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George Ivanovich Gurdjieff

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George Gurdjieff
Գեորգի Իվանովիչ Գյուրջիև
George Gurdjieff entre 1925 e 1935
Nome completo George Ivanovich Gurdjieff
Nascimento 13 ou 14 de janeiro de 1866 ou 27 de dezembro de 1877
Alexandropol, Império Russo
Morte 29 de outubro de 1949[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]
Neuilly-sur-Seine, França
Ocupação Guia espiritual
Principais trabalhos Encontros com Homens Notáveis

Georgiǐ Ivanovič Gǐurdžiev (em Predefinição:Língua com nome, em georgiano: გიორგი გურჯიევი; em grego: Γεώργιος Γεωργιάδης; em russo: Гео́ргий Ива́нович Гюрджи́ев; Império Russo, 1866 ou 1877 — Neuilly-sur-Seine, 29 de outubro de 1949[1]), foi um místico e mestre espiritual armênio. Ensinou a filosofia do autoconhecimento profundo, através da lembrança de si, transmitindo a seus alunos, primeiro em São Petersburgo, depois em Paris, o que aprendera em suas viagens pela Rússia, Afeganistão e outros países.

Georgii Ivanovich Gurdzhiev, mestre espiritual greco-armênio, era uma figura enigmática e uma força influente no panorama dos novos ensinamentos religiosos e psicológicos, mais como um patriarca do que como um místico Cristão. Era considerado, por aqueles que o conheceram, como um incomparável “despertador” de homens. Trouxe para o Ocidente um modelo de conhecimento esotérico e deixou atrás de si uma metodologia específica para o desenvolvimento da consciência.

O ensinamento de Gurdjieff foi transmitido de forma clara para o Ocidente por seu discípulo, Peter Ouspensky, a quem o Mestre permitiu que fossem tomadas notas de suas conferências em Moscou, São Petersburgo e outras cidades da Rússia. O fruto deste trabalho resultou no livro Fragmentos de um Ensinamento Desconhecido - Em Busca do Milagroso, que traça de forma didática as principais lições do mestre greco-armênio, então residente na Rússia. Mesmo separado posteriormente de seu instrutor, P.D. Ouspensky jamais deixou de orientar-se pelas lições tomadas pelo Mestre, particularmente em seu próprio círculo em Londres, onde desenvolvia o "trabalho". Após sofrer um grave acidente automobilístico nos Estados Unidos em meados dos anos 30, Gurdjieff dedicou-se a escrever seus livros, dando origem à trilogia composta por Relatos de Belzebu a seu Neto, Encontros com Homens Notáveis e O Mundo só é Real quando eu Sou.

O segundo livro foi adaptado para o cinema nos anos 80 por Peter Brook - assessorado pela Mme. de Salzmann, sendo chamado, em inglês Meetings with Remarkable Men (em português, "Encontros com Homens Notáveis").

O conhecimento de si

A princípio, pode-se dizer que Gurdjieff pretende investigar o que chama de "máquina humana" sob o ponto de vista da totalidade de seus cinco (05) centros[2] - o motor, o instintivo, o sexual,[3] o emocional e o intelectual - harmonizando os diversos aspectos do ser. Neste ponto, é fundamental desenvolver o "conhecimento de si", por meio da "observação de si", o que ajuda o homem a conhecer a si mesmo. Para tanto, Gurdjieff não se limita à palavra escrita, mas operava em seu "trabalho" com danças sagradas (trazidas de suas viagens pelo Oriente, em particular de seu contato com os "dervixes" de Istambul e de outros países) e a música (mais tarde, transformadas em composições com a ajuda de seu discípulo De Hartmann). O próprio Gurdjieff se auto-denominava um "instrutor de dança".

O sistema de Gurdjieff parte do pressuposto de que os homens estão dormindo, são máquinas ambulantes que não sabem o que fazem. Isto porque o que geralmente achamos que é o "eu" é, na realidade, um conjunto de "eus" que povoam nossa mente, por isso temos que controlá-los através dos "eus-de-trabalho" e assim evitar cair na imaginação que, segundo Gurdjieff, nos afasta da presença.

O homem "desperto", aquele que tem consciência de si, é raro. Muitos pensam que têm consciência, porém sequer imaginam do que isso se trata. Sempre que indagado sobre a reencarnação, Gurdjieff desviava a conversa para outro foco. Um aforisma que sempre repetia era de que a "alma é um luxo". Em outras palavras, temos que conquistar níveis superiores do ser através de uma profunda busca pelo autoconhecimento e de uma contínua busca pelo equilíbrio das energias positiva e negativa da própria natureza. O homem dotado de consciência ou vontade é muito raro.

Gurdjieff costumava lançar mão nestas ocasiões de uma alegoria oriental: a alegoria da carruagem. Nesta representação simbólica a carruagem é o corpo físico, os cavalos são os sentimentos, o cocheiro é a mente, e dentro da carruagem está o verdadeiro habitante, que é o EU Interior. No indivíduo comum estas partes estão dissociadas e muitas vezes o cocheiro não consegue empregar muito bem os arreios, conduzindo os cavalos. Além disto, o passageiro dentro da carruagem não consegue dar ordens ao cocheiro da direção a ser tomada, e deste modo a carruagem segue parcialmente descontrolada para um rumo que ninguém previu, terminando sempre, é claro, na morte (do passageiro).

Outra representação usual de Gurdjieff era o dos diversos corpos do homem, que se assemelha e segue a tradição do oriente. Atingir a perfeita harmonia em cada nível constituía um processo de conquista (o corpo físico, o corpo causal, o corpo astral e o corpo mental). Além desses corpos, havia outros ainda mais sutis e aquele que atingisse a consciência do último seria infinito nos limites do universo, e uno com todas as coisas.

Todas as possibilidades do homem, para G.(como lhe chamavam os discípulos), estavam inscritas em um símbolo trazido do Oriente: O eneagrama. O eneagrama também poderia ser expresso como oitavas da escala musical (dó, ré, mi, fá, sol, lá, si) e se importância se traduz na ideia do choque, um princípio universal. Entre os tons da escala convencional há semi-tons, entre os intervalos mi-fá e si-dó que que devem ser preenchidos por "choques externos", caso contrário o ciclo não se complementaria. No caso da máquina humana (dividida em três compartimentos: cabeça, parte intermediária (tronco) e membros) estes choques externos eram dados pelos alimentos, ou seja: o ar (tórax), o alimento (abdómen) e as impressões (cabeça/mente). Destes choques o mais importante era as impressões, daí o axioma: "para se fazer ouro, é preciso ouro".

O pensamento de G. englobava, antes de mais nada, uma profunda Cosmogonia que partia do "raio de criação". Este descendia do absoluto, passando pelos diversos mundos até atingir o planeta Terra. À medida que avançasse, os mundos eram sujeitos a maior número de leis e maiores eram as restrições à liberdade humana. Na Lua, que vem após a Terra, o número de leis seriam ainda maiores que em nosso planeta (que conta com 48 delas). Sujeitos que somos a tão grande número de leis, somos escravos, autômatos em nosso próprio "lar" terrestre. No absoluto, por outro lado, não há leis.

Referências

  1. James Webb, The Harmonious Circle, Thames and Hudson 1980 pp. 25–6 provides a range of dates from 1872, 1873, 1874, 1877 to 1886.
  2. Livro " O Matrimônio Perfeito, cap. 14 - Autor V.M. Samael Aun Weor"
  3. Livro " O Matrimônio Perfeito, cap. 14 - Autor V.M. Samael Aun Weor"

Ligações externas

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