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A Fundação Osório localiza-se no bairro do Rio Comprido, cidade e estado do Rio de Janeiro, no Brasil. É uma instituição federal de ensino público e gratuito, vinculada ao Ministério da Defesa, que oferece vagas nos Ensinos Fundamental (1° ao 9° anos) e Médio-Profissionalizante (Técnico em Administração e Técnico em Meio Ambiente)
Inicialmente criada para atender exclusivamente às filhas órfãs de militares, expandiu-se e passou também a atender a filhas de militares e, posteriormente, meninas da comunidade. A partir de 1993, passa a atender a meninas e meninos, filhos de militares e civis em geral.
História
Antecedentes
Ao final da Guerra da Tríplice Aliança (1864-1870), diversos chefes militares demonstraram a sua preocupação com a educação dos filhos e filhas de seus comandados, falecidos naquele conflito em defesa da Pátria.
Em 1889, graças ao empenho do conselheiro Tomás Coelho, era criado o Imperial Colégio Militar, destinado a acolher os meninos órfãos de militares.
A ideia de se estabelecer um educandário destinado a atender às órfãs de militares tomou forma em 1907, quando três professores militares, os tenentes-coronéis Jônatas de Melo Barreto e Antônio José Dias de Oliveira, e o capitão José Feliciano Lobo Viana, visitaram o Marechal João Nepomuceno de Medeiros Mallet, propondo-lhe a constituição de uma comissão que organizasse as comemorações do Centenário do Nascimento do Marechal Osório, a ocorrerem no ano seguinte. Uma das metas dessa comissão seria a criação de um orfanato destinado às órfãs de militares do Exército e da Armada.[1]
O marechal Medeiros Mallet, quando ministro da Guerra no governo do Presidente Campos Sales (1898-1902), arcava, às próprias expensas, com a educação de algumas órfãs de militares, com a quantia de dez contos de réis.
Após esse encontro, os quatro militares procuraram o então ministro da Guerra, marechal Hermes Rodrigues da Fonseca, que manifestou apoio e ajuda para criação da comissão e do orfanato.
Mesmo diante do falecimento do marechal Medeiros Mallet, em dezembro de 1907, formou-se a Comissão Promotora do Centenário do General Osório, composta por oficiais do Exército e da Marinha, civis e representantes da imprensa. As comemorações tiveram imponência, conforme registrado pelos periódicos à época.
O Orfanato Osório
Ao final das festividades, em 18 de junho de 1908, a Comissão se transformou na Associação Mantenedora do Orphanato Osorio, cuja presidência ficou a cargo do General Luís Mendes de Morais.
O orfanato seria instalado no então Palácio do Duque de Saxe,[2] cedido pelo Governo Federal à Associação. Por motivos financeiros, entretanto, a associação encerrou as suas atividades em 1911.
Em 1921, graças aos esforços do desembargador Pedro de Alcântara Nabuco de Abreu, Desembargador da Corte de Apelação do Distrito Federal,[3] e do Dr. João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque, Ministro civil do Superior Tribunal Militar, era expedido o Decreto nº 4.235, de 04 de janeiro de 1921 que autorizava a instalação do Orphanato Osorio e posteriormente o Decreto n° 14.856, de 1 de junho de 1921, que criava o Orphanato Osorio.
A Fundação Osório
Após diversas dificuldades, causadas entre outros fatores pelo fato de que o Orfanato havia sido subordinado ao Patronato de Menores, entidade de assistência e previdência privada, pelo Decreto de 27 de fevereiro de 1924, a instituição alcançou autonomia, com o nome de Fundação Osório. A sua Diretoria tomou posse a 8 de março do mesmo ano, com a presidência a cargo do Desembargador Nabuco de Abreu.
Com a receita oriunda da venda do Palácio Duque de Saxe, a diretoria da Fundação adquiriu os terrenos localizados na rua Paula Ramos, então bairro de Santa Alexandrina, para a instalação do educandário. As obras nesses terrenos iniciaram-se em 1925, com projeto do Engenheiro Armando de Oliveira. [4]
Atividades complementares
Complementam as atividades pedagógicas, a participação anual na Feira de Ciências do Instituto Militar de Engenharia, nas Olimpíadas de Matemática e de Astronomia, os Concursos Literários, as apresentações internas e externas do Coral, da Mini-Orquestra, as participações em competições exportivas e em diversas solenidades cívicas.
Nas instalações da Fundação funcionam ainda um Distrito Bandeirante, a Associação de Pais e Alunos (APAFO) e a Associação de Ex-Alunos (AEXAFO).
Comunicação social
O órgão de comunicação social da Fundação é a tradicional revista O Legendário.
Missão
Ministrar a educação básica e profissional aos dependentes legais de militares do Exército e das demais Forças Singulares desenvolvendo competência para o trabalho e exercício da cidadania.
Lema
O lema da Fundação é Donare ad docendum, ou seja, doar-se para ensinar. Outra frase usada como lema da instituição é Formando hoje o cidadão do amanhã.
Juramento da Fundação Osório
- Incorporando-me à esta casa,
- prometo cumprir meus deveres de aluno,
- ser assíduo, pontual, disciplinado, respeitar a todos que nela trabalham,
- para tornar-me digno das tradições,
- da gloriosa Fundação Osório.
Hino da Fundação Osório
- Autor: Não há registros sobre o autor
- Transcrição de modo auditivo: Mônica Zambranno
- Arranjo: 2o. Sargento Wilson Rodrigues Leal
- Ó Brasil, terra querida
- Berço de altivos guerreiros
- Que fortes foram na luta
- E na paz bons brasileiros
- Nossa Escola bem nos fala
- Com orgulho tão sagrado
- De um valente homem de guerra
- De um grande herói do passado
Refrão (2x)
- Osório, nome de glória
- Que este coro juvenil
- Repetirá muitas vezes
- Para orgulho do Brasil
Parte 2
- General inesquecível
- Nós te exaltamos aqui
- Na guerra fostes tão bravo
- Nosso herói de Tuiuti
- A Osório a certeza
- De saber que do passado
- Ficará em nossa história
- O teu nome firme gravado
Refrão (2x)
Professores notórios
A Fundação Osório contou, ao longo de sua história, com professores renomados, entre eles os a seguir listados:
Condecorações
Medalha Fundação Osório
Regulamentada por meio da Portaria de N° 09-FO, de 28 de julho de 2020, homenageia e distingue profissionais do ensino, instituições, pessoas e autoridades que contribuíram e que contribuem para o engrandecimento da instituição.[6]
Teve a sua entrega, pela primeira vez, dentro do roteiro de solenidades comemorativas do centenário em 2021.
Prêmio Nabuco de Abreu
Instituído em 1937 pelo benemérito dr. Mário de Andrade Ramos,[7] em homenagem ao primeiro presidente, Dr. Pedro de Alcântara Nabuco de Abreu, visa congratular os alunos da com melhor rendimento acadêmico.
Lista de presidentes
- 1924–1942 - Desembargador Pedro de Alcântara Nabuco de Abreu
- 1942–1945 - General Div Cmb Otávio de Azeredo Coutinho
- 1945–1947 - Dr. Rafael Garcia Pardellas
- 1947–1951 - General Ex Cmb Valentim Benício da Silva
- 1951–1970 - Marechal Estevão Leitão de Carvalho
- 1970–1972 - General Cid Silveiro Pacheco
- 1972–1974 - General Antônio de Britto Júnior
- 1974–1988 - Coronel Carlos César Guterres Taveira
- 1988–1993 - General Bda Cmb Amadeu Queiroz Guimarães
- 1993–2003 - Coronel Inf Arivaldo Silveira Fontes
- 2003–2012 - General Ex Cmb Ney da Silva Oliveira
- 2012–atual - Coronel Art Luiz Sérgio Melucci Salgueiro
Ver também
Referências
- ↑ «Jornal O Paiz». Edição 08350. 1907. Consultado em 24 de maio de 2022
- ↑ «O Jornal (RJ) - 1960 a 1974 - DocReader Web». memoria.bn.br. Consultado em 27 de junho de 2022
- ↑ CCMJ | Museu da Justiça - Centro Cultural do Poder Judiciário. (PDF) http://ccmj.tjrj.jus.br/documents/5989760/6464634/caderno-expo-1.pdf. Consultado em 30 de maio de 2022 Em falta ou vazio
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(ajuda) - ↑ «O Paiz (RJ) - 1920 a 1929 - DocReader Web». memoria.bn.br. Consultado em 21 de julho de 2022
- ↑ Cultural, Instituto Itaú. «Enciclopédia Itaú Cultural». Consultado em 1 de junho de 2022
- ↑ «Fundação Osorio - Formando hoje o cidadão do amanhã.». www.fosorio.g12.br. Consultado em 27 de junho de 2022
- ↑ «Diario de Noticias (RJ) - 1960 a 1969 - DocReader Web». memoria.bn.br. Consultado em 27 de junho de 2022