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Júlia Billiart

Predefinição:Info/Santos Maria Rosa Júlia Billiart (Cuvilly, Picardia, 12 de julho de 1751Namur, 8 de abril de 1816) foi uma santa católica, beatificada pelo Papa Pio X em 13 de maio 1906 e canonizada por Paulo VI 22 de junho de 1969. Fundadora da Congregação de Notre Dame de Namur, é festejada em 8 de abril[1][2].

Vida

Era filha de Francisco e Maria Antonieta, camponeses pobres e muito religiosos, por isso sempre precisou trabalhar, já que sua família passava por dificuldades econômicas. Mas, mesmo com todas as suas ocupações, sempre procurava tempo para visitar os enfermos e os abandonados. Ajudava-os e orava por eles, pois já havia aprendido todo o catecismo aos oito anos e feito a Primeira Eucaristia[3].

Um dia, quando ainda nem tinha vinte anos, enquanto trabalhava com seu pai, um indivíduo disparou um fuzil contra este e ela ficou com uma paralisia nas pernas, devido ao enorme choque emocional que teve. Mas, com freqüência, se ouvia ela dizer: "Que belo dia!"[3]

Em 1790, devido à Revolução Francesa, mesmo nas sua condição de doente e pobre, só porque era religiosa, teve que fugir para Compiègne, "perseguida" pelas autoridades. Os sofrimentos agravaram de tal forma o seu problema que chegou a "perder a fala por alguns meses"[4].

Em 1793 teve uma visão. Aos pés de uma cruz, ela "viu um grupo de mulheres vestindo roupas estranhas e escutou uma voz" que dizia: "Eis as filhas que te darei num Instituto que será marcado com a minha cruz."[4]

No fim do tempo das convulsões jacobinas, mudou-se para Amiens, onde recobrou a fala e conheceu Maria Luísa Francisca Blin de Boudon, Viscondessa de Gézaincourt, mulher muito inteligente e culta, que seria sua amiga íntima e colaboradora[5].

Em Amiens, Júlia e Francisca fundaram o Instituto de Nossa Senhora, atual Congregação de Notre Dame de Namur, com o apoio do padre jesuíta Joseph Varin. O fim do instituto era o cuidado espiritual de crianças e formação de catequistas. Foi a primeira congregação religiosa que o fez sem distinções entre as integrantes, independentemente da classe social e raça. Assim que ingressaram ao instituto algumas candidatas, abriu-se um orfanato e inauguraram-se salas noturnas de catequese. Júlia dizia: “Pensem quantos poucos sacerdotes há atualmente e quantas crianças necessitadas se debatem na ignorância. Temos que lutar para ganhá-los para Cristo[5].

Em 1804, juntamente com um padre fez uma novena ao Sagrado Coração de Jesus, e, no quinto dia, milagrosamente voltou a andar.[2]

A saúde lhe permitiu consolidar e expandir sua obra, inaugurando os conventos em Namur, Gante e Tournai[6].

Ao ser substituído o Padre Varin, o novo confessor viu a presença da congregação com maus olhos. Então, o bispo de Amiens exigiu que a madre saísse de sua diocese. Ela se retirou com as religiosas para o convento de Namur, onde o seu bispo as recebeu. Madre Júlia passou aí os últimos sete anos de sua vida formando as religiosas e fundando novas casas[2].

Morreu em 8 de abril de 1816, enquanto recitava o Magnificat e fazia suas preces à sua protetora, Santa Júlia mártir de Cartago[2].

Ligações externas

Referências

  1. «The foundress of the Sisters of Notre Dame de Namur». www.thebostonpilot.com. Consultado em 15 de janeiro de 2022 
  2. 2,0 2,1 2,2 2,3 «8 DE ABRIL DIA DA SANTA JÚLIA BILLIART – DIOCESE DE SÃO JOÃO DA BOA VISTA». Consultado em 15 de janeiro de 2022 
  3. 3,0 3,1 «8 DE ABRIL DIA DA SANTA JÚLIA BILLIART – DIOCESE DE SÃO JOÃO DA BOA VISTA». Consultado em 15 de janeiro de 2022 
  4. 4,0 4,1 Marytherese, Sister (julho de 2009). Heroes and Heroines Canonized in the Twentieth Centurybook II (1951 - 1999) (em English). [S.l.]: AuthorHouse 
  5. 5,0 5,1 link, Get; Facebook; Twitter; Pinterest; Email; Apps, Other. «Saint April 8 : St. Julia Billiart : Patron of Poverty, Sick people : #Foundress» (em English). Consultado em 15 de janeiro de 2022 
  6. «St. Julia Billiart | EWTN». EWTN Global Catholic Television Network (em English). Consultado em 15 de janeiro de 2022 
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