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João Grave

Predefinição:Info/Jornalista João José Grave (Vagos, 11 de julho de 1872Porto, 11 de janeiro de 1934) foi um escritor e jornalista português. Autor de obras de ficção, crónica, ensaio e poesia. Como jornalista chefiou a redacção do Diário da Tarde e colaborou nos jornais Província, Século e Diário de Notícias e em vários órgãos da imprensa brasileira. Foi director da Biblioteca Municipal do Porto, dirigiu o dicionário enciclopédico Lello Universal e colaborou nas revistas Brasil-Portugal[1] (1899-1914), Revista nova [2] (1901-1902) e Serões [3] (1901-1911).

Biografia

Nascimento e formação

Nasceu na localidade de Vagos, em 1 de Junho de 1872.[4] Concluiu os estudos liceais em Aveiro, e no Porto formou-se em Farmácia.[5]

Carreira profissional e literária

Exerceu como jornalista, tendo trabalhado para vários jornais, incluindo o Diário da Tarde, onde foi director.[4] Também colaborou na Livraria Lello[4] e foi director da Biblioteca Municipal do Porto.[5]

Também foi escritor, tendo estado inicialmente ligado aos naturalistas, principalmente Emile Zola, mas posteriormente começou a escrever mais na linha dos romances de costumes.[5] A sua primeira obra publicada foi Livro de Sonhos, tendo em seguida escrito o livro Macieiras em Flor.[4]

Falecimento e família

Faleceu no Porto,[5] em 11 de Janeiro de 1934, tendo o funeral sido realizado no dia seguinte, com um cortejo fúnebre desde a Igreja da Trindade até ao Cemitério do Prado do Repouso, acompanhado por centenas de pessoas, incluindo representantes da Universidade do Porto e da casa Lello.[6]

João Grave estava casado com a pintora Luciana Aranha Grave, e era cunhado da escritora Aurora Jardim Aranha.[6]

Obras

  • Livro de Sonhos
  • Macieiras em Flor
  • Os Famintos (1903)
  • A Eterna Mentira (1904)
  • O Último Fauno (1906)
  • O Passado
  • Gente Pobre
  • Jornada Romântica
  • Reflorir
  • Reinado Trágico
  • A Inimiga
  • O Mutilado (1919)
  • A Morte Vence (eBook)
  • Vitória de Parsifal (1922)
  • Paixão e Morte da Infanta
  • Os Sacrificados
  • Os que amam e os que sofrem
  • Cruel Amor
  • Foguetes de Santo António
  • Gleba
  • Vida do Espírito (pensamentos)
  • S. Frei Gil de Santarém
  • O Amor e o Destino
  • Almas Inquietas
  • Memórias dos Dias Findos
  • A Morta Romântica (1924)
  • Os Vivos e os Mortos (1925)
  • Cartas para o Brasil (1929)

Referências

  1. Rita Correia (29 de Abril de 2009). «Ficha histórica: Brasil-Portugal : revista quinzenal illustrada (1899-1914).» (PDF). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 26 de Junho de 2014 
  2. Pedro Mesquita (25 de Junho de 2013). «Ficha histórica: Revista nova(1901-1902)» (PDF). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 15 de setembro de 2015 
  3. Rita Correia (24 de Abril de 2012). «Ficha histórica: Serões, Revista Mensal Ilustrada (1901-1911).» (PDF). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 23 de Setembro de 2014 
  4. 4,0 4,1 4,2 4,3 «João Grave». Diário de Lisboa. Ano 13 (4009). Lisboa: Renascença Gráfica. 11 de Janeiro de 1934. p. 8. Consultado em 3 de Fevereiro de 2018 – via Casa Comum / FUndação Mário Soares 
  5. 5,0 5,1 5,2 5,3 «João José Grave». Portal da Literatura. Consultado em 20 de Outubro de 2019 
  6. 6,0 6,1 «Os nossos mortos» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 47 (1106). 16 de Janeiro de 1934. p. 62. Consultado em 3 de Fevereiro de 2018 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 


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