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Presbiterianismo

Calvinismo
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João Calvino
Bases históricas:

Cristianismo
Reforma

Marcos:

A Institutio Christianæ Religionis de Calvino
Os Cinco Solas
Cinco Pontos (TULIP)
Semper reformanda
Confissões de fé
Bíblia de Genebra

Influências:

Teodoro de Beza
John Knox
Ulrico Zuínglio
Moise Amyraut
Jonathan Edwards
Teologia puritana
Karl Barth

Igrejas:

Reformadas
Presbiterianas
Congregacionais
Batistas reformados
Pentecostais reformados
Novo Calvinismo

O presbiterianismo refere-se às igrejas cristãs protestantes que aderem à tradição teológica reformada (calvinismo) e cuja forma de organização eclesiástica se caracteriza pelo governo de uma assembleia de presbíteros ou anciãos. Há muitas entidades autônomas em países por todo o mundo que subscrevem igualmente o presbiterianismo. Para além de distinções traçadas entre fronteiras nacionais, os presbiterianos também se dividiram em alguns países por razões doutrinais, como o Liberalismo Teológico, Evangelicalismo, Ordenação Feminina, práticas litúrgicas, entre outras razões, fazendo assim com que existam várias denominações presbiterianas diferentes em alguns países, mas todas com o mesmo sistema de governo eclesiástico.[1][1][2]

As igrejas presbiterianas são oriundas da Reforma Protestante do século XVI, e mantêm o caráter de Igreja Católica (o termo "católico", derivado da palavra grega: καθολικός (katholikos), significa "universal" ou "geral"), como declarado no Credo dos Apóstolos. É uma família denominacional cristã comprometida com valores éticos e morais. Sua atuação no contexto social brasileiro, por exemplo, é marcante, através de instituições de ensino desde o infantil até o superior,que têm alcançado excelência e reconhecimento internacional, como por exemplo, Universidade Presbiteriana Mackenzie, Instituto Presbiteriano Gammon, entre outras.

História do presbiterianismo

O nome destas denominações deriva da palavra grega presbyteros, que significa literalmente "ancião". O governo presbiteriano é comum nas igrejas protestantes que foram modeladas segundo a Reforma protestante suíça, notavelmente na Suíça, Escócia, Países Baixos, França e porções da Prússia, da Irlanda e, mais tarde, nos Estados Unidos. A crença se firma nas doutrinas bíblicas sobre a predestinação, segundo a interpretação de João Calvino, Deus já havia eleito, "desde antes da fundação do mundo" (Ef 1:4), os abençoados com a salvação e os condenados à perdição eterna. O homem, por sua natureza pecadora, não era digno de mudar essa decisão nem de conhecê-la. Para não viver angustiado pela dúvida, o crente deveria buscar sinais da graça divina perseverando em sua fé mantendo uma vida de retidão e de obediência a Deus.

Na Inglaterra, Escócia e Irlanda, as igrejas reformadas que adotaram uma forma de governo presbiteriano em vez de episcopal ficaram conhecidas como igrejas presbiterianas.

Igreja Presbiteriana St. Giles, Escócia

Na Escócia, John Knox (1505-1572), que estudara com João Calvino em Genebra, levou o Parlamento da Escócia a abraçar a Reforma em 1560. A primeira Igreja Presbiteriana, a Igreja da Escócia (ou Kirk), foi fundada como resultado disso.

Na Inglaterra, o presbiterianismo foi estabelecido secretamente em 1572, nos finais do reinado da rainha Isabel I de Inglaterra. Em 1647, por efeito de uma lei do Longo Parlamento sob o controle dos puritanos, o presbiterianismo foi estabelecido para a Igreja Anglicana. O restabelecimento da monarquia em 1660 trouxe também o restabelecimento da forma de governo episcopal na Inglaterra (e, por um período curto, na Escócia); mas a Igreja Presbiteriana da Inglaterra continuou a ser considerada não conformista, fora da igreja estabelecida.

Na Irlanda, o presbiterianismo foi estabelecido por imigrantes escoceses e missionários enviados par Ulster. O presbitério do Ulster foi formado separadamente da igreja estabelecida, em 1642. Todos os três, ramos muito diversos do presbiterianismo, bem como igrejas independentes e algumas denominações holandesas, alemãs e francesas, foram combinadas nos EUA para formar aquilo que se tornou conhecido como a Igreja Presbiteriana nos Estados Unidos da América (1705). A igreja presbiteriana na Inglaterra e País de Gales é a United Reformed Church, enquanto que esta tradição também influenciou a Igreja Metodista, fundada em 1736.

Os presbiterianos destacam-se pelo incentivo à educação, entre as numerosas instituições presbiterianas espalhadas pelo mundo destacam-se a Yale University, Universidade de Princeton e o Instituto e Universidade Mackenzie. [carece de fontes?]

O governo presbiteriano

Catedral Presbiteriana do Rio de Janeiro

O governo presbiteriano é uma forma de organização da Igreja que se caracteriza pelo governo de um presbitério, ou seja: uma assembleia de presbíteros, ou anciãos. Esta forma de governo foi desenvolvida como rejeição ao domínio por hierarquias de bispos individuais (forma de governo episcopal) e por ser o modelo organizacional utilizado pelos Apóstolos nos primórdios da Igreja de Cristo . Esta teoria de governo está fortemente associada com os movimentos da Reforma Protestante na Suíça e na Escócia (calvinistas), com as igrejas reformadas e mais particularmente com as igrejas presbiterianas.[1][3][1][4]

O presbiterianismo assenta em pressupostos específicos sobre a forma de governo desejada pelo Novo Testamento:

  • A função do ministério da palavra de Deus e a administração dos sacramentos é ordinariamente atribuída ao pastor em cada congregação (igreja) local. As congregações são núcleos dependentes da igreja local.
  • A administração da ordenação e legislação está a cargo das assembleias de presbíteros, entre os quais os ministros e outros anciãos são participantes de igual importância. Estas assembleias são chamadas concílios.
  • Todas as pessoas são sacerdotes, preocupadas com a sua própria salvação, em nome dos quais os anciãos são chamados a servir pelo assentimento da congregação (sacerdócio de todos os crentes).

Desta forma, o papel governamental dos presbíteros é limitado à tomada de decisões quando há uma reunião, sendo de resto a função dos pastores e o serviço da congregação, orar por eles e encorajá-los na sua fé. Esta forma de governo permite a flexibilidade na tomada de decisão, em contraste com o que acontece nas Igrejas em que bispos detêm um poder concentrado.

Os concílios presbiterianos crescem em gradação hierárquica. Cada Igreja local tem o seu concílio, chamado de sessão ou conselho. As igrejas de uma determinada região compõem um concílio maior chamado presbitério. Os presbitérios, por sua vez, compõem um sínodo. O concílio maior numa igreja presbiteriana é a assembleia geral ou supremo concílio.[5]

Presbiterianismo por país

América do Sul

Igreja Presbiteriana Central de Jataí - Goiás

Brasil

No Brasil, segundo o Censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em 2010, havia cerca de 1.000.000 de presbiterianos no país, ou seja, 0,5% da população.[6]

Igreja Presbiteriana de Fortaleza, Ceará
  • Igreja Presbiteriana Contemporânea
  • Igreja Presbiteriana Coreana - dividida em vários grupos (Hermom, Smyrna, Betesda, Água Viva, Antioquia, outras) no estado de São Paulo.
  • Igrejas Presbiterianas da Reforma no Brasil (IPDRB) - Sede Sarandi/PR

Denominações pentecostais presbiterianas:

Uruguai

Paraguai

Bolívia

Chile

América Central e Caribe

Belize

Costa Rica

Cuba

Granada

Guatemala

Haiti

Honduras

Panamá

Trinidad e Tobago

América do Norte

Estados Unidos da América

Igreja dos Peregrinos (1928) em Washington, D.C.

Nos Estados Unidos existiam cerca de 7.000.000 de presbiterianos no país, ou seja, 2,2% da população, segundo o Pew Research Center em 2014.[8]

Canadá

No Canadá, segundo censo realizado em 2011, havia cerca de 472.385 presbiterianos no país, ou seja, 1,4% da população.[9]

México

No México, existiam cerca de 500.000 presbiterianos no último censo, realizado em 2010, que corresponde a 0,4% da população do país.[10]

Europa

Escócia

Na Escócia, segundo pesquisa realizada em 2014, havia cerca de 1.500.000 de presbiterianos no país, o que corresponde a 47,8% da população.[11]

Espanha

França

Irlanda

Na República da Irlanda, segundo censo realizado em 2011, havia cerca de 24.600 presbiterianos no país, o que corresponde a 0,5% da população.[12]

País de Gales

No País de Gales, segundo censo realizado em 2011, havia cerca de 24.000 presbiterianos no país, o que corresponde a 0,8% da população.[13]

Portugal

Hungria

África

África do Sul

Na África do Sul, segundo pesquisa realizada pelo Pew Forum Center, em 2010, havia cerca de 1.100.000 presbiterianos no país, o que corresponde a 2% da população.[14]

Angola

Camarões

Nos Camarões, segundo pesquisa realizada pelo Pew Forum Center, em 2010, havia cerca de 2.200.000 presbiterianos no país, o que corresponde a 11% da população.[14]

Gana

Em Gana, segundo pesquisa realizada pelo Pew Forum Center, em 2010, havia cerca de 3.500.000 presbiterianos no país, o que corresponde a 14% da população.[14]

Guiné-Bissau

Guiné-Equatorial

Costa do Marfim

Etiópia

Libéria

Na Libéria, segundo pesquisa realizada pelo Pew Forum Center, em 2010, havia cerca de 240.000 presbiterianos no país, o que corresponde a 1% da população.[14]

Malawi

Maurício

Moçambique

Nigéria

Na Nigéria, segundo pesquisa realizada pelo Pew Forum Center, em 2010, havia cerca de 750.000 presbiterianos no país, o que corresponde a 0,5% da população.[14]

Quênia e Tanzânia

No Quênia, segundo pesquisa realizada pelo Pew Forum Center, em 2010, havia cerca de 2.100.000 presbiterianos no país, o que corresponde a 5% da população.[14]

Ruanda

No Ruanda, segundo pesquisa realizada pelo Pew Forum Center, em 2010, havia cerca de 440.000 presbiterianos no país, o que corresponde a 4% da população.[14]

República Democrática do Congo

Na República Democrática do Congo, segundo pesquisa realizada pelo Pew Forum Center, em 2010, havia cerca de 630.000 presbiterianos no país, o que corresponde a 1% da população.[14]

Serra Leoa

Sudão

Uganda

Togo

Zâmbia

Na Zâmbia, segundo pesquisa realizada pelo Pew Forum Center, em 2010, havia cerca de 2.650.000 presbiterianos no país, o que corresponde a 2% da população.[14]

Zimbábue

Ásia

Bangladesh

Coreia do Sul

Na Coreia do Sul, segundo censo realizado em 2005, havia cerca de 5.800.000 presbiterianos no país, o que correspondia a 12% da população.[15]

Índia

Na Índia, segundo estimativas da Igreja Unida na Austrália, existiam cerca de 1.300.000 presbiterianos em 2009, o que corresponde a 0,1% da população do país.[16]

Japão

Malásia

Myanmar

Nepal

Paquistão

No Paquistão, segundo estimativas da Universidade Presbiteriana Mackenzie, existiam 400.000 presbiterianos em 2010, o que corresponde a 0,2% da população do país.[17]

Filipinas

Singapura

Taiwan

Em 2009, segundo dados da Igreja Presbiteriana em Taiwan, havia cerca de 250.000 presbiterianos em Taiwan, o que corresponde a 1% da população do país.[18]

Timor-Leste

Vietnã

Oceânia

Austrália

Na Austrália, segundo censo realizado em 2011, havia cerca de 600.000 presbiterianos no país, o que correspondia a 3% da população.[19]

Nova Zelândia

Na Nova Zelândia, segundo censo realizado em 2013, havia cerca de 330.516 presbiterianos no país, o que correspondia a 8,5% da população.[20]

Vanuatu

Em Vanuatu, segundo o Relatório Internacional sobre Liberdade Religiosa realizado em 2007 em Vanuatu, havia cerca de 70.500 presbiterianos no país, o que correspondia a 32% da população.[21]

Ver também

Referências

  1. 1,0 1,1 1,2 1,3 «Um Sistema de Governo Presbiteriano» (PDF). Consultado em 9 Nov. 2016 
  2. «O sistema de governo da Igreja Presbiteriana do Brasil» (PDF). Consultado em 9 Nov. 2016. Arquivado do original (PDF) em 10 de agosto de 2016 
  3. «Universidade Presbiteriana Mackenzie: Os oficiais no sistema presbiteriano». Consultado em 9 Nov. 2016 
  4. «Sistemas de governo eclesiásticos cristãos». Consultado em 9 Nov. 2016. Arquivado do original em 10 de novembro de 2016 
  5. «Organograma da Igreja Presbiteriana do Brasil». Consultado em 9 Nov. 2016 
  6. «Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística: Censo 2010 sobre religião» (PDF). Consultado em 9 de novembro de 2016 
  7. «Igreja Presbiteriana Reformada do Brasil». 2018. Consultado em 15 de maio de 2021 
  8. «Pew Research Center: Religião nos Estados Unidos em 2014». Consultado em 9 Nov. 2016 
  9. «Censo de 2011: Religião no Canadá». Consultado em 9 Nov. 2016 
  10. «Instituto Nacional de Geografia e Estatística do México». Consultado em 9 Nov. 2016 
  11. «Pesquisa indica 1,5 milhões de escoceses identificar com a Igreja da Escócia (Presbiteriana)». Consultado em 9 Nov. 2016 
  12. «Religião na República da Irlanda em 2011». Consultado em 19 Abr. 2015 
  13. «Membros da Igreja Presbiteriana de Gales». Consultado em 19 Abr. 2015 
  14. 14,0 14,1 14,2 14,3 14,4 14,5 14,6 14,7 14,8 «Religião na África Subsaariana» (PDF). Consultado em 9 Nov. 2016. Arquivado do original (PDF) em 30 de abril de 2018 
  15. «Religião na Coreia do Sul em 2005». Consultado em 9 Nov. 2016 
  16. «Igreja Presbiteriana da Índiia» (PDF). Consultado em 9 Nov. 2016. Arquivado do original (PDF) em 3 de março de 2016 
  17. «Presbiterianismo na Ásia». Consultado em 9 Nov. 2016 
  18. «Igreja Presbiteriana em Taiwan». Consultado em 9 Nov. 2016 
  19. «Religião na Austrália em 2011». Consultado em 9 Nov. 2016. Arquivado do original em 25 de abril de 2016 
  20. «Religião na Nova Zelândia em 2013». Consultado em 9 Nov. 2016 
  21. «Religião em Vanuatu em 2007». Consultado em 9 Nov. 2016 

Ligações externas

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