de Alcanena criado a 8 de maio de 1914, inclui-se no extremo norte do Ribatejo, situado a noroeste do distrito de Santarém, numa zona de transição entre o Maciço Calcário Estremenho e a Bacia Terciária do Tejo.
Delimitando as suas fronteiras com os municípios de Torres Novas a este, Santarém a sul e sudoeste, Porto de Mós a noroeste e Ourém a nordeste.
Podemos dizer que Alcanena se encontra situada no centro do país, onde todas as direcções estão ao seu alcance. É um concelho acidentado com múltiplas elevações e numerosos vales, com aproximadamente 12.700 hectares, onde predominam os olivais; alguns eucaliptais e pinhais, culturas arvenses e matos revestem-se, de alguma importância. A maior parte da zona norte da autarquia foi integrada, em 4 de Maio de 1979, no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros. Alcanena integra a sub-região do Médio Tejo e em termos turísticos, a região de turismo do Ribatejo. Nesta área encontra-se uma das mais importantes grutas de criação de morcegos em Portugal, albergando grande diversidade de espécies e grande número de afectivos. Existem todas as razões possíveis para se deslocarem a este concelho e explorarem o excelente conjunto de valores naturais e culturais que Alcanena tem para oferecer. De coração ribatejano, não negamos a origem árabe que denominou Alcanina, a Vila de Alcanena, sendo apontados como seus fundadores: o nome o indica – Alcanena – cabeça seca, ou segundo outros, lugares sombrios. No entanto, perante uma secura extrema, devido à ausência de cursos de água superficiais, é possível seguir rios subterrâneos que correm por entre as camadas de rocha e que aqui e ali emergem à superfície - Os Olhos de Água.
Acessibilidades
No nó da A1 Lisboa/ Porto, tomamos a direcção de Alcanena, que se situa entre as Grutas de Santo António e Mira de Aire, a caminho de Fátima.
A paisagem típica é dominada pelos olivais e pelos figueirais. O município é percorrido por uma rede viária com 340 km. No entanto, a AE 1 e a A23 constituem, indubitavelmente os dois eixos rodoviários mais importantes.
Alcanena é ainda servida pela EN361, bem como outras estradas nacionais e municipais bem direccionadas que permitem uma boa acessibilidade, quer a outros pólos urbanos limítrofes, quer a todas as freguesias. O acesso para o Concelho e entre as freguesias é fácil, graças à razoável rede de transportes públicos existente.
Ver também
Referências
- ↑ «População residente, segundo a dimensão dos lugares, população isolada, embarcada, corpo diplomático e sexo, por idade (ano a ano)» (em português). Informação no separador "Q601_Centro". Instituto Nacional de Estatística. Consultado em 2 de Março de 2014. Cópia arquivada em 4 de dezembro de 2013
- ↑ Ata n. 1 da Assembleia de Freguesia da União de Freguesias de Malhou, Louriceira e Espinheiro. /pdf1sdip/2013/01/01901/0000200147.pdf Lei n.º 11-A/2013 de 28 de janeiro (Reorganização administrativa do território das freguesias)]. Acedido a 2 de fevereiro de 2013.
- ↑ Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes