Loio-Pérsio | |
---|---|
Loio Pérsio Navarro Vieira de Magalhães (Tapiratiba, novembro de 1927[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]] — Rio de Janeiro, janeiro de 2004[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]) foi um pintor, desenhista, gravador, ilustrador e artista gráfico brasileiro. Filho do poeta Pedro Saturnino Vieira de Magalhães e de Judith Magalhães Navarro .
Graduou-se em ciências juridicas e sociais pela Universidade Federal do Paraná. Foi um dos principais precursores do abstracionismo lírico / informal no Brasil. Sua obra é marcada pela espontaneidade do gesto em jogos de formas construídas por luz e cor, com especial cuidado aos valores da composição. Apesar de estar distante do rigor matemático do concretismo e do abstracionismo geométrico, sua pintura não surgia do simples acaso e sim de um persistente estudo. Produzia inúmeros desenhos, aquarelas e guaches antes de levar para a tela uma composição acertada. Ainda assim, sua pintura sempre permitia a liberdade expressiva e a subjetividade.
Frequentou o ateliê de Guido Viaro entre 1944 e 1948. Fez sua primeira exposição individual no Centro Cultural Iteramericano, em Curitiba, em 1947. Estudou pintura com Ado Malagoli e cenografia de Tomás Santa Rosa, no Serviço Nacional de Teatro, entre 1949 e 1950.
Foi um dos fundadores, em 1951, do Centro de Gravura do Paraná.
Fez viagens à Espanha e à França em 1964, e em 1976 a Paris, Roma e Londres. Em 1965, deu aulas na Escola Superior de Arte de Stuttgart, Alemanha. Dez anos depois foi pintor residente na Fundação Karoly, Vence, França.
Participou do Salão Paranaense de Belas Artes (1953, 1956 e 1957, com medalha de prata em 1953), do Salão Nacional de Arte Moderna (com isenção de júri em 1959, prêmio de viagem à Europa em 1963 e prêmio de viagem ao país em 1966), do Salão Paulista de Belas Artes (medalha de prata em 1959), da Bienal de São Paulo (1959 e 1989), da Bienal de Veneza (1960),[1] da Bienal Interamericana do México (medalha de ouro em 1960), da Bienal de Paris (1961), e da Bienal Brasil Século XX (1994).[2] Representou o Brasil no Guggenheim International Award de 1960,[3] em Nova York, ao lado de Maria Leontina, Manabu Mabe, Lygia Clark e Flávio Shiró.
Em 2001, recebeu bolsa da Fundação Pollock-Krasner, de Nova York.[4] Realizou numerosas exposições, dentre elas: Galeria Anna Maria Niemeyer (Rio, 1980, 1986 e 2001), Centro Cultural Banco do Brasil (Rio, 1992), Museu de Arte do Paraná, retrospectiva (Curitiba, 1996) e Museu Nacional de Belas Artes (Rio, 2001).
Loio-Pérsio era conhecido por um posicionamento radical em relação ao mercado de arte.
Ver também
Fontes
- CARVALHO, Adílson de - A Freguesia de Nossa Senhora da Assumpção do Cabo Verde e sua História
- Loio Pérsio na Enciclopédia Itaú Cultural
- "No retrovisor", matéria sobre Loio Pérsio na revista IstoÉ, fevereiro de 2005
Referências
- ↑ «Relação de artistas brasileiros participantes da Bienal de Veneza». Arquivado do original em 12 de fevereiro de 2015
- ↑ «Catálogo da Bienal Brasil Século XX, da Fundação Bienal»
- ↑ «Catálogo do Guggenhein Iternational Award do ano de 1960». 12 de fevereiro de 2015. Consultado em 12 de fevereiro de 2015
- ↑ «Obras de Loio-Pérsio no site da Fundação Pollock-Krasner». 12 de fevereiro de 2015. Consultado em 12 de fevereiro de 2015