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Karl Robert Eduard von Hartmann

Karl Robert Eduard von Hartmann

Karl Robert Eduard von Hartmann (Berlim, 23 de fevereiro de 1842 – Berlim, 5 de junho de 1906) foi um filósofo alemão.

Biografia

Aluno da escola de Artilharia, foi obrigado a abandoná-la por motivos de saúde. Passa, então, aos estudos filosóficos, doutorando-se em 1867. No ano seguinte, publica Filosofia do inconsciente, primeira e mais importante de suas obras, que foi editada inúmeras vezes e que constituiu a base de seus trabalhos posteriores.

Partindo do exame dos resultados das ciências naturais tomando como a indução como método, Hartmann encontra a explicação dos fenômenos da natureza, e especialmente dos fenômenos orgânicos, na tese de um inconsciente criador do mundo, elemento ativo e cego. Análogo à ideia absoluta de Hegel e à vontade absoluta de Schopenhauer, seria, no entanto, anterior e mais abrangente que a ideia e a vontade, que constituiriam, justamente, seus atributos. O inconsciente é o incondicionado, o que não pode explicar-se por meio nenhuma relação, é o absoluto. Terá papel importante na concepção de linguagem como anterior à consciência em Nietzsche (Cf. Da origem da linguagem (Vom Ursprung der Sprache).

Uma vez que Hartmann combina os achados empíricos à sua investigação filosófica, é possível pensar em um conceito fundamental para sua teoria do inconsciente: o instinto. Ele chama de "vidência" o conhecimento imediato acerca de ações futuras que surge aos animais sem nenhuma participação da experiência sensível.

Além dessa contribuição, Hartmann escreveu abundantemente sobre diversos assuntos: teoria do conhecimento, ética, filosofia da ciência, filosofia da religião, teoria dos valores, etc. Ocupou-se da história da filosofia, especialmente da história da metafísica.

Obras selecionadas

  • A filosofia positiva de Schelling como unidade de Hegel e Schopenhauer;
  • A coisa em si e sua constituição (alemão: Das Ding und seine Beschaffenheit, 1871);
  • Filosofia do inconsciente (alemão: Philosophie des Unbewussten,1869);
  • O inconsciente do ponto de vista da fisiologia e da teoria da descendência;
  • Para a história e fundamentação do pessimismo.

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