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Lindomar Castilho

Lindomar Castilho
Arquivo:Lindomar Castilho.jpg
Informação geral
Nome completo Lindomar Cabral
Nascimento 21 de janeiro de 1940 (84 anos)[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]
Origem Santa Helena de Goiás, Goiás[1]
País  Brasil
Gênero(s) Bolero, Soul, Rock
Instrumento(s) voz, violão, acordeom
Período em atividade 1962 - 1981 / 1996 - 2000

Lindomar Castilho, nome artístico de Lindomar Cabral (Santa Helena de Goiás, Goiás, 21 de janeiro de 1940), é um assassino, ex-cantor e instrumentista brasileiro, mais conhecido pela música-baião Chamarada e pelo bolero Você É Doida Demais, que se tornou conhecido no Brasil através da série Os Normais da Rede Globo. Outros de seus sucessos foram Eu Amo A Sua Mãe e o samba-canção Tudo Tem A Ver.[1][2]

Em 1981, assassinou a sua segunda esposa, de quem já estava legalmente separado, Eliane de Grammont, e foi condenado a 12 anos e dois meses de prisão. O caso foi listado ainda em 2019 pelo site Último Segundo (do IG) como um dos "crimes famosos que chocaram" o Brasil.[3]

O último CD gravado pelo cantor foi Lindomar Castilho Ao Vivo, lançado pela Sony Music no ano 2000, no auge dos fenômenos musicais do brega e forró.[1]

Primeiros anos

Lindomar Cabral nasceu no então distrito de Santa Helena, pertencente à cidade de Rio Verde, em Goiás. Mudando-se para Goiânia, entrou para a Faculdade de Direito e no ano de 1960 começou a trabalhar na Secretaria de Segurança Pública do estado, após ter prestado concurso público, deixando a faculdade no segundo ano do curso.[4][1]

Carreira

Sua entrada na música se deu através do convite feito pelo diretor musical da gravadora Copacabana, Diogo Mulero, que em uma reunião na casa do compositor e escritor Bariani Ortêncio ouviu Lindomar cantar. Mulero o convidou para gravar um disco e sugeriu que ele usasse como nome artístico Lindomar Castilho. No final de 1962 Lindomar gravou seu primeiro álbum, intitulado Canções Que Não Se Esquecem.[4][5]

O cantor logo construiu uma carreira sólida, cantando boleros e sambas-canções românticos, se tornando um dos maiores vendedores de disco no Brasil da década de 1970. Seus discos chegaram a ser lançados simultaneamente no Brasil e nos Estados Unidos.[4][5]

Assassinato da ex-esposa

A paulista Eliane de Grammont e Lindomar se casaram no dia 10 de março de 1979, dois anos depois de se conhecerem nos corredores da antiga gravadora RCA, em São Paulo. O cantor, na época, já era conhecido como o rei do bolero enquanto ela ainda ensaiava os primeiros passos de sua carreira. Antes de casar, os dois decidiram que ela não cantaria mais para se dedicar ao lar. O matrimônio fez, portanto, Eliane abandonar a carreira profissional para se dedicar unicamente ao lar e cuidar da filha Liliane de Grammont, fruto da união do casal.[6]

Mas o casamento não durou muito tempo. Devido às agressões e ciúmes alimentados pelo alcoolismo de Lindomar, ela, aos 25 anos de idade, pediu a separação, o que Lindomar não aceitou de bom grado. Depois de separada, Eliane tentou retomar a carreira artística e começou a se apresentar com Carlos Randall, primo de Lindomar. Este, por sua vez, começou a desconfiar que os dois tinham um relacionamento amoroso, situação que só piorou quando também Randall se separou da mulher.[6]

Três meses depois de separada, em 30 de março de 1981, quando cantava no Café Belle Époque, no bairro da Bela Vista, em São Paulo, Eliane levou cinco tiros pelas costas, sendo que um dos disparos feriu também Randall, que se apresentava com ela. A cantora faleceu e Randall posteriormente levou anos para se recuperar do ferimento.[7][6]

Lindomar tentou fugir do local, mas foi contido por transeuntes. Acabou preso em flagrante e condenado a 12 anos de prisão por um júri popular em 23 de agosto de 1984. Depois de cumprir a pena, sendo seis anos em regime semiaberto, Lindomar Castilho ganhou a liberdade em 1996. Ainda enquanto preso da penitenciária goiana, gravou um disco com o título Muralhas da Solidão.[8][4]

Atualmente, retirado da vida musical, Lindomar vive sozinho em Goiás. Em 2012, numa rara entrevista, então já com 72 anos de idade e diversos problemas de saúde, ele disse ao portal G1 que "é um massacre isso. É lógico que eu me arrependo todos os dias. A gente comete coisas em momentos que está fora de si".[8]

Discografia

  • Canções Que Não se Esquecem ‎(1964)
  • Alma, Coração e Vida (1965)
  • Lindomar Castilho com Elcio Alvarez e sua Orquestra - Escuta Minha Oração (1965)
  • Mensagem de Carinho (1966)
  • Lindomar Castilho (‎1967)
  • Lindomar Castilho ‎(1968)
  • Canções Que Não Se Esquecem - Vol. 2 (1969)
  • Somos Iguais (1969)
  • Lindomar Castilho com Orquestra (1975)
  • O Filho do Povo (1976)
  • Chamarada (1977)
  • Adios Mi Amor, Adios/El Hombre Mas Triste Del Mundo ‎(1977)
  • Lindomar Castilho ‎(1978)
  • En Amorado De Las Americas (1978)
  • Lindomar Castilho ‎(1981)

Albuns extras

  • Amor... Somente Amor ‎(1982)
  • Coração Guerreiro ‎(1983)
  • Muralhas da Solidão (1986)
  • Lindomar Castilho (‎1989)
  • Lindomar Castilho (‎1996)

Ao vivo

  • Ao Vivo ‎(2000)

Ver também

Referências

  1. 1,0 1,1 1,2 1,3 Sérgio Martins (1 de março de 2000). «"Sou um novo homem"». Veja Online. Consultado em 18 de junho de 2012 
  2. Fernando Serpone (2 de junho de 2011). «Caso Lindomar Castilho». Último Segundo (IG). Consultado em 19 de junho de 2012 
  3. «Crimes famosos: relembre crimes que chocaram o país». Último Segundo. Portal IG. Consultado em 14 de agosto de 2019. Cópia arquivada em 27 de maio de 2019 
  4. 5,0 5,1 «Lindomar Castilho - Dados Artísticos». Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Consultado em 19 de junho de 2012 
  5. 6,0 6,1 6,2 Tortamano, Caio (11 de maio de 2020). «O crime que parou o Brasil: a tragédia de Eliane de Grammont». Aventuras na História (em português). Consultado em 2 de fevereiro de 2022 
  6. «Após quase ser morto pelo primo, Carlos Randall vira compositor dos famosos». R7.com (em português). 19 de agosto de 2020. Consultado em 2 de fevereiro de 2022 
  7. 8,0 8,1 Lívia Machado (26 de maio de 2012). «'Não canto mais nem no chuveiro', afirma Lindomar Castilho». G1. Consultado em 19 de junho de 2012 

Ligações externas

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