Lanny Gordin | |
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Informação geral | |
Nome completo | Alexander Gordin |
Nascimento | 28 de novembro de 1951 (73 anos)[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]] |
Origem | Xangai, China |
País | Brasil |
Gênero(s) | Rock, rock progressivo, rock psicodélico, folk, MPB |
Instrumento(s) | guitarra elétrica, violão, baixo |
Período em atividade | 1968 - atualmente |
Afiliação(ões) | Gilberto Gil, Jards Macalé, Caetano Veloso, Gal Costa, Hermeto Pascoal |
Alexander Gordin (Xangai, China, 28 de novembro de 1951), mais conhecido como Lanny Gordin, é um instrumentista (guitarrista) e compositor brasileiro.
Biografia
Nascido em Xangai, de pai russo[1] e mãe polonesa, viveu em Israel até o seis anos, quando mudou-se para o Brasil.[1] Seu pai era co-proprietário (com Hugo Landwehr) da casa noturna paulistana Stardust, onde Lanny se apresentou pela primeira vez ao lado de músicos como Hermeto Pascoal e Heraldo do Monte,[1] sendo que com este último Lanny Gordin participou do Brazilian Octopus, grupo em que também participava o guitarrista alemão Olmir Stocker.[2]
Em 1969, Pepeu Gomes veio morar com ele por seis meses. Neste período, revezaram-se na guitarra e no baixo num grupo que incluía ainda Hermeto nos teclados e Paulinho da Costa na percussão; por serem menores de idade, ambos tinham de se esconder na cozinha quando o Juizado de Menores vinha fiscalizar a Stardust.[3]
Os primeiros trabalhos de Lanny Gordin foram com artistas da Jovem Guarda. Uma de suas gravações deste período é a canção "Nem Sim, Nem Não", de Eduardo Araújo, registrada em 1968. Lanny Gordin passou então a tocar com artistas da Tropicália. Nesse período, gravou Gal Costa, Gal, LeGal e Fatal - A Todo Vapor com Gal Costa; Caetano Veloso (também conhecido como Álbum Branco), de Caetano Veloso; Gilberto Gil 1969 e Expresso 2222, de Gilberto Gil.[1]
É Lanny Gordin quem toca também no primeiro disco de Jards Macalé[1]; no Carlos, Erasmo de Erasmo Carlos (considerado um marco da guitarra no Brasil[1]); na música "Chocolate", de Tim Maia e na "Kabaluêre" de Antonio Carlos & Jocáfi. Além disso, acompanhou artistas como Elis Regina, Tom Zé, Chico César e Jair Rodrigues.
Do fim da década de 70 até a década de 90, Lanny Gordin viveu praticamente no ostracismo, principalmente devido a comprometimentos com sua diferença mental (Lanny desenvolvera, ainda jovem, esquizofrenia) e o uso de drogas.[3] Ainda assim, é possível ouvir sua guitarra em trabalhos com o Aguilar e a Banda Performática, Catatau (vocalista do Golpe de Estado), Itamar Assumpção, Chico César e Vange Milliet.
Pouco antes de completar 50 anos, Lanny passou a frequentar o CRUSP (Conjunto Residencial da USP) e a tocar com artistas iniciantes do local. Aos poucos, foi se apresentado novamente no circuito artístico de São Paulo e reavivando na memória do público sua guitarra. Vale destacar que nesse período de ostracismo, Lanny não parou de estudar e nem de tocar, chegando a uma média de estudo de seis a oito horas por dia com seu instrumento.
Sua volta definitiva aconteceu com a ajuda de Luis Calanca, dono da loja/selo Baratos Afins. Luis estava produzindo um disco solo de Catalau e chamou Lanny para tocar na obra. Ele chegou a gravar algumas músicas, mas saiu do estúdio para fumar e não foi mais visto pela equipe.[4]
Luis também gravou e lançou um disco solo de Lanny em 2001. O trabalho desencadeou no Projeto Alfa. Lanny também lançou em 2007 um disco chamado Duos que contém a participação de nomes da Tropicália (Gal Costa, Gilberto Gil, Caetano Veloso e Tom Zé) e ainda artistas da nova geração, dentre eles Zeca Baleiro, Fernanda Takai, Wanessa da Mata, Adriana Calcanhoto, Max de Castro e Rodrigo Amarante.
Projeto Alfa
No ano de 2002 Lanny Gordin, junto aos músicos Fábio Sá (contrabaixo acústico), Guilherme Held (guitarra) e Zé Aurélio ("timbatera" - uma adaptação da timba com a bateria), forma o Projeto Alfa. O Projeto Alfa já gravou dois CD, pelo selo Baratos Afins. Os discos foram produzidos por Luiz Calanca, gravados e mixados por Edmilson Aureliano ("Edmix"), nos Estúdios Guidon em São Paulo.
Prêmios e Honrarias
- Em 2012, foi incluído na lista "30 maiores ícones brasileiros da guitarra e do violão" da revista Rolling Stone Brasil.[5]
Discografia
Com Rita Lee
- Build Up (1970)
Com Gal Costa
- Gal Costa (1969)
- Gal (1969)
- LeGal (1970)
- Fa-Tal - Gal a Todo Vapor (1972)
Com Caetano Veloso
- Caetano Veloso (1969)
- Araçá Azul (1972)
Com Gilberto Gil
- Gilberto Gil (1969)
- Expresso 2222 (1972)
Com Chico César
- Aos Vivos (1995)
Solo
- Lanny Gordin (2001)
- Projeto Alfa, volume I e II (2004)
- Duos (2006)
- Lanny duos (2007)
Com Jards Macalé
- Jards Macalé (1972)
Com Hermeto Pascoal, Olmir Stocker e outros
- Brazilian Octopus (álbum de 1970)
Com Alarde
- Amém (música de 2009)
Ver também
Referências
- ↑ 1,0 1,1 1,2 1,3 1,4 1,5 Barcinski 2014, p. 176.
- ↑ Um dos principais e mais criativos guitarristas da MPB, flertando com o Rock e o Jazz, Lanny Gordin nunca foi à escola de música
- ↑ 3,0 3,1 Barcinski 2014, p. 177.
- ↑ Barcinski 2014, p. 178.
- ↑ «rollingstone.com.br». Consultado em 22 de setembro de 2012. Arquivado do original em 4 de outubro de 2012
- Barcinski, André (2014). Pavões Misteriosos — 1974-1983: A explosão da música pop no Brasil. São Paulo: Editora Três Estrelas. ISBN 978-85-653-3929-2