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Francis Crick

Francis Crick
Conhecido(a) por DNA
Nascimento 8 de junho de 1916[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]
Northampton
Morte 28 de julho de 2004 (88 anos)[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]
San Diego
Nacionalidade Britânico
Alma mater University College London, Universidade de Cambridge
Prêmios Prêmio Albert Lasker de Pesquisa Médica Básica (1960), Prêmio Charles-Leopold Mayer (1961), Prêmio Internacional da Fundação Gairdner (1962), Nobel prize medal.svg Nobel de Fisiologia ou Medicina (1962), Medalha Real (1972), Medalha Copley (1975), Medalha Sir Hans Krebs (1977), Medalha Benjamin Franklin em Ciências (2001)
Assinatura
Francis Crick signature.svg
Orientador(es)(as) Max Perutz
Campo(s) Biologia molecular, biofísica, neurociência

Francis Harry Compton Crick OM, FRS (Northampton, 8 de junho de 1916San Diego, 28 de julho de 2004) foi um biólogo molecular, biofísico e neurocientista britânico, mais conhecido por descobrir a estrutura da molécula de DNA, em 1953, com James Watson. Juntamente com Watson e Maurice Wilkins foi outorgado com o Nobel de Fisiologia ou Medicina de 1962, "por suas descobertas sobre a estrutura molecular dos ácidos nucleicos e seu significado para a transferência de informação em material vivo".[1][2]

Crick foi um conhecido biólogo molecular teórico e desempenhou um papel crucial na investigação relacionada com a revelação do código genético. É também conhecido pelo uso do termo "dogma central" para resumir a ideia de que o fluxo de informação genética em células possui essencialmente um sentido único, a partir do DNA para o RNA à proteína.[3]

Durante o restante de sua carreira, ele ocupou o cargo de J.W. Kieckhefer de professor investigador emérito do Instituto Salk para Estudos Biológicos em La Jolla, Califórnia. Sua pesquisa mais tarde centrou-se em neurobiologia teórica e tentou avançar o estudo científico da consciência humana. Ele permaneceu no cargo até sua morte, "estava editando um manuscrito em seu leito de morte, um cientista até o amargo fim", de acordo com Christof Koch.[4]

Contribuições aplicadas à medicina

Apesar de ser formado em física, Francis Crick possuía interesse na biologia. Suas pesquisas nessa área possuíam o objetivo de descobrir como era o processo de transmissão de características hereditárias nos seres vivos. Sua pesquisa iniciou uma investigação das características do citoplasma, no entanto, ele percebeu que tal estudo não contribuía para descobrir as características do material genético. Nos anos de 1950, no Laboratório Cavendish da Universidade de Cambridge, Crick dedicou-se a estudar as estruturas das proteínas usando o processo de difração de raio-x.[carece de fontes?]

Em 1951, fez uma parceria com o biólogo James Watson a fim de continuar as pesquisas sobre o material genético. Contudo, Maurice Wilkins e Rosalind Franklin, foram responsáveis pela famosa fotografia do padrão de difração raio-x da molécula de DNA. Tal imagem confirmou o modelo que Francis Crick e James Watson haviam desenvolvido. A imagem obtida por Maurice Wilkins e Rosalind Franklin, tinha um formato de “Cruz de Malta”, composta com cinco amplos pontos distribuídos de forma uniforme, horizontal nas quatro direções, com sinuosidades e ao seu redor havia uma penumbra. O que permitiu Francis Crick e James Watson concluírem que o seu modelo de DNA era helicoidal e estava certo foi, que contando a partir do centro para as extremidade da “Cruz de Malta”, deveria haver cinco pontos. Porém, onde deveria haver quarto ponto, estava em branco. Isso ocorreu porque, as duas hélices do DNA são desalinhadas possuindo uma periodicidade de 3,4nm, resultando em uma interferência destrutiva. Isso fez com que o quarto ponto não aparecesse, permitindo concluir que o DNA possuía o formato helicoidal. Dessa forma, em 2 de abril de 1953, Crick e Watson propuseram o modelo de dupla hélice com cadeias que formam uma escada presente no material genético. Tal descoberta rendeu um prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina em 1962 ao Francis Crick, James Watson e Maurice Wilkins.[carece de fontes?]

Francis não acreditava que o DNA humano fosse uma obra do acaso. Ele disse que probabilisticamente é impossível que em tão pouco tempo o cérebro humano chegasse ao nível atual apenas ao acaso.[carece de fontes?]

Portanto, sua maior contribuição foi a co-descoberta da estrutura em dupla hélice do DNA, e de como ocorre o processo de síntese das proteínas, levando ao consenso do Dogma central da biologia molecular. Essa descoberta da estrutura do DNA permitiu um cenário de novas descobertas sobre como o gene se relaciona com a hereditariedade. Isso permitiu predizer transmissões de doenças a partir desse fator, proporcionando uma certa antecipação num provável tratamento. E foi o princípio inicial do Projeto Genoma, que pretende antecipar doenças de início mais tardio como o câncer de pulmão e a doença de Parkinson.[carece de fontes?]

Biografia

Modelo de DNA de Crick e Watson construído em 1953, foi reconstruído em 1973 e doado ao Museu de Ciências de Londres

Formou-se em física pelo University College, em Londres. Com a deflagração da Segunda Guerra Mundial foi trabalhar na Royal Navy, interrompendo a sua pesquisa de doutorado. À época fazia estudos de campo em minas. Após o término da guerra e refletir sobre aspectos relativos à vida, mudou seu "objeto" de estudo. Quando retornou à pesquisa, optou pela biofísica, investigando dois temas: a natureza da consciência e a diferença entre os vivos e os não-vivos. Mudou-se para Cambridge, onde, no Laboratório Cavendish da Unidade do Conselho de Pesquisas Médicas de Max Perutz (autoridade no assunto à época) iniciou o estudo da formação das proteínas e o trabalho com cristalografia dos raios X.[carece de fontes?]

Em 1953, em parceria com o biólogo norte-americano James Watson, baseados no trabalho experimental dos britânicos Maurice Wilkins e Rosalind Franklin, propuseram a estrutura da famosa molécula de dupla hélice denominada ácido desoxirribonucleico (ADN), constituinte dos cromossomos e responsável pela transmissão das características hereditárias dos seres vivos. Esse trabalho foi publicado em 25 de abril de 1953 na revista "Nature"; inicialmente ignorado, foi ganhando aos poucos reconhecimento do mundo científico, tendo Crick conquistado o Nobel de Fisiologia ou Medicina de 1962, dividido com James Watson e Maurice Wilkins. Rosalind Franklin já havia morrido.[carece de fontes?]

Antes da publicação do artigo sobre (ADN), Watson e Crick não passavam de meros pesquisadores. tinham de correr contra o tempo, pois sabiam que Pauling, desfrutando de imenso prestígio científico, estava prestes a propor um modelo de cadeia tripla para o (ADN). Como o modelo de cadeia dupla se ajustava adequadamente aos dados cristalográficos de preparações de Rosalind Franklin, Pauling imediatamente desistiu de seu modelo.[carece de fontes?]

Após a publicação, Watson continuou seus estudos nesta área precursora da Biologia Molecular, razão pela qual aparece mais frequentemente associado a esse assunto.[carece de fontes?]

Até que chegaram a esse modelo, Crick e Watson passavam horas analisando, pensando e trocando ideias sobre como os dados poderiam se encaixar num modelo. Dos dois, Crick era, de longe, o mais extrovertido da dupla. Segundo Watson, se sabia se Crick estava ou não no laboratório pelas suas risadas, audíveis do outro lado do corredor.[carece de fontes?]

Crick dedicou a maior parte da sua vida à neurociência. Uma de suas linhas de pesquisa mais notáveis (e controversas) no campo foi uma proposta sobre a função biológica do sono REM, a chamada "Hipótese da Aprendizagem-Reversa".[5] O seu último livro publicado foi "The Astonishing Hypothesis".

Morreu em 28 de Julho de 2004 de câncer, aos 88 anos, em San Diego, Califórnia.[6] Seu corpo foi cremado.[7] Em 11 de abril de 2013 sua medalha do Prêmio Nobel foi leiloada em Nova Iorque por 2,23 milhões de dólares.[8]

Ver Também

Referências

  1. «The Nobel Prize in Physiology or Medicine 1962». Fundação Nobel (em English). Nobelprize.org. Consultado em 28 de julho de 2013 
  2. Rich, A.; Stevens, C. F. (2004). «Obituary: Francis Crick (1916–2004)». Nature (em inglês). 430 (7002): 845–847. PMID 15318208. doi:10.1038/430845a 
  3. Ridley, Matt (2006). Francis Crick: discoverer of the genetic code (em inglês). Ashland, OH: Atlas Books. p. 192. ISBN 0-06-082333-X 
  4. Shermer, Michael (30 de julho de 2004). «Astonishing Mind: Francis Crick 1916–2004» (em English). Skeptics Society. Consultado em 28 de julho de 2013 
  5. de Sá, J. F. R., & Rossi, T. R. A. (2012). "Sonhar para esquecer: uma introdução à hipótese da "Aprendizagem-Reversa"". Ciências e Cognição, 17(2). Página visitada em 13 de fevereiro de 2013.
  6. «Francis Crick, Co-Discoverer of DNA, Dies at 88» (em English) 
  7. Predefinição:Findagrave
  8. «Nachlass von Francis Crick: Nobelpreis für 2,2 Millionen Dollar versteigert» (em Deutsch) 

Ligações externas


  1. RedirecionamentoPredefinição:fim


Precedido por
Georg von Békésy
Nobel de Fisiologia ou Medicina
1962
com James Watson e Maurice Wilkins
Sucedido por
John Eccles, Alan Hodgkin e Andrew Huxley
Precedido por
Percy Edward Kent, Max Perutz e Gerhard Herzberg
Medalha Real
1972
com Wilfrid Bennett Lewis e Derek Barton
Sucedido por
Edward Abraham, Rodney Porter e Martin Ryle
Precedido por
William Vallance Douglas Hodge
Medalha Copley
1975
Sucedido por
Dorothy Crowfoot Hodgkin

Predefinição:Medalha Real (1951 — 2000) Predefinição:Medalha Copley (1951 — 2000)

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