O Grupo Monteiro Aranha é um grupo empresarial brasileiro do estado do Rio de Janeiro, especializado em investimentos.[1]
O grupo tem suas ações negociadas na BOVESPA.
História
Teve início em 1919 quando os engenheiros Alberto Monteiro de Carvalho e Silva e Olavo Egídio de Sousa Aranha Júnior fundaram a Companhia Técnica Brasileira de Engenharia Civil e Arquitetura, renomeada Monteiro & Aranha Engenharia, Comércio e Indústria.[2] Dois anos depois, em 1921, fundaram a Cisper, indústria de vidro.
Em 1940, durante o Estado Novo, Getúlio Vargas incentivou os primos Wolf Klabin e Horácio Lafer a empreender na fabricação de bobinas de papel jornal que até então o país importava. Getúlio insistiu que 20% do capital da Klabin S.A. fosse para o grupo Monteiro Aranha.[3]
Durante o governo de Juscelino Kubitschek, em 1951, o grupo Monteiro Aranha investiu para produzir veículos Kombi. Cinco anos depois foi criada a Volkswagen do Brasil.[2]
Em 1969, após o falecimento do sócio Carvalho e Silva, Olavo Aranha Júnior se casou com a viúva o que reuniu o capital da empresa.[2] Quando esse último fundador morreu em 1972, o grupo tinha 20% do capital da Volkswagen do Brasil, das indústrias Klabin, e da Cisper. Tinha também 12% da Papel e Celulose Catarinense e da empresa Oxiteno. Participava com 48% da Cotil, holding detentora de 15% do capital da Petroquímica União.[2]
Em 1982, após um familiar vender sua posição de 20%, seguida de recompra pela família de metade daquelas ações, o grupo Bradesco, um sucessor da Atlântica Seguros, tornou-se acionista do grupo. Em julho de 2020, o Bradesco vendeu suas ações para o grupo de controle.[4] Em 1997, comprou o Banco Boavista que foi vendido três anos depois para o Bradesco.
Em 2011 deixou de ser acionista da Cisper; que tinha uma participação de 20% do capital.[1][5]
Referências
- ↑ 1,0 1,1 «Monteiro Aranha de volta às origens». IstoÉ Dinheiro. 23 de julho de 2010. Consultado em 9 de janeiro de 2018
- ↑ 2,0 2,1 2,2 2,3 Ficher, Sylvia (2005). Os Arquitetos da Poli. [S.l.]: Edusp
- ↑ Morais, Fernando (1994). Chatô, o rei do Brasil. [S.l.]: Companhia das Letras. p. 429
- ↑ Arbex, Pedro (3 de julho de 2020). «Bradesco sai da Monteiro Aranha — que pode fechar o capital». Brazil Journal
- ↑ André Vieira (30 de maio de 2011). «Monteiro Aranha vende a sua fatia na Cisper». Economia IG. Consultado em 9 de janeiro de 2018