Francisco Pinto Bandeira (Laguna, 1701 — Rio Pardo, 15 de junho de 1771) foi um tropeiro e militar brasileiro, importante na consolidação do Rio Grande do Sul como território português no século XVIII.
Biografia
A família Pinto Bandeira é originária do Valongo, no Porto, em Portugal. Chegou ao Brasil com José Pinto Bandeira, que se estabeleceu em Laguna, fundada em 1684, dedicando-se à criação de gado. Ali desposou Catarina de Brito, neta de Domingos de Brito Peixoto, com quem teve cinco filhos: Bernardo, nascido em 1700; Francisco, nascido em 1701, que seria pai de Rafael Pinto Bandeira; Manuel; Salvador; e José. De sua segunda esposa, Inocência Ramires, indígena Carijó natural de Paranaguá, nasceriam ainda: Raimundo Pinto Bandeira; Maximiano Pinto Bandeira; e José Pinto Ramires.
Desde 1725 a percorrer a região sul em busca de gado com seu pai, acompanhou-o na sua descida para o sul, rumo à barra de Rio Grande de São Pedro, nas forças de Cristóvão Pereira de Abreu, a fim de fundar, por determinação do brigadeiro José da Silva Pais um novo núcleo povoador em torno do Forte Jesus, Maria, José de Rio Grande.[1]
Quando Silva Pais organizou o Regimento de Dragões do Rio Grande, em 1738, incorporou-se a ele no posto de alferes do 1º Corpo.[1] Desposou Clara Maria de Oliveira, nesse mesmo ano, na capela de Rio Grande, junto ao forte. Em 16 de Novembro de 1740 nasceu o primogênito do casal - Rafael - baptizado no dia seguinte, na mesma capela em que os pais casaram.[2]
Com a fundação do Forte Jesus, Maria, José do Rio Pardo, por Gomes Freire de Andrade em 1754, uma parte dos Dragões do Rio Grande para lá seguiu, vindo a constituir o Corpo de Dragões do Rio Pardo, no qual se incorporaram ele e seu filho, Rafael, apesar de tenra idade.
Participou da Guerra Guaranítica e defendeu Rio Pardo por duas vezes da invasão espanhola.[1]
Notas