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Folly

Fachada do Facteur Cheval, de Ferdinand Cheval.

Em arquitetura, um folly (em inglês, "loucura", "disparate"), como a própria palavra denuncia, é um edifício extravagante, frívolo ou irreal, projetado mais por expressão artística do que por razões funcionais.

Originalmente, tais estruturas eram frequentemente denominadas "[nome do arquiteto ou construtor] Folly", em honra ao indivíduo que havia sido encarregado do e/ou desenhado o projeto (tal como o complexo maciço de Ferdinand Cheval).

Todavia, muito poucos follies são completamente desprovidos de um propósito prático. Além de seu aspecto decorativo, originalmente muitos tinham um uso que foi perdido posteriormente, tal como as "torres de caça". Os follies são estruturas incompreendidas, de acordo com a The Folly Fellowship, uma instituição sem fins lucrativos que existe para celebrar a história e o esplendor destes edifícios frequentemente desprezados.

Os follies são encontrados com frequência em parques e no terreno de mansões. Alguns foram construídos deliberadamente para parecer estar parcialmente em ruínas. Este tipo foi particularmente popular do fim do século XVI até o século XVIII. Parques temáticos e feiras mundiais frequentemente contém "follies", embora tais estruturas sirvam ao propósito de atrair o público a estes parques e feiras.

Follies da Fome

A Grande Fome da Batata irlandesa, de 1845-49 levou a construção de vários follies. A sociedade da época considerava que o laissez faire, e não um estado do bem-estar social, era a forma apropriada de governo civil. O conceito de welfare state estava a um século de distância, e naquele tempo, recompensa sem trabalho, mesmo para os necessitados, era visto como um equívoco. Todavia, contratar os necessitados para trabalhar em projetos úteis seria tirar empregos de quem já estava empregado. Assim, projetos de construção denominados "famine follies" foram executados. Entre eles: estradas no meio do nada, entre dois pontos aparentemente aleatórios; muros de propriedades; ancoradouros em pântanos etc.[1]

Exemplos

Alemanha

Austrália

Canadá

Coreia do Norte

  • Hotel Ryugyong, foi projetado como um hotel, mas tornar-se-ia um folly

Estados Unidos da América

França

Hungria

O Castelo Bory em Székesfehérvár.

Índia

  • Overbury's Folly, Thalassery, Kerala

Irlanda

  • Casino at Marino
  • Conolly's Folly

Itália

  • Jardins Bomarzo

Reino Unido

Black Castle Public House, Bristol.
O folly em Wimpole Hall, Cambridgeshire, Inglaterra, construído nos anos 1700s para se assemelhar a ruínas góticas.

Romênia

Rússia

Ucrânia

Ninho da Andorinha próximo de Ialta, Crimeia (1912).
  • Ninho da Andorinha, próximo de Ialta

Referências

  1. HOWLEY, James. 1993. The Follies and Garden Buildings of Ireland. New Haven: Yale University Press. ISBN 0-300-05577-3

Ligações externas

Bibliografia

  • Barton, Stuart Monumental Follies Lyle Publications, 1972
  • Folly Fellowship, The Follies Magazine, publicado trimestralmente
  • Folly Fellowship, The Follies Journal, publicado anualmente
  • Folly Fellowship, The Foll-e, boletim eletrônico disponível na internet
  • Hatt, E. M. Follies National Benzole, London 1963
  • Headley, Gwyn & Meulenkamp, Wim, Follies Grottoes & Garden Buildings, Aurum Press, London 1999
  • Headley, Gwyn & Meulenkamp, Wim, Follies — A Guide to Rogue Architecture, Jonathan Cape, London 1990
  • Headley, Gwyn & Meulenkamp, Wim, Follies — A National Trust Guide, Jonathan Cape, London 1986
  • Headley, Gwyn Architectural Follies in America, John Wiley & Sons, New York 1996
  • Howley, James The Follies and Garden Buildings of Ireland Yale University Press, New Haven & London, 1993
  • Jackson, Hazelle Shellhouses and Grottoes, Shire Books, England, 2001
  • Jones, Barbara Follies & Grottoes Constable, London 1953 & 1974
  • Meulenkamp, Wim Follies — Bizarre Bouwwerken in Nederland en België, Arbeiderpers, Amsterdam, 1995

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