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João, Conde de Barcelona

Predefinição:Info/Nobre João, Conde de Barcelona (em castelhano: Juan Carlos Teresa Silverio Alfonso de Borbón y Battenberg;[1] Santo Ildefonso, 20 de junho de 1913Pamplona, 1 de abril de 1993), foi pretendente a coroa espanhola. Era filho do rei Afonso XIII da Espanha e o avô de Filipe VI, atual rei da Espanha.

Apresenta uma rica biografia, por ter sido o pretendente ao trono e permanecido exilado no Estoril (Portugal) durante o longo governo ditatorial de Francisco Franco. José Luis de Vilallonga, em vários dos seus livros, relata as vicissitudes experimentadas pelo personagem, bem como suas divergências históricas com Franco. A biografia mais completa e real é o livro D. Juan, escrito por Luís Maria Anson, membro da Real Academia Espanhola e membro do Conselho Privado do Conde de Barcelona. Apesar delas, permitiu que seu filho, o futuro Juan Carlos, fosse educado na Espanha, sob a tutela e supervisão de Franco e de seus assessores. Depois da ascensão do filho ao trono, veio a renunciar aos seus direitos dinásticos.

A 31 de janeiro de 1986 foi agraciado com a grã-cruz da Ordem Militar de Cristo de Portugal.[2]

Faleceu em 1993, na Espanha, durante o reinado de seu filho João Carlos I de Espanha.

Primeiros anos

A rainha Vitória Eugênia com seus filhos João (direita) e Beatriz, em 1913

João nasceu no dia 20 de junho de 1913, no Palácio Real de La Granja de San Ildefonso. Era filho do rei Afonso XIII de Espanha e de sua esposa, a princesa inglesa Vitória Eugênia de Battenberg, neta da rainha Vitória do Reino Unido.

A família real espanhola foi para o exílio depois de umas eleições municipais terem colocado republicanos no poder nas maiores cidades, levando à proclamação da Segunda República Espanhola.[3] Alfonso XIII esperava que o seu exílio impedisse uma guerra civil entre republicanos e nacionalistas, algo que não aconteceu, tendo a Guerra Civil Espanhola eclodido pouco tempo depois. A família foi primeiro para França e depois para Itália. Em 1942, foi obrigada a deixar Itália por se ter tornado persona non grata para o governo italiano - de acordo com Harold Tittmann, um representante dos Estados Unidos no Vaticano nessa altura, pelo "apoio à causa aliada".

Retrato por Philip de László, 1927

Devido às renúncias de seus irmãos Afonso, Príncipe das Astúrias e Jaime, Duque de Segóvia, o infante João foi proclamado o herdeiro do extinto trono espanhol.

Casamento

Ele conheceu sua futura esposa em uma festa organizada pelo rei Vítor Emanuel III da Itália no dia anterior ao casamento de sua irmã, a infanta Beatriz. Ele casou-se com a princesa Maria das Mercedes de Bourbon-Duas Sicílias (1910–2000), na Basílica de Santa Maria dos Anjos e dos Mártires, em Roma, em 12 de outubro de 1935.[4] Eles tiveram quatro filhos:

  1. Pilar, Duquesa de Badajoz (1936-2020), casada com Luis Gómez-Acebo, Duque de Estrada, com descendência;
  2. João Carlos I de Espanha (nascido em 1938), rei da Espanha, casado com a princesa Sofia da Grécia e Dinamarca, com descendência;
  3. Margarida, Duquesa de Sória (nascida em 1939), casada com o Dr. Carlos Emilio Zurita e Delgado, com descendência;
  4. Afonso, Infante de Espanha (1941-1956), morto acidentalmente com um tiro de seu irmão mais velho Juan Carlos.Predefinição:Harvnp

A família residiu em Cannes e Roma e, com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, mudaram-se para Lausana para a residência da rainha Vitória Eugênia. Posteriormente residiram em Estoril, na Riviera Portuguesa.

Reivindicação ao trono espanhol

Quando o general Francisco Franco declarou a Espanha uma monarquia em 1947, ele a caracterizou como uma "restauração". No entanto, Franco temia que João revertesse a Espanha Franquista devido a diferentes pontos de vista políticos. Como resultado, em 1969, Franco declarou seu herdeiro o filho de João, Juan Carlos, ignorando a ordem sucessória, pois ele acreditava que seria mais provável que o filho de João, educado sob o regime de Franco, continuasse o Estado franquista depois de sua morte. Juan Carlos, no entanto, surpreendeu por seu apoio à democratização da Espanha. Franco e João não tiveram um bom relacionamento, com este último pressionando Franco constantemente para restaurar a monarquia. As relações azedaram ainda mais quando João chamou Franco de "usurpador ilegítimo", enquanto Franco alegou que ele tinha uma reivindicação mais forte de governar a Espanha do que João.

João renunciou formalmente a seus direitos ao trono espanhol oito anos depois de ter sido reconhecido como herdeiro do trono por Franco, e dois anos depois que seu filho, Juan Carlos, se tornou rei. Em troca, seu filho lhe concedeu oficialmente o título de conde de Barcelona, ​​que ele reivindicou por tanto tempo.

Caso João de Bourbon tivesse reinado, teria sido sob o nome João III, e vários setores monárquicos advogam que ele seja reconhecido como rei apesar de não ter reinado – como João I e Luís XVII da França.[5]

Ancestrais

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Francisco de Paula da Espanha
 
 
 
 
 
 
 
Francisco, Duque de Cádis
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Luísa Carlota das Duas Sicílias
 
 
 
 
 
 
 
Afonso XII de Espanha
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fernando VII de Espanha
 
 
 
 
 
 
 
Isabel II de Espanha
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maria Cristina das Duas Sicílias
 
 
 
 
 
 
 
Afonso XIII de Espanha
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Carlos, Duque de Teschen
 
 
 
 
 
 
 
Carlos Fernando da Áustria
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Henriqueta de Nassau-Weilburg
 
 
 
 
 
 
 
Maria Cristina da Áustria
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
José, Palatino da Hungria
 
 
 
 
 
 
 
Isabel Francisca da Áustria
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maria Doroteia de Württemberg
 
 
 
 
 
 
 
João, Conde de Barcelona
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Luís II, Grão-Duque de Hesse e Reno
 
 
 
 
 
 
 
Alexandre de Hesse e Reno
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Guilhermina de Baden
 
 
 
 
 
 
 
Henrique de Battenberg
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hans Moritz von Hauke
 
 
 
 
 
 
 
Julia von Hauke
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sophie Lafontaine
 
 
 
 
 
 
 
Vitória Eugênia de Battenberg
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ernesto I, Duque de Saxe-Coburgo-Gota
 
 
 
 
 
 
 
Alberto de Saxe-Coburgo-Gota
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Luísa de Saxe-Gota-Altemburgo
 
 
 
 
 
 
 
Beatriz do Reino Unido
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Eduardo, Duque de Kent e Strathearn
 
 
 
 
 
 
 
Vitória do Reino Unido
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vitória de Saxe-Coburgo-Saalfeld
 
 
 
 
 
 

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Referências

  1. Boletín Oficial del Estado
  2. «Cidadãos Estrangeiras Agraciados com Ordens Nacionais». Resultado da busca de "Juan de Borbón". Presidência da República Portuguesa (Ordens Honoríficas Portuguesas). Consultado em 1 de março de 2016 
  3. 50 verdades sobre o rei espanhol Juan Carlos
  4. «Boda de D. Juan de Borbón». ABC (Extraordinário). 13 de outubro de 1935. p. 23 
  5. Anson, Luis María (31 de março de 2009). «Juan III, hace dieciséis años». El Mundo 


Predefinição:S-start |- ! colspan="3" style="background: #79DBFF;" | Títulos pretendidos |- style="text-align:center;" |width="30%" align="center" rowspan="1"|Precedido por:
Afonso XIII |width="40%" style="text-align: center;" rowspan="1"|— TITULAR —
Coat of Arms of Juan, Count of Barcelona, after the renounce of his claim to the Throne.svg
Rei da Espanha
1941 - 1977
Motivo para a sucessão falhar:
Monarquia abolida;
Segunda República Espanhola em vigor
Predefinição:S-vac
Monarquia restaurada Predefinição:S-end

Predefinição:Pretendentes ao trono espanhol

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